Documentos confidenciais do Centro de Inteligência do Exército (CIE) apontam que o tráfico de drogas voltou ao Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, ocupado há menos de dois meses pela operação que contou com apoio das Forças Armadas. Na Vila Cruzeiro, outra área da zona norte ocupada em novembro, a Polícia Civil do Rio investiga pelo menos dois assassinatos que seriam represálias de traficantes. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A forma de atuação dos traficantes mudou devido à ocupação. Um relatório aponta que homens armados mantêm uma boca de fumo itinerante na favela da Galinha. Para evitar prisões, os traficantes contam com a ajuda de mototaxistas, que trabalham como olheiros. De acordo com o documento do Exército, em algumas bocas de fumo, o comprador tem de dizer uma senha – “onde estão os amigos?” – para comprar drogas. Na Vila Cruzeiro, traficantes teriam assassinado um morador a tiros e outro, a pauladas. “A parte baixa está ótima, mas na parte alta da favela alguns moradores contaram que houve cobrança do tráfico”, diz um morador da Vila Cruzeiro.

Violência no Rio

O Complexo do Alemão está ocupado pelas forças de segurança desde o dia 28 de novembro. A tomada do local aconteceu praticamente sem resistência numa ação conjunta da Polícia Militar, Civil, Federal e Forças Armadas. A polícia investiga uma possível fuga de traficantes pela tubulação de esgoto do Alemão antes dos policiais subirem o morro. Na quinta, 25 de novembro, a polícia assumiu o comando da Vila Cruzeiro, na Penha. Ambos dominados, até então, pela facção criminosa Comando Vermelho. As ações foram uma resposta do Estado a uma série de ataques, que começou na tarde do dia 21 de novembro. Em uma semana, pelo menos 39 pessoas morreram e mais de 180 veículos foram incendiados por criminosos nas ruas do Rio de Janeiro.

FONTE: Terra

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Antonio M
Antonio M
13 anos atrás

Era questão de tempo.

Há demanda de sobra para os “produtos” que vendem, infelizmente……