Novo plano do presidente americano para luta contra o Taleban incluía maior apoio militar dos países europeus

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) irá enviar mais 5 mil soldados, de combate e de treinamento, para a guerra do Afeganistão, anunciou neste sábado, 4, o presidente americano, Barack Obama, durante o encontro de cúpula da aliança em Estrasburgo na França.
Obama apresentou a seus aliados europeus a nova estratégia americana para o conflito no país, que requer uma participação maior dos países da aliança. “Os Estados Unidos não podem carregar o fardo da guerra sozinhos”, disse.
Assim como o reforço de 4 mil soldados americanos anunciados no final do mês passado, os 5 mil homens enviados por países europeus atuarão no treinamento de tropas afegãs. Segundo a Casa Branca, 900 soldados virão do Reino Unido, 600 da Alemanha, 600 da Espanha e o restante de Itália e França.
Obama agradeceu ao apoio forte e unânime dado pelos membros da aliança atlântica a seu plano, que mais cedo foi elogiado pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, e pela chanceler alemã, Angela Merkel.
“Queria dizer ao presidente Obama o muito que estimo seu novo enfoque sobre o Afeganistão. Não temos direito de perder, ali está em jogo uma parte da liberdade do mundo”, disse o chefe de Estado Francês.
Sarkozy defendeu a “afeganização” da missão naquele país, ou seja, a transferência gradativa da responsabilidade às autoridades civis e militares afegãs, princípio que inspira também o novo enfoque americano.
Merkel expressou seu “reconhecimento” pela nova estratégia Americana. O Afeganistão, disse a chanceler alemã, “é a prova da verdade” para a Aliança. Merkel ainda destacou a necessidade de continuarem atentos para que “nenhum terrorista possa viver ali” e confirmou que a Alemanha contribuirá para o esforço internacional, mas será preciso “fazer um balanço honesto” dos avanços.
Também ficou acertado na reunião que o premiê dinamarquês, Anders Fogh Rasmussen será o novo comandante da Otan, apesar de protestos da Turquia, devido ao papel do primeiro-ministro durante a polêmica envolvendo as charges do profeta Maomé. Em 2005, ele defendeu o direito de expressão do cartunista que enfureceu muçulmanos do mundo todo ao fazer sátiras do líder do Islã.

FONTE: Estadão

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Rodrigo
Rodrigo
15 anos atrás

otan=cadelinhas do tio sam.

zocca
15 anos atrás

eu acho que um dia essa OTAN vai invadir a nossa amazonia sob o pretesto de ser (UM BEM DA HUMANIDADE QUE PRECISA SER PROTEGIDO) e esperar pra ver.

Noel
Noel
15 anos atrás

Rodrigo, o que atrela a OTAN aos EU, é a dívida histórica, e de sangue, que a Europa Ocidental tem com os Yanks, não se esqueça que sem eles os Aliados talvez não vencessem as duas guerras mundiais, e os americanos ainda bloquearam, emparedaram e esgotaram a União Soviética, ou seja levaram essa também; prá nós nesse distante Brasil é muito difícil compreender os europeus, até por que, nunca passamos por nada parecido como a devastação, destruição e morte em duas guerras mundiais como eles, porém quando você convive com europeus, vc passa a entende-los.

Marine
Marine
15 anos atrás

Noel,

Muita boa sua observacao. Agora esse anuncio e apenas um “presente de boa fe” para os EUA, a grande maioria dessas tropas nao sao ou tem como missao combate.

A mesma conversa e historia de sempre vindo dos paises europeus. Nao vejo isso com o menor alarde ou excitacao sobre o anuncio.

Sds!

Rodrigo
Rodrigo
15 anos atrás

Tem razão.

joao terba
joao terba
15 anos atrás

Será que os terroristas estão só no Afeganistão,claro que não? Sudão,Líbia,Líbano,Irã,Iraque,Paquistão,estão espalhado pelo mundo,porque só o Afeganistão! pobre povo.um abraço.