Diogo Calazans*

O Brasil vive uma situação caótica. Esse é um dos poucos consensos a que chega hoje a nossa sociedade. Os “tentáculos” da corrupção, cada vez mais aparente, permeiam diversas esferas da sociedade, desde as castas (sistema tradicional, hereditário ou social de estratificação) políticas, passando pelo Poder Judiciário e pelo setor privado, chegando até ao próprio presidente da República (por sinal, o primeiro da história brasileira a responder por crime durante o seu mandato). A economia atravessa a maior recessão desde 1930, com uma queda de investimentos externos de mais de R$ 15 bilhões entre 2015 e 2016, e desemprego que ultrapassa a taxa de 14% da população.

Em tais condições, é difícil esboçar uma expectativa positiva face ao futuro próximo. Acostumado à última década e meia de pleno emprego, mercado interno aquecido, desenvolvimento social e políticas públicas inclusivas, o brasileiro não estava preparado para o que viria após 2014. Por isso mesmo, e não sem razão, as discussões e debates voltaram-se, entre outras temáticas, para o momento em que se deu o ponto de inflexão: quando e por que a “maré virou”?

Para isso podemos nos valer de Tucídides, um militar ateniense, que viveu em 400 a.C, e escreveu uma das maiores obras sobre o pensamento político grego: a História da Guerra do Peloponeso. A obra, composta por discursos e narrativas, descreve o conflito entre as duas maiores cidades gregas do século V a.C., Atenas e Esparta. O conflito se estendeu longamente, durando 27 anos, de 431 a 404 a.C., e foi destrutivo para ambos os envolvidos. O seu caráter de “história militar fundante”, ao categorizá-la unicamente como “histórica”, pode restringir, até mesmo ocultar, o verdadeiro objetivo do autor ao elaborar seus escritos. O próprio título do livro, História da Guerra do Peloponeso, não foi idealizado por Tucídides, ao contrário do que a maioria acredita. O general ateniense manifesta na própria obra seu desejo de que a mesma permanecesse “para todos os tempos”, “para a eternidade”. Em outras palavras, almejava que a obra transcendesse o limite histórico daquele período, que não se tornasse anacrônica.

A história não se repete, isso porque as suas características intrínsecas guardam uma enorme complexidade inerente às cadeias de eventos, que tornam singulares cada um dos momentos que a humanidade experimenta no decorrer do tempo. Contudo, não raramente, são observados padrões que refletem certa semelhança entre fenômenos sociais de tempos e realidades distintas. Um dos fios condutores que, de acordo com Tucídides, atravessa as diferenças e peculiaridades de cada sociedade, em cada momento histórico, é a natureza humana.

Colin Gray, um dos mais brilhantes estrategistas da atualidade, estudioso dos “estudos estratégicos” (expressão disciplinar do estudo científico do emprego da força, ou seja, do uso da violência física no intuito de atingir determinados objetivos políticos), sempre exaltou a importância e contemporaneidade de Tucídides. Entre as contribuições mais valiosas do ateniense, Gray dá particular atenção à identificação da tríade impulsional das guerras, ou seja, os três elementos singulares que motivam o fenômeno bélico: 1) medo; 2) honra; e 3) interesses. Todos os três dizem respeito à natureza humana, mencionada anteriormente.

Goste-se ou não, ao longo dos oito anos de governo Lula, o Brasil avançou muito em relação ao que era, tanto internamente quanto externamente. Diferentemente de seu antecessor, que adotara uma política com ênfase no capital estrangeiro e no mercado externo, Lula priorizou o capital nacional e o mercado interno. As estratégias domésticas se refletiram na política externa, que abandonou a postura passiva, de alinhamento com as grandes potências, e optou por agir ativamente, como um verdadeiro “global player” no Sistema Internacional. Não por coincidência, o Brasil se tornou a sexta maior economia do mundo. No Concerto das Nações, anárquico por natureza (uma vez que não existem entidades supranacionais que o controlem, isto é, que tenham poder superior ou sobre os Estados nacionais), o crescimento de um país pode alterar a balança de poder e influir nos interesses/comportamentos de outros Estados, causando grave alteração na chamada ordem mundial.

