Japão ‘não pode manter’ a segurança com as capacidades atuais: chefe das Forças de Autodefesa

O general Yoshihide Yoshida discute as lições da guerra na Ucrânia, a aliança dos EUA e muito mais
TÓQUIO – As Forças de Autodefesa do Japão atualmente não conseguem manter a segurança do país face à evolução dos desafios regionais e globais, alertou o general Yoshihide Yoshida, chefe do Estado-Maior Conjunto, numa entrevista à Nikkei Asia.
Yoshida, que se tornou o principal oficial uniformizado do país no início deste ano, destacou a importância de reforçar as capacidades das SDF, inclusive através da coordenação com os parceiros do Japão e o setor privado.
Seguem trechos editados da entrevista.
P: As SDF possuem atualmente capacidade para defender o Japão?
R: Não podemos manter a segurança do Japão com as nossas capacidades atuais. É por isso que foi tomada a decisão de aumentar os gastos com defesa para 2% do produto interno bruto e de fortalecer fundamentalmente as nossas capacidades ao abrigo dos três principais documentos de política de defesa [atualizados no final de 2022].

P: E quanto ao Japão, o que precisamos proteger?
R: Precisamos proteger o Estado e as três coisas que o definem: o povo, o território e a soberania. O desafio é proteger essas três coisas quando a nossa soberania está ameaçada, como na situação na Ucrânia.
A Estratégia de Segurança Nacional define claramente o interesse nacional do Japão como a paz, a segurança e a maior prosperidade do Japão, e uma ordem internacional baseada em valores universais e no direito internacional. O interesse nacional costumava ser um tema tabu por causa de como ajudou a levar o Japão à [Segunda Guerra Mundial]. Mas estamos começando a ter uma discussão mais aberta sobre isso.
P: Ainda assim, não há apoio e compreensão públicos suficientes para a política de defesa.
R: Quero que o público reconheça o ambiente estratégico que o Japão enfrenta. A comunidade internacional encontra-se num momento crítico sobre a possibilidade de impedir mudanças unilaterais no status quo pela força e manter uma ordem internacional baseada no Estado de direito. O Japão está na linha de frente desta luta no Indo-Pacífico.
A forma como o povo japonês vê as SDF está mudando dramaticamente. A invasão da Ucrânia pela Rússia também traz lições para nós. O interesse na nossa defesa está crescendo, à medida que o público vê em primeira mão as provocações da Coreia do Norte e da China. As pesquisas de opinião mostram que muitas pessoas apoiam um aumento nos gastos com defesa, bem como que o Japão adquira capacidades de contra-ataque.
P: O que podemos aprender com o que está acontecendo na Ucrânia?
R: A Rússia subestimou as capacidades militares da Ucrânia e a resistência que enfrentaria por parte dos ucranianos. O fato de a Ucrânia não fazer parte da NATO também contribuiu. Não podemos descartar a ocorrência de uma crise igualmente grave perto do Japão e estamos fortemente preocupados com esta possibilidade.
Há duas coisas que o Japão deve fazer. Em primeiro lugar, devemos reforçar fundamentalmente as nossas capacidades defensivas para não sermos subestimados. Em segundo lugar, precisamos de fazer o que estiver ao nosso alcance para sustentar uma dissuasão alargada, nomeadamente através de estratégias que envolvam armas nucleares dos EUA.
P: Dados os avanços da Coreia do Norte na sua tecnologia nuclear e de mísseis, a defesa antimísseis por si só não parece ser suficiente para proteger o Japão.
R: O fortalecimento da nossa defesa antimísseis por si só não protegerá as vidas e propriedades do nosso povo. A Coreia do Norte ganhou capacidades avançadas e sofisticadas, incluindo mísseis com trajetórias irregulares que são difíceis de interceptar.
