Patria realiza com sucesso testes de tiro com novo sistema de artilharia móvel ARVE

Lapônia, Finlândia – Junho de 2025 – A empresa finlandesa de defesa Patria anunciou a conclusão bem-sucedida dos testes de tiro do seu novo sistema de artilharia móvel autopropulsada ARVE (ARtillery on VEhicle), projetado para operar em condições árticas. Os testes ocorreram em junho e incluíram dezenas de disparos em diferentes ângulos de elevação e direção, além de fogo direto. O sistema demonstrou desempenho estável, mesmo ao utilizar as cargas de maior pressão.
Apresentado oficialmente em março de 2025 durante o Arctic Event na Lapônia, o ARVE é baseado no canhão 155K98, amplamente utilizado pelas Forças de Defesa da Finlândia, e integrado ao chassi do caminhão todo-terreno Sisu. O projeto é inteiramente de produção nacional e compatível com a atual frota de artilharia da Finlândia, incluindo manutenção, peças de reposição e munição. Também é compatível com munições e sistemas de controle de fogo da OTAN.
“O sucesso completo dos testes e disparos de aceitação confirma a prontidão técnica do ARVE e o know-how da Patria em sistemas de armas. O sistema foi criado para enfrentar ambientes difíceis com alta confiabilidade, e acreditamos que ele atenderá aos requisitos tanto de clientes nacionais quanto internacionais”, afirmou Mikko Leino, vice-presidente executivo da divisão de Defesa e Sistemas de Armas da Patria.
Combinando mobilidade elevada e alta cadência de tiro, o ARVE também é capaz de atingir alvos navais. Trata-se de uma solução modular, econômica e de alta tecnologia, baseada em subsistemas já validados em operações militares. O sistema pode ser instalado em diferentes plataformas veiculares e integrado a sistemas de controle de fogo já existentes dos clientes.
A Patria também destacou que a produção em série do ARVE poderá gerar impacto positivo no emprego na Finlândia, com uma estimativa inicial de pelo menos 70 empregos por ano em várias províncias, dependendo do volume de produção alcançado.
O grupo Patria, com mais de um século de experiência, é reconhecido como um dos principais fornecedores de soluções de defesa terrestre, naval e aérea no norte da Europa. A empresa é controlada pelo Estado finlandês (50,1%) em parceria com a norueguesa Kongsberg Defence & Aerospace (49,9%) e também detém metade da fabricante de munições Nammo, formando assim uma robusta aliança nórdica no setor de defesa.
Enquanto isso aqui no BR..
Estamos esperando a morte da bezerra…
Antes o problema era estritamente político, mas agora também é financeiro. Se não tem dinheiro nem para os aviões da FAB, que dirá para compra de material bélico.
O problema não é financeiro, até porque os interesses em outras pautas tem muita verba….defesa sempre foi deixada para ultimo plano …
A chantagem do Congresso ao Executivo custava 5 bilhões em 2015 e hoje custa 55 bilhões. O problema nao é dinheiro.
Morte da bezerra não, o incompetente do Celso Amorim que barrou o sistema israelense que o E.B decidiu por meio de licitação totalmente legal.
A artilharia AR na era drone é um perigo. Um radar de contrabateria plota a area e fim de jogo.A AP é o futuro. Tanto 105 como 155. Igualmente é preciso que cada peça possa ser apontada independentemente. Nao dá mais pra atuar em forma de baterias e goniômetro.bússola. É facil.e barato criar um sistema de pontaria individual com um.gps e um tablet. Baterias compactas são um alvo ideal. As peças ate podem.atuar em conjunto sob forma de bateria ( 4 a 6 peças) no que diz respeito à missões de tiro, mas dispersas no terreno e se movimentado permanentemente. Uma peça AP moderna entra em posição entre 40 segundos e 2 minutos e meio. Uma peça AR demora de 3 a 15 minutos. Mas o principal é o tempo de saida de posição. O AP será de dezenas de segundos. O AR demora minutos. A artilharia AR hoje so terá sentido pra forças de selva, montanha e paraquedustas e no calibre 105mm.
Complementando um pouco suas colocações.
Sim, é importante que a pontaria de cada peça possa ser feita individualmente (é simples, mas não é barato), o que vai proporcionar que a distancia entre as mesmas possa ser aumentada de 30-50m para 200-300m (ou mais).