Retomando Tucídides, em História da Guerra do Peloponeso, o autor explica o contexto grego a partir da relação entre Atenas e Esparta e como as alterações de poder nesse sistema resultaram na referida guerra. A “Armadilha de Tucídides”, termo que se tornou popular e foi cunhado para exprimir a reincidência nas relações internacionais de um resultado proveniente desta particularidade de relação entre Estados numa ordem mundial. De acordo com Tucídides, com a expansão de Atenas, Esparta foi acometida por um grande receio, o medo de perder seu protagonismo no conjunto do sistema de poder das cidades gregas, o que levou inevitavelmente ao conflito entre as cidades-Estados. Assim sendo, o conceito de “Armadilha de Tucídides” postula que numa determinada “ordem mundial” a ascensão de uma potência emergente pode gerar uma situação de “medo”, real ou imaginário, que ameaçaria a posição da primeira. A competição gerada entre elas levaria a um ciclo de ameaças e contra-ameaças que confluem, então, para a guerra.

BRASILIA, DF, 14.07.2014: DILMA/PUTIN – A presidente Dilma recebe no Palácio do Planalto o presidente russo, Vladimir Putin, para discutir agenda bilateral antes da cúpula dos Brics (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)

Esta concepção é, reconheçamos, polêmica entre os cientistas políticos, historiadores e internacionalistas. Deixando-se a polêmica, o fato é que, nas relações internacionais, as motivações dos Estados no xadrez geopolítico global se enquadram perfeitamente na “trindade tucididiana”. As sociedades são formadas por pessoas, logo, movem-se de acordo com um coletivo ou conjunto de sentimentos e interesses resultante da soma dos vetores da natureza humana correspondente a cada indivíduo que nela se insere, dentro das respectivas especificidades biológicas, geográficas e históricas. Em suma, as ações dos Estados são movidas pelas noções de medo, ou por honra, ou por interesses, ou ainda, por uma combinação destes, reais ou imaginários, o que é mais comum.

A ascensão brasileira “reconfigurou” as estruturas de poder, ao menos no espaço regional sul-americano e possivelmente nas relações Sul-Sul e no âmbito dos chamados Brics, o que com certeza gerou apreensão junto a outras grandes potências e foi de encontro aos interesses de uma ordem mundial já questionada e em crise. O Brasil despontava como líder regional da América do Sul, ganhando relevância através da participação influente em fóruns internacionais e encabeçava novas iniciativas como a dos Brics, Mercosul, Conselho de Defesa Sul-Americano – de onde os Estados Unidos foram excluídos – e a Unasul, além de um forte protagonismo na África e ao mesmo tempo no Oriente Médio. Portanto, era natural que surgissem movimentos que objetivassem frear tal “protagonismo” brasileiro.

A arquitetura multilateral do sistema internacional, uma tese cara aos interesses brasileiros, favorece a interdependência dos países, em vários aspectos. Isso diminui as hostilidades e conflitos bélicos, mas não impede que outras formas de enfrentamento tenham lugar nas disputas. Isso ficou explícito na história recente da Síria. Empregando táticas e estratégias do que ficou conhecido posteriormente como “Guerra Híbrida”, um tipo de guerra que tem maior enfoque em meios “não militares” (influência sobre a opinião pública, manipulação de informação, operações cibernéticas, entre outros métodos), o país vem sendo minado de forma gradativa por meio de estímulos aos movimentos de oposição ao governo, desestabilizando num primeiro momento o panorama interno sírio, principalmente a partir de 2011. Posteriormente, com a expansão da crise para o cenário internacional, através do crescimento do Daesh (organização terrorista popularmente conhecida como “Estado Islâmico”), o reforço do discurso pós “11 de Setembro”, situando os muçulmanos e os países de origem islâmica como o “mal global a ser combatido”, legitimaram pressupostos que justificassem o uso de meios cada vez mais violentos por parte de agentes externos, na medida que o conflito escalava.

