Brigada de Infantaria Paraquedista realiza a brevetação de 991 militares

Rio de Janeiro (RJ) – No dia 14 de junho de 2025, o 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista foi palco de uma solenidade marcante para o Exército Brasileiro: a cerimônia de brevetação de 991 novos guerreiros alados. Organizado pela Brigada de Infantaria Paraquedista (Bda Inf Pqdt), o evento contou com a presença do Comandante do Exército, General de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, que simbolicamente comandou uma aeronave militar em voo, simbolizando o tradicional lançamento de tropas paraquedistas em operação real.
Além das autoridades civis e militares, a solenidade foi prestigiada por um grande número de familiares dos formandos, uma relação que fortalece o sentimento de pertencimento e o espírito de corpo, pilares da coesão da Brigada de Infantaria Paraquedista.
Como ponto alto, a equipe de salto livre da Brigada, conhecida como “Os Cometas”, realizou uma demonstração aérea de precisão. Os militares aterrissaram no campo de futebol onde ocorria a formatura, arrancando aplausos dos presentes.
Mais do que um rito simbólico, a brevetação representa o reconhecimento da superação de intensos desafios físicos e psicológicos. Cada brevê conquistado traduz o compromisso, a coragem e o preparo de soldados que integram uma das tropas mais tradicionais e respeitadas do Exército Brasileiro.
Em suas palavras, o Comandante do Exército destacou: “Os 80 anos de criação da Brigada de Infantaria paraquedista coincide, em aniversário, com a epopeia que foi a gente enviar mais de 25 mil soldados para o outro lado do mundo, para a Europa, para lutar na 2ª Guerra Mundial.”
Um dos momentos de maior destaque na cerimônia foi justamente a entrega do brevê ao paraquedista nº 100.000, realizada pelo próprio Comandante do Exército, que citou as 3 características de um paraquedista, a humildade, a determinação e a coragem.
Paraquedista número 100 mil

Cada paraquedista, ao se formar, recebe um número sequencial, onde são contabilizados todos os paraquedistas que concluem o Curso Básico Paraquedista, independente de postos ou graduações.
Nessa oportunidade, dentre os 991 formados, estava o paraquedista de número 100 mil, Soldado Vargas, que recebeu o brevê das mãos do Comandante do Exército, paraquedista número 35.774.
Fundada oficialmente em 1945, a tropa pára-quedista tem registrado, no General de Divisão Roberto de Pessôa, o paraquedista nº 001 do Exército Brasileiro. Desde então, a Brigada construiu uma trajetória marcada pela excelência operacional, pela prontidão permanente e por sua atuação destacada em operações nacionais e missões internacionais.
A marca histórica, atingida em 2025, com a brevetação do paraquedista de número 100.000, representa não apenas a formação continuada destes militares, mas também o vigor e a relevância da doutrina aeroterrestre como vetor estratégico da Força Terrestre brasileira.
FONTE: Agência Verde-Oliva/CCOMSEx
Me pergunto se, no mundo de hoje, com a ploriferação de meios AA de curto, médio e longo alcance ( menos no EB… ), esses assaltos aeromóveis ainda poderiam ser feitos?
Nao tenha duvida. Ainda mais no nosso caso. Vastos territorios inóspitos e sem bom acesso na AL. Poucos meios AA. Fora isso, o assalto aeroterrestre ou aeromóvel pressupoe a obtençao de ao menos superioridade aerea prévia.
Como vc é sério, então tbm o serei: Não acredito em hipóteses de ameaça de nossos vizinhos, acho que nossa ameaça seria uma potência ou uma coalizão com esta. nesse cenário eles iriam obter superioridade aérea rapidamente, e pergunto onde iríamos saltar, com que objetivo e com qual avião ? Vc acha mesmo que este não seria derrubado com todos dentro ?
A Ucrânia saltou de paraquedas em algum lugar ? A Rússia? o Irã ?? O
Hostomel foi desembarque de helicópteros.
