EUA intensificam pressão sobre América Latina em tentativa de restaurar influência no ‘quintal’ estratégico

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Colunista do Estadão ouviu coronéis e generais sobre cenários para a crise entre Brasil e EUA

Em abril, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Peter Hegseth, afirmou que Washington iria “recuperar seu quintal”, referindo-se à América Latina. A declaração revelou uma clara intenção dos EUA de restabelecer sua influência histórica na região, sobretudo diante do avanço da presença chinesa. Apesar da contundência da fala, a reação no Brasil foi apática — elites, governo e oposição pareceram ignorar a gravidade do sinal emitido por Washington.

O contexto internacional já dava indícios do que viria: instabilidade nos Estados Unidos, polarização política, tensão entre aliados ocidentais, rearmamento da Europa e pressões comerciais contra potências globais. Tudo indicava que a América Latina voltaria ao centro da disputa geopolítica. No entanto, em questão de semanas, o governo Trump impôs tarifas ao Brasil, usando como justificativa a proteção da família Bolsonaro. Para muitos analistas e militares, a ação foi interpretada como uma forma de chantagem: ou o Brasil cede, ou sofre represálias econômicas, em um comportamento reminiscentemente mafioso.

Um dos aspectos mais contraditórios da retaliação americana foi o uso da questão ambiental como justificativa. Trump, notoriamente cético em relação ao aquecimento global e defensor dos combustíveis fósseis, usou o desmatamento na Amazônia como argumento para as sanções. A incoerência gerou perplexidade no meio militar brasileiro. Generais ouvidos avaliaram que a bandeira ambiental não faz parte do repertório político de Trump, o que indica que outros interesses estariam por trás da medida.

Entre esses interesses, destaca-se o esforço de Bolsonaro e de seu filho Eduardo para utilizar a influência norte-americana como ferramenta de obstrução à Justiça brasileira. A ideia seria transformar a pressão externa em moeda de troca por anistia. Essa estratégia, no entanto, implica graves riscos à soberania nacional, especialmente se a Amazônia — símbolo máximo da integridade territorial brasileira — for colocada em xeque por potências estrangeiras.

Militares entrevistados reconhecem que os EUA não devem escalar a crise ao ponto de contestar oficialmente a soberania do Brasil sobre a Amazônia, mas não descartam a possibilidade de Washington apoiar mudanças internas para favorecer seus interesses. Para eles, é mais barato e eficaz fomentar um novo governo aliado do que promover qualquer tipo de confronto direto. O pragmatismo político americano ainda impera, mesmo diante do comportamento errático de lideranças como Trump.

A justificativa legal usada para aplicar as sanções — a Seção 301 da lei comercial americana — também é vista com desconfiança. Especialistas consideram improvável que o real objetivo seja apenas minar a imagem do Brasil ou a realização da COP-30. A disputa com a China e o desejo de conter os Brics e a esquerda latino-americana parecem ser fatores mais determinantes. A retórica do “quintal” reforça essa lógica neocolonial, na qual os EUA buscam retomar o controle de sua esfera de influência.

Ainda que uma ação direta na Amazônia pareça improvável no curto prazo, os generais alertam para o histórico de cobiça internacional pela região. O Brasil precisa manter vigilância constante, tanto por pressões externas quanto por ameaças vindas de vizinhos instáveis, como a Venezuela. A região do Essequibo é um exemplo recente das tensões fronteiriças que exigem presença militar e política reforçadas.

Outro ponto de consenso entre os militares é o abandono histórico da Amazônia pelo poder público. Apesar de sua importância estratégica e ambiental, a região carece de investimentos em infraestrutura básica, como saúde, educação e segurança. Essa negligência agrava sua vulnerabilidade a pressões externas e dificulta a afirmação concreta da soberania brasileira.

No tocante aos embates internos, apenas um general avaliou que a recente decisão do ministro Alexandre de Moraes contra Bolsonaro teria acirrado o conflito com os EUA. Para a maioria, a imprevisibilidade de Trump e o colapso da ordem internacional representam ameaças mais concretas. A lógica da diplomacia tradicional está sendo substituída por impulsos e interesses táticos.

A possibilidade de uma operação estrangeira na Amazônia, embora remota, não é mais impensável. Segundo militares consultados, o tratamento que o Brasil tem recebido lembra o que os EUA aplicam a regimes considerados hostis, como o de Daniel Ortega na Nicarágua. O agravamento da crise pode levar a retaliações mais agressivas por parte de Washington, especialmente se o Brasil se recusar a colaborar com seus interesses estratégicos.