O caos fora instaurado. Curiosamente, Tucídides atribuiu a derrota de Atenas mais à divisão da sociedade civil do que às ações militares empreendidas por Esparta. A polarização interna afetou drasticamente a política externa ateniense, levando ao colapso da Cidade-Estado. Deja Vu. O start da crise brasileira não foi econômico, mas político. Isso não significa que a economia ia bem, mas estava longe ruir, havendo tempo suficiente de adotar políticas que pudessem contornar a crise e mesmo a decadência do modelo econômico em voga. Através de influência direta e indireta, por meio do financiamento de movimentos políticos de oposição ao governo, com auxilio da grande mídia, atores externos conseguiram afundar todo um país, pondo em xeque a soberania nacional brasileira. A vulnerabilidade de um é a oportunidade do outro, e no jogo internacional não há espaço para a fraqueza, muito menos para a ingenuidade.

* Diogo Calazans é analista de Defesa, formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), atualmente trabalhando no Comitê Interamericano Contra o Terrorismo (CICTE) da Organização dos Estados Americanos (OEA)
(As opiniões, conclusões e recomendações aqui expressas são de inteira responsabilidade do autor e não refletem oentendimento de nenhuma agência, organização ou governo.)

FONTE: sosbrasilsoberano.org.br

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Space Jockey
Space Jockey
6 anos atrás

Texto esquerdinha aqui no Forte ?!

Hawk
Hawk
6 anos atrás

Space Jockey 12 de agosto de 2017 at 12:58
Particularmente, eu não jogo mais xadrez com os pombos!

SmokingSnake
SmokingSnake
6 anos atrás

é simples, a esquerda que governava vários países na América latina, sentiram que já estavam fortes e infiltrados o suficiente nas instituições para radicalizar e começar a implantar as políticas verdadeiramente socialistas. Felizmente não conseguiram, apenas na Venezuela que o plano do foro de SP avançou, lá praticamente já conseguiram eliminar toda a classe média com mais de 80% da população mergulhando na pobreza, liberdade econômica estrangulada (se juntou a coréia do norte e cuba no fundo do índice) e empresas privadas sendo tomadas pelo governo e deixando o país. . O Brasil estava indo pelo mesmo caminho com cada… Read more »

Carvalho
Carvalho
6 anos atrás

Olha a pérola no final do Artigo:

“Através de influência direta e indireta, por meio do financiamento de movimentos políticos de oposição ao governo, com auxilio da grande mídia, atores externos conseguiram afundar todo um país, pondo em xeque a soberania nacional brasileira”

Meu deus….vou ali tomar um rivotril e misturar com vodka !!
Galante: tu tá de brincadeira, né????

Rafael_PP
Rafael_PP
6 anos atrás

Eu sempre tenho uma dúvida após ler ‘textos’ assim. O autor de fato acredita no que escreveu ou reconhece a peça de ficção que redigiu?

Carvalho
Carvalho
6 anos atrás

Vamos à Tucidides… A afluente Atenas teria muito menos tolerância diante das dores e dos sacrifícios de uma guerra prolongada do que os militaristas de Esparta. A Assembleia de Atenas seguidamente vacilava na alocação de recursos à Guerra, algo que jamais ocorria com a oligárquica Esparta. Na verdade, uma das possibilidades (não pode ser tomada como certeza e única causa) de derrota de Atenas se deve à complexidade da sua sociedade, e não a divisão da sociedade civil. Existe toda uma teoria de ascensão e declínio de sociedades complexas que diz que elas evoluem e declinas pelos mesmos motivos: SUA… Read more »

Talisson
Talisson
6 anos atrás

Fico enojado a ler textos ou ouvir discursos como esses. Mas tenho que concordar totalmente com o colombelli.

Adriano Luchiari
Adriano Luchiari
6 anos atrás

Que m….a de texto, deve ser de aluno da Marilena Chauí e do falecido Marco Aurélio Top-Top…

Bravox
Bravox
6 anos atrás

Amigos leitores tem gente que acredita em tais palavras….. (sim o brasil é um pais de loucos)

Ivan BC
Ivan BC
6 anos atrás

Quando eu penso em esquerda e direita (Estado grande x Estado pequeno, juntamente com aspectos de cultura e contra-cultura etc…) eu lembro automaticamente da França kkkkk peguem a França dos anos 70 e a França de 2017. Acabaram com o país kkkk
O resultado dessa mentalidade, desse tipo de pensamento etc…é sempre o mesmo!
Só para lembrar: o extremo de uma mentalidade de esquerda é o comunismo (Estado absoluto), o extremo de uma mentalidade de extrema direita é um Hippies ou um anarquico (ausência de Estado).
Abraço!