A russia utilizou de assalto aeromovel na tentativa de conquista de um aerodromo nos primeiros dias da guerra em 2022. Poderia ter usado paraquedistas. Não o fez porque a distância não justificava.
Nunca subestime nossos vizinhos. Voce viu recentemente os arroubos do Maduro.
O papel de todos os exercitos é prever todos os cenarios possiveis.
Todos exercitos decentes mantêm forças paraquedistas.
Quanto a uma potencia invadindo a nossa estrategia de atuação é por guerra irregular onde as forças paraquedistas atuam sem uso de sua especialidade.
Porem a capacidade de por tropas em solo via mar mesmo dos EUA é muito limitada. Nosso maior gargalo estrategico é um bloqueio naval. Não uma invasao terrestre.
Não é facil, pelo contrario, é extremamente dificil, ate pra os EUA, enfrentar uma nação de 200 milhoes de pessoas, vastas áreas e 1.400.000 tropas ativas ou reservistas.
Pense sob a perspectiva do invasor e voce vera que por tropas em solo é desnecessario e ruinoso. Basta um bom bloqueio naval e uma limitada campanha de bombardeio.
Por fim recordo que a força pqdt tem como caracteristica a aerotrasportabilidade, que não é so a capacidade de saltar. Mas a de rapida mobilização e transporte via aérea. Isso lhe permite ser transportada com todos os meios orgânicos para o local exato da ação ou para o mais proximo possivel viavel. Mesmo com superioridade ou supremacia aérea do adversario esta capacidade podera ser utilizada na segunda hipótese ( proximidade) com posterior marcha terrestre.
Em uma situação como essa, a tropa paraquedista não iria funcionar tradicionalmente assim como os fuzileiros navais. Iriam atuar como uma tropa de infantaria normal.
Quanto à necessidade eu acredito que se justifique, mas o que me causa dúvida é a profissionalização. Por exemplo, essa turma toda tem qual a expectativa dentro da força? Treinamos, formamos e depois jogamos para a reserva para o caso de uma guerra serem convocados, é isso mesmo?
Por que dada a nossa realidade, ainda mais no RJ, certamente essa turma é assediada para “assinar a carteira” com os narc0terr0ristas. Se ao menos tivessem preferência nos concursos das PMs…
Sempre pensei assim também!
Considero desperdício! No meu ano, a PMERJ pegou inúmeros conscritos do EB por 6 meses (eu estava no CFC e não fui) e quem quis ficou sem concurso, tenho inclusive colegas recém reformados.
Acredito que no mínimo poderia ter alguma facilidade nos concursos públicos, pelo menos na área de segurança pública. Claro, com prazo: enquanto ainda na ativa ou nos 5 anos da reserva imediata.
Depois…Brasil!
Perfeitamente possivel atraves da inserção de uma fase de ” títulos” no concurso.
Prezado. De sargento pra cima há uma carreira. Mas cabos e soldados não ha como ter carreira longa por conts da exigência fisica. O sargento e o oficial passam a assumir funções de comando e apoio mais burocraticas e menos exigentes sob o ponto de vista físico. O soldado e o cabo so combatem. Não há como ter combatentes com muita idade. Por isso o serviço é limitado neste nível. Isso ocorre em todos os exercitos do mundo.
Ja a solução do problema por ti citado é tirar a brigada do Rio e transferir pra Goias, proximo ao campo de Firmisa e à base de Anâpolis. Hâ anos isso é cogitado.
Inclusive a situação do Rio é forte desestímulo pra profissionais fazerem o curso pqdt.
Sim, mas num cenário benigno para a força paraquedista. Com defesas densas e sofisticadas como no caso da Ucrânia, inviável.
Depende o local e o tipo de preparação. La ha defesas consolidadas. Nem blindados adiantam. Mas houve incursoes aeromóveis no inicio.
Exato, ali o que levantar voo que for maior que um caça leva fumo, de qualquer dos lados envolvidos.
Sim, são. Inclusive, antes de iniciado o combate, para ocupar posição onde se achava desprotegida, ou para reforçar algum local, ou para conquistar ponto, longe do atrito, forçando o inimigo a uma nova frente.
