Despesas discricionárias do Ministério da Defesa despencam 42% desde 2014

O gráfico intitulado “Série Histórica 2014 – 2025: Despesas Discricionárias (MD)” apresenta a evolução dos gastos discricionários do Ministério da Defesa (MD) do Brasil ao longo de 12 anos, destacando uma redução acumulada de 42% no período, em valores corrigidos pelo IPCA.
Principais pontos da análise:
1. Queda progressiva das despesas totais
- Em 2014, as despesas discricionárias somavam R$ 21,3 bilhões, sendo R$ 13,0 bilhões em “Demais Discricionárias” (verde) e R$ 8,3 bilhões em “Novo PAC” (azul).
- Em 2025 (LOA), o total previsto é de R$ 12,3 bilhões, com R$ 6,6 bilhões em “Demais Discricionárias” e R$ 5,7 bilhões em “Novo PAC”.
- Isso representa uma queda de 42% no total ao longo do período.
2. Oscilações e estabilidade relativa
- Após uma queda acentuada entre 2014 e 2016, com o total chegando a R$ 14,4 bilhões, os valores oscilaram entre R$ 15 bilhões e R$ 17 bilhões até 2019.
- De 2020 em diante, há uma trajetória mais estável e levemente descendente, até o piso de R$ 11,6 bilhões em 2024, antes de leve recuperação projetada para 2025.
3. Participação do Novo PAC
- A participação do “Novo PAC” nas despesas variou ao longo dos anos, atingindo picos em 2014 (R$ 8,3 bilhões) e 2022 (R$ 7,2 bilhões), com um recuo expressivo em 2023 (R$ 4,9 bilhões).
- Em 2025, estima-se uma leve alta para R$ 5,7 bilhões, ainda abaixo dos níveis da década anterior.
4. Redução nas “Demais Discricionárias”
- O componente “Demais Discricionárias” caiu de R$ 13 bilhões em 2014 para R$ 6,6 bilhões em 2025, ou seja, quase 50% de redução nesse subconjunto específico.
- Esta é uma indicação clara de restrição orçamentária contínua nas atividades operacionais, manutenção e investimentos não vinculados ao PAC.
Considerações
O gráfico evidencia uma diminuição sistemática da capacidade de investimento discricionário do Ministério da Defesa ao longo da última década, mesmo em períodos de maior estabilidade fiscal. A compressão orçamentária pode ter impactos diretos na manutenção da prontidão operacional das Forças Armadas, modernização de equipamentos e continuidade de projetos estratégicos. A inclusão do Novo PAC como componente importante nas contas de 2025 sinaliza uma tentativa de recuperar parcialmente os investimentos via programas federais de infraestrutura, mas ainda aquém dos níveis observados em 2014.
A tendência de queda, mesmo com oscilações, aponta para a necessidade de revisão das prioridades estratégicas e financeiras da Defesa diante de um cenário de limitação fiscal.
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A defesa no Brasil nunca foi levada a sério, afinal, não dá voto!
Entrará ano e mais ano e continuará o mesmo, cortes aqui, cortes acolá, congela daqui, congela de lá e assim vai. Claro, não podemos descartar os erros dos próprios militares nessa seara toda. Uma revisão total seria mais que necessária, seria urgente! É o que eu já comentei aqui, sacrifícios precisam ser feitos, mesmo que doa na pele de muitos.
E o pior é que nas ultimas eleições só teve aumento de militar no poder legislativo vindos das forças armadas e principalmente das forças políciais. Mas esses só tem apresentado um trabalho igual ou pior que as velhas raposas da política.
No jornal nacional de hoje foi anunciado que amanhã quinta feira será anunciado o contingenciamento pelo governo.
Eu queria ver um estudo desses com o Judiciário. Vamos ver o quanto eles estão cortando.
Nesse estudo deveriam incluir todas as verbas indenizatórias que os juízes receberam fora do teto e que viraram precatórios.
O desmonte é vontade política. O enfraquecimento é uma voga do poder vigente que quer as FÃ fracas porque so se vê a faceta do “gopi”.
Estamos seguindo o caminho previsto por Ruy Barbosa, nos preparando para a própria queda.