Juarez
Juarez
6 anos atrás

Amigos, este negócio deste estrume de gente tem data para terminar, pois o dinheiro acabou, e em breve o miserê vai chegar as esferas federais, então será a hora de acertarmos as contas com sindicalistas, parasitas, vagabundos, pseudo nacionalistas e toda esta trupe sem serventia.
O babalorixá de Garanhuns tem os dias contados, tem muita merd….feitas que ainda não foram divulgadas, mas serão, tem coisas inclusive que Tio Sam e Jacó não vou gostar nem um pouco.
O tempo fará o seu trabalho, mas até lá muita gente vai sofrer com recessão, desemprego e perda da dignidade.

g abraço

LucianoSR71
LucianoSR71
6 anos atrás

Quem sou eu p/ pautar o que os editores postam, mas a questão não é ser texto de “esquerda ou de direita” é ser um amontoado de mentiras e distorções da realidade, não vejo sentido nenhum em publicá-lo, mas friso que esta é apenas a minha opinião. Abs.

Gilson Moura
Gilson Moura
6 anos atrás

Vamos começar. No primeiro parágrafo o autor destaca a situação atual da crise moral e econômica do nosso país, ênfase no atual presidente que é “o primeiro da história brasileira a responder por crime durante o seu mandato”, sem mencionar nos presidentes anteriores acusados e até condenados por uso de caixa 2 e corrupção e outros crimes que não convém ao caso. Já no segundo parágrafo ele esboça a década anterior de grande prosperidade e os aures brasileiros indo até a lua, e pergunta no final o que aconteceu e como chegamos até aqui. Pulando a parte de Tucídides, no… Read more »

Ivan BC
Ivan BC
6 anos atrás

“””””””Goste-se ou não, ao longo dos oito anos de governo Lula, o Brasil avançou muito em relação ao que era, tanto internamente quanto externamente. Diferentemente de seu antecessor, que adotara uma política com ênfase no capital estrangeiro e no mercado externo, Lula priorizou o capital nacional e o mercado interno. As estratégias domésticas se refletiram na política externa, que abandonou a postura passiva, de alinhamento com as grandes potências, e optou por agir ativamente, como um verdadeiro “global player” no Sistema Internacional. Não por coincidência, o Brasil se tornou a sexta maior economia do mundo.””””” Minha observação: Esse trecho é… Read more »

_RR_
_RR_
6 anos atrás

Ivan BC ( 12 de agosto de 2017 at 18:30 ), . Não diria isso… . Em ultima analise, o comunismo teria uma sociedade onde, no final, o Estado é abolido e não há qualquer influência cultural/religiosa dominante, bem como não existe um sistema econômico paltado no mercado ( são anti-capitalistas ). Logo, pode se entender que anarquistas e comunistas estão indo para o mesmo lugar, já que defendem essencialmente o mesmo ( por vias algo tortas e um tanto distintas, mas entendo que estão… ). . Por isso que é tão comum ver anarquistas endoçando movimentos socialistas e comunistas… Read more »

Pangloss
Pangloss
6 anos atrás

O texto é apenas mais um na longa tradição da aparelhada academia brasileira. Usou a isca de Tucídides para atrair a atenção inicial, e demonstrar uma falsa erudição (que não passa de pedantismo.
Depois, ficou fazendo analogias sem sentido a partir de Tucídides, e finalmente escancarou seu objetivo: doutrinar a massa de coprófagos.
Forçou tanto a barra, que até a Síria e o Estado Islâmico conseguiram uma menção, sem nenhum sentido.
Mas concordo com o Galante e o Colombelli: é melhor conhecer o que esses caras escrevem para doutrinar a claque.