Contudo a centralização do tiro continua sendo fundamental, por isso a necessidade sim de se atuar constituindo Bateria ou Grupo ou com vários Grupos formando um Agrupamento. Só com tiro centralizado (basicamente todas as peças apontando para o mesmo alvo) é que se consegue poder de fogo suficiente para neutralizar alvos compensadores (não é compensador usar artilharia contra um pelotão de infantaria, por exemplo, pois esse tipo de alvo é mais adequado a morteiro).
Na “era dos drones” é necessário que a entrada em posição (partindo de uma zona de reunião) seja rápida, bem como a saída de posição (após a realização dos fogos contra determinados alvos, indo para nova zona de reunião), porém a cobertura antiaérea de baixa altura é fundamental, justamente para evitar que esses deslocamentos e pontos de reunião sejam identificados e atacados (antes ou após a realização dos fogos).
O radar de contrabateria é usado para identificar o local que foram realizados os disparos, para serem realizados fogos de contrabateria. Nesse quesito o alcance do obuseiro é muito importante. Caso contrário, até entrar em posição para ter alcance para realizar a contrabateria, não existe mais alvo no local. Atualmente existe a discussão se ainda vale a pena continuar a investir em radar (caros e com menos mobilidade) ou avançar no emprego de drones (mais flexíveis). Na realidade se complementam, mas e recursos para tudo isso?
Enfim, a Guerra da Ucrânia e Israel x Irã mostraram que o campo de batalha mudou, acrescentando novos figurantes, mas os fundamentos continuam os mesmos.
Prezado. O tiro de artilharia perde muita precisão com aumento da distância. ( salvo uso das caras granadas guiadas). No 155mm o CEP é inferior ao raio de ação da granada ate uns 14 km. A 24 km o CEP vai a 200 metros ou mais ( dependenfo das condicões). O tiro se torna inutil pra fins de barragem ou concentração. E quando se perde precisão o consumo de munição explode. Pode se acertar no 1 ou 2 disparo e pode se fazer 50 tiros inuteis. Se passa à sorte. A artilharia nao pode operar à base de sorte salvo pra fogo de inquietação
A maioria dos tiros é feita na faixa de 10 km. Inclusive obuseiros com maior alcance costumam ser movidos ao atingirem esta faixa ( caso da doutrina do CFN que é 60% do alcance do l1118).
O fogo de contra bateria nao é eficaz acima da faixa de 10 km ( 105) a 14km (155) salvo com guiagem laser ou gps
Numa guerra com muitos drones, operar a 10 Km da frente exponencializa o risco. Na Ucrânia alcances maiores tem sido buscados por conta disso e é por isso que vemos campos qualhados de crateras e um consumo medonho de munição em disparos inuteis. Por outro lado, como receberam bom numero de granadas guiadas com preço médios de 80.000 dolares, o fogo de contrabateria deles pode ser feito dm alcances bem acima de 15 km.
Da mesma forma, o uso de cargas maiores ou máximas acelera o desgaste dos tubos. Ha na Ucrânia obuseiros com 7200 tiros e 3 trocas de tubo. Isso so foi possivel pelo maciço apoio externo. A vida util dos tubos gira entre 1500 e 2000 EFC.
Logo, peças que tenham 15 km de alcance cobrem 90% das missoes de tiro. E o paradigma russo ucraniano não.serve pra um país que não produz seus tubos. Nosso artilheiro tera que operar mais proximo à frente.
Quanto à peça apontar individualmente isso não a tira do controle de uma bateria, grupo ou centro de apoio de fogo de uma AD pra que dispare nos mesmos objetivos de outras peças. A ideia central é dispersar as peças no terreno inclusive ate em regioes diferentes longe varias centenas ou ate quilômetros longe.. Hoje elas tem que ficar em poucas dezenas de metros por bateria ( media ocupa area de aproximadamente100 m) como vc bem frisou, por conta do uso do goniômetro bussola que é visual ( fora o ridiculo comando por voz dos ajustes).
Hoje a central de tiro da bateria tem que apontar as peças e depois coordenar os fogos. A ideia é a peça adquirir seu referencial ( baliza) por conta propria e a central so necessitar “pagar ” a coordenada do alvo, tipo de munição e regime de fogo, sem precisar ” cantar” o ajuste de cada peça. Isso reduz o tempo de disparo em ate 6 vezes.