Há três áreas que devemos abordar. Precisamos de adquirir capacidades de contra-ataque para podermos atingir um alvo utilizando mísseis e reforçar a nossa capacidade de interceptar ataques. Também precisamos de mais abrigos subterrâneos para que possamos minimizar os danos causados por um ataque de mísseis e proteger o nosso povo.
P: Alguns críticos dizem que não houve explicação suficiente sobre como o Japão utilizaria a capacidade de contra-ataque.
R: Não tem havido diálogo suficiente com o público. Planejamos fornecer uma explicação completa. Mas também é importante não mostrarmos a nossa mão. Se revelarmos detalhes operacionais ao público, perderemos a capacidade de dissuadir os adversários de atacar.
P: Os EUA defenderiam o Japão numa crise?
R: Temos estado envolvidos num diálogo profundo com os EUA desde 2010 sobre dissuasão alargada – estendendo o guarda-chuva nuclear dos EUA sobre o Japão. No final de Junho, concordamos em partilhar mais informações, melhorar a qualidade dos nossos exercícios conjuntos e reforçar a nossa resposta aos mísseis. Houve também conversas detalhadas entre os nossos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa.
P: Durante a Guerra Fria, dizia-se que as SDF precisavam de capacidade para sustentar duas semanas de combates. Agora, diz-se que são necessários três.
R: Abster-me-ei de comentar sobre quanto tempo as SDF conseguem aguentar-se, uma vez que se trata de um detalhe operacional.
A nossa Estratégia de Segurança Nacional visa que o Japão seja capaz de assumir a responsabilidade primária, até ao ano fiscal de 2027, para lidar com invasões.
P: As mudanças na dinâmica global também transformaram a aliança Japão-EUA.
R: Até agora, pudemos contar com a dissuasão dos EUA caso houvesse uma crise. Mas se confiarmos demasiado nos EUA, haverá vozes a questionar se a sua aliança conosco vale o custo. Reforçaremos as capacidades da aliança aumentando as coisas que o Japão pode fazer sozinho.
P: O que o Japão pode fazer sozinho?
R: É importante que as SDF demonstrem as suas capacidades de monitorização e coleta de informações em tempos de paz. Devemos também manter uma vantagem em tecnologia de ponta, como a inteligência artificial e a criptografia quântica.
Expandiremos as parcerias, inclusive com os EUA e a Austrália, bem como com eles e a Índia. Precisamos de trabalhar em estreita colaboração com as forças interessadas em defender o status quo no Indo-Pacífico e na Europa.
P: A cooperação com o setor privado também é crítica.
R: Aceleraremos a pesquisa e o desenvolvimento e a implantação de equipamentos de defesa. Levamos mais de uma década para desenvolver novos equipamentos. Em vez disso, começaremos a introduzir protótipos nas unidades assim que estiverem prontas, para que as capacidades possam ser reforçadas em paralelo com novas pesquisas e desenvolvimento.
P: As empresas japonesas tradicionalmente não destacam o seu envolvimento na indústria de defesa.
R: A indústria de defesa atual não consegue tirar pleno proveito da tecnologia de ponta por si só. Construiremos relacionamentos com startups líderes em suas áreas. Criaremos um quadro que nos permita adaptar a tecnologia civil para a defesa e envolver-nos em esforços público-privados para promover as exportações de defesa.
Trabalharemos também mais estreitamente com o meio acadêmico, que tradicionalmente tem mantido distância dos assuntos militares. Iniciaremos um diálogo direto para promover uma compreensão sobre o atual ambiente de segurança.
P: Um estagiário da SDF Terrestre matou duas pessoas em junho e feriu uma terceira em junho.
R: Dado que nós, como organização, estamos autorizados pelo governo a manusear armas, um incidente como este nunca deveria ter acontecido. Estamos levando isso extremamente a sério.
P: O interesse em aderir às SDF tem diminuído.