O comportamento empresarial de Trump, conforme observado por alguns oficiais, contribui para o desprezo por princípios como soberania nacional. O que era antes considerado absurdo — como sanções com base em critérios ambientais adotados de forma seletiva — hoje se torna plausível. Organismos internacionais, que antes atuavam como garantidores da legalidade internacional, mostram-se cada vez mais impotentes diante de tais abusos.

A imprevisibilidade das ações norte-americanas torna imperativa uma postura de cautela por parte do governo brasileiro. Muitos militares acreditam que o Brasil não tem poder suficiente para se posicionar como ator geopolítico relevante em disputas como a dos Brics contra os EUA. O envolvimento do Brasil em blocos com viés anti-hegemônico, sem instrumentos de poder compatíveis, pode colocar o país em situação vulnerável.

O governo Lula precisa equilibrar suas aspirações internacionais com a realidade estratégica do país. É necessário manter a atenção voltada para os riscos geopolíticos, mesmo que a política doméstica tenda a dominar o debate. O Brasil corre o risco de ser apenas um peão no grande tabuleiro global — um cenário que exige estadistas à altura dos desafios que se aproximam.

Diante de tudo isso, a posição predominante entre os militares é clara: o Brasil não pode ceder às pressões dos Estados Unidos. Ainda que Trump mantenha sua retórica agressiva, o governo brasileiro deve preservar seus princípios e sua autonomia. A incerteza sobre os planos americanos torna a defesa da soberania ainda mais urgente.

Um general disse que o governo dos EUA – e os americanos em geral – acreditam que o “hemisfério ocidental” é sua “área de influência“. Esse sentimento estava adormecido porque os EUA estavam ocupados no mundo todo. “No momento em que pretendem deixar de ser a polícia do mundo, eles vão focar na sua ‘área de influência’. O problema não é só a Amazônia, é o Brasil todo”.

Por fim, há o temor de que os EUA adotem estratégias indiretas para influenciar o equilíbrio regional. Uma dessas possibilidades seria o fortalecimento da Argentina para enfraquecer o Brasil. Enquanto isso, a classe política nacional, mergulhada em cálculos eleitorais, parece alheia à dimensão do desafio que o país enfrenta. Em um cenário cada vez mais instável, a negligência estratégica pode custar caro.

FONTE: Estadão

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Matheus
Matheus
5 horas atrás

Se continuar desse jeito, a unica “influência” que terão vai ser os filmes da sessão da tarde.

Emmanuel
Emmanuel
Responder para  Matheus
4 horas atrás

Essa afirmativa seria certa para Nárnia, não os Estados Unidos.

Última edição 4 horas atrás por Emmanuel
Henrique A
Henrique A
5 horas atrás

Do ponto de vista de Washington essa pressão faz todo o sentido.

Já que o maior rival deles é a China, e ainda assim são dependentes dessa mesma China, a maneira mais fácil de encurralar a China é bater nos seus parceiros mais fracos (Brasil).

Dúvido muito que a elite empresarial e pólitica BR está disposta a enfrentar o porrete que a Venezuela e Cuba levam na cabeça.

Matheus
Matheus
Responder para  Henrique A
5 horas atrás

A elite empresarial hoje quer vender pra China e Oriente Médio, porque eles queriam ser “forçados” a competir com o Agro/Industria Americanas?

Henrique A
Henrique A
Responder para  Matheus
4 horas atrás

Como eles fariam essas vendas estando fora do SWIFT? “Como você faz sexo com um gorila?” “Do jeito que o gorila quiser”

Temos que ver se o Trump está realmente “all in” se for o caso já era pra nós. Até nossas hidroelétricas usam turbinas da GE.

George A.
George A.
Responder para  Henrique A
4 horas atrás

Nunca se pensou em alternativa ao SWIFT, por conta das estripulias usando ele na Guerra da Ucrãnia outros países começaram a desenvolver alternativas (1) que só seriam fortalecidas com um uso mais vulgar ainda de sanções usando ele como os EUA excluírem países única e exclusivamente, pq não se alinham a eles.
Acho um cenário bem irreal o uso desse tipo de ferramenta pra geopolítica como o pessoal tem falado por aqui.