A peça teria designada sua posição vai ate ela e la cria seu referencial fisico sem necessidade de goniômetro ou da central de tiro e em pouco minutos. Tendo a peça uma posição certa e um referencial de pra onde está seu tubo, pode ser feita a pontaria pra qualquer ponto com uma simples coordenada do alvo. Alça e deriva saem instantaneanente.
Nao é caro. Tenho uma ideia pela qual da pra fazer um sistema de pontaria individual digitalizado com 1500 dolares por peça. Posso discorrer na sequencia sobre ela . É um sistema simples, barato e rapido com equipamentos civis inclusive.
A cobertura AA terá de ser revista. A art AP tem meios orgânicos AA nas suas .50 ( bem limitadas). Mas terão de ser incrementados. Ja a AR nao tem quase nenhum meio AA. Mesmo os mais simples.
A camuflagem também tera que ser revista como prioridade.
Já o radar de fato tem um concorrente no drone. Mas a vantagem do radar é 24/ 7 e a do drone pode nao ser ate por condições dd vôo. O ideal sera um mix de ambos.
Prezado
Entendo e concordo com muita coisa.
Mas Art para concentração e barragem é pra área e não pra ponto.
Nesse sentido, o raio de 100% de letalidade “abarca” muito dessa imprecisão.
O tiro “pontual” com munição guiada é importante, mas não é qq tiro.
Nos EUA, até pouco tempo atrás (pode ter mudado), um Grupo de Artilharia (batalhão) tinha 8 a 10 tiros guiados, que só eram dados mediante ordem do Cmdo Bda Art (AD).
Não é algo usual o tiro dessa munição.
E hj, acredito ser melhor investir em drone Kamikaze, do que Mun guiada de Art.
A concentração como um.todo visa um ponto e cada tiro tambem e é o mesmo ponto. É o tiro pra destruir por exemplo um ninho de metralhadora.
Embora a barragem nao.vise um ponto especifico como um.todo, os tiros que a compõe visam pontos determinafos, ate porque elas sao organizadas em divergentes, convergentes e paralelas e podem inclusive ser deslocadas. Ela bate uma area mas cada peça tem um ponto especifico pra que a barragem tenha a feição desejada.
Por isso, embora o.prejuizo da imprecisão seja menor numa barragem.do que numa concentração, um tiro com CEP de 200 metros ou mais se torna ineficaz pra uma barragem. Sobretudo se for de fumígenos. So servirá pra inquietar.
O tiro guiado está acima de 80.000 dolares. Hoje é mais pratico usar um drone.
Hoje, por incrivel.que pareça os nossos M101 e M114 cumprem.missão justamente por esta questao do CEP. Por mais tevnologico que seja um obuseiro, se atira granadas comuns, vai ter que ter o tiro de ajustagem ( 1 ou mais) e vai ter o problema do CEP acima dos 15 km.
Tiros comuns acima disso tornam- se em regra inocuos pra concentraçoes, pouco.eficazes para barragens, e so funcionam bem como fustigação.
Não é como tu afirmas porque o sistema sueco Archer dispara 3 vezes e saí do local antes da primeira munição disparada atingir o alvo https://www.youtube.com/watch?v=d8x8ITwd4Vg&ab_channel=BAESystems%2CInc., só mesmo por sorte um drone encontrar um Archer no caminho e o poder atingir
Aquele tiro é de exibição. Nao é real. Voce vê ele acertando estes tiros num alvo especifico? Ele está inserido no contexto de uma missão? Houve correção?
O Caesar e o Atmos tem videos iguais mostrando funcionanento da peça nestes mesmos termos em menos de minuto. Nao mostram sequencias completas atingindo o alvo ou contextos taticos reais.
O tiro real demora o primeiro pelo menos 1min e 30 ( tempo de m109 A6 dos EUA). Nossos M109 A5 BR fazem em 2 minutos e meio. E o M109 A5 nao digitalizado demora 12 minutos pro primeiro disparo. Depois tem as correçoes. Se não é digitalizado é frita com TDA e TLoc. Mesmo digitalizado demora algumas de,enas de segundos.
