GBI

Ground Based Interceptor

 Sérgio Santana*

Passados pouco mais de três anos desde o início da “Operação Militar Especial” das Forças Armadas da Federação Russa contra o território da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, o nível de tensão tem aumentado progressivamente, notadamente do lado russo, que na perspectiva de presenciar forças de paz da OTAN ocuparem o território ucraniano durante um provável armistício, tem repetidamente mencionado o potencial do seu armamento nuclear frente à Aliança Ocidental.

Similarmente ao sistema antimísseis russo, baseado no modelo A-135 – descrito pelo Poder Aéreo neste link – o sistema antimísseis norte-americano é GMD/GBI (Ground-based Mid-course Defense/Ground Based Interceptor, iniciais para Defesa de Meio Curso Baseada em Solo/Interceptador Baseado em Solo) operado em conjunto pelo Exército e a Força Aérea dos Estados Unidos.

O Sistema de Meio Curso Baseado em Solo

É o sistema de defesa antimísseis nacional dos Estados Unidos, projetado para proteger todos os 50 estados de um ataque limitado de mísseis balísticos de longo alcance. Um sistema global, o GMD e seus elementos associados abrangem 15 fusos horários e incluem mísseis GBI em dois locais: Ft. Greely, Alasca, e Base Aérea de Vandenberg, California.

O GMD integra dados de sete tipos de sensores em terra, mar e espaço, conectados em rede por meio de sistemas de controle de fogo e comunicação distribuídos. Há 44 GBIs implantados, com 40 baseados em Fort Greely, Alasca e quatro na Base Aérea de Vandenberg, havendo previsão de mais 20 até o fim da presente década.

Após detectar um lançamento de míssil, os sensores de defesa antimísseis balísticos do GMD alimentam dados no seu sistema de controle de disparo, para lançar um ou mais GBIs. Cada GBI de três estágios movidos a combustível sólido, voa na direção do míssil que se aproxima antes de liberar um Veículo Exoatmosférico de Destruição (Exoatmosferic Kill Vehicle, EKV), que usa sensores de bordo para rastrear e colidir fisicamente com a ogiva, destruindo-a no impacto.

O EKV consiste em um pacote de sensor-propulsão que colide com o veículo de reentrada durante a fase intermediária da trajetória balística do míssil, usando seu próprio buscador infravermelho, sistema de orientação e motor. À medida que se aproxima do alvo, o EKV integra dados dos radares de banda X com seus sensores de bordo e trava no míssil inimigo. O EKV ajusta continuamente sua trajetória de voo até colidir com o alvo.

Um técnico da fábrica espacial da Raytheon prepara Veículos de Destruição Exoatmosféricos (EKV) antes de sua acoplagem a Interceptadores Terrestres nesta foto sem data. Os EKVs não contêm explosivos a bordo e destroem ogivas de ICBM fora da atmosfera terrestre

O impacto causa a destruição completa da ogiva adversária, incluindo quaisquer agentes nucleares, químicos ou biológicos. Cada míssil GBI produzido por um consórcio entre as empresas Orbital Sciences Corporation, Raytheon e Boeing Defense, Space & Security pesa 21.600kg, mede 16.61m de comprimento e 1.28m de diâmetro, tendo guiagem dupla (inercial e infravermelho), é disparado de silos e atinge velocidade máxima de Mach 33 (35.013km/h), com um alcance de 5.300km.

Radar de banda X baseado no mar

O Controle de Fogo e Comunicação do GMD/GBI

O sistema GMD é ativado através do GFC (GMD Fire Control, Controle de Fogo do GMD), um software que recebe dados de vários sensores em todo o mundo por meio do Sistema de Comunicação por Satélite de Defesa, compila essas informações para criar uma imagem do campo de batalha e atualiza o operador sobre o status do arsenal de GBI, facilitando o planejamento de engajamento e as decisões de lançamento. Após o lançamento de um GBI, o GFC também retransmite dados de segmentação em voo em tempo real por meio de um dos seis terminais de dados operacionais em voo para o veículo de destruição exoatmosférico. O GMD Fire Control também é configurado para receber informações via C2BMC.