(1) https://www.papayaglobal.com/blog/8-alternatives-to-swift-for-cross-border-payments/

Última edição 4 horas atrás por George A.
Deadeye
Deadeye
Responder para  George A.
4 horas atrás

Ressalta-se, de que o mercado de cripto é clara opção ao Swift. Irã e Coreia do Norte, tem evitando sanções assim há uma década.

elias
elias
Responder para  George A.
2 horas atrás

Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, impressionante como os historiadores militantes escondem , e “rapidamentem” escrevem mas “não eram realmente socialistas”,
mas não é isso ….o presid. vai na russia para dar apoio e para china tambem no mesmo sentido, Quer o que? assuma a postura e aguente as consequencias. ( infelizmente tamo junto). não se preparo para isto por pura incompetencia, o mundo esta numa crise politica e o presid. vai lá para se alinhar a um dos lados, resta saber que o eixo ofereceu para o presid., oi foi de igenuidade delirante?

elias
elias
Responder para  elias
1 hora atrás

gostaria realmente de saber quem esta na cupula que discute assuntos internacionais com o presid. , sinceramente não acredito que esteja algum que estudou e se formou pelo itamaraty, implataram goela alguns miltantes ministerio exteriores.
citar os nomes de um a um , ou eles tem vergonha de aparecer tamanha incompetencia

Matheus
Matheus
Responder para  Henrique A
4 horas atrás

UnionPay acabou de entrar no Brasil, que usam um análogo do SWIFT em suas transações. Tambem já usado pelo Oriente Médio e Ásia.

ATS
ATS
Responder para  Matheus
3 horas atrás

o esporão está cada dias mais curto!

wilhelm
wilhelm
Responder para  Henrique A
4 horas atrás

Vocês só estão se esquecendo de um “pequeno” detalhe: esse cenário de “all in” apenas aceleraria a perda de influência dos Estados Unidos no mundo, já que representaria um abalo gigantesco na confiança global que os demais países ainda depositam neles. Na prática, uma medida tão drástica apenas levaria outros países, especialmente as potências emergentes, a correrem atrás de sistemas alternativos.

De modo geral, esse tipo de “notícia” envolvendo GPS, SWIFT, etc, é, em grande parte, puro alarmismo sendo compartilhado por apoiadores do Bolsonaro, que provavelmente será preso, e talvez, ainda que em menor escala, algum tipo de psyops americana.

Obviamente, essas previsões apocalípticas não mudam o fato de que a extrema dependência brasileira dos EUA em vários setores é algo bem perigoso para o Brasil.

Henrique A
Henrique A
Responder para  wilhelm
3 horas atrás

Em alguns países isso poderia acontecer, mas você acha que no caso do Brasil a elite, os caras que realmente mandam aqui colocariam a mão no fogo por Lula e Xandão? Você não acha que faria mais sentido numa situação de aperto de verdade eles não iriam dizer pro Lula pegar o boné e o Xandão dar uma segurada?

Quando foi que o EUA realmenre falaram grosso com a gente e a gente virou as costas? Quando EUA falou grosso com a gente da última vez Vargas cedeu as bases no nordeste e rompeu relações com a Alemanha.

Matheus
Matheus
Responder para  Henrique A
3 horas atrás

EDITADO:
VOCÊ JÁ FOI AVISADO, CONTENHA A SUA AGRESSIVIDADE!
NÃO RECLAME SE FOR BLOQUEADO DEPOIS!

Eromaster
Eromaster
Responder para  Henrique A
2 horas atrás

Você defende interesse do outro país contra Brasil, ainda fica falando que o Brasil tem que ceder e virar colônia.

Se o Brasil tem gente assim que pensa igual você, não precisamos de inimigo, os inimigos do Brasil mesmo são os próprios brasileiro que acham que o Brasil tem que virar colônia e pronto. Triste.

Jacinto Fernandes
Jacinto Fernandes
Responder para  Henrique A
1 hora atrás

A Câmara de Comercio Americana (AMCHAM) apontou que existem 9500 empresas exportadoras para os EUA, que exportam algo na caso dos US$ 35 bi. Já em relação à China, para quem o Brasil exporta em torno de R$ 105 bi há apenas 2.800 empresas exportando.

O que isso significa? Que as pessoas que realmente ganham dinheiro com exportação – a elite – não é quem exporta para os EUA – mas quem exporta para China.

Akhinos
Akhinos
Responder para  Henrique A
3 horas atrás

Já começou os economistas de internet. Olha as loucuras que sou obrigado a ler. Se o Trump der all in na gente voce esta falando de uma inflação de uns 40% no mundo todo. É _______, é cada maluquice de uns kras que nunca calculou um Var na vida querendo falar de economia como se soubesse do que fala.

EDITADO

Nilo
Nilo
Responder para  Akhinos
2 horas atrás

Cari controle os nervos e conseguira nós trazer boas analises econômicas.

BraZil
BraZil
4 horas atrás

Ainda bem que mandaram um colunista do Estadão…ou será que foi coincidência?

Nilo
Nilo
Responder para  BraZil
2 horas atrás

Não, não foi coincidência, rsrs

Jacinto Fernandes
Jacinto Fernandes
4 horas atrás

A Câmara de Comercio Americana (AMCHAM) fez um estudos sobre o crescimento das exportações do Brasil entre 2001 e 2023.