Juarez
Juarez
6 anos atrás

O trabalho todo foi feito na base, estudantes e pessoa s de baixo poder aquisitivo e sem acesso a educação, e o pior, com apoio massivo de alguns “players de mídia” em troca de patrocínios bilionários e esquecimento de dívidas com o tesouro em fundo de gaveta, e como ambos são de fácil aliciamento, o primeiro pela inexperiência da vida e o segundo facilmente comprado com programas de currais eleitorais a lá bolsa esmola.

G abraço

Carlos Alberto Soares
Carlos Alberto Soares
6 anos atrás

Colombelli & Juárez,
onde assino ?
Não perco mais tempo com esse tipo dfe texto lixo.
Outro lado uma ova, fazem quase 4 mandatos que só perco …. eu e o Brazil.

Gilson Moura
Gilson Moura
6 anos atrás

_RR_ 12 de agosto de 2017 at 19:12 No comunismo, em tese o estado é abolido. Marx disse que para abolir o estado antes era necessário maximizá-lo, ou seja, quando tudo se tornasse estado, não haveria mais estado como entidade distinta da sociedade, se tudo se tornasse propriedade do estado, não haveria mais estado propriamente dito, estado e sociedade se tornariam uma coisa só. Mikhail Bakunin foi um dos primeiros a denunciar essa contradição, ele rejeitou completamente a tese de manter o poder concentrado no estado até a futura transição ao comunismo. Disse ainda mais que revoluções deveriam ser lideradas… Read more »

PRAEFECTUS
PRAEFECTUS
6 anos atrás

RR as 19:12 meu caro,
.
o fio da meada é por aí mesmo. Uma grata surpresa foi ler seu comentário.
.
Somente enxergando a coisa desta forma (ou seja, os fundamentos e os resultados a partir daí destes sistemas ) somos de fato capaz de usar argumentos fidedignos que fará nosso interlocutor parar pra pensar e não cair nessas armadilhas chamadas comunismo, socialismo, anarquismo, direitismo e etc.
.
Estou cansado pra discorrer sobre o assunto agora. Mas, creio haverá uma uma proxima oportunidade em que expressarei melhor minhas ideias…
.
Grato

Alfredo Araujo
Alfredo Araujo
6 anos atrás

“Alexandre Galante 12 de agosto de 2017 at 13:48
É preciso ouvir o outro lado senão não há debate.”
.
Existe debate com um esquerdista ?
Essa é nova p mim… rs

Roberto Medeiros
Roberto Medeiros
6 anos atrás

ARREGO!!!!! Tucidides deve estar dando cambalhotas no túmulo, por ter tido o nome envolvido nessa M…. de texto. Propaganda barata da esquerda. Uma imundície do mesmo calibre das idéias esquerdistas.

August
August
6 anos atrás

“Goste-se ou não, ao longo dos oito anos de governo Lula, o Brasil avançou muito em relação ao que era, tanto internamente quanto externamente. Diferentemente de seu antecessor, que adotara uma política com ênfase no capital estrangeiro e no mercado externo, Lula priorizou o capital nacional e o mercado interno. As estratégias domésticas se refletiram na política externa, que abandonou a postura passiva, de alinhamento com as grandes potências, e optou por agir ativamente, como um verdadeiro “global player” no Sistema Internacional. Não por coincidência, o Brasil se tornou a sexta maior economia do mundo.” Não seu Diogo Calazans eu… Read more »

Agnelo Moreira
Agnelo Moreira
6 anos atrás

Galante, bom dia
Concordo q devemos ouvir o outro lado, até para sabermos o q pensam (se é q se pode dizer q pensam) e argumentar.
Mas, é tanta falácia para tentar dominar a narrativa, q chega a ser patético…
Temos uma esquerda q adotou a desconstrução ao invés do nacionalismo, e uma direita q é tão ruim quanto…

sub-urbano
sub-urbano
6 anos atrás

O pós Constituição-88 é tudo um governo só. Podem ver que todo mundo que era deputado 28 anos atrás continuou sendo, outros viraram senadores, prefeitos etc. É um governo só. – Lula livrou o Aécio essa semana, fizeram as pazes. – Dória… alguém acredita que Doria é de direita sendo do partido da SOCIAL DEMOCRACIA brasileira. Que piada. O resto do PSDB é todo esquerdista assumido. – Sobra o Bolsonaro… que não é nenhum Ronald Reagan, está mais para um Duterte. E isso a mídia não quer. – Mas o problema todo não é esse. – O problema é que… Read more »

Carvalho
Carvalho
6 anos atrás

O autor está “atualmente trabalhando no Comitê Interamericano Contra o Terrorismo (CICTE) da Organização dos Estados Americanos (OEA)”

Não esqueçam que é na OEA que está designada Ideli Salvatti, ex-senadora que descolou uma boquinha em Washington, junto com o marido…

Esse pessoal não sobrevive sem um carguinho….

