Small,Pile,Of,Minerals,Extracted,In,A,Rare,Earth,Mine

O encarregado de negócios da Embaixada dos EUA no Brasil, Gabriel Escobar, promoveu uma reunião com dirigentes do setor mineral brasileiro — incluindo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) — para sinalizar o interesse dos Estados Unidos em firmar um acordo comercial focado em minerais críticos, como terras raras, nióbio, grafite, cobre e cobalto. A conversa, solicitada pelos EUA, abordou também a iminente tarifa de 50% sobre exportações brasileiras, que começa a vigorar em 1º de agosto próximo.

A pauta da reunião incluiu o debate sobre como o Brasil poderia fornecer esses minerais essenciais à tecnologia avançada — usados em baterias, semicondutores e sistemas de defesa — em troca de uma possível flexibilização ou exclusão nas tarifas americanas. Escobar recebeu com positividade a proposta de enviar uma comitiva brasileira a Washington entre setembro e outubro para avançar nas negociações com autoridades e empresas dos EUA.

O Brasil detém cerca de 10% das reservas globais desses minerais críticos, destacando-se com a maior reserva de nióbio do mundo, e posições relevantes também em terras raras e grafite, além de lítio, cobre e cobalto. Analistas ressaltam que, globalmente, a produção e o refino desses recursos ainda são fortemente dominados pela China, tornando o Brasil uma alternativa estratégica para diversificação de cadeias de suprimentos.

A perspectiva do setor mineral é que o acordo possa mitigar os efeitos da tarifa dos EUA, evitando prejuízos significativos. O Ibram revelou que a aplicação de tarifas bilaterais, incluindo eventuais retaliações brasileiras, pode gerar custos extras de cerca de US$ 1 bilhão por ano, colocando em risco a competitividade das mineradoras e a sustentabilidade dos investimentos em infraestrutura e equipamentos importados dos EUA.

Enquanto isso, o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, descreveu a interlocução com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, como “boa e produtiva”, e reafirmou a disposição do Brasil em tentar um acordo diplomático que evite a aplicação das tarifas a partir de agosto — em meio à pressão crescente do governo do presidente Donald Trump, que ligou o taxação à crise judicial envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Agenda geopolítica e riscos de desencaixe

O movimento ocorre no contexto de um cenário global de competição por minerais estratégicos. O Minerals Security Partnership (MSP), liderado pelos EUA e UE, já financia projetos de mineração de terras raras no Brasil — como o da empresa canadense Aclara Resources em Goiás, com US$ 150 milhões liberados para diversificar a produção fora da China.

Em contrapartida, a imposição de tarifas pelo governo americano, que atingirão 50% sobre cobre, aço e outros produtos brasileiros, agrava tensões comerciais e obriga o país a correr contra o tempo para construir alternativas de mercado. Ministérios brasileiros planejam linhas de crédito e medidas de mitigação para cerca de 10 mil empresas impactadas, em meio a riscos de escalada na guerra tarifária.

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Deadeye
Deadeye
20 horas atrás

Todo recurso mineral é propriedade da União, e mineradoras apenas tem direito de exploração mediante pagamento de Royalties.

Isso vai forçar o Trump a negociar possivelmente, considerando de que o setor privado já esta falando nos EUA de que o tarifaço vai colocar o Brasil no “colo da China’.

Nilo
Nilo
Responder para  Deadeye
20 horas atrás

Ou vai implantar uma indústria nacional ou é apenas aceitação da chantagem do Trump, fazer de con que tem um projeto nacional? Porque a segunda opção é a cangalha do Trump dando resultado.

Última edição 20 horas atrás por Nilo
Gabriel BR
Gabriel BR
Responder para  Nilo
20 horas atrás

A solução começa com a reestatização da Vale…

Carlos
Carlos
Responder para  Gabriel BR
20 horas atrás

E um projeto de desenvolvimento industrial também, mas com o teto de gastos que o próprio governo se auto impôs e um Congresso com maioria neoliberal que tem aversão à investimentos públicos, fica complicado. Fora que os petistas não são lá a melhor opção de gestores para algo do tipo. Se fosse um Ciro Gomes talvez, quem sabe.

Nativo
Nativo
Responder para  Carlos
18 horas atrás

Estava indo tão bem no comentário, até meter o Ciro Gomes no meio.

Carlos
Carlos
Responder para  Nativo
17 horas atrás

Queria que eu falasse de quem? Qual outro político tem algum projeto sequer, por menor que seja, de desenvolvimento? O Ciro tem seus defeitos, inclusive sou critico dele? Sim. Mas é o único presidenciável com algo que vá além de sair cedendo tudo em um liberalismo doentio ( toda a direita desse país ) ou se dizendo favorável a projetos do tipo, mas usando todo o dinheiro em corrupção e não fazendo nada ( PT ).