Comando e Controle: O C2BMC

O sistema de Comando e Controle, Gerenciamento de Batalha e Comunicações (Command and Control Battle Management and Communications) é uma interface de hardware e software para o sistema de defesa de mísseis balísticos (Ballistic Missile Defense System, BMDS) que integra dados de vários sensores e unidades de controle de tiro.

Essa integração permite construir uma imagem comum do espaço de batalha para operadores em todo o BMDS resultando na seleção de soluções de tiro ideais com base no status do BMDS, cobertura do sistema e trajetórias de mísseis balísticos. Também permite que os comandos de combate planejem engajamentos, particularmente para missões que exigem coordenação entre vários elementos do BMDS. Atualmente, há cerca de 100 estações de trabalho C2BMC em todos os comandos de combate com conectados ao BMDS.

A primeira estação de trabalho C2BMC tornou-se operacional em 2004. Desde então, elas foram adotadas no USSTRATCOM, USEUCOM, USCENTCOM, USNORTHCOM e USPACOM como um meio de fornecer integração e gerenciamento de batalha aos operadores do BMDS. Várias atualizações do sistema ou foram lançadas para melhorar o gerenciamento de sensores e trazer novos elementos BMDS para a rede.

Essas capacidades fazem do C2BMC o primeiro verdadeiro sistema de gerenciamento de batalha do BMDS, pois permitem a coordenação de comandantes em todas as plataformas e a implementação de conceitos operacionais de lançamento remoto por meio da capacidade de conectar sensores e vinculá-los aos operadores.

O sistema também permite o planejamento de batalha, resultando na coordenação em tempo real entre comandos envolvidos e planejadores de elementos do sistema antes de engajamentos reais.


*Bacharel em Ciências Aeronáuticas (Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL), pós-graduado em Engenharia de Manutenção Aeronáutica (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG). Colaborador de Conteúdo da Shephard Media. Colaborador das publicações Air Forces Monthly, Combat Aircraft e Aviation News. Autor e co-autor de livros sobre aeronaves de Vigilância/Reconhecimento/Inteligência, navios militares, helicópteros de combate e operações aéreas


Assine a Trilogia Forças de Defesa!

Há mais de 20 anos, os sites Poder Naval, Poder Aéreo e Forças Terrestres proporcionam jornalismo especializado, acessível e independente sobre Indústria de Defesa, Tecnologia, História Militar e Geopolítica, com curadoria de notícias, análises e coberturas especiais. Se você é nosso leitor assíduo, torne-se um Assinante, apoiando os editores e colaboradores a continuarem a produzir conteúdo de qualidade, com total autonomia editorial.

Ou envie pelo WISE


Wise
Inscrever-se
Notificar de
guest

44 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Samuel Asafe
Samuel Asafe
20 dias atrás

O “domo de ouro” seria uma ampliação das quantidades desse sistema?

Sérgio Santana
Sérgio Santana
Responder para  Samuel Asafe
20 dias atrás

Esse sistema faria parte do Domo Dourado (“Golden Dome”)

Bosco
Bosco
Responder para  Samuel Asafe
20 dias atrás

Como o Sérgio falou esse sistema GMD será a parte dos interceptadores e sensores baseados no solo. Outra parte substancial será baseada no espaço. Essa ainda não existe na sua totalidade, principalmente em relação aos interceptadores orbitais.

Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
20 dias atrás

e quem mora no meio do caminho que “vai tomar na cabeça” as ogivas interceptadas em queda descontrolada sem participar do conflito? na teoria tudo é lindo, tudo é maravilhoso, a pergunta chave é, isso ja foi testado?

Fábio CDC
Fábio CDC
Responder para  Rafael Gustavo de Oliveira
20 dias atrás

…”a pergunta chave é, isso ja foi testado?” – Como é que você testa uma coisa que não existe?
.
e quem mora no meio do caminho que “vai tomar na cabeça”” – Como assim? Quando os mísseis forem interceptados, alguns de seus destroços ficarão em órbita, depois serão atraídos pela gravidade da Terra e parte queima na reentrada, o restante cai normalmente em algum lugar, menos no território dos USA, naturalmente.

