Seis soldados do Chade são mortos por milícias perto de aeroporto

 

central_african_republic_unrest_rlb115_40014679 - photo AP

ClippingBANGUI – Apesar da atuação de cerca de 1.600 soldados enviados pela França, a violência entre grupos religiosos não dá trégua a República Centro-Africana nove meses após um golpe de Estado que deixou o país à beira da guerra civil. Horas depois de oficiais da Cruz Vermelha recolherem pelo menos 44 corpos em Bangui, um porta-voz da União Africana disse ter encontrado uma vala coletiva com outros 20 corpos nos arredores da capital.

A República Centro-Africana já foi palco de cinco golpes de Estado desde a independência em 1960, mas o país rachou em março passado, quando rebeldes Seleka, muçulmanos, tomaram o poder, derrubando o presidente François Bozizé. Desde então, uma milícias cristã chamada AntiBalaka pegou em armas contra os rebeldes, iniciando uma onda de saques, estupros e massacres num país rico em recursos naturais, como diamantes, ouro, madeira, urânio e, em menor escala, petróleo.

BAN ESTUDA ENVIO DE FORÇA DA ONU

Segundo o chefe do Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Bangui, Georgios Georgantas, os 44 corpos encontrados devem ser apenas uma parte das vítimas dos confrontos dos últimos dias, uma vez que a entidade não tem acesso a todas as áreas da cidade – apesar dos esforços de soldados franceses e da União Africana para conter a violência.

– Nós chegamos a níveis muito alto de violência. Sabemos da existência de mais corpos em outras áreas da cidade, mas não podemos chegar por causa dos combates intensos – afirmou Georgantas.

Seis soldados chadianos de uma força de paz da União Africana também foram mortos por milicianos que acusam o vizinho Chade de apoiar os rebeldes muçulmanos. Nos hospitais, voluntários da ONG Médicos sem Fronteiras contavam ter recebido mais de 50 pessoas vítimas de armas de fogo e golpes de facão – num sinal de que os grupos rivais estão promovendo uma caçada impiedosa contra os considerados inimigos.

Ontem, tropas francesas se posicionaram nas estradas próximas ao aeroporto e em alguns bairros atingidos por confrontos, mas tiroteios esporádicos ainda eram ouvidos em várias regiões. Somente na capital, há 1.200 militares franceses enviados para a proteção de civis.

– Não fomos alvo de ataques coordenados. Nós somos alvo de tiros esporádicos aos quais respondemos de tempos em tempos – disse o porta-voz da missão francesa, coronel Gilles Jaron.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, já planeja uma possível missão de paz para a República Centro-Africana no início do próximo ano.

FONTE/FOTO: O Globo, via resenha do EB/AP

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Colombelli
Colombelli
10 anos atrás

Reparar as granadas de bocal a esquerda. O elemento da direita tem pelo menos 210 disparos de fuzil disponíveis.

Acho que este equipamento individual tipo colete, fica meio quente demais. Aguem que o usou no Haiti ou o Marine podiam nos dar um parecer das vantagens e desvantagens em relação ao velho cinto-suspensório, além da clara maior capacidade.