R: O recrutamento e a formação são um desafio fundamental. Queremos aumentar a percentagem de mulheres nas nossas forças para 14% até 2050, dos atuais 7% para 8%, aumentando a retenção. Precisamos remodelar a organização com a ajuda da IA, de equipamentos não tripulados e do setor privado.
FONTE: Nikkei Asia
Alemanha e Japão são dois belos exemplos sobre a ” síndrome de Estocolmo”.
Falou o renomado cientista geo-politico, com várias obras publicadas sobre a temática.
O mais engraçado é quando o sujeito fala em manter a ”soberania”. rs
Além dos EUA ninguém mais no mundo tem interesse em explorar o território e a população japonesa.
Esse japonês aí deve estar bêbado achando que o Japão é a nova Jerusalém.
Explorar? os EUA mesmo sofrendo com a competição de empresas do Japão desde os anos 60, não adotou proteções comerciais até o Governo Reagan, já que queriam que o Japão se desenvolve-se e isso acabou por afetar o Rustbelt. Sério que você citou isso mesmo?
O Japão é 10 vezes maior que Taiwan. Se a China não abre mão da raquítica Taiwan e faz até ilhas artificiais no meio do oceano…
Mas Taiwan é território chinês, já o Japão no momento é dos EUA.
E pensando bem seria um fardo anexar Taiwan agora, são 23 milhões de bocas a mais para a China alimentar presumindo que Taiwan perderia o monopolio da fabricação de chips obrigando a China a injetar dinheiro lá para manter o mesmo padrão de vida.
É melhor esperar Taiwan se enfraquecer já que a população da ilha vai diminuir mais e mais e o monopolio de fabricação de chips está vivendo provavelmente sua última decada.
Taiwan é chinês coisa nenhuma. Lembra a livre determinação dos povos que você defende no caso de Donbass? Pois é!
E não interessa se a ONU ou quem quer que seja não reconheça Taiwan como uma nação soberana. Na prática ela é. Os EUA acabaram de vender quase 1 bilhão de armas para Taiwan e não para a China.
Também os caças F-16 americanos de Taiwan não fazem parte da lista de caças da China.
E Taiwan só não é reconhecida na ONU porque a China tem poder de veto. Simples assim!
”Lembra a livre determinação dos povos que você defende no caso de Donbass?” Eu nunca defendi autodeterminação dos povos Boscão. Tá louco é? rs ”E não interessa se a ONU ou quem quer que seja não reconheça Taiwan como uma nação soberana. Na prática ela é.” Um colunista do SCMP semanas atrás resumiu bem o que é Taiwan, é igual ao ursinho TED, fala pra todo mundo que é humano, se comporta como humano mas no fundo é apenas um boneco de pano. ”E Taiwan só não é reconhecida na ONU porque a China tem poder de veto. Simples assim!”… Read more »
Quanto ao “o Japão é dos EUA” , essa é passo. Esse nível de contorcionismo eu não consigo acompanhar. Acho mais cômodo (e higiênico) utilizar uma duchinha.
O Japão tem capacidade de remover as tropas americanas de seu território? O Japão tem capacidade de contrariar os EUA em alguma coisa ou você acha normal um país concordar 100% com tudo que os EUA dizem? rs A resposta é não, e não me venha dizer que as tropas americanas estão lá para proteger o Japão pois o Japão não está em guerra contra ninguém e ninguém além dos EUA tem interesse no território japonês, é diferente da Coreia do Sul por exemplo onde existe uma guerra aberta entre os sul e norte coreanos. Nosso amigo num post abaixo… Read more »
Os EUA têm bases militares em 80 países.
Qual a situação diferente do Japão?
Ou todos os outros 79 também “pertencem” aos EUA ? E em sendo por que vc implica só com o Japão?
E quanto às bases militares russas e chinesas no exterior? As relações aí são de mutualismo enquanto a dos EUA é de parasitismo?