Pra mim isso é culpa dos próprios militares. Porque milico brasileiro se enfia tanto em política ? O regime militar foi uma lástima e pra mim só é rechaçado até hoje porque atingiu a elite politica e burguesa, como por exemplo, no caso do Rubens Paiva. O que restou foi uma desconfiança absurda da classe politica e da burguesia com militares. Décadas após o regime militar, milicos se envolvem com um péssimo governo, se enfiam em ministérios sem ter uma experiência na pasta, vide pazuello, e ainda por cima disso tudo conspiram um golpe tosco que não iria levar o Brasil a lugar nenhum. Aí me diz, como que a classe politica vai confiar nos militares ?
Meu pai e minha mãe estudaram em escola pública na época do regime militar. Minha mãe podia pagar particular mas a fama era que só quem não conseguia passar de ano pagava a particular para passar.
Meu pai não conseguia pagar escola particular na época mas ganhou uma bolsa de 100%. Minha vó recusou pq o ensino no estado era melhor.
Os índices de criminalidade eram absurdamente menores.
E a corrupção também, absurdamente menor do que temos hoje.
O Brasil foi o país que mais cresceu dentre TODOS os países do mundo no século 20. Nos últimos 25 anos foi a China, mas no século todo foi o Brasil e isso graças à alguns governos antigos e graças aos governos militares.
Depois tivemos os últimos 15 anos de redemocratização e o crescimento caiu muito.
Claro que o governo militar teve seus problemas mas está muito longe de ter sido uma lástima. Só acho engraçado que o pessoal que defende o governo atual normalmente adora a China e lá a população também não vota para Presidente, também tem censura em filmes, músicas, Internet, etc muito parecido com o que o governo militar fez no Brasil. A maioria também adora Cuba e lá é pior ainda, o mesmo ditador por décadas até a morte ai assume o irmão ou um filho como na Coreia do Norte.
O Irã que os esquerdistas também adoram acabou de condenar a morte um rapper que cantava músicas que influenciavam os jovens.
Caraca, te doutrinaram direitinho, hein? Aliás, você prestou serviço militar?
Não defendo o regime militar, não era uma democracia, mas até hoje não temos uma democracia plena.
Já viu o vídeo da melhor amiga da Dilma?
Ela diz com todas as letras que eles lutaram contra os militares MAS não para implantar uma democracia e sim substituir por uma ditadura do proletariado, ou seja, uma ditadura socialista.
Pensar que essa turma que governa o Brasil há 20 anos são os bonzinhos que lutaram pela democracia que é o maior erro. E ainda que o regime militar tenha tido muitos erros e abusos, tiveram sim uma época do chamado Milagre Econômico onde o Brasil crescia 10%, 12% ao ano durante muitos anos.
A educação pública também era muito melhor do que é hoje e a segurança também.
Não vou me dar trabalho de refutar seu comentário extremamente infantil. Me lembra eu com 15 anos, tinha o mesmo papinho. Engraçado que tu fala de escola pública, mas na época filho de rico sempre estudava em escola particular. Não sei da onde tiram que escola pública era melhor que particular nos anos 80 kkkkk
Não falo de década de 80.
Década de 60 e 70.
Só vai mudar quando sofrermos na carne, mesmo que minimamente, uma incursão e mesmo nos saindo bem, termos perdas de militares e civis. Só assim a sociedade vai abrir os olhos e apoiar e até cobrar a ação/investimento por parte de quem tem a caneta nas mãos que liberam e direcionam os recursos $$$.
Quando algo pesado ocorrer contra o estado Brasileiro não terá mais volta.. a Ucrânia está aí para provar isto …. Um país invadido e devastado, mais de 500mil mortos, território tomado e forças armadas destruída….
Os militares brasileiros são parte do problema, aceitaram está situação, não se posiciona para ter recursos para a defesa do país , não são patriotas, são cooperativas , o alto comando um verdadei clubinho que se preocupam com interesse próprio… Fazer carreira pública e ir lá reserva… Não temos políticos estadista patriotas e uma população pacata , que não tem interesse pelo tema…. A atual geração vê as FA como um peso… Somatória de fatores tem colocado o Brasil nesta situação, o maior inimigo é o próprio brasileiro desacreditado no seu país…nas suas instituições viciadas na corrupção
“A inclusão do Novo PAC como componente importante nas contas de 2025 sinaliza uma tentativa de recuperar parcialmente os investimentos via programas federais de infraestrutura, mas ainda aquém dos níveis observados em 2014.”
