EUA aprovam venda de sistemas HAWK e veículos Bradley à Ucrânia por mais de US$ 320 milhões

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HAWK Phase III

O Departamento de Estado dos Estados Unidos aprovou duas novas vendas militares para a Ucrânia, totalizando aproximadamente US$ 322 milhões. As aquisições contemplam a modernização e o suporte logístico para o sistema de mísseis antiaéreos HAWK Phase III e a revitalização de veículos blindados de combate de infantaria Bradley. As propostas já foram certificadas pela Agência de Cooperação em Segurança e Defesa (DSCA) e encaminhadas ao Congresso norte-americano.

O primeiro pacote, avaliado em US$ 172 milhões, visa à aquisição de peças de reposição, revisão completa e sustentação do sistema HAWK, incluindo unidades de fogo, ferramentas, equipamentos de teste, treinamento técnico e assistência logística. O acordo também prevê a entrega de caminhões de carga, contêineres de armazenamento e reparo de mísseis MIM-23. Os principais contratantes serão a Sielman Corporation (Grécia), RTX Corporation (Massachusetts, EUA) e PROJECTXYZ (Alabama, EUA).

Já o segundo pacote, estimado em US$ 150 milhões, contempla serviços e equipamentos para a manutenção, reparo e revisão (MRO) dos veículos Bradley, incluindo treinamento, assistência técnica, publicações e infraestrutura logística para sustentação local. Segundo o governo norte-americano, essa capacidade será essencial para manter altos índices de disponibilidade dos veículos e sistemas fornecidos pelos EUA, reduzindo os custos operacionais e aumentando a eficácia no campo de batalha. Os trabalhos serão realizados por empresas como BAE Systems, Cummins Inc., Leonardo DRS e Renk Group AG, todas com operações na Europa.

M2 Bradley da Ucrânia

Ambas as propostas têm como objetivo reforçar a capacidade de autodefesa da Ucrânia e seu papel na segurança regional, especialmente frente aos desafios persistentes desde a invasão russa iniciada em 2022. De acordo com o Departamento de Estado, os acordos não alteram o equilíbrio militar regional e não terão impacto negativo na prontidão das Forças Armadas dos EUA.

A implementação do contrato HAWK exigirá o envio temporário de até 20 especialistas – entre representantes do governo e contratados – à Ucrânia. Já o contrato relacionado aos Bradley não exigirá presença adicional de técnicos norte-americanos em território ucraniano.

As duas vendas reforçam o compromisso de Washington com a defesa da Ucrânia e a interoperabilidade com aliados da OTAN, ao mesmo tempo em que ampliam as capacidades operacionais de Kiev para enfrentar ameaças presentes e futuras no cenário europeu.

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Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
1 dia atrás

Reparem a diferença…os EUA retiraram o Hawk de serviço quando conseguiram um sistema mais moderno, esses que em condições de emprego foram repassados a Ucrania…
Se fosse no Brasil um sistema novo não seria comprado pois ele estaria operacional….se atira, logo não preciso de um novo…e o argumento de compra por algo melhor cairia por aí e teríamos que usa-lo até o final da vida útil e em alguns casos além disso, mesmo estes sendo considerados obsoletos.
Todos programas tem um ciclo de começo, meio e fim, quando se chega na metade de um programa é necessário já criar um novo…
Pela falta de continuidade daqui infelizmente não podemos considerar um país sério nesse assunto…cada programa parece uma novela mexicana com vários episódios e vilões diferentes e eu não falo só na falta de verba não, temos problemas sérios de planejamento e falta de interesse da população e do Estado também…do jeito que anda as coisas… o último que feche a porta.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  Rafael Gustavo de Oliveira
1 dia atrás

“Todos programas tem um ciclo de começo, meio e fim, quando se chega na metade de um programa é necessário já criar um novo…
Pela falta de continuidade daqui infelizmente não podemos considerar um país sério nesse assunto…”

É só ver o quanto os ToT’s das FCN’s e IKL’s foram aproveitadas…
Décadas depois, temos que comprar mais ToT’s, porque não houve continuidade do anterior.

E, aliás, me pergunto porque diabos continuamos a gastar uma grana que não temos com ToT…ToT é pra países como Turquia e Índia, com políticas de continuidade, e não pra gente, que vive na base do “improviso”.
Não temos capacidade nem de honrar o que já assinamos e nos comprometemos ( Gripen sendo um excelente exemplo ), imagine com planos de continuidade a longo prazo…

Juvenal dos Santos
Juvenal dos Santos
Responder para  Willber Rodrigues
1 dia atrás

Bem, deve servir para alguém ganhar dinheiro com esses ToTs que depois não prestam para nada, percebe-se que o Brasil insiste nisso há décadas, então, alguém continua ganhando…