”Ou todos os outros 79 também “pertencem” aos EUA ? E em sendo por que vc implica só com o Japão?” Muitos politicos em Okinawa já expressaram o desejo de remover as tropas americanas de lá, protestos já foram feitos e a verdade é que os americanos não são bem vindos. Os japoneses em geral fazem vistas grossas sobre esse assunto ou então replicam a narrativa americana de que as bases estão lá por motivo de segurança. Segurança contra quem? Coreia do Norte? A Coreia do Norte não vai invadir o Japão, caso o Japão ative novamente seu imperialismo na… Read more »
Você não conhece a história do Japão, né? Porque nos anos 70, a população Japonesa, protestou contra o Tratado de Segurança Mútua com os EUA, e foi um desses motivos pelo qual Okinawa voltou à propriedade do Japão para apaziguar os ânimos.
Anpo protests – Wikipedia
Vocês tem uma noção de geopolitica, que faz um reducionismo tão baixo que não entendo. Ademais, não é por nada, porém desde os 2010, os EUA que está pressionando o Japão a se rearmar e ser mais idependente dos EUA.
Os protestos são agora em Okinawa meu jovem. rs
”os EUA que está pressionando o Japão a se rearmar e ser mais idependente dos EUA.”
Ser mais independente dos EUA…
rs
Apaga que da tempo……
Desse mal a Ucrânia não padece.
Outros países que não padecem desse mal (síndrome de Estocolmo) são Hungria , Polônia, República Checa, Bulgária, Letônia, Estônia, Lituânia, Romênia, Eslováquia e Eslovênia.
No fundo defendem o “direito histórico” de duas potencias vermelhas dividirem o mundo entre si pois significaria o fim do imperialismo malvado do Ocidente.
Para muitos, escrever com a bílis de édipo da Europa ou EUA é ainda mais significativo (em suas mentes, virtuoso).
Caro Bosco e mesmo assim determinados governos insistem em flertar e manter relações que vão muito além das questões comerciais com esse tipo de regime, mas pior ainda boa parte da população “afirma, jura e referenda” que não há motivo para se preocupar.
(…)e uma ordem internacional baseada em valores universais e no direito internacional.´´ Até os anos 40, o discurso japonês era outro…perguntem aos coreanos. P: As mudanças na dinâmica global também transformaram a aliança Japão-EUA. R: Até agora, pudemos contar com a dissuasão dos EUA caso houvesse uma crise. Mas se confiarmos demasiado nos EUA, haverá vozes a questionar se a sua aliança conosco vale o custo. Reforçaremos as capacidades da aliança aumentando as coisas que o Japão pode fazer sozinho.´´ É até curioso ler isso, quando eu lembro da quantidade de gente aqui que jura por Deus que, em caso do… Read more »
“Há três áreas que devemos abordar. Precisamos de adquirir capacidades de contra-ataque para podermos atingir um alvo utilizando mísseis e reforçar a nossa capacidade de interceptar ataques. Também precisamos de mais abrigos subterrâneos para que possamos minimizar os danos causados por um ataque de mísseis e proteger o nosso povo”. Creio que soltou 3 coisas: 1. desenvolver um míssil de cruzeiro, balistico ou semibalístico capaz de ayingir a peninsula coreana e a China. 2. desenvolver um sistema de artilharia antiaérea capaz de interceptar os novos misseis balisticos coreanos e chineses, nesse caso os veiculos hipersonicos manobraveis chineses e coreanos. 3.… Read more »
Podem reparar que o discurso dos comandantes das FFAA é sempre o mesmo. Todo mundo sabe o motivo. O apetite voraz por mais recursos financeiros.
Se para o Japão que tem uam marinha e força aérea invejável tá ruim , por aqui nem se fala.
Pois é.
A JASDF possui 200 F-15, 87 F-2 e 147 F-35 encomendados
A JMSDF possui 22 submarinos, 4 porta helicópteros e 46 escoltas
A JGSDF é um exército grande (250 mil homens) completo e moderno.
