China domina refino de minerais críticos em 2024, revela relatório internacional

Um gráfico divulgado no relatório IEA Global Critical Minerals Outlook 2025 revela o domínio da China na produção global de materiais refinados essenciais à transição energética e à indústria de alta tecnologia. Segundo os dados de 2024, o país lidera amplamente o refino de cinco dos seis principais minerais críticos analisados: lítio, cobalto, grafite, terras raras e níquel.

A China é responsável por aproximadamente:

• 67% do refino de lítio, utilizado em baterias de veículos elétricos;
• ~70% do refino de cobalto, essencial para estabilidade térmica em baterias;
• Quase 100% do refino de grafite em grau de bateria;
• Cerca de 90% do refino de terras raras magnéticas, fundamentais para motores elétricos e turbinas eólicas;
• Mais de 40% do refino de níquel, atrás apenas da Indonésia, com cerca de 45%.

No caso do cobre, a China ainda aparece como maior refinadora individual, com cerca de 45% do mercado, embora a participação do “resto do mundo” seja maior, superando os 50%.

Além da China, a Indonésia tem destaque no refino de níquel, enquanto Chile, República Democrática do Congo (RDC) e Argentina contribuem com fatias relevantes no mercado de lítio e cobre. Japão, Rússia, Finlândia e Índia têm presenças marginais em segmentos específicos.

O relatório reforça o alerta sobre a dependência global da China para cadeias de suprimentos estratégicas, especialmente em setores de energia limpa, eletrônicos e defesa. Para especialistas, a concentração geográfica da capacidade de refino é um risco geopolítico e econômico que desafia países ocidentais a diversificarem suas cadeias de produção e investimento em capacidades próprias de processamento mineral.

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