E o detalhe mais importante de todos: não existe missão de 3 ou 5 tiros como regra e como aparece no video de demonstrsção. Se voce vai destruir um alvo especifico pequeno isso ate pode ocorrer. So que os tiros tem correção a ser feita pelo OA ou drone.e pela central de tiro ou peça. E a peça tem que fazer ajustes pra atingir o fogo de eficácia. Nao funciona como nestes videos de fabricante. Aquilo é uma demonstração. Combate é bem diferente.
No mais das vezes, a artilharia apoia um contexto tático. Nao opera missão isolada para si Apoia uma ação ofensiva ou defensiva da cavalaria ou infantaria. A peça ficara em posição tanto tempo quanto durar esta ação da arma apoiada. Nao podes ficar mudando de posição a cada poucos minutos durante o apoio mesmo que teu equipamento possa faze- lo porque nao pode haver descontinuidade no apoio. Ele pode durar minutos ou horas.
Mesmo quando há mudanças por bateria ou seção é feita so de forma parcial e só quando o apoio integral não se faça mais necessario ou quando se atinge o limite de alcance para o tipo de missão executada.
Não tire por base o que voce vê de forma descontextualizada e em videos demonstrativos fora de contexto tático.
Logo à vista existe uma grande diferença, o sistema Archer tem carregamento automático enquanto o Caesar e o Atmos não têm carregamento automático, dás o exemplo do M109 que atinge no máximo 20 km enquanto os outros atingem a distância de 40km, como tal não vou discutir o sexo dos anjos, acredita se quiseres senão coloca na borda do prato
Isso da segundos de diferença. Não muda nada o que eu falei. .So pra o primeiro tiro de ajuste chegar ao.alvo são 20 ou 30 segundos.
Voce so fara o fogo de eficácia, que é o que voce viu no video, depois do ajuste. Tem que parar, entrar em posição, ajustar o tubo, executar o 1 tiro, esperar 20 ou 30 segundos pra ele impactar, o OA ou drone plotar e indicar o ponto de impacto, fazer o calculo ajuste, lançar na arma correção ( alca e deriva), carregar, executar o 2 tiro..Normalmente depois deste 2 tiro se consegue fazer a eficácia mas isso ate 14 km. Senão tem que repetir isso ate chegar no ponto certo. Quanto mais longe maior chance de o ajuste requerer mais de 1 tiro.
Com granadas não guiadas nao existe tirro de rajada (eficácia) direto partindo da 1 posição sem ajuste. Todo obuseiro, não importa a tecnologia, tem tem que fazer pelo menos um tiro de ajuste. Como voce viu acima, o carregamento serão apenas uns segundos em uma das etapas do ajuste que dura sempre….sempre mais de um minuto. So o vôo da granada ja separa inexoravelmente o 1 tiro dos demais com pelo menos 20 segundos.
Da mesma forma nada muda quanto ao que mencionei de que a peça não muda de posição enquanto durar o apoio. Nenhuma operação de cav ou infa dura apenas 30 segundos. Serão minutos ou horas. Mesmo que se use granadas guiadas.
Nenhuma tecnologia mudou isso. Este processo sde disparo egue exatamente assim. Agora dura poucos minutos pela eletrônica (Entre 1 e 3) . No passado durava 5 ou 6 vezes mais.
E a proposito.a 40 Km so de vôo de granada do 1 tiro de ajuste darâ mais de 1 minuto. Ou seja nesta distância o tempo entre o 1 ou os 2 primeiros tiros de ajuste e os demais será ainda maior. Obuseiros de 52 calibres atirando pra alem de 30 KM demoram ainda mais pra poder fazer a eficácia.
Nao é uma questão de crença. É de fatos. É assim que funciona no mundo todo. Eu fui formado pra operar sustemas de artilharia. A operação do morteiro pesado é igual a de um.obuseiro. A tecnologia so simplificou. Nao mudou a ordem das coisas.
Com AR e AP, você quer dizer Artilharia Rebocada M-777) e Artilharia autoPropulsada (M-109)?
Exato. AR obuses como M101, M56, D30, D20, M119, M777, L118, LG1 etc…
AP obuses como Pzh2000, M109, Archer, Atmos, Caesar, K9, bodana etc..
E ainda tem os mistos que são AR mas podem fazer pequenos deslocamentos por conta propria como o Santa Barbara 155mm.
Todos executam o procedimento de ajuste de fogo a partir de 1 ou mais tiros pra so depois executar a eficácia.
Entendi. Agradeço pela resposta.