Bosco
Bosco
Responder para  Fábio CDC
20 dias atrás

Claro que já foi testado. Está operacional há 15 anos.
Nenhum destroço (ou muito pouco) desse tipo de interceptação fica em órbita por conta dos veículos de reentrada dos ICBMs não atingirem velocidade orbital.
A velocidade do GBI é maior que a orbital mas sua trajetória não o coloca em órbita.
Interceptação de satélites é que deixa uma maior quantidade de destroços em órbita.
Claro que já foi testado. Está operacional há 15 anos.
Nenhum destroço (ou muito pouco) desse tipo de interceptação fica em órbita por conta dos veículos de reentrada dos ICBMs não atingirem velocidade orbital.
A velocidade do GBI é maior que a orbital mas sua trajetória não o coloca em órbita.
Interceptação de satélites é que deixa uma maior quantidade de destroços em órbita.

Última edição 20 dias atrás por Bosco Jr
Fábio CDC
Fábio CDC
Responder para  Bosco
20 dias atrás

Sim, eu entendi, o que eu quero dizer é que esse novo Sistema que o Trump propôs possui novos sistemas de detecção, rastreamento, novas armas de interceptação e por ai vai. Ele mesmo mencionou os custos de desenvolvimento, não de implementação.
.
Haverão muitas tecnologias novas que, segundo ele, deveriam entrar em operação até 2029, daí a minha afirmação de que “Não se testa o que não existe”.

Bosco
Bosco
Responder para  Fábio CDC
20 dias atrás

Beleza, Fabio.
Mas eu entendi que a pergunta do Rafael era sobre esse sistema GMD (Defesa baseada no solo da fase intermediária) que utiliza o interceptador GBI (interceptador baseado no solo).
Em relação ao Golden Dome, com certeza ele na sua totalidade ainda não foi testado mas muito dele já existe já que ele é um sistema de sistemas. O GMD fará parte do Golden Dome.

Bosco
Bosco
Responder para  Bosco
19 dias atrás

Vale salientar que para algum objeto entrar e se manter em órbita é preciso a conjunção de 3 fatores: altura, velocidade e inclinação em relação à superfície.
Mesmo quando um satélite (que já está em órbita) é atingido cineticamente ele irá criar um nuvem de fragmentos que irá se expandir em alta velocidade em todas as direções.
Tudo o que for “ejetado” para baixo irá reentrar na atmosfera. O que for ejetado para cima irá subir até um apogeu e irá voltar e reentrar para a atmosfera . É pouco provável que o impacto acelere algum fragmento até a velocidade de escape da Terra (40.000 km/h).
Muito do satélite irá desacelerar com o impacto e irá eventualmente cair na terra, sendo consumido na reentrada.
Alguma parte é esperada que consiga se manter em órbita pelo menos por algum tempo, virando lixo espacial, mas dada às energias cinéticas evolvidas seria uma parte bem pequena.
Em relação ao impacto de um míssil interceptador (veículo de destruição cinética) com um veículo de reentrada, a quantidade de lixo espacial seria muito menor.

Vitor
Responder para  Fábio CDC
19 dias atrás

Essa projeto teórico lembra o projeto guerra nas estrelas do Reagan… para chegar nesse patamar eles precisam dominar o ciclo dos mísseis hiperssônicos , vamos aguardar se o projeto vai vingar ou é mais uma bravata de propaganda.

Vitor
Responder para  Vitor
19 dias atrás
  • hipersônico
Bosco
Bosco
Responder para  Rafael Gustavo de Oliveira
20 dias atrás

Rafael,
No meio do caminho tem o oceano Pacífico.
Sim! Já foi testado. O sistema registrou 10 interceptações bem sucedidas em 18 tentativas.

Iran
Iran
Responder para  Rafael Gustavo de Oliveira
19 dias atrás

Imagino que a grande probabilidade é que os destroços caiam no Pacífico ou Atlântico a depender de quem disparou. E mesmo que caia em solo a probabilidade maior é que seja em áreas despovoadas. E mesmo que se por ventura houvesse o risco de cair numa zona habitada, ainda sim é melhor cair metal retorcido do que ogivas nucleares.