E isso, é claro, partindo-se do princípio de que 100% da grana prometida por esse PAC será 100% convertida em “realidade” nas promessas feitas.
Coisa que, sinceramente, passo longe de acreditar…
“A tendência de queda, mesmo com oscilações, aponta para a necessidade de revisão das prioridades estratégicas e financeiras da Defesa diante de um cenário de limitação fiscal.”
Essa “revisão de prioridades” deveria ser um diálogo franco, pé-no-chão, no qual o MD e o Gov. Civil discutiriam diretamente com as 3 Forças sobre quais programas e aquisições deveriam ser a prioridade nos próximos anos, para qual tipo de ameaça que as FA’s enxergam que serão o problema num futuro a curto, médio e a longo prazo, com o governo civil se comprometendo a chegar num concenso de manter esses programas escolhidos a dedo pelas FA’s ( deve-se ser criterioroso com quais programas, se tudo é urgente, nada é urgente ), e as FA’s, por seu lado, se comprometeriam a realizar reformar profundas em suas instituições, visando-se livrar de meios e órgãos inúteis e redundantes, e tendo como prioridade a economia e gerenciamento de recursos, evitando o desperdício.
Mas tô meio velho pra acreditar nisso…
“para qual tipo de ameaça que as FA’s enxergam que serão o problema num futuro a curto, médio e a longo prazo”
Isso é papel do Estado Brasileiro elaborar cenários de ameaças hipotéticas, se quem está fazendo isso são as FFAAs está muito, mas muito errado. Em países sérios tbm é o Governo quem decide quais programas são estratégicos.
O Gov não quer se meter nisso, só quer cobrar o resultado qd for conveniente para apontar um culpado.
O Brasil está se tornando um país excelente para se invadir.
É uma questão de tempo, mas uma opção militar será imposta contra nós. Pode ser ano que vem ou daqui a 50, mas vai. E não existe somente a invasão, pode ser uma zona de exclusão aérea, bloqueio naval(a mais verossímil), um bombardeio cirúrgico etc.
Não será necessário nada disso.
É só ver como os nossos patriotas estão defendendo uma intervenção americana nos assuntos internos brasileiros,
Tipo quando a esquerda uns anos atrás vivia em Haia pedindo intervenção no Brasil por causa de Yanomamis ?
O TPI não intervém em Estados, julga indivíduos mesmo, quem julga Estados é a CIJ, nunca houve qualquer risco de “intervenção no Brasil” de nenhuma das duas Cortes (nem processo na CIJ rolou e a denúncia no TPI nem recebida foi), até pq o país aceitou a jurisdição de ambas de forma voluntária, algo bem diferente de um país estrangeiro querendo submeter instituições do país a sua vontade.
No caso aí, aliás, a denúncia contra Bolsonaro foi feita pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns e o Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos não por qualquer partido de esquerda.
(1) https://www.cartacapital.com.br/sociedade/genocidio-drama-humanitario-dos-yanomami-pode-reforcar-denuncias-contra-bolsonaro-no-tpi/. O conteúdo de CartaCapital está protegido pela legislação brasileira sobre direito autoral. Essa defesa é necessária para manter o jornalismo corajoso e transparente de CartaCapital vivo e acessível a todos
Um verdadeiro militante com M Maiúsculo hehe. Cara não perca seu tempo, nem o meu.
TUDO aí é informação, não quer acreditar o problema é seu, meu papel de informar tá feito.
Plmdds, que comparação infantil.
Negação do uso linhas marítimas acaba com o Brasil em meses…
Não temos capacidades dissuadir nada , nada em uma proporção mínima o suficiente para interromper o fluxo maritimo na registro nordeste uma exclusão aérea nesta região, faz um estrago estrago enorme, entrem em um site de tráfego aero e observem o fluxo de aeronaves que passam pelo nordeste indo da Europa para o Sudeste e sul … é algo incrível…. Acho que é a principal rota de ligação área com todo Brasil… E o que temos Lá no nordeste?