Varias situações
Te dou um cenário pronto:
O inimigo bloqueou nosso litoral com 2 CSG e sua aviação consegue patrulhas até 500 km território adentro e cobre um desembarque anfíbio, seus mísseis ar-ar alcançam 250 km para grandes alvos, as pistas de Anápolis e do litoral foram destruídas. Onde iríamos lançar paraquedistas e com qual objetivo ?
Paraquedistas são sempre úteis! Decidirão o combate seja saltando de aviões, desembarcando de guaranis ou saindo da traseira de uma 5 Ton.
“Decidirão” ?! O combate é decidido por tropas regulares.
Tá vendo muito Band of Brothers esse rs
1) por que alguém faria uma operação anfíbia no Brasil? Num litoral extremamente povoado, onde inúmeros pontos de resistência podem ser preparados, em emboscadas sucessivas? Para chegar onde?
Caso ocorra, a tropa paraquedista é utilizada como qq outra tropa de infantaria leve ou motorizada.
2) Te dou outro cenário.
Ações de vizinhos, atuando como proxys de potências, começam sua concentração estratégica próximo a uma Direção Tática de Atuação. A Bda Inf Pqdt pode ser lançada em outro ponto, obrigando o possível invasor, depois de quase estruturado, ter de se readequar para outro ponto.
3) dado grandes problemas internos em algum local onde temos brasileiros, em empresas por exemplo, como os 1000 brasileiros na Líbia, durante a última revolta, surge a necessidade de resgatar nacionais no exterior. Em consequência, do acirramento da situação, faz-se necessário conquistar e manter um local de destino seguro no local ou seu vizinho. A tropa paraquedista pode ser empregada para isso, por exemplo.
4) como ocorreu em 2001, milhares de narcoterroristas, se concentram na fronteira, para ocupar momentaneamente território no Brasil, para em seguida atacar área controlada pelo governo vizinho pelo flanco. A tropa paraquedista é rapidamente acionada e lançada, para ocupar e manter o local antes da manobra guerrilheira, evitando o confronto.
Alguns exemplos que ocorreram ou quase ocorreram nos últimos anos.
1) por que alguém faria uma operação anfíbia no Brasil?
Isso jé é Geopolítica e daria horas de discussão.
2) Ações de vizinhos, atuando como proxys de potências…
Iremos com um KC lançar paraquedistas em Rondonia ou Roraima ? Não seria mais prudente se deslocar por terra ? Alguém alguma vez já lançou paraquedistas no seu próprio território numa guerra exceto na SGM ?
3) … 1000 brasileiros na Líbia, durante a última revolta, surge a necessidade de resgatar nacionais no exterior.
Novamente a mesma pergunta, lançaríamos paraquedistas na Líbia ? Alguém já fez isso ?
4) como ocorreu em 2001, milhares de narcoterroristas, se concentram na fronteira…
Além do que já elenquei em 2), existe como lançar paraquedistas em região de floresta densa( caso da maior parte de nossas fronteiras) ?
Não estou aqui afirmando nada, apenas trago estes pontos para reflexão baseado nos últimos conflitos e tecnologias disponíveis. Não estou questionando desembarques aeromoveis, apenas saltos com grandes tropas.
Operação Surumu, 1993.
Prezado….quanto tempo voce acha que demora ir via terrestre do centro do pais ou mesmo de MT, Goias ou Pará ate Roraima via terrestre? E se este acesso for atingido por ataque aereo ou sabotagem? Olha o mapa de acesso a Roraima.. Paraquedistas o tempo é horas. Tropa convencional é semanas
Nao existe como cobrir todo nosso territorio 24 horas por dia, nem o litoral e radares tem limitação de alcance.
Amigo, você está deixando de ver a realidade para se prender na própria opinião. Sim, concordo que provavelmente não veremos mais grandes incursões paraquedistas sobre o território inimigo aos moldes do dia D, mas ainda sim paraquedistas são muito úteis nos dias de hoje.