José Joaquim da Silva Santos
José Joaquim da Silva Santos
20 dias atrás

Provavelmente se isso aí for implementado em grande quantidade e com uma rede de detecção muito eficiente, as potências antagônicas futuramente basearão sua dissuasão nuclear em mísseis hipersônicos ou ainda outras tecnologias disruptivas de entrega que vierem a surgir.

Bosco
Bosco
Responder para  José Joaquim da Silva Santos
20 dias atrás

Esse sistema visa defender os EUA continental de um ataque limitado vindo da China ou da CN que passam sobre o Pacífico e não abrange ICBMs lançados da Rússia que passam sobre o Polo Norte.
O sistema que o Trump deseja é o Golden Dome que visa sobretudo atingir o míssil (balístico ou hipersônico) na fase de impulso utilizando interceptadores baseados no espaço.

carcara_br
carcara_br
20 dias atrás

Russia: Coloca uma ogiva nuclear.
Eua: Vamos atingir com precisam milimétrica, se manobrar no meio do caminho e errar por 1mm a gente desenvolve toda uma nova gama de armas e gasta bilhões, militariza o espaço pq colocar uma ogiva explosiva não fica muito profissional.
Israel: Coloca a porcaria da ogiva explosiva e tem a precisão milimétrica.

Bosco
Bosco
Responder para  carcara_br
20 dias atrás

Carcara,.
O Arrow III e o Stunner (do sistema David’sSling) seguem o conceito “hit to kill”.

carcara_br
carcara_br
Responder para  Bosco
20 dias atrás

Depois fica com míssil Hutis, que não deve ser o melhor que o Irã dispõe caindo em aeroporto e não sabe o motivo, vai na onda americana. Errou por 5mm, já foi….

Bigliazzi
Bigliazzi
20 dias atrás

Alguém explica o porquê do autor colocar entre aspas o que os Russos fizeram na Ucrânia no início do seu texto. Os Russos atacaram covardemente a Ucrânia, criaram centenas de “Faixas de Gaza” na Ucrânia, com um objetivo de criar um genocídio na Ucrânia em seu chamado “processo de extermínio de nazismo na Ucrânia”… Quanta hipocrisia em terras Brasílis para tratar com tanta benevolência essa agressão que já matou centenas de milhares de Ucranianos

José Joaquim da Silva Santos
José Joaquim da Silva Santos
Responder para  Bigliazzi
20 dias atrás

Esse veio lá do Peter…

Heinz
Heinz
Responder para  José Joaquim da Silva Santos
19 dias atrás

O cara que defende a invasão Rússa da Ucrânia em pleno 2025 ou é mal caráter ou é financiando pela Rússia.

José 001
José 001
Responder para  Heinz
19 dias atrás

Estude o assunto primeiro.

Análise como um todo.

As causas são antigas, incluindo a expansão da OTAN em direção a Rússia, Euromaidan, massacre de cidadãos que se consideram russos, alguns queimados vivos em praça pública, disseminação do nazismo, proibição do exercício de uma religião seguida em toda Ucrânia por séculos, e até hoje, em 2025, tem mal caráter que distorce todo o contexto apesar de todos os fatos apresentados.

Ainda usando nickname alemão de maionese que nem é feita aí na Bahia.

Uma verdadeira lástima.

João Carlos
João Carlos
Responder para  José 001
19 dias atrás

E a resposta Russa é atacar cidades e e bombardear civis?
Se os Israelitas arrasam as cidades de Gaza é um atentado á humanidade quando os Russos atacam as cidades Ucranianas eles merecem são nazis, é isso?

José Joaquim da Silva Santos
José Joaquim da Silva Santos
Responder para  Heinz
19 dias atrás

Ideológicos são mal caráter.

Sérgio Santana
Sérgio Santana
Responder para  Bigliazzi
20 dias atrás

Desde quando aspas manifestam hipocrisia? Eu quis dar ênfase ao título oficial das ações russas na Ucrânia. E me reservo ao direito de não entrar no mérito nem dessa nem de outras ações similares.