CHINA: 750,23%
EUA: 6,46%

Consequentemente, as exportações do Brasil para a China é hoje o 3x maior do que a dos EUA. E como as tarifas reduzem ainda mais as exportações aos EUA, a influencia econômica dos EUA, se as tarifas se implementarem, vai se reduzir cada vez mais. Esta estratégia dos EUA tem como pressuposto uma importância que os EUA não têm mais.

Guilherme Leite
Guilherme Leite
Responder para  Jacinto Fernandes
4 horas atrás

Um ponto de vista interessante meu Caro.

Contudo, temos outro problema, veja… O tarifaço imposto contra a europa foi em uma situação em que o EUA mais importava do que exportava para europa, logo ele estava fechando o seu próprio mercado interno dos produtos europeus e consequentemente, as sanções economicas prejudicavam mais a europa que deixaria de possuir o seu maior cliente.

Mas como você disse, no caso do Brasil é ao inverso, nós mais importamos do que exportamos. Se reagirmos ao tarifaço com tarifas igualmente reciprocas, nosso mercado interno é muito mais dependente do EUA do que eles de nós.

Nesse caso, o EUA perderia muito pouco em compras brasileiras, face ao que perderiamos de produtos americanos.

Imagino que esse mercado pode ser substituido pelo chines, ai teriamos um novo “senhor”. Mas com toda certeza, causaria grandes prejuízos ao Brasil, visto que muita infraestrutura essencial provem de maquinário americano, que sem peças, será perdida.

A Embrar por exemplo, como um simbolo da nossa expertise e tecnologia, já iria de Vasco!

Vejo a Venezuela com uma reserva colossal de petroleo e quase em uma pobreza extrema.

Compensa ?

Não é mais inteligente ter um bom comércio com ambos os lados ?

Custa adotar uma postura mais neutra ao inves de apoiar HAMAS, Russia e Cia ?

O interesse do Brasil, não tem que ser a derrubada do imperio americano, não vamos ganhar muito mais com os chineses, o interesse do Brasil tem que ser os brasileiros.

De qualquer forma, eu não uso iphone e nem viajo para a disney 3x ao ano. Por enquanto, isso é um problema exclusivo dos ministros e seus familiares!

Jacinto Fernandes
Jacinto Fernandes
Responder para  Guilherme Leite
4 horas atrás

Sobre ser mais inteligente comerciar com os dois lados, é óbvio que é o melhor dos mundos. Não é a mim que você precisa convencer – é ao Trump; foi o Trump que quer aplicar tarifas que, na prática, interditam o mercado dos EUA ao Brasil.

Eu não acho que o Brasil deve reciprocar tarifas. Tarifas é idiotice para eles e para a gente, tarifas são inflacionárias. Se for para aplicar alguma forma de retaliação, há formas muito mais inteligentes do que aplicar tarifas aos EUA. Trabalha, por exemplo, em quebra de patentes de medicação, que atinge os EUA economicamente ao mesmo tempo em que diminui o custo da medicação à população do Brasil.

ATS
ATS
Responder para  Guilherme Leite
3 horas atrás

Esta história de “balança comercial é favorável aos EUA”, se inserirem as transações correntes ela é escandalosamente favorável aos EUA. Tem muito mais empresas norte-americanas atuando aqui do que o contrário, enviando lucros para a suas sedes( Coca-Cola, Pepsi, Procter&Gamble, Cargil, GM, McDonald`s, Amazon,etc…), afora royalties(patentes), licenças(marcas, filmes, séries), turismo. E a maioria destes negócios seriam substituídos sem maiores dificuldades.

Nilo
Nilo
Responder para  ATS
2 horas atrás

Pois é mais um fator esquecidos, o número de empresas americanas presentes no Brasil que levam lucros, fazem parte da cadeia produtiva, logística e de desenvolvimento até mesmo de produtos.

Nemo
Nemo
Responder para  ATS
40 minutos atrás

Como patentes seriam substituídas com facilidade? Já sei, vamos quebrar as patentes. Faça isso não, Lula.

ATS
ATS
Responder para  Nemo
28 minutos atrás

Sim, isso já vem sendo aventado em relação ao patentes do setor farmacêutico.

ATS
ATS
Responder para  Guilherme Leite
2 horas atrás

“Custa adotar uma postura mais neutra ao inves de apoiar HAMAS, Russia e Cia ?” A gestão trump já ameaçou invadir e incorporar como 51° estado o Canadá, até outrora, seu fiel escudeiro. Também prometeu tomar a Groenlândia, território este que pertence ao “companheiro de OTAN” a Dinamarca.