Grande parte do arsenal japonês (de pistolas e caças) é fabricado pela indústria nacional.
E faz a bomba atômica em 1 ano se quiser.
Eles deveriam se organizar, pra fazer uma bomba atômica em no máximo 6 meses.
Bosco, com o tanto de Plutônio pronto, acho que 2 meses né kkkk
Tanto o Japão como a Alemanha, dominam todo o ciclo nuclear, fazer ou não a bomba e uma decisão política, pois possuem capacidade industrial e econômica
A Coréia do Sul também.
“Tanto o Japão como a Alemanha, dominam todo o ciclo nuclear.” Quando alguém sugere um “OTAN vs Rússia” e alguém diz que a Rússia tem cerca de 6 mil artefatos nucleares: “Ain, a Rússia só se sustenta em seu arsenal nuclear da guerra fria, sem esse arsenal a Rússia não é nada…” Quando qualquer outro país, tirando claro, Rússia, China e seus aliados, estão com alguma ameaça ou uma suposta ameaça: “Eles dominam todo o ciclo nuclear, em cerca de 2 meses a 1 ano eles podem ter nukes…” Vai entender…🤷🏻♂️ Depois quando eu digo que o que realmente importa… Read more »
Não entendi! A capacidade nuclear serve exatamente para dissuadir um outro país nuclear de atacar ou mesmo um país não nuclear de invadir e colocar em risco um país nuclear. É nesse contexto que os comentários acerca da iminente capacidade nuclear dos japoneses deve ser entendido, tendo em vista que a China é considerada uma ameaça à integridade do Japão, que apesar de coberto pela proteção americana , uma hora eles vão ter que se virar. O Trump que o diga! Agora, todo país nuclear tem que ter forças convencionais altamente capacitadas e tem que ter uma política externa responsável… Read more »
Como você não entendeu Bosco? Eu fui bem claro, tem um pessoal que critica a Rússia porque em tese a Rússia só se garante porque possuí seus artefatos nucleares, é isso que dizem quando alguém sugere um “OTAN vs Rússia”. Mas, quando algum aliado da OTAN é ameaçado, ou se acha ameaçado, esse mesmo pessoal corre para defender as armas nucleares, é a primeira coisa que vem na cabeça, armas nucleares! Ou seja, as armas nucleares tem dois pesos e duas medidas nesse caso. E outra, eu acho estranho que para alguns países você defende as armas nucleares, como por… Read more »
Se eles 2 fizerem pode o resto fazer tb ou vão ser proibidos e demonizados(sancionados)?
Mais sanção que a CN teve e não resolveu…
A sanção vai só até o dia que elas entram em operação. Depois, é letra morta.
Vão reclamar, fazer mimimi, etc. Mas quem quis, fez. Haja vista o Paquistão, a Índia e a CN.
Depois que passa um boi, passa a boiada.
Não duvido.
Tão importante quanto isso. Dispõem de meios de entrega eficazes e testados.
Um ano é um prazo conservador, mas factível para um artefato de fissão ampliada, uns dois anos pra um de múltiplos estágios, miniaturizado a um tamanho que o torne capaz de ser transportável por um dos seus lançadores de satélite.
Sim! A tecnologia de foguetes orbitais do Japão é dependente de foguetes sólidos, que é a base dos ICBMs.
Complementando, uma aviação de patrulha com uma centena de aeronaves entre P-3 Orion e P-1 ( Kawasaki), mais uma centena de helicópteros ASW .
Outra observação que vale a pena ressaltar, os Izumos passaram por uma recente reforma para poder operar com os F-35. Então podem ser classificados tranquilamente como Porta-Aviões “leves” e no obstante as limitações, ainda assim é uma das poucas marinhas que poderão contar com caças de 5ª geração…
Todas as nações estão se armando até os doentes. Podemos dizer que já está igual
Antes da l Guerra ?