Abymael2
Abymael2
Responder para  Bigliazzi
20 dias atrás

Talvez pela mesma razão que você usou aspas no seu texto, ou seja, língua portuguesa.

José 001
José 001
Responder para  Bigliazzi
20 dias atrás

Completamente desnecessário e injustificado seu ataque ao autor.

Se quer tanto defender a Ucrânia seja um voluntário, vai lá defender a sua amada, estão recrutando brasileiros defensores da liberdade.

Ainda vamos descobrir o real motivo dessa sua aversão ao povo russo, inclusive o motivo de sempre utilizar palavras e expressões de baixo calão ao se referir a tudo que é russo.

Cachorro ofendido por cobra tem medo de linguiça.

Seria uma desilusão amorosa?

Robério Barcelos Midão
Robério Barcelos Midão
20 dias atrás

Lendo esta matéria, vejo que a nossas Forças Armadas, estão certas em focar no desenvolvimento da capacidade de guerra sentrada em rede!! A integração de todos os Radares do CINDACTA aos Radares SABER-M60 2.0, SABER-M200, Sentir-M20 e todos o IRST é Opitronicos que temos amifica nossas capacidade de Defesa!!CLARO QUE ESTAMOS LONGE DO QUE OS AMERICANOS ESTÃO FAZENDO!Mas estamos indo na mesma direção! Porém sabemos fazer muito com poucos dinheiro! E o KC-390 é um Exemplo disso! Cada leitor pode ajudar mandando um e-mail ou WhatsApp para o seu Deputado ou Senador! Não doe e não é difícil!

Sergio Machado
Sergio Machado
20 dias atrás

Sistemas de interceptação cinética, ainda que por aproximação, sempre estarão em desvantagem ao atacante por princípios físicos. Bastam algoritmos de direção randômicos associados a altas velocidades que a interceptação será do solo com o míssil.
Os conflitos atuais em Israel e Ucrânia deixaram isso bem claro. Venderam a idéia que sistema A e B era isso ou aquilo e bastou teste prático contra um adversário razoável para desmoronar a fama construída.
Contudo, sempre surge uma solu$ão bilionária da vez.

Bosco
Bosco
Responder para  Sergio Machado
20 dias atrás

Sérgio Machado,
Alterações radômicas da trajetória de um míssil ofensivo qualquer , seja balístico ou hipersônico, são acompanhadas pelo radar de longo alcance da bateria em tempo real, que faz link com o míssil interceptador atualizando-o da atitude tomada pela ameaça , até que aquele possa utilizar seus próprios meios de rastreamento (seeker ativo ou passivo) para adquirir o míssil e utilizar seus dispositivos de direção (aletas, TVC, foguetes de controle de atitude, etc.) para buscar o impacto.
Tanto os conflitos contra a Ucrânia como em Israel provaram que o conceito funciona e salvou centenas, quiçá, milhares de vidas, ainda que tenha se mostrado falível e em quantidade menor que a ideal.
Uma boa solução barata no caso dos israelenses talvez fosse simplesmente atacar nuclearmente tanto o Irã quanto os Houthis, mas parece que eles preferem gastar dinheiro com sua solução defensiva bilionária.

Sergio Machado
Sergio Machado
Responder para  Bosco
20 dias atrás

São acompanhadas, mas não processados o ponto futuro de impacto. Mísseis interceptadores trabalham com predição, e trajetórias randômicas são imprevisíveis. Na internet e no site do fabricante tudo funciona a mil maravilhas, mas viu-se e continua a se ver que a prática é bem diferente. Ontem outro míssil Houthi atingiu o aeroporto Ben Gurion. A tendência é piorar.
Quanto a Israel e Irã, resta já evidente que aquele não tem outra escolha a trazer o EUA para o conflito. Sozinho, ficou evidente que não apenas não dá conta, como se apelar a nukes, o Irã contra ataca com, no mínimo, bombas sujas. A diferença é que Israel é pequeno e se tornará inabitável. A terra dos Aiatolás é 80x maior, além de montanhosa.
Em suma, a Tel Aviv não resta outra coisa a não ser esbravejar por apoio yankee.