Fred
Fred
6 anos atrás

Academia aparelhada, ciência dominada pelo marxismo cultural, bla bla bla… Não adianta falar pra vocês que isso não corresponde a realidade. Mas afirmo com todas as letras: não é real. Como exemplo, no programa de pós graduação em história do qual fiz parte, nas turmas de doutorado e mestrado simultâneas, de 40 alunos, somente 5 ou 6 adotavam referencial teórico marxista. Num curso de história, o mais taxado de doutrinador de todos. Esse texto não é acadêmico. É opinativo, faz conjecturas, não há precisão científica. Não há método. É de caráter jornalístico, editorial. Ponto final. Sim, se inclina à esquerda.… Read more »

August
August
6 anos atrás

“Sem direitos, sem garantias, com Estado mínimo, lacaio dos interesses do grande capital, dependente tanto da economia como da boa vontade dos Estados dirigentes, sem identidade nacional e com uma desigualdade social inimaginável nos termos de hoje.” Tudo depende do capital repito tudo, sem uma boa economia não há welfare state nem direito nem guarantias, bobinho. Aliás tu prosas de intelectual e acima dos outros e faz um comentário tão ideológico como os dos outros. Só pra você sabe o estado mínimo prosa nada mais do que a busca do bem estar da população ou da maior parte dela leia-se… Read more »

Felipe
Felipe
6 anos atrás

Incrivel que no ponto de vista caviar, a culpa nunca é do PT; sempre um agente conspirador externo.

_RR_
_RR_
6 anos atrás

Gilson Moura ( 12 de agosto de 2017 at 22:11 ) . Sim. Por dedução lógica, resta claro que o Estado se torna uma entidade tão poderosa logo ao pondo de tornar-se quase onisciente, onipresente e onipotente, sendo praticamente impossível extingui-lo. Aliás, todas as experiências nesse sentido resultaram nisso… E é evidente que um verdadeiro anarquista entende isso… . Ocorre que: . Em uma interpretação literal do comunismo, é possível dizer que o Estado terminaria por desaparecer naturalmente. Já que tudo seria Estado e, por dedução, todos os recursos estariam igualmente distribuídos, então, em tese, o próprio Estado perderia a… Read more »

Gilson Moura
Gilson Moura
6 anos atrás

Fred 13 de agosto de 2017 at 11:51 Mas tu é um anjinho mesmo, né não? Dizer que não existe marxismo cultural no Brasil é o mesmo que dizer que não existe violência no país. Eu também faço pós-graduação só que em economia, no período inicial tínhamos aula de filosofia, aquilo ali era um poço de doutrinação, só falava em Marx e aquelas inutilidades que todo mundo já conhece, o pior não é isso, sabe quais era as fontes? Carta Capital e Carta Maior. Me lembro de um capítulo chamado “Neoliberalismo”, ainda dizia que o Brasil estava em consonante contexto… Read more »

Ivan BC
Ivan BC
6 anos atrás

_RR_ 12 de agosto de 2017 at 19:12 Ivan BC ( 12 de agosto de 2017 at 18:30 ), Não diria isso…Em ultima analise, o comunismo teria uma sociedade onde, no final, o Estado é abolido e não há qualquer influência cultural/religiosa dominante, bem como não existe um sistema econômico paltado no mercado ( são anti-capitalistas ). 1 – Minha resposta: Ora, mas é no mínimo bizarro o cidadão acreditar em tal afirmação. O Estado no comunismo não desaparece, muito pelo contrário, ele será tão grande a ponto da sua presença ser indistinguível. O comum, o normal dentro de uma… Read more »