J L
J L
Responder para  Willber Rodrigues
23 horas atrás

Vou mais longe ainda, referente a esse comentário, basta ver como fizeram inicialmente com as compras dos Guaranis que inicialmente (se a quantidade é muita ou não, não vem ao caso) eram de 2000 unidades, e foram reduzindo, transformaram uma parte em Guaicurus, outro exemplo está no KC390 que teve sua quantidade reduzida e agora tem limite para entrega por ano. Então chega-se a conclusão de que se até o material fabricado aqui que gera emprego logo politicamente é viável aos políticos estaduais em suas bases, imagine o que é comprado de fora. Aí vemos o que está acontecendo agora, atraso no pagamento de prestações como é o caso dos GRIPEN, e por conta disso vem essa conversa de comprar outro vetor para complementar.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  J L
5 horas atrás

No caso específico dos Guaranís, é “quase” compreensível.
2.000 unidades é demais, o EB nunca teve essa quantidade de veículos pra um único modelo em toda sua história.
Então “pelo menos” o “excedente” foi transformado em pedidos de Linces, veículos que caem como uma luva pro EB.
Então, poderíamos criticar três coisas:

1- o n° irreal de unidades pra “justificar” um ToT;
2- o fato de que a maioria das versões previstas pro Guaraní nunca saíram do papel;
3- mesmo tendo seu n° de Guaranis “tesourados” pra uma quantidade mais realista, mesmo assim houve atrasos de pagamento.

Agora, sobre o Gripen, realmente, é um descaso do começo ao fim, nada nessa história é justificável ou defensável.

Henrique A
Henrique A
Responder para  Willber Rodrigues
6 horas atrás

O Brasil é um país preso num marasmo. A gente não consegue abandonar ideias tortas.

É puro atavismo do Estado e do comando das FFAA.

Bosco
Bosco
1 dia atrás

O Hawk foi o primeiro míssil guiado por radar (no caso, semiativo) que podia engajar um avião em baixa altura tendo ao fundo o relevo.

Última edição 1 dia atrás por Bosco Jr
Bosco
Bosco
Responder para  Bosco
1 dia atrás

E também o Hawk foi o primeiro míssil a ser certificado como sendo ATBM (míssil antibalístico tático).
Nessa função ele devia ser bem fraquinho e só contra mísseis sup-sup de alcance de uns 150 a 200 km .
Logo entrou o Patriot que assumiu essa função.

Última edição 1 dia atrás por Bosco Jr
Bosco
Bosco
Responder para  Bosco
20 horas atrás

ATBM = anti míssil balístico tático

Zoe
Zoe
1 dia atrás

Porque o Brasil desativou seus misseis Hawk, se ele ainda é utilizado em conflitos atuais?
O missil do Brasil devia ser uma versão desatualizado, comparado ao que temos hoje , mas era tão ruim assim a ponto de ser desativado?

Franz A. Neeracher
Responder para  Zoe
1 dia atrás

“Porque o Brasil desativou seus misseis Hawk.”

O Brasil nunca teve esse sistema.

Zoe
Zoe
Responder para  Franz A. Neeracher
1 dia atrás

Teve sim.

Anos 1980: Início da era dos mísseis

  • HAWK (MIM-23): Recebido dos EUA, introduzindo capacidade de médio alcance (até 40 km).

2017: Fim da era HAWK

  • O sistema MIM-23 HAWK é oficialmente desativado e retirado do inventário.

Era outra versão do Hawk, mas teve.

Franz A. Neeracher
Responder para  Zoe
1 dia atrás

O que eu sei é que o EB testou a arma, mas nunca comprou.

Mas eu posso estar enganado, caso vc possua algum link ou material sobre o tema, por favor compartilhe conosco.

Zoe
Zoe
Responder para  Franz A. Neeracher
1 dia atrás

Eu tinha impressão de já ter ouvido falar disto a algum tempo, não sei onde.
Busquei informações no Chat GPT, que me informou que o Brasil utilizou duas baterias na base aérea de Canoas. 

Mas não tenho nenhuma informação oficial não. Acho que o GPT se enganou nesta, e eu fui junto.

Obrigado pelo retorno Franz. Você esta correto.

Última edição 1 dia atrás por Zoe
Bosco
Bosco
Responder para  Zoe
1 dia atrás

Zoe,
Também desconheço do Brasil ter adotado o Hawk.
O Brasil operou o Roland, francês, por alguns anos.

JS666
JS666
Responder para  Zoe
1 dia atrás

ChatGPT é bom para fazer um levantamento inicial de informações, mas tudo que ele fala precisa ser confirmado, pois inventa muita coisa. Como o Bosco falou, o Brasil operou por curto tempo baterias Roland, que eram de curto alcance, retiradas de operação em 2001, motivo só Deus sabe.

Bosco
Bosco
Responder para  JS666
1 dia atrás

JS,
Eu já li algo há muito tempo (em revistas) sobre os franceses suspeitarem de que o Brasil estava tentando fazer engenharia reversa do Roland e isso foi um dos motivos de o termos abandonado.
Não sei a veracidade dessa informação.

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
Responder para  Zoe
1 dia atrás

O Chat GPT acredita que o ditado é “quem tem boca vaia Roma”.
Você não deveria levá-lo tão a sério nas suas pesquisas.