Nilo
Nilo
Responder para  Jacinto Fernandes
2 horas atrás

Seu comentário sobre a importância hoje da China, para o Brasil é um comentário inteligência, só.

Libertário
Libertário
4 horas atrás

Fogo no parquinho! Por favor Trump não pare.

Estou adorando ver a elite brasileira com o c# na mão.

A hipocrisia dessa gente foi exposta, agora falam em “soberania brasileira”, mas nunca ligaram para a Amazônia que está lá abandonada como o próprio autor reconhece no texto, foi um maluco lá dos EUA ameaçar a liberdade e o $$$$ dessa cambada que nunca fez nada de bom pelo nosso país, que agora resolveram se tornar “patriotas” e pedir união.

Pois é bem vindo ao time dos patriotários, afinal não era assim que chamavam os outros antes? Olha como o mundo dá voltas.

Matheus
Matheus
Responder para  Libertário
4 horas atrás

Qual seria a melhor solução agora?
O que voce faria para reverter a situação e acabar com a crise?
Como voce faria para re-aproximar o Brasil dos EUA?

Libertário
Libertário
Responder para  Matheus
3 horas atrás

Fazer como fez a China, Índia, Canadá, México, Colômbia entre outros, vai lá e senta pra conversar como fazem os adultos, e não ficar fazendo birrinha e dizendo bravatas na imprensa local, isso não é postura de chefes de estado sério.

Nilo
Nilo
Responder para  Libertário
2 horas atrás

Pois é, será que este Presidente está a altura do desafio? rsrsr

Nilo
Nilo
Responder para  Matheus
2 horas atrás

Matheus, não há como reverter, e antes de melhorar se é que vai, haverá mais acréscimo de perdas para o Brasil, a pressão sobre o Brasil tende a crescer, Trump ver uma arma poderosa, o monte de Traidores, prontos a vender por quinquilharias as riquezas do país, lembra da conversa do Inelegível com Al Gore, em que o imbecil promove a entrega da Amazônia, e o ex Vice Presidente sai da conversa envergonhado pela proposta? É com essese traidores que Trump conta para minar a estabilidade no Brasil, fizeram isso na Ucrânia, fizeram na Europa, estão a fazer no Brasil. A proposta de Bananhia, ou aceitam a chantagem, ou vai a luta, buscar negociar mas nunca, se rebaixar, a chantagem, inviabilizar o país é e sempre, foi seja com democratas ou republicanos, o objetivo de anulara a soberania do Brasil. Resumindo reverter, melhorar ou reaproximar é em si um objetivo que vai de encontrar a submissão, a alternativa é buscar novas soluções, é aglutinar o país em torno de um propósito junto a quem lhes favoreça e não ao contrário.

wilhelm
wilhelm
Responder para  Libertário
4 horas atrás

A elite brasileira está tranquila. Quem vai pagar a conta, obviamente, será a população.

Quem acha que sanções ou tarifas são suficientes para derrubar alguma elite, especialmente em países maiores como o Brasil, provavelmente vive num universo paralelo.

Libertário
Libertário
Responder para  wilhelm
3 horas atrás

Sim vc está certo no seu primeiro parágrafo, quem vai pagar é a população pois a elite está tranquila já que roubaram tanto que até a 15ª geração da família deles estão garantidos, por isso só idiotas úteis cai nesse papo furado de “soberania nacional”, pois eles nunca se preocupam com o povo só mandam a fatura do prejuízo que fazem para vc pagar, então meu caro Wihelm reflita de forma racional usando a lógica, quem está vivendo num universo paralelo ao querer defender a tal “soberania nacional” só pra agradar meia dúzia enquanto a maioria paga a conta?

Libertário
Libertário
Responder para  Libertário
3 horas atrás

Vamos ver se o Seu Zé e a Dona Maria vai gostar de ver os preços subindo nos supermercados, ou ver a queda da qualidade dos serviços que já não é lá essas coisas, enquanto a nossa classe política está lá fazendo questão de mostrar pro povo que estão despreocupados e fazendo piada do laranjão, e arrumando jeito de aumentar mais impostos pra beneficiar a elite amiga que foi afetada pela tarifas, tudo em nome da “soberania nacional” é lindo de ver esse patriotismo de vocês.

Jacinto Fernandes
Jacinto Fernandes
Responder para  Libertário
1 hora atrás

Tarifas são inflacionárias para quem as aplica porque aumentam os custos de importação; para o país que recebe, a tendência é desinflacionaria porque aumento o estoque à disposição para consumo interno e ai entre a lei da oferta e da procura – pelo menos até outro cliente ser aceito.