Luciano
Luciano
6 anos atrás

Fred 13 de agosto de 2017 at 11:51 Academia aparelhada, ciência dominada pelo marxismo cultural, bla bla bla… Não adianta falar pra vocês que isso não corresponde a realidade. Mas afirmo com todas as letras: não é real. Como exemplo, no programa de pós graduação em história do qual fiz parte, nas turmas de doutorado e mestrado simultâneas, de 40 alunos, somente 5 ou 6 adotavam referencial teórico marxista. Num curso de história, o mais taxado de doutrinador de todos. … Exatamente! O Programa de Pós- Graduação em História Social onde estudei possuía poucos, raros, contados de dedo, marxistas, aliás,… Read more »

Alex Nogueira
Alex Nogueira
6 anos atrás

Direita ou esquerda? Fácil, comparemos os países que seguem cada um dos modelos políticos e tiremos nós mesmos as conclusões e vejamos qual modelo é melhor. Simples assim.*Claro que em mundo real isso não é possível por que os “cumpanheiros” que vão perder a “boquinha” vão chiar e vão dizer que são preteridos e que o mundo é injusto e vão apelar para os direitos humanos e tribunal de Haia etc etc etc…

_RR_
_RR_
6 anos atrás

PRAEFECTUS ( 12 de agosto de 2017 at 22:53 );
.
Olá Praefectus.
.
Será um prazer bater um bom papo, havendo oportunidade e tempo.
.
Saudações.

_RR_
_RR_
6 anos atrás

Ivan BC ( 13 de agosto de 2017 at 14:07 );
.
Minha resposta ao Gilson ( 13 de agosto de 2017 at 12:42 ) responde ao seu comentário.
.
“A maior parte da sociedade não tem a menor ideia do que seja direita, esquerda, liberal etc…”
.
Justamente por isso se vê tanta bizarrice…! A falta desse conhecimento básico é justamente um dos fatores chave nessa questão…

Ivan BC
Ivan BC
6 anos atrás

colombelli 13 de agosto de 2017 at 16:33
Seu comentário foi perfeito! Muito bom!

Gallina
Gallina
6 anos atrás

colombelli 13 de agosto de 2017 at 16:33
Muito bom. Texto que merece ser salvo para leitura posterior.
Abraços

Walfrido Strobel
Walfrido Strobel
6 anos atrás

Space Jockey 12 de agosto de 2017 at 12:58
Texto esquerdinha aqui no Forte ?!
.
Space Jockey, o Alexandre Galante está correto em publicar matérias com outra visão que não seja de direita.
O objetivo do Forte e de toda a Trilogia está bem claro
” MISSÃO DO FORTE
Desenvolver uma Mentalidade de Defesa no Brasil”
Em lugar algum a Trilogia se declara de extrema direita, mesmo que um grande número de foristas seja de direita.
O regulamento até proibe manifestação ou propaganda política.

Gilson Moura
Gilson Moura
6 anos atrás

_RR_ 13 de agosto de 2017 at 12:42 Esse seu raciocínio é completamente sem sentido. Por essa lógica, se o estado dominar completamente tudo o que pertence aos indivíduos, dominando inclusive seu corpo e seus pensamentos, então os indivíduos estarão completamente livres, pois não mais terão qualquer noção de liberdade – afinal, é exatamente a ausência de qualquer noção liberdade que o fará se sentir livre. Marx desde o Manifesto e por toda a vida sempre pregou a revolução do proletariado, e que os comunistas queriam tirar a propriedade privada dos burgueses e colocá-las nas mãos do estado socialista centralizador.… Read more »

Gilson Moura
Gilson Moura
6 anos atrás

Meu comentário Gilson Moura 13 de agosto de 2017 at 13:22 até agora no “Your comment is awaiting moderation”?
Dia dos Pais até dá para passar. rsrs

Leandro Costa
Leandro Costa
6 anos atrás

Ah sim, sobre a Academia Aparelhada, eu preciso dizer uma coisa. Eu discordo totalmente do artigo original, e vi que ele é formado em Defesa pela UFRJ. A academia está aparelhada sim, e olha que moro em Niterói, terra da UFF, uma das universidades mais aparelhadas que eu tenho notícia, com a party line sendo adotada de maneira bem forte. Mas participei de congressos de Defesa com o pessoal da Defesa da UFRJ, e com uma ou outra excessão meio esquerdola, todos eram pessoas não-marxistas de qualquer forma, inclusive os professores. De fato apresentaram trabalhos excelentes, que causaram bastante debate.… Read more »