Nada ! Super tucanos desarmados …. Deve ter um 3 Bandeirulhas fim de carreira e alguns navios patrulhas de 600T …não tem nada…
O Brasil é enorme! Rico , muito rico …. Mas não tem defesa o suficiente para proteger e explorar suas riquezas
Sai mais barato corromper o governante.
Sai e isso já é feito a 40 anos, mas uma hora a opção de força vai trazer mais beneficios para o corruptor. Vai crendo que sempre será como hoje…
Não descarto a hipótese de uma corrida entre potências para decidir quem fica com a melhor parte. Isso, a corrupção não evita.
A França está criando um exercício de mercenários na fronteira com o Brasil, com o nome de prisão de segurança máxima, estes formarão a minha de frente para ações da AL…. Escreve e lembrem quando começa
E alguns sonhando com segundo lote de Gripen e Tamandaré. Outros imaginando defesa antiaérea de médio e longo alcance. Outros ainda com centenas de Leopard 2a8.
Sinceramente, eu não acredito que chegaremos a concluir o primeiro lote de Gripens !
Nas Tamandaré até acredito, pois a Marinha ficaria sem escoltas e 4 até cabe no orçamento rsrr..
Agora defesa antiaérea de médio e longo alcance e MBTs zero km, sem chance mesmo !
FCT: garantido os 4, porque já foi pago, e é APENAS por causa disso.
Riachuelos: idem.
Qualquer conversa sobre segundo lote…vixi…
Sobre os Gripens: provavelmente o pograma com o estado mais preocupante, comparado aos 2 que citei acima.
Espero, por Deus, estar MUITO errado e queimar a língua, mas tô vendo a hora do Poder Aéreo “soltar a bomba” de que o n° de Gripens foi tesourado em definitivo, e serão trocados por F-16 usados.
Que Deus permita que eu esteja profundamente errado.
Realmente, a questão do Gripen está extremamente preocupante, se chegar de fato as 36 unidos, isso já será algo fantástico dada as atuais circunstâncias.
Sobre a Marinha, acredito que irá ficar nisso mesmo, 4 Riachuelo e 4 Tamandaré. Tudo o que entrar daqui pra frente será para finalizar o elefante branco.
Toda a diminuição de despesas com nossas forças sucateadas, e uma temeridade imensa, somado aos gastos grandes com meios fora da área militar, como centenas de hotéis de trânsito, o cenário fica desesperador.
A verdade é que os políticos só compram alguma causa se isso trouxer retorno de interesse pessoal . O presidencialismo de coalisão é movido a interesses escusos e mobilizar o poder politico pode ter como custo a contaminação das forças armadas em todos os níveis.
Sem sombra de dúvida, esse é o tipo de informação que reforça a necessidade de uma ampla e profunda, mas profunda mesmo, reforma no nosso sistema militar.
Digo profunda, pois, na minha visão, uma reforma passaria pelos seguintes pontos:
1- revisão da função constitucional das FAs;
2- revisão do sistema de recrutamento e serviço militar, inclusive com reorganização dos postos e graduações;
3- revisão do sistema previdenciário dos militares;
4- revisão da estrutura geral do nosso sistema de defesa (MD, EMCFA, EB, MB, FAB);
5- criação de um fundo específico para modernização da nossa defesa (e que tivesse o seu valor reajustado a cada 2 ou 3 anos para manter o poder de investimentos);
6- estabelecimento de uma mentalidade mais pragmática e modernizadora dos militares;
7- centralizar a formação dos generais na ESD(antiga ESG), de forma a fazer unificar pensamentos….
8- manter um centro conjunto de avaliação e aprendizado de doutrinas, para atualização constante.
9- manter um plano, constante de compras e desenvolvimento de tecnologias de defesa nacionais e/ou nacionalizadas
10- fomentar a parceria entre a indústria e as universidades/faculdades para o desenvolvimento de tecnologias nacionais.