A situação era outra. A questão colonial era um dos pilares do conflito. Suas matérias primas e escoamento industrial. Sem contar o revanchismo francês da derrota frente ao prussianos na Guerra Franco-Prussiana. A I Guerra aconteceu porque nenhuma nação, dentre as mais poderosas, quis dar um passo para trás e mostrar fraqueza. Uma guerra promovida por ego, matéria prima, mercados consumidores e colônias. Os quatro volumes do livro: A História da Primeira Guerra Mundial, de David Stevenson, mostram um pouco disso. Líderes perdidos nas suas próprias lideranças. Longe da realidade do front. Sem contar que o imperador alemão, russo e… Read more »
“Sem contar que o imperador alemão, russo e rei britânico eram primos. Todos netos da rainha Vitória. Não sei se não foi uma grande guerra de família.”
E todos se encontravam uma vez por ano no aniversário da avó, mas o primo alemão não era muito popular na família.
https://www.amazon.com.br/Os-tr%C3%AAs-imperadores-caminho-Primeira-ebook/dp/B00D2XJ8V4/ref=mp_s_a_1_1?adgrpid=120231651299&hvadid=595822747668&hvdev=m&hvlocphy=1001533&hvnetw=g&hvqmt=e&hvrand=3379077374243528228&hvtargid=kwd-378076145437&hydadcr=10513_13509116&keywords=os+tr%C3%AAs+imperadores&qid=1693488436&sr=8-1
“A I Guerra aconteceu porque nenhuma nação, dentre as mais poderosas, quis dar um passo para trás e mostrar fraqueza. Uma guerra promovida por ego, matéria prima, mercados consumidores e colônias.”
A situação era outra mesmo? Pq isso tá parecendo BEM atual pra mim! MEDO!
Por aqui nossa ministro da defesa disse que não vamos nos armar, nosso presidente também diz o mesmo. Enfim, não posso digitar mais porque corro o risco de ser preso pelo Alexandre de Moraes por fake news
Qual é a real ameaça contra o Japão? A CN não é louca de tentar atacar o Japão com nukes, Kim sabe que seria o seu fim, a China eu acho que também não representa uma real ameaça para o Japão, a não ser que a China não tenha esquecido o que o Japão fez num passado não tão distante, mas eu acho que não é o caso. Na minha opinião a única ameaça contra o Japão é se ele tentar se meter contra a China o dia que a China tentar invadir Taiwan, mas aí o Japão só vai… Read more »
EDITADO:
COMENTÁRIO BLOQUEADO DEVIDO AO USO DE MÚLTIPLOS NOMES DE USUÁRIO.
Tem um ditado que diz mais ou menos assim: Quem bate esquece, quem apanha não.
Sei que já faz bastante tempo, mas…
“Sei que já faz bastante tempo, mas…” Ué, mas no caso da Rússia, tem um pessoal que vive dizendo que as ex-repúblicas soviéticas não esquecem o que sofreram na mão dela, mas o mesmo nunca é dito em relação ao que a China sofreu na mão do Japão, nesse caso geralmente alegam que “faz muito tempo, e não podemos ficar apegados ao passado”. Mas eu acho que não é o caso, eu acho que a China não atacaria o Japão pra se vingar pelo passado, ainda mais que o Japão tem bases americanas, e como eu sempre digo, potências só… Read more »
Não tem muito o que fazer sobre o passado, não é? Mas na prática, deixar ele pra trás nem sempre é simples, e o primeiro passo é ter uma mudança concreta nas relações entres os envolvidos. O resto só o tempo resolve.
Em particular da Rússia, acho que essa mudança de relações nunca foi concreta e nem convenceu muito.
Tem uma turma que vira e mexe (invariavelmente toda vez que se fala do Japão na Trilogia) lembra do que o Japão fez com a China mas esses mesmos nunca se lembram do que a Rússia (URSS) fez com a Ucrânia.