O simples fato de você poder lançar uma brigada leve inteira sobre qualquer ponto do território nacional causa imprevisibilidade mas ações inimigas, a tropa não é feita para realizar ações ofensivas e sim para se sustentar por no máximo 72h até o apoio chegar.
Com paraquedistas é possível responder a uma ameaça nas nossas fronteiras em questão de horas, imagina quanto tempo iria demorar para as tropas convencionais chegarem até o local, talvez seja tarde.
E outra, as grandes potências não abrem mal de suas tropas aeromoveis e continuam usando ativamente, pesquise sobre a operação Barkhane e o assalto paraquedista no Sahel em 2017 pela França.
Levantei essa lebre dias atrás… e questiono pq realmente me preocupo, acho que uma opção militar será usada contra nós no futuro, é apenas uma questão de tempo…
Paraquedistas serão sempre úteis, principalmente se mantidos no estado da arte, só faço uma consideração: deveríamos ter uma fusão maior ou interoperabilidade entre as forças paraquedistas e as forças helitransportadas. Poderia ser um comando conjunto, onde todos os helis, seriam PQD e os PQD também se adestrassem com frequência para assaltos aéreos helitransportados. Algo com alguma semelhança ao comando das Desant.
Prezado. Para fins de emprego a 12 brigada e a pqdt estão sujeitas ao comando direto do COTER. Somente administrativamente elas estão em comandos separados. Inclusive a cia ( hoje batalhão) de precursores atua em proveito de ambas.
Qual o objetivo – principalmente em tempo de paz – de ter o cabelo completamente raspado ?
Nenhum, o EB vive desses embustes desnecessários…
Deve ser pra imitar aqueles filmes de treinamento de marines, só pode…
Fique em um alojamento com centenas de pessoas e voce descobrira rápido o motivo.
Já estive no meu tempo e não tive o cabelo raspado a maquina zero igual o da foto. De resto muito boas suas colocações sobre o assunto da matéria.
Eu tambem nunca tive maquina zero. So tive que recorrer a ela uma vez quando fui passar a maquina de cortar e acabei errando o garfo e fazendo um “caminho de rato”. Ai raspei tudo pra corrigir 🤣
A raspagem zero é propria dos cursos como comandos, FE, prec, e paraquedista. Por tradição ela acaba sendo usada na fornação do sd paraquedista. Tem toda uma simbologia de anulação da individualidade e nivelamento junto com o uso da numeração. E uma tradição mundial. Os ingleses somente é que não costumam usar a prática.
Cultural.
Quando eu servi, sobre os escombros da ditadura militar, falecida pouco tempo antes, os homens jovens, em tempo de serviço militar ou não, tinham verdadeiro pavor de cabelo raspado ou no estilo militar. Especialmente.
Vigorava a moda dos cabeloes, mal cuidados e raramente visitando o barbeiro. Profissional, aliás, raríssimo e muito especializado.
Quem servia virava ” reco”. E tinha que suportar o deboche por carregar essa marca que acompanhava os que serviam o detestado exército.
Foi terrível sentir aquela maquininha barulhenta devastando minha bela cabeleira de 18 anos de idade.
Hoje virou moda.
De cada dez rapazes 8 tem o cabelinho na régua.
Os que optam pela vida militar não se preocupam mais com isso.
São as mudanças trazidas pelo tempo.
Pensando no cenário n°02 que o forista João estabeleceu, quantos KC-390 deveríamos ter para colocar no ar e fazer saltar os batalhões de infantaria paraquedistas ?
Pensando no cenário n°03, se for uma situação em que a ocupação de um aeródromo, aeroporto, usina, refinaria seja estratégico para o interesse nacional – ainda que transitoriamente (mesmo que depois se tenha que explodir tudo ao sair do local) acho que pela rapidez e surpresa é a característica da tropa, valha a considerar o uso.
Contudo, os riscos descritos pelo forista José Joaquim Silva estão corretos.