Nilo
Nilo
Responder para  Libertário
2 horas atrás

Certíssimo

Fëanor
Fëanor
4 horas atrás

Isto é um dos pressupostos da chamada “The age of chaos” lecionado pela revista The Economist, referente ao atual mandato da gestão Trump.

A tão sonhada “Golden Age” apresentada pelo Presidente em questão.

Um ponto de inflexão sobre o contexto geopolítico mundial. Para o bem ou para o mal.

É bom o Brasil ir se adaptando ao cenário.

ATS
ATS
4 horas atrás

“Um general disse que o governo dos EUA – e os americanos em geral – acreditam que o “hemisfério ocidental” é sua “área de influência“. Esse sentimento estava adormecido porque os EUA estavam ocupados no mundo todo. “No momento em que pretendem deixar de ser a polícia do mundo, eles vão focar na sua ‘área de influência’. O problema não é só a Amazônia, é o Brasil todo”.”

Sobre Amazônia as ameças residem no campo da especulação, porem,recentemente foi publicado em algumas mídias que os EUA intencionam retomar as instalações de Natal e a da Ilha de Fernando de Noronha ( bom, como vão retornar algo que nunca foi deles?). Ademais se avolumam as ameaças”

“Fontes da diplomacia e das Forças Armadas confirmaram ao DefesaNet que representantes da missão diplomática dos Estados Unidos no Brasil ventilaram, em reuniões reservadas, a proposta de retomada operacional das instalações em Fernando de Noronha e Natal, sob a justificativa de “direito funcional de reuso estratégico”. O Itamaraty, pressionado, mantém silêncio. No Ministério da Defesa, a resposta de algumas fontes — lacônica — limitou-se a classificar a sugestão como “juridicamente inviável” e “inaceitável sob o marco constitucional vigente”. Nos bastidores, no entanto, o tom é de inquietação.

https://www.defesanet.com.br/geopolitica/agenda-trump/eua-articulam-acesso-estrategico-a-fernando-de-noronha-e-natal-sob-alegacao-de-direito-historico-e-investimento-belico/

curisco
curisco
3 horas atrás

Os EUA disseram que américa latina é quintal deles. Estão procurando chacareiros aqui e já acharam uns.

Em tempo: se o trump tivesse pelo menos nestes primeiros 2 anos metido o pau nos Brics e aliviado para os demais aliados seria um discurso coerente de mundo livre e tal. mas o cara simplesmente taxou todos seus maiores e incontestes aliados (Canadá, mexico, Europa, Japão e até Israel).

O Trump encarou alguns problemas graves dos EUA:
– perda de presença de mercado
– perda de posição estratégica na ponta de tecnologias
– perda de poder do dólar
– déficits fiscais absurdos
– perda de empresas e empregos lá mesmo

Dito isto, está fazendo tudo da pior e mais atabalhoada maneira.

No curto prazo pode até conseguir alguns acordos favoráveis. Afinal, ninguém muda clientes e matrizes econômicas da noite para o dia. mas imagina que tu é um exportador que tem um cliente nos EUA oferecendo 100 e outro na Europa pagando 95. Vale a pena vender para EUA sabendo que a qualquer hora o Trump joga tudo para cima?

Você empresário dos EUA nos EUA por exemplo de siderurgia vai gastar bilhões e levando uns 3 anos expandindo sua linha de produção sabendo que esta demanda local é toda artificial, baseada em tarifas?

ATS
ATS
3 horas atrás

Enquanto que a China responde por cerca de um terço das exportações brasileiras e da metade do superavit da balança comercial e com a expectativa que se torne em breve o maior investidor na nossa economia, principalmente, no que tange a infraestrutura, o que os EUA tem a nos oferecer, além de uma faca no pescoço?

“mas não descartam a possibilidade de Washington apoiar mudanças internas para favorecer seus interesses. “Para eles, é mais barato e eficaz fomentar um novo governo aliado do que promover qualquer tipo de confronto direto.””

A direita brasileira, salva raras exceções, sempre foi subserviente aos interesses dos EUA. Contudo, como a elite vegetal, o tal “agro”, vai bancar governos em sintonia com o Tio Sam e que satisfação os interesses deste se de longe, muito longe, o seu principal cliente são a China, o Oriente Médio e com a expectativa que em um prazo não muito longo a Índia se junte a este grupo? Vão bancar alguém em sintonia ideológica, porem que não atendam os seus bolsos? Ideologia não basta para trazer numerários para contas bancárias. Lembrando que os EUA são o principal concorrente do Brasil na exportação se soja, milho, algodão, carne de frango, carne de porco, e na produção álcool, não deixando de lembrar o histórico protecionismo dos norte-americanos em relação ao açúcar, suco de laranja, agora ainda mais revigorado, e carne bovina.