Leandro Costa
Leandro Costa
6 anos atrás

E eu estou achando que postei um comentário que deveria ter entrado aqui, só que em algum outro tópico da trilogia hehehehehe. Devo estar ficando velho e/ou louco 😛

Juliano M
Juliano M
6 anos atrás

Domínio narrativo da história, é esse o campo de debate político real, e hj amplamente controlado pelas esquerdas dado seu domínio nos meios de comunicação e universidades. O texto alega consenso onde há plena divergência, distorce fatos históricos, além da interpretação, para alinha-los a conclusões de interesse do autor. Para a esquerda a realidade não existe, fatos indiferem, tudo é interpretativo, relativizado, revisionável conforme o interesse presente; a narrativa é o meio de domínio político. Eis a dificuldade de diálogo enfrentada por aqueles que tem compromisso com fatos, com a lógica, e valores clássicos; a esquerda não se limita a… Read more »

_RR_
_RR_
6 anos atrás

Gilson Moura ( 13 de agosto de 2017 at 18:28 ); . “Marx não disse, ele jamais fez uma Teoria da Sociedade Comunista”. . Sim… E uma das causas que fez o socialismo evoluir para essa cultura maluca que é hoje é justamente Marx não ter deixado uma “bula” a ser seguida, e que vez por outra permite esse conluio com anarquistas. Aliás, os grupos dentro da esfera de influência do socialismo hoje tem ideologias tão distintas que fica difícil distingui-los… . As posições que expôs descrevem a essência ( oposição entre socialismo e anarquismo em ambas as concepções ),… Read more »

_RR_
_RR_
6 anos atrás

Gilson Moura ( 13 de agosto de 2017 at 18:28 ); . “Por essa lógica, se o estado dominar completamente tudo o que pertence aos indivíduos, dominando inclusive seu corpo e seus pensamentos, então os indivíduos estarão completamente livres, pois não mais terão qualquer noção de liberdade – afinal, é exatamente a ausência de qualquer noção liberdade que o fará se sentir livre.” . Não foi o que quis dizer… Deixei claro: . “…já que todas as pessoas seriam autônomas e com seus próprios meios de subsistência…” . Isso, pelo que entendo, seria a utopia marxista. . E queira desculpar,… Read more »

Gilson Moura
Gilson Moura
6 anos atrás

_RR_ 13 de agosto de 2017 at 23:14 “É impossível garantir que se irá domar a consciência; o instinto humano. Mesmo que se possa emudece-los, não é possível domina-los propriamente. E em todas as vezes nas quais se tentou algo assim, posteriormente houve um despertar, mesmo que não pela própria geração que desencadeou o evento, terminou sendo pelas gerações posteriores… E assim o é posto ser impossível extinguir todos os padrões de referência.” Mas é claro que é possível, a CN é um exemplo claro disso. http://www.gazetadopovo.com.br/mundo/chefe-militar-e-fuzilado-por-cochilar-em-eventos-com-ditador-da-coreia-do-norte-0011cdxetqivqhnf2zc3qwbmm http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/05/1628256-coreia-do-norte-executa-ministro-por-dormir-em-evento-diz-agencia.shtml Essa matéria denota claramente o argumento do estado dominar completamente tudo o… Read more »

Space Jockey
Space Jockey
6 anos atrás

A maior praga desse país só recentemente começou a ser descoberta por um grande número de pessoas chama-se SOCIALISMO FABIANO, e ele está em tudo ! Quando a maioria das pessoas tiverem ciencia dessa doutrina será a queda da Matrix.

Cassiofrc
Cassiofrc
6 anos atrás

Juro que até hoje não consegui ver esse tal “protagonismo” brasileiro” que a esquerda apregoa ter existido nos 13 anos de desgoverno do ParTido.
Só se for protagonismo em corrupção, demagogia e aparelhamento do Estado.