11- estabelecer parcerias pragmáticas visando adquirir sistemas úteis e necessário, sem necessariamente passarem pelo tradicional ToT.
12- outra que se julguem pertinentes…
Porémmm… sonho meu, sonho meu….
sonhou um monte de desconhecimento…..
Eu já venho dizendo faz tempo que essa baboseira de orçamento não serve pra nada. Pra entender o problema você tem que entender o básico, começando pelo que é gasto obrigatório e o que é gasto discricionário. O obrigatório cresceu nos últimos anos pq o discricionário caiu. Por isso as FAs gastam tão pouco em novos equipamentos e por isso a folha é toda salário.
As FAs cometeram vários erros nos últimos anos. Terem entrado na política foi desastroso pra elas. Para os doidos de plantão que ainda acreditam que não houve tentativa de golpe é só olhar o depoimento hoje do ex comandante da FAB no STF.
Em muitos sentidos nós somos ainda uma grande república de bananas. Você ter militares em pleno 2025 participando de conspirações de golpe é coisa de paíseco da América Central ou África.
Aí fica uns doidos falando que ” ain os políticos só pensam neles” se eu fosse político eu não dava 1 real para as FAs. Simples assim. O regime militar foi o maior desastre econômico e social da história desse país. Dar um golpe para colocar um sujeito limítrofe no poder, provavelmente com um QI 75, teria destruído completamente esse país.
O mentecapto que atualmente senta na cadeira do Planalto pelo menos pode ser removido, alguém acreditar que algum salvador, e ainda por cima um mentalmente desafiado como o que queria dar golpe iria salvar esse país é prova de que temos um longo caminho ainda a percorrer.
Então não adianta discutir os problemas das FAs hoje como sendo apenas algo que os “puLiticuz” causaram. As FAs brasileiras são uma grande merda. Elas insistem em ficar se comportando como se um país com a dimensão e diversidade do Brasil fosse um paiseco , e precisasse de uns kras que frequentaram umas escolinhas de escoteiros fossem tutores da sociedade.
Eu conheço gente graúda na política que me disse que apesar de haver grande simpatia no meio politico pela tal PEC dos 2%, gato escaldado tem medo de água fria. Ninguém quer por o seu na reta dando um monte de brinquedo novo para esses kras, pq a vdd é que os políticos cagam de medo dos militares.
E eles não estão malucos de pensar isso. Aqui nesse blog mesmo tá cheio de ex militar que são fãs de carteirinha de ditador, desde que seja um alinhado à ideologia deles. Agora achar uma ditadura no planeta que tenha dado certo nenhum deles é capaz. A democracia brasileira é uma porcaria e é cheia de problemas, mas eu jamais trocaria ela por uma ditadura. Seja ela qual for.
E eu duvido que esse modelo de FAs que temos irá mudar. Se tu propor uma reforma das FAs eles começam com movimento de coronel na semana seguinte. O Brasil nunca conseguiu se armar entre outras coisas pq as FAs são um grande foco de instabilidade política no país. A primeira tentativa do Brasil se transformar em uma grande potência militar deu com os burros na água por conta da revolta da Chibata. E o bombardeio do Rio pela Marinha.
Simplesmente mandaram devolver todos os encoraçados de volta. Depois veio os 500 tenentismos. Antes da WWII, Getúlio ativamente enfraqueceu as FAs pq morria de medo de tomar golpe. Já existem fortes indícios que no regime militar o alto oficialato tinha medo de comprar equipamentos e com sua distribuição regional criar possíveis rivais em uma trajetória de golpes sucessivos.
Então assim, é mto claro que as FAs sempre foram o maior impedimento para seu próprio sucesso.
“ A primeira tentativa do Brasil se transformar em uma grande potência militar deu com os burros na água por conta da revolta da Chibata.”
Tem muito achismo disfarçado de fato no seu post, mas isso aqui é absurdo demais para passar batido.
Até 1889, o Brasil era, incontestavelmente, a maior potência militar da América do Sul.
O que se passou nas quatro décadas seguintes foi o total desmantelamento das FA nacionais, por sucessivos governos republicanos.