Será que só chineses têm memória e … sentimentos?
“invariavelmente toda vez que se fala do Japão na Trilogia.”
O mesmo vale quando se fala em Rússia, ainda mais depois da invasão da Ucrânia. Só que eu vejo muito mais defesas em favor do Japão, omitem seus crimes de guerra e geralmente o chamam de “Samurai Adormecido”.
Quanto a memória e sentimentos, todos tem, Ucrânia, Geórgia, Coreia do Sul, China, Iraque, Síria e tantos outros…
Os que defendem o sofrimento ucraniano aqui(o que é justo) são os mesmos que são nostalgicos com Imperio Mongol de Gengis Khan e Japão imperialista porque esses dois causaram danos a China e Russia logo tudo que causa dano a China e Russia é reverenciado por essa turma, é uma coisa mórbida. Só que para os asiaticos esses dois não são diferentes da Alemanha n4z1st4, quer dizer é até pior. Veja, ainda é fácil encontrar hoje adeptos da ideologia do bigodinho no ocidente, inclusive aqui no Brasil, já na Asia ninguém suporta a ideia do Japão imperialista e do Imperio… Read more »
Eu não ficaria tranquilo, com um Gordinho doido ao lado, mandando foguete por cima das cabeças todo mês ou com um País que reiinvindica todo o mar Da China.E se te pegar pelas redondezas é canhão de água no lombo
Se o Japão está numa situação não muito confortável…Imagina o Brasil.
Ocupado no norte pela Rússia, contestado agressivamente pela China no Sul, e seu cachorro louco explodindo foguete no Pacífico após cruzar Honshu. Japão está sozinho: o histórico americano de abandonar aliados é uma certeza. Se o Japão ou Coréia precisarem de apoio, ele não será definidor de conflito, o máximo é o que já tem, o efeito dissuasor atual, e os japoneses demonstram estar cientes disso. O nível de debate não é tão raso na sociedade japonesa como aparenta, é presente até na cultura otaku, como em Shingeki n Kyojin onde por fim o dilema de sobrevivência de nações vizinhas… Read more »
A necessidade de reestruturar as forças armadas do Japão é evidente, principalmente obtendo a capacidade de ataque de suas forças, o grande problema, contudo, são os gringos que ainda não confiam nos japoneses a ponto de achar que nunca serão traídos pelos mesmos de novo. Os gringos sabem que não há garantia de que um Japão militarmente capaz, armado em sua plenitude, se voltarão contra eles em algum momento, afinal como confiar num ex-inimigo, que embora hoje seja um aliado, seu único arrependimento na guerra passada foi perder a guerra para os gringos, e vive até hoje em função desse… Read more »
Japão é estranho, ao mesmo tempo que é o maior aliado do EUA na região, assume uma postura que coloca os EUA como um agressor que humilhou o país no passado
Eu entendo que informalmente o Japão deve ser uma colônia dos gringos por causa da derrota na segunda grande guerra, por isso essa ambivalência (entendo que os gringos não aceitariam menos do que isso com a vitória que tiveram sobre os japoneses). A falta de um controle formal dos gringos sobre o Japão dá a sensação às pessoas, e principalmente à população japonesa, de que se tratam de dois países independentes e autônomos politicamente, por isso de modo geral se comportam como se fossem soberanos, mas essa soberania deve ser restrita a questões banais e sem importância, sendo que para… Read more »
Santa baboseira batman.
Baboseira?
O amigo acima definiu precisamente o que tem sido o Japão nas últimas decadas.
Isso é óbvio. Agora não é somente ter capacidade mas ter pessoal nas Forças Armadas. Com atual politica de natalidade alicerçada num capitalismo escravocrata ao qual o cara tem de viver 24 horas na empresa, como se resolve esse problema. Isso é que o governo japonês tem de ver com coragem!