Saudações
A brigada atua de forma modular e as operaçoes em regra se escalonam em 3 estagios ( precursor, assalto e apoio). Cada um pode ter mais de 1 lançamento
Há 3 forças tarefa na brigada formadas à base de cada um dis batalhoes aos quais se agregam elementos de Com, Art, Cav e Eng. Porem elas podem ser mudadas, seja pra ampliar seja pra reduzir.
Se fossemos lançar a brigada toda num unico vôo precisaria mais de 80 kc 390.
Mas isso é puramente hipotetico e cerebrino.
Na pratica o escalão precursor é pequeno. Vai ate num CASA ou helicoptero.
O escalão de assalto tera em media um btl e seu nucleo sao as frações combatentes das cia fuzileiros. Isso dá uns 450 homens aproximadamente. Juntando elementos de Com, engenharia, artilharia AA ou de canpanha, comando e controle, saude, teremos algo em torno 650 a 700 homens ou pouco mais. Isso no minimo de uma FT. Logo um escalão de assalto nivel FT/ OM precisa de uns 15 kc390 ou c130 pra ser lancado de uma unica vez com seu material completo.
A operação Saci chega lançar um total de 1500 homens. Ja vi ate 8 hercules num unico lançamento. Alem deles, podem ser chamados os CASA com menor capacidade.
Nós nunca tivemos mais de 13 C130 operacionais.
Imaginando num futuro algo como 15 kc 390 e 7 CASA disponiveis, poderiamos lancar algo proximo a 1000 homens e equipamento num unico vôo. Se for so infantaria uns 1200. Da uma FT mais ou menos pra cada vôo nestas condiçoes. Em média em umas 12 a 18 horas teriamos toda brigada no local com o mínimo pra operar. Depois viriam elementos de apoio como estrutura logistica, maquinario de engenharia, veiculos etc.
Numa missao menor com uma subunidade e elementos de apoio daria entre 3 e 5 kc 390.
Quanto aos riscos, repiso que hoje nenhum pais no mundo tem capacidade de fazer e sustentar uma invasão por mar no Brasil, mesmo que limitada. Mas não há necessidade dela. Basta um bloqueio naval. O maior risco terrestre que temos ainda vem de nossos vizinhos e é pequeno. Nosso ponto fraco é a marinha. O bloqueio.
Pensem como o atacante: o outro lado da colina
Salve Colombelli !!
Grato por partilhar seus conhecimentos.
Uma coisa que me chamou a atenção na 2a foto da matéria é que 90% dos formandos é de negros. Vi recentemente uma foto do alto comando das Forças Armadas, e somente 1, dos cerca de 40 altos oficiais da foto, era negro.
Isto diz muito sobre nossas Forças Armadas e sobre nosso país.
Voce nao conhece as FA. La somos todos camuflados. Nao existe cor de pele. Tudo…tudo é pelo mérito e todas as portas estão abertas pra todos. Tudo se baseia na igualdade total de oportunidsdes. Todos são submetidos aos mesmos criterios.
Salve Fabiano !!
Entendi o que vc quis dizer, mas acho que fala mais sobre o país do que sobre as forças em si.
A questão é o recorte socioeconômico.
Os negros têm que estar lá para ter a chance de concorrer.
Os caras que hoje estão no generalato (nas três forças) devem ter entrada em meados dos 80, e nessa época a condição socioeconômica da imensa maioria dos núcleos familiares de negros e pardos não tinha brecha orçamentária para bancar um preparatório para os seus filhos.
Claro que – como sempre – existiam aqueles que eram pontos fora da curva; mas esses não eram a regra, eram a exceção.
Alguns vão argumentar que sempre existiram bolsões nos cursos; mas ainda assim, muitos ficavam pelo caminho por questões típicas das famílias (carência de recursos para uniforme, passagens, alimentação e a necessidade mesmo de ajudar no orçamento familiar).
Mas sua reflexão faz sentido; pois espera-se que numa sociedade triétnica/mestiça como a nossa, seja possível identificar facilmente representações dessa mestiçagem em todos os setores da sociedade, e não apenas em alguns.