Outro ponto, o Brasil é o maior importador do mundo de fertilizantes, sendo majoritariamente atendido por dois países Belarus e Rússia. O setor vai aceitar ficar sem estes fornecedores? A política expressa a vontade econômica da elite, se no passado tínhamos uma economia completar a deles, e, portanto, os interesses se “casavam” hoje a realidade não só e oposta, mas em processo de distanciamento. Até quando o agro vai “navegar” com os pés em duas canoas?

Sergio
Sergio
3 horas atrás

Colunista do Estadão?

O papel higiênico que mais apoiou golpes de estado da história dessa república fadada ao fracasso? Incluindo a própria?

Do golpe de 64 e dos posteriores atos institucionais em editoriais inflamados e contra cuja ditadura só viraram o canhão contra após esta passar a contrariar os interesses da elite industrial Paulista?

Sei…

Coronéis e generais?

Quais?

Sabendo que estes não podem aparecer é facil citar coronéis e generais.

Eu torço, -e o cito até, egoisticamente, nao quero minha vida paralisada por isso- , que não haja uma explosão de ódio popular neste infeliz rincao. Mas se houver, com raras exceções, que serão facilmente contidas, os militares brasileiros jamais atirarao contra seu povo em defesa deste atual governo.

Por isso, pelo bem dessa turma do mal, que encontrem uma saída honrosa e democrática…

Última edição 3 horas atrás por Sergio
Gilson
Gilson
3 horas atrás

Antigamente eu, lia e assistia reportagem do governo EEUU, que diziam: tomem cuidado com China, a China é o grande inimigo do mundo os Chineses querem dominar o mundo. Hoje eu vejo ao contrário e e acho que podemos dizer: tomem é cuidado é com os EEUU.

juggerbr
juggerbr
3 horas atrás

Trump vai passar, seja pelo fim do mandato, seja pela idade avançada, os demais trumpistas não são nem sombra dele. Questão de sobreviver a esse período, como puder.
Essa é a vantagem de lideres personalistas, eles perecem eventualmente.
O mundo viverá dias melhores sem Putin, Trump, Lula, Bolsonaro, Kim Jon Un, Maduro… Questão de tempo, apenas.

Nilo
Nilo
Responder para  juggerbr
2 horas atrás

Trump está com um monte de problemas inclusive de saúde, está usando a cadeira de presidente para reverter prejuízos financeiros, está ganhando dólares repassando informações para alguns privilegiados, Trump é a imagem melhorada do Inelegível, presidente da maior potência econômica e militar do mundo, o que ele está fazendo é abrindo a cova do EUA, não tem volta.

Macgaren
Macgaren
Responder para  Nilo
1 hora atrás

Me lembra presidentes sulamericanos como os do brasil.

Nilo
Nilo
Responder para  Macgaren
1 hora atrás

Só que agora é da maior potência do mundo, ele está destruindo A imagem de confiabilidade,. segurança até mesmo com tradicionais parceiros, outra, o amor que o inesquecível declarou a ele diz muito do Trump, assim como sua simpatia por Putin e Xi, rsrsrsr

Pedro Rabelo
Pedro Rabelo
2 horas atrás

Isso foi mesmo publicado no Estadão??Pra quem conhece este jornal,eles falando pro país abrir bem o olho com os EUA soa quase como ficção

Última edição 2 horas atrás por Pedro Rabelo
Nilo
Nilo
Responder para  Pedro Rabelo
2 horas atrás

Para os que não conhece o Estadão, denunciou os militares publicando que estavam fazendo bomba atômica, denunciaram governo militar dizendo que o Brasil estava se apropriando de território Boliviano, entre outras rsrsrs.

Delfim
Delfim
2 horas atrás

Levando Estadão a sério ? Fala sério.

Há questões mais prováveis e diretas que a Amazônia, como o GPS, a cobrança da OTAN quanto ao comércio BR – Rússia, a dependência direta e indireta de material americano, o crime organizado, etc.

Nilo
Nilo
Responder para  Delfim
1 hora atrás

Toda os problemas descritos por vc torna o artigo do Estadão mais grave ainda, estamos em um conflito no momento com a maior potência do mundo, econômica e política, todos os fatores tem que ser considerado.
É preciso ter claro, o conflito foi aberto e montando por Trump, a narrativa de que a culpa é do atual presidente, e narrativa para criar cisão dentro da sociedade. Dividir para conquistar.

