Trump levanta sanções à Síria e reaproxima país do cenário internacional

Em uma reviravolta significativa na política externa dos Estados Unidos, o presidente Donald Trump anunciou nesta terça-feira (13) o levantamento de todas as sanções econômicas impostas à Síria. A decisão ocorre após a queda do regime de Bashar al-Assad em dezembro de 2024 e a ascensão de Ahmed al-Sharaa ao poder. O anúncio foi feito durante visita de Trump à Arábia Saudita, marcando a primeira reunião entre líderes dos EUA e da Síria em 25 anos.
Trump justificou a medida como uma oportunidade para a reconstrução da Síria, devastada por mais de uma década de guerra civil. “Eles já suportaram desastres, guerras e mortes suficientes”, declarou o presidente americano. O levantamento das sanções visa facilitar a reintegração da Síria à comunidade internacional e estimular investimentos estrangeiros no país.
Durante o encontro em Riad, Trump instou al-Sharaa a normalizar as relações diplomáticas com Israel, sugerindo a adesão da Síria aos Acordos de Abraão, que já incluem Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Marrocos e Sudão. Além disso, o presidente americano solicitou a expulsão de combatentes estrangeiros do território sírio e a colaboração na prevenção do ressurgimento do Estado Islâmico.
A figura de Ahmed al-Sharaa é controversa. Ex-líder do grupo extremista Hayat Tahrir al-Sham, vinculado à Al-Qaeda, al-Sharaa tem buscado se apresentar como um unificador das diversas comunidades religiosas da Síria. Sua ascensão ao poder foi apoiada por líderes regionais como o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman e o presidente turco Recep Tayyip Erdogan.
A decisão de Trump foi bem recebida por países árabes, que veem na medida uma chance de estabilidade regional. No entanto, a proposta de normalização com Israel enfrenta resistência interna na Síria, especialmente devido à ocupação israelense das Colinas de Golã desde 1967. A população síria, majoritariamente contrária a Israel, pode se opor a essa reaproximação.
Paralelamente, Trump anunciou um acordo de US$ 142 bilhões em vendas de armas com a Arábia Saudita e a promessa de US$ 600 bilhões em investimentos sauditas nos EUA, abrangendo setores como inteligência artificial e energia. Empresas americanas como Nvidia e Cisco fecharam acordos significativos na região.
Apesar dos avanços diplomáticos, a visita de Trump ao Oriente Médio também gerou controvérsias. O presidente americano foi criticado por aceitar um jato de US$ 400 milhões do Qatar, levantando questões éticas sobre presentes recebidos por líderes estrangeiros.
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Trump tem apoio dos Turcos e dos Sauditas para criar novos mercados e investir na Síria.
Investir em uma área conflituosa, como a Síria, dividida em vários grupos beligerantes difícil, mas tem petróleo de boa qualidade na sua maioria em terras sobre controle dos cursos aliados dos americanos mas que manteem seus negócios através da fronteira com Turquia, para empresas americanas investirem no negócio e dar lucro ao governo central da Síria alguém vai ter que abrir mão dis lucros rsrs. Turquia e A Saudita “muito amigos” entre si. Rsrsr
“Ex-líder do grupo extremista Hayat Tahrir al-Sham, vinculado à Al-Qaeda, al-Sharaa tem buscado se apresentar como um unificador das diversas comunidades religiosas…”
Eram considerados terroristas e inimigos. Hoje são amigos dos amigos.
Abraço, Nilo.
Caro, recentemente teve genocídio do povo alauista e drusos praticado por esse regime após atomada do poder , lógico que essas imagens foram censura no meio ocidental, que foram os patrocinadores, tem matéria abundante nos meios, inclusive uma entrevista do ex diretor da CIA explicando como foi montado a estrutura junto com Al-Qaeda, no telegram tem cenas muito forte de violência de mulheres e crianças , creio que caso você queira entender esse caso , vai ter um outro ponto de vista, esse tom conciliador não existe o que está em curso a limpeza ética de drusos e aluistas.
🙏
Nos últimos 80 anos o maior grupo terrorista do planeta foi os EUA.
Só a titulo de exemplo: A quantidade inimaginável e indiscriminada de bombas lançadas na Coréia e na Indochina, do ponto de vista das populações atingidas, constitui terrorismo.
Portanto, a foto é de um terrorista-marechal-veterano cumprimentando um terrorista-tenente-temporário. 🙂
Investir na Síria? O maior interesse é barrar a crescente influência da China nessa região.
Esse investimento provavelmente virá só dos países árabes.
“O levantamento das sanções visa facilitar a reintegração da Síria à comunidade internacional e estimular investimentos estrangeiros no país.”
Está no texto.
Vemos o nascimento de mais uma marionete.
Futuramente será eliminada.
Como tivemos várias ao longo da história.
A Marionete aqui só trocou de mão, antes era da Rússia, agora vai ser dos EUA.
A cada dia o Putin fica menos difícil de engolir… Trump está longe de ter problemas pra lidar com ditadores, bandidos, terroristas e qualquer um que mostre oportunidade de lucro pra ele.
E além disso ter um tipo de Bin Laden ( que os EUA ofereciam 10 milhões de dólares pela cabeça) no governo de uma nação, abre oportunidades de novas guerras, mais lucros, a indústria bélica do Tio Sam não pode parar.
Nem 10 anos atrás este ser estava degolando civis inocentes na Síria.
Esse mundo é um lixo.
Já roubavam seu petróleo na cara dura, agora com um fantoche no poder as coisas ficarão mais fáceis…
As voltas que o mundo dá e a hipocrisia e cara de pau de alguns são de espantar.
Quando diziam que existia dinheiro Saudita no EI eu as vezes duvidava, mas tá caindo a mascara que esse cara não é fantoche dos EUA, e sim das Monarquias Árabes
O plano de baratear petroleo a todo vapor.
E ajudar a controlar a inflação, o grande inimigo de todos os governos, que vem derrubando todos desde a pandemia.
Exatamente. Petróleo barato; Americano redneck feliz; Voto no Old Party. 🙂
A Al-Qaeda agora é amiga dos EUA?
Os mortos do 11 de setembro agradecem a Trump.
Quem diria que, depois do onze de setembro, veríamos um presidente dos EUA negociar presencialmente com o Taliban (no primeiro mandato), com direito às bajulações de praxe desses encontros, e ainda fazer acordo e apertar a mão de chefes de uma espécie de “Al Qaeda 2.0”.
Isso confirma algo que já aprendi faz muito tempo: o dinheiro cega as pessoas.
Por ele, o ser humano é capaz de fazer coisas inimagináveis.
Uma bela jogada do Trump. Tenta legitimar e fortalecer o atual governo, evitando que o mandatário deposto, protegido pelos Russos e legítimo governante, retorne, em caso de uma eventual ação de insurgência bem sucedida, faz negócios e ainda agrada outros parceiros da região. Putin observa e já move suas peças…
Na foto bizarra, o presidente dos Estados Unidos aperta a mão de um ex-líder da Al-Qaeda, responsável pela morte de 3000 americanos no 11 de setembro, hoje homem forte na Síria.