A Marinha, especialmente, dado o frenético ritmo de inovação da Belle Epoque, chegou a WW1 totalmente obsoleta, contrastando com a força da antiga Armada Imperial.
Enquanto no Século XIX bloqueávamos o Rio da Prata ao nosso bel-prazer, no primeiro quartel do Século XX chegamos a ter uma Marinha com metade da tonelagem da Marinha argentina.
E isso não tem nada a ver com a Revolta da Chibata, que antes foi consequência de uma tentativa malfadada e mal-planejada de modernização, combinada com uma Marinha que tinha parado no tempo nos 20 anos anteriores.
Reitero o comentário. Além disso, reparo os dislikes, aparentemente muita gente ainda vive na bolha. Graças a Deus já saí disso.
Nada que um pouco de contabilidade criativa não resolva…
Gasto é Vida…
Chama a Dilma !!!
09/04/2024
“Aumento de emendas sinaliza necessidade de nova cultura orçamentária”
Nos últimos anos, ocorreu um crescimento expressivo do volume de emendas parlamentares no orçamento federal. Em termos nominais, as emendas parlamentares saíram de R$ 6,14 bilhões em valores empenhados em 2014 para um montante autorizado de R$ 44,67 bilhões em 2024.
As emendas, que correspondiam a 3,95% do conjunto das despesas discricionárias em 2014, chegaram a um pico de 28,78% em 2020 e, em 2024, devem representar 20,03% das discricionárias.
Em 2014, das transferências federais diretas para municípios, estados e entidades privadas, isto é, dos recursos discricionários não executados diretamente pela União, 83% foram feitas pelo Executivo federal e 17% foram emendas do Legislativo (esses valores não incluem fundos de participação).
Em 2023, as transferências do Executivo foram 54% do total, e as do Legislativo (emendas), 46%.
Essa grande expansão do papel das emendas parlamentares nos últimos dez anos reflete um conflito entre Legislativo e Executivo em relação à forma como o orçamento é elaborado e executado.
Para muitos observadores, o modelo atual, com emendas muito infladas em relação ao passado recente, descoordena a ação pública, pois os gastos não são alocados dentro de programas estruturados.
É a visão de que a multiplicação das emendas pulveriza o dinheiro público em ações paroquiais, em vez de se integrarem numa estratégia nacional de investimento do Estado.
[FGV]
A análise é correta, mas acho que pode ser complementada.
O aumento das emendas ocorreu em paralelo com o aumento dos programas sociais. Resultado: o Executico deixou de gastar em obras. O Legislativo tomou para si essa função, com todos os desvios e desfuncionalidades associadas.
Investimento em obras públicas hoje, somente com concessões e outras modalidades.
Agora entra a questão da origem desta situação. Executivos fracos (vulgo rabo pŕeso) são mais suscetíveis à ceder ao Legislativo.
A fraqueza do executivo atual não vem de ”rabo preso” e sim da sua fraca base eleita para representa-lo na Câmara e senado.
Dos 513 deputados da Câmara a coligação governista eleita em 2022 [PT, PCdoB, PV… ], conseguiu somar inicialmente 80 deputados.
Enquanto só o PL sozinho elegeu 99 deputados, que junto com outros partidos, formaram uma esmagadora maioria de deputados de oposição ao atual governo.
Vamos combinar então em 50/50….
Fechamos???
“(…)em valores corrigidos pelo IPCA.” Como ficariam os valores sem essa correção?
Em um futuro hipotético, existe algum risco do Brasil se dividir em outros países, devido a corrupção e o enfraquecimento das instituições do governo?
Estão achando ruim???
Esperem até passar as eleições….
Pois é, se ficasse no mesmo nível já estaria desatualizado, imagina diminuindo.
Para cumprir seu papel constitucional, as forças precisam urgente de uma reforma. Já está virando um imenso cabide onde tem piloto sem avião, marinheiro sem navio, soldado sem racho. O mais inacreditável é que se hipoteticamente houver uma invasão, os primeiros a serem destituídos são os três poderes. Pois quem manda são os invasores!
Bacana apresentarem a evolução dos gastos discricionários.
Agora quero ver apresentarem a evolução dos gastos totais, e dos gastos com pessoal.