Última edição 1 hora atrás por Nilo
Jacinto Fernandes
Jacinto Fernandes
Responder para  Delfim
1 hora atrás

Eu não entendo o motivo pelo qual as pessoas se preocupam com GPS. O sistema Galileo, europeu está disponível no Brasil e o sinal e é até mais preciso do que o GPS americano.

Pedro Rabelo
Pedro Rabelo
2 horas atrás

O que eu acho MUITO,mas MUITO estranho mesmo,é essa verborragia toda do Lula contra o dólar,vejam o último encontro, dos BRICS,se nem mesmo chinês, com toda sua potência econômica,e russo com sua ainda importante influência no tabuleiro geopolítico internacional batem de frente,pelo menos verbalmente,importante frisar,verbalmente,contra o dólar.Aí me pergunto,será que o Xi está garantindo alguma coisa pro Lula,porque se ele não aprendeu com o golpe gestado no governo do bonzinho Obama,o Democrata,o sorridente(aliás,uma dúvida:da onde quem se diz de esquerda tira que os Democratas são os “bonzinhos” da política dos EUA,a ponto de apoiar alegremente quaisquer coisas que saiam da mente dos tais liberais democratas e venham aterrissar na parte Sul da América, que eles ingenuamente acreditam serem a “esquerda” dos EUA??),não creio que ele vá pagar pra ver ,mais uma vez,a resposta dos USA,pois pelo que consta,a época em que Lula era presidente,foi alertado por Putin e Erdogan a nem pensar nisso pois os americanos viriam com tudo pra cima dele(no caso,culminou com a saída,via golpe, da Dilma).
Se alguém não se recorda,o Lula esteve em Pequim uns dois anos atrás,logo após se eleger,e saiu falando as mesmas coisas contra o dólar,pregando o multilateralismo,isso bem ao lado do Xi.Será que a Rússia e principalmente a China confiaram a Lula a parte retórica deste processo,já que o real confronto será muito provavelmente entre chineses,com a Rússia os apoiando no bastidores ou mesmo explicitamente,contra os EUA?

Nilo
Nilo
Responder para  Pedro Rabelo
1 hora atrás

Essa verborragia sempre esteve presente no período de governo no Lula com várias presidentes americanos seja democrata ou republicano e nunca, nunca, foi razão para coação, a questão que muda é que EUA está perdendo sua hegemonia no mundo, hoje EUA consome mais que produz, o mundo está lhe dando mais que recebe, dando e recebendo papel moeda garantida pelo governo americano, em que a percepção hoje do mundo é que estamos com um estalionatario.

Pedro Rabelo
Pedro Rabelo
Responder para  Nilo
36 minutos atrás

Nilo,com todo respeito á sua opinião,dizer que não foram razão pra coação eu discordo,pois como eu mesmo disse e foi provado o golpe contra a Dilma está aí pra não deixar dúvida,claro que também o protagonismo e a crescente independência do Brasil no cenário externo também pesaram(quem se lembra do acordo nuclear com o Irã,firmado entre Brasil Turquia e o outro país que não me recordo?Ousaram colocar a besta Anglo Saxã de escanteio,levando o crédito do sucesso do acordo??) na implantação da nossa “primavera colorida”,os líbios sentiram na pele,Kaddafi literalmente,o que é tentar sair das garras do império

Última edição 33 minutos atrás por Pedro Rabelo
carcara_br
carcara_br
2 horas atrás

Eu lembro das discussões acaloradas sobre a implementação dos serviços de banda 5G, que fim tomou? Compramos equipamentos chineses, fizemos um mix, coreanos ou americanos?

Nilo
Nilo
Responder para  carcara_br
1 hora atrás

Caro, a 5g no Brasil é predominante chinesa, Huawei, por razões de ser a melhor e mais barata, está ainda sendo implementada no território nacional usando infraestrutura da 4g, mais existe participação da Ericsson, Nokia, Samsung e Qualcomm. A vivo e a claro usam tecnologia chinesa.

João Carlos
João Carlos
1 hora atrás

Parece-me que o Brasil sai da fogueira para a frigideira. A China é melhor que os EUA no que? Acham que a China vai por de lado os seus interesses a favor dos Brics?
O unico pais que parece ter algum juizo é a India não se compromete com nada. Se o Brasil quiser manter a sua independencia economica é tentar chegar a algum acordo com os EUA e não queimar pontes com todos os outros paises. O Brasil deve contar consigo mesmo tentar melhorar a educação e tentar atrair empresas que façam pais progredir sem estar a contar com a boa vontade dos loucos deste mundo.

Nilo
Nilo
Responder para  João Carlos
1 hora atrás

Que medo!!! Brasil não é uma ilha, não pode ser uma ilha, Brasil não pode ser Mianmar.