Curitiba (PR) – O Museu do Expedicionário, na região da 5ª Região Militar (5ª RM), possui, em seu acervo, uma relíquia utilizada pela Força Expedicionária Brasileira (FEB) durante a Segunda Guerra Mundial: uma Viatura M3 A1 Scout Car. Trata-se do primeiro carro blindado 4 x 4 do Exército Brasileiro, um exemplar dentre as 90 unidades adquiridas na década de 1940.

A viatura estava sem o motor, por conta da falta de peças para a sua recuperação. No entanto, o motor original foi reinstalado por uma equipe do Parque Regional de Manutenção da 5ª Região Militar (Pq R Mnt/5), para que os visitantes do Museu possam melhor apreciá-lo.

O M3 A1 Scout Car é composto de um chassi de caminhonete, quatro rodas motrizes, com tração permanente, impulsionado por um motor a gasolina de seis cilindros, com quatro marchas.

O Museu do Expedicionário

Criado em 1946, o Museu ilustra a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial e, em especial, a participação dos soldados paranaenses. Instalado em um prédio histórico, em área central da cidade de Curitiba, abriga um dos maiores acervos sobre a participação do Brasil nesse conflito de proporções globais em solo europeu, com cerca de 25 mil itens.

Esse farto material histórico, além de armas, munição, equipamentos, uniformes e bandeiras, inclui muitas ilustrações, mapas, livros e documentos da época. Estão expostos vários materiais bélicos e armamentos utilizados na guerra pela FEB. Estão expostos, ainda, um blindado, um avião Thunderbolt e outros equipamentos utilizados em campos de batalha italianos.

O Museu era administrado, desde a sua fundação, pela Legião Paranaense do Expedicionário, órgão de ex-combatentes que serviram na FEB, com o apoio da Secretaria de Cultura do Estado do Paraná e do Exército Brasileiro. Desde setembro de 2017, o local está sob a administração da 5ª RM.

A Força Expedicionária Brasileira

A FEB se constituía de uma Divisão de Infantaria Expedicionária, composta por Comando e Estado-Maior, três Regimentos de Infantaria, um Esquadrão de Reconhecimento, um Batalhão de Engenharia, uma Artilharia Divisionária, um Batalhão de Saúde e Tropas Divisionárias, com cerca de 25 mil homens. Todo esse contingente passou a integrar o IV Corpo de Exército norte-americano, subordinado ao V Exército Aliado, que tinha como missão manter o máximo das forças inimigas empenhadas ao sul da Itália.

Um dos grandes feitos desses valorosos militares foi o ocorrido em 21 de fevereiro de 1945, quando a 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária lançou-se ao ataque a Monte Castello e, às 17h30, a Bandeira Brasileira tremulava altiva em solo italiano. A FEB sofreu, somente naquele dia, 112 baixas.

FONTE: Agência Verde-Oliva/CCOMSEx

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Fabio Aguiar
Fabio Aguiar
6 anos atrás

Precisamos de uma Força Expedicionária Permanente.

Mim da silva
Mim da silva
Reply to  Fabio Aguiar
6 anos atrás

Tambem acho… E no meu ver, nos moldes da Legiao estrangeira.

Agnelo Moreira
Agnelo Moreira
Reply to  Fabio Aguiar
6 anos atrás

É um dos projetos do EB. Primeiro uma Bda, para manter uma Forca-Tarde Batalhão.
Depois, uma Divisão, para manter uma Bda.
Como?
Essa Bda e depois Dividao será dividida em 3.
1/3 Formação dos substitutos/ manutenção etc
1/3 Adestramento Básico e Avançado
1/3 Disponível para emprego imediato.

Já ouvi q seria em 4 partes. Separando o adestramento básico do avançado.
Cada fase 6 meses.
Sds

Renê Reis
Renê Reis
6 anos atrás

Que bacana , aqui em Belo Horizonte tambem tinha um museu da feb , quando eu era adolescente trabalhando de officeboy sempre dava um pulo la para apreciar o acervo e conversar com os Veteranos.

emerson cosme
emerson cosme
Reply to  Renê Reis
6 anos atrás

Ainda tem, no bairro Floresta, inclusive no canteiro central da avenida Francisco Sales, em frente ao museu, tem um obuseiro de 155 mm, conforme me foi dito pelo administrador do lugar a tempos atrás.

Renê Reis
Renê Reis
Reply to  emerson cosme
6 anos atrás

Ue muito obrigado Emerson Cosme então mudou e foi ampliado? sou do tempo em que eles tinham aquele espaço minusculo la naquele espaço minusculo no castelinho da Algusto de lima , então foi amoliado?

Renê Reis
Renê Reis
Reply to  Renê Reis
6 anos atrás

digo “ampliado?

Tomcat3.7
Tomcat3.7
Reply to  Renê Reis
6 anos atrás

Tbm já vi reportagem sobre o Museu da FEB aqui em BH. Ainda não fui lá, do meu serviço até lá deve dar uns 15 minutos.

Cronauer
Cronauer
6 anos atrás

M-A-R-A-V-I-L-H-A de matéria!

LucianoSR71
LucianoSR71
6 anos atrás

Acho interessante o rolo preso na frente do para-choque dianteiro.

Ivan BC
Ivan BC
6 anos atrás

“A cobra está fumando” kkkkk

Caio
Caio
6 anos atrás

Breve tempo em que a nacao estava em primeiro lugar e nao as classes sociais.

Oráculo
Oráculo
6 anos atrás

Todos os museus da FEB deveriam ficar sob responsabilidade do Exército.
Assim como foi feito em Curitiba.
O custo de manutenção são pífios perto do valor histórico que representam.

Aldo Ghisolfi
6 anos atrás

Bom dia!
“1º carro blindado do Exército”… não entendi.

Samuca cobre
6 anos atrás

Muito legal!!! Deveriam fazer mais matérias sobre viaturas antigas!!!

Odilson
Odilson
6 anos atrás

Apenas uma observação….o primeiro blindado do exército brasileiro foi o FT17 Renault, isso em meados de 1921…após veio o Fiat Ansaldo italiano, e aí sim os carros americanos na década de 40.

Odilson
Odilson
6 anos atrás

Opa, agora li direito! É o primeiro blindado 4×4 do EB, ou seja, a informação está correta! O FT 17 era sobre lagartas.

Saldanha da Gama
Saldanha da Gama
6 anos atrás

Este museu é a história posta em nossa frente! os que não conhecem, venham à Curitiba.