Gastos Totais:
2014: R$ 135,02 Bilhões
2024: R$ 119,78 Bilhões
Queda real de 11,3%.
Gastos Obrigatórios:
2014: R$ 113,72 Bilhões
2024: R$ 108,18 Bilhões
Queda real de 4,9%.
Gastos Discricionários
2014: R$ 21,3 Bilhões
2024: R$ 11,6 Bilhões
Queda real de 45,5%.
Os investimentos nas FAs estão caindo tão rápido quanto a credibilidade da população com as mesmas… Aquelas que um dia já foram tão prestigiadas hoje estão se tornando irrelevantes, fruto de administrações desastrosas, interesses pessoais e políticos, por parte da “alta cúpula” que se deixa levar por algo que mais parece auto prestigio ou “medo”, sei lá.
Lamentável…
Infelizmente essa é uma situação geral do orçamento da União e tem a ver com o aumento brutal do montante reservado para as emendas parlamentares E o crescimento contínuo dos gastos obrigatórios*1.
Vai vir um ajuste fiscal imenso em 2026, mas obviamente o mercado só fala em limitar salário mínimo, cortar os pisos de saúde e educação e etc e seguirão as emendas incólumes.
Agora pensem, se maluco quer limar do orçamento gastos em áreas tão críticas pro dia a dia do cidadão imagina o que ele acha de gastos com projetos de defesa…
*1 https://portalibre.fgv.br/revista-conjuntura-economica/carta-da-conjuntura/aumento-de-emendas-sinaliza-necessidade-de-nova
Olha aí…..
Acabaram de anunciar contenção de 31,1 bi…
E aumento do IOF…
Político não está nem aí pra defesa, até o chorão tinha pouco interesse no tema, tava mais preocupado em não ir preso e salvar a pele dos filhos dele.
Esta até pior que isso.
Importante: salário mínimo em 2014 era R$ 724,00 e 1 Dólar = R$ 2,25
R$ 21,3 bi = U$ 9,46 bi = 29,4 milhões de salários mínimos
2025
Salário mínimo R$ 1.518,00 e dólar R$ 5,75
R$ 12,3 bi = U$ 2,13 bi = 8,1 milhões de salários mínimos
Resumindo 42% de queda não leva em conta a inflação no período e nem a diferença entre dólar (moeda utilizada para comércio externo de onde vem a maioria dos equipamentos militares que usamos).
Em dólar a queda foi de quase 78% e em salário mínimo foi de quase 73%.
Mas os detratores das forças armadas cegos por questões político-partidárias não enxergam isso e não querem aumento no orçamento. Continuaremos uma piada em poder militar e muitos que dizem que se importam com o tema ficarão felizes com isso porque acham que aumentar o orçamento significa aumentar privilégios e não entendem que os militares não podem aumentar o efetivo e nem aumentar seus próprios salários sem leis definidas pelo Poder político.
1) Para termos o mesmo valor de 2014 hoje, só a correção pela inflação teríamos que ter R$ 37,257 Bilhões para despesas discricionárias.
2) Para termos o mesmo poder de compra em relação ao salário mínimo teria que ser R$ 44,659 bi.
3) Em dólares os U$ 9,46 bi de 2014 considerando a inflação nos EUA nos últimos 10 anos, hoje seria U$ 12,71 bi.
Com a cotação atual daria cerca de R$ 73 bi.
O 1 seria para corrigir a nossa inflação.
O 2 para corrigir perante salário mínimo.
E o 3 que é o mais importante, o quanto de dólares e capacidade de adquirir equipamentos militares modernos, para termos a mesma capacidade de compra de 2014 em vez dos R$ 21,3 Bi teríamos que ter R$ 73 bi agora em 2025 e só temos míseros R$ 12,3 bi.
Só temos 16% do que tínhamos 10 anos atrás para adquirirmos equipamentos militares.
Já era ruim ficou muito pior.
Espero que o Lula dê uma aliviada nos cortes e dê o dinheiro que o Ministério da Defesa precise para dar uma adiantada no programa dos Gripens. Nós precisamos urgente de um segundo lote e nem recebemos o primeiro ainda.