Bosco
Bosco
Responder para  Sergio Machado
20 dias atrás

Não concordo com sua análise técnica e não entendo sua aparente implicância dos EUA ajudar um aliado histórico .
Eu poderia dizer o mesmo da Rússia sem a ajuda iraniana e norte-coreana nas não vejo nada demais dos iguais se ajudarem.

Sergio Machado
Sergio Machado
Responder para  Bosco
19 dias atrás

O mundo é cinza, implicância alguma.
Há diferença gritante entre ajuda e puxar a guerra pra si. Este último é o que Israel quer que os EUA façam, atacando diretamente Teerã.
Ajuda os EUA dão diuturnamente. As bombas largadas sobre as cabeças de palestinos todos os dias são americanas, assim como as aeronaves.
Inclusive hoje 8 crianças filhas de uma médica de Gaza morreram em casa, em um dos centenas ataques com mais de 150 mortos.
Nesse aspecto, Putin é um amador perto de Netanyahu. Ou o Glonass é muito mais preciso que o GPS.

Bosco
Bosco
Responder para  Sergio Machado
19 dias atrás

Há 20.000 tropas norte- coreanas lutando ao lado do Putin.

Vitor
Responder para  Bosco
19 dias atrás

Por outro lado se somar todos os assessores militares e os disfarçados da Otan multiplica por 10.

Vitor
Responder para  Sergio Machado
19 dias atrás

Genocídio com todas as letras

José Joaquim da Silva Santos
José Joaquim da Silva Santos
Responder para  Sergio Machado
19 dias atrás

Ou contra-atacar com bombas nucleares mesmo, há quem acredite que o Irã já as possui. No campo convencional as demonstraçôes de força do Irã nas nas últimas trocas de ataques foram superiores.

Sergio Machado
Sergio Machado
Responder para  José Joaquim da Silva Santos
19 dias atrás

Se não as possui, irá possuir, inevitavelmente. Plutônio enriquecido o suficiente para de 8 a 10 bombas sujas já é um certo consenso.
Os persas fizeram o dever de casa e protegeram muito bem os centros de enriquecimento e os lançadores. Há muito pouco a se fazer contra, com altíssimo risco de retaliação bem sucedida.

Bosco
Bosco
Responder para  José Joaquim da Silva Santos
19 dias atrás

Aqueles Aiatolas são realmente inteligentes. Eles devem mesmo ter bombas nucleares secretas.
Porque não pensei nisso antes?
Eles são verdadeiros jênios…

Joe Doe
Joe Doe
Responder para  Bosco
19 dias atrás

Solução boa seria tacar esse nuke na sua casa. Olha as ideias desse Tosco.
Ataque nuclear preventivo é o mais puro suco do chorume moral que vocês vivem chafurdando.
Não falta nem, coragem, nem disposição, nem meios para Israel fazer isso. Falta só a possibilidade estratégia real de fazer isso e ainda conseguir existir por mais alguns anos sem sem vaporizado por fogo convencional mesmo.

Bosco
Bosco
Responder para  Joe Doe
19 dias atrás

Rssss

Bosco
Bosco
20 dias atrás

Fosse pela cabeça de muitos que acham um desperdício gastar uma fortuna com sistemas defensivos antibalísticos e antihipersônicos falíveis o EB poderia abandonar seus sistemas AA e a FAB devolver seus Gripen tendo em vista serem sistemas igualmente falíveis em relação às ameaças visadas.
Esse negócio do EB adquirir um custoso sistema sup-ar de médio alcance então, nem pensar.
*Se não obter 100% de sucesso não presta.

Mr. Guará
Mr. Guará
Responder para  Bosco
19 dias atrás

Para ser justo, não ouve esse tipo de reclamação quando a Alemanha propos o “European Sky Shield Initiative” la em 2022. https://en.wikipedia.org/wiki/European_Sky_Shield_Initiative

Gavião
Gavião
18 dias atrás

Quem precisa de um sistema anti-míssil/anti-aéreo robusto é o Japão.