Bernardo
Bernardo
Responder para  Zoe
20 horas atrás

Não use chatgpt como fonte de pesquisa primária. Use como base e dele vá pesquisar em outros lugares (dica: peça pra ele pesquisar online se for preciso e pra só dar respostas com fontes – não é sempre que eles vão obedecer mas ajuda muito). Gemini (o que eu mais uso) e todos os outros a mesma coisa. Eles erram, alucinam etc, o tempo todo. A última versão do chatgpt tem uma taxa de alucinação de 48% em algumas áreas, segundo alguns estudos bem recentes.
Eu já me deparei com inúmeros exemplos de respostas erradas por isso, e o pior é que todos insistem no erro atual (e a cada versão isso fica pior), dá trabalho “convencer” do contrário pra poder seguir pro passo seguinte (se for necessário, e infelizmente tem vezes que não dá pra escapar disso).

Colombelli
Colombelli
Responder para  Zoe
1 dia atrás

O unico missil AA operado antrs dos iglas pelo EB foi o franco alemão Roland sobre blindados Marder. Eram 3 o 4 sistemas adquiridos no fim dos anos 70.

Nenhum missil AA dos EUA foi operado pelo EB.

Claudio Moreno
Claudio Moreno
Responder para  Zoe
21 horas atrás

Era Roland francês

juggerbr
juggerbr
1 dia atrás

E assim se agrada a todos os envolvidos, Trump, indústria de armamentos, Ucrânia, europeus…

Bosco
Bosco
Responder para  juggerbr
1 dia atrás

E desagrada o invasor, o Putin

Nilo
Nilo
1 dia atrás

Com esse armamento ultra moderno, super trunfo, a Ucrânia ganha a guerra e ela vai acabar rápido.

Gustavao
Gustavao
23 horas atrás

Hawk entrou em serviço em 1960, e um extenso programa de atualizações impediu que ele se tornasse obsoleto. Ele foi suplantado pelo MIM-104 Patriot no Exército dos Estados Unidos em 1994, saindo de serviço em 2002, sendo substituído pelo FIM-92 Stinger, extremamente portátil.
Para guerra da Ucrânia só vai servir de propaganda política.

Plínio Jr
Plínio Jr
Responder para  Gustavao
22 horas atrás

Os pilotos russos discordam de vc e sabem que mesmo o obsoleto Hamk pode abate-los , então todo cuidado é pouco, outro ponto, estes SAM´s podem ser utilizados contra mísseis de cruzeiro e drones…. ajudando no esforço de guerra.

Última edição 22 horas atrás por Plínio Jr
Bosco
Bosco
Responder para  Gustavao
20 horas atrás

Gustavão,
Na Tempestade do Deserto em 91 já empregaram o Patriot e na verdade o sistema que substituiu o Hawk foi o próprio Patriot.
O Stinger substituiu o Redeye.
Pode ter havido algum batalhão que utilizava o Hawk que passou a utilizar o Stinger , mas isso seria uma substituição “administrativa” e não tecnológica.
Não creio que ele sirva como propaganda política. Não sei se você sabe mas os russos estão atacando a Ucrânia diariamente com centenas de mísseis Shahed e mísseis de longo alcance (Kalibr, Kinzhal, Iskander M, Iskander K, Kh-22/32, Kh-101, S-300…).
O Hawk é efetivo contra os drones e contra mísseis como o Kalibr, Iskander K e Kh-101, pelo menos e possivelmente contra os Kh-22/32 e S-300, ficando para o Patriot a defesa contra os mísseis Iskander M e Kinzhal.
Não considero que tentar proteger a população de ser assassinada seja algo parecido com “só vai servir de propaganda política“.

Última edição 20 horas atrás por Bosco Jr
Nilo
Nilo
Responder para  Gustavao
12 horas atrás

#As duas vendas reforçam o compromisso de Washington com a defesa da Ucrânia …para enfrentar ameaças presentes e futuras…#
É isso que dizem a aliados, é isso que dizem a Argentina ao venderem aos F16 Bloch 15, é isso, implantam narrativa de aliados vendendo o que eles querem e impondo, quando Argentina poderia ter feito melhor compra pela China dos jatos, o que vc vê é uma Ucrânia de joelhos pedindo Patriot e recebendo Hawk da década de 60, e sabujo, propagandista de material americano elogiando o material, rsrsrs sinto cheiro de peixe.

Última edição 12 horas atrás por Nilo
JS666
JS666
23 horas atrás

O Brasil que poderia ter pego uns Hawk usados enquanto era tempo…

Nilo
Nilo
Responder para  JS666
10 horas atrás

Se vc falar de um Sky Dragon 50, um conjunto de artilharia antiaérea capaz de neutralizar aeronaves, mísseis e drones a até 20 km de altura e 50 km de distância, que utiliza os mísseis DK10A e inclui radares tridimensionais, lançadores móveis e centros de comando digitalizados, aí poderia concordar com vc.

Última edição 10 horas atrás por Nilo