Alecs
Alecs
Responder para  Carlos
11 horas atrás

Não penso exatamente como você, mas ganhou meu respeito. O grande problema do brasileiro é ser 8 ou 80. Levamos tudo ao extremo como se fosse uma partida de Atlético VS Crugayro, ou Flamengo VS Vasco ou Corinthians VS São Paulo… O dia que não elegermos político populista, seja ele de esquerda ou de direita vamos melhorar. Quando o brasileiro passar a defender boas ideias ao invés de ideologia estúpida o país vai pra frente.

Nilo
Nilo
Responder para  Alecs
10 horas atrás

Sr. Ciro, não ganha, o sistema não permite, Ciro não negocia tão pouco relativiza, Comandante Nogueira explica, rsrsrs
.

Carlos Pietro
Carlos Pietro
Responder para  Nativo
7 horas atrás

Boa noite, olha, vou dizer uma coisa, o Ciro Gomes é muito inteligente. Daria um excelente presidente para o nosso pais. Eu já votei nele, e se for candidato de novo , meu voto ele já têm.

Deadeye
Deadeye
Responder para  Gabriel BR
19 horas atrás

Agora só falta você arrumar uns 150 bilhões de reais para estatizar a vale, e mais alguns bilhões para as batalhas judiciais depois.

Pessoal aqui, acha que isso é simples.

Última edição 19 horas atrás por Deadeye
Gabriel BR
Gabriel BR
Responder para  Deadeye
19 horas atrás

Nada em matéria de soberania é fácil e barato. Aliás nada na vida adulta é fácil e barato…

jairo
jairo
Responder para  Deadeye
13 horas atrás

Mas por que não seria simples?? com o rapaz laranja do norte (meca liberal) destruindo tudo que é conceito neoliberal, muito adotado aqui, aliás, em especial pelos que são prejudicados pelo modelo. pq deveríamos compliacar as coisas? Por causa da Faria Lima?rs

Sds,

jairo

Thrash Metal
Thrash Metal
Responder para  Gabriel BR
2 horas atrás

Negacionista econômico comentando

gordo
gordo
Responder para  Nilo
18 horas atrás

Mineração tem um custo socioambiental bem alto, o continente africano que o diga, e aqui temos exemplos em MG. Minerar e refinar aqui para entregar o filé para os EUA ou China é burrice, é ser literalmente colônia. Se não tiver uma contrapartida muito boa, e ela tem que obrigatoriamente gerar desenvolvimento socioeconômico, negativo para qualquer acordo. No mais, os EUA já foram bem mais educados para pedirem favores.

Nilo
Nilo
Responder para  gordo
15 horas atrás

Está aí um bom assunto “meio ambiente na mineração”.
Lembra do papel da Vale no caso da Barragem em Brumadinho, matou gente, destruição financeira, abandono das vítimas, até hoje usa recursos na justiça para não pagar o devido. Foi um desastre anunciado a Vale encobri relatórios sobre o perigo de rompimento, isso é no geral mineradoras privadas que trabalham maximizando lucros para acionista, mas veja a Petrobrás é um exemplo ao mundo entre eles de atuação correta ao cumprimento de ações de proteção ao meio ambiente, contudo não vejo ninguém por isso deixando de comprar a ações da empresa por esse motivo.

Tomcat4,7
Tomcat4,7
Responder para  Deadeye
20 horas atrás

Tem nada forçando Trump, muito pelo contrário, assim como nos outros países, está forçando que se sujeite as exigências do EUA para seguir sem penalidades. Mas sabemos que no caso do Brasil, a questão é política e quem está tentando surfar na onda da treta TrumpXMoraes é o Lula(e está falhando miseravelmente). Aguardemos as cenas dos próximos capítulos q serão “magnétic”os !!!rs

Nilo
Nilo
Responder para  Tomcat4,7
19 horas atrás

O Estadão em edital vai na mesma linha sua, diz que Lula está usando o nacionalismo com intenção eleitoral, digo que se ele realmente tiver um projeto verdadeiro nacionalista que bom pode usar a realização de um projeto nacional para ganha eleição. É cada uma para justificar a coleira no pescoço.

Carlos
Carlos
Responder para  Nilo
17 horas atrás

É o que o Estadão diz, mas não é o que o PT faz, infelizmente. Quem dera o PT fosse igual ao que boa parte da oposição realmente sai vomitando por ai, principalmente se tratando de projeto, enfrentamento e progressismo.

Para eles, tudo que fique um pouquinho fora do neoliberalismo suicida que vivem reiterando, é automaticamente esquerda ou populista, mesmo em um governo com retórica progressista, mas com agenda liberal. O único papel dos políticos, para essa turma, deve ser de destruir e dilapidar o estado, botar pra quebrar com a população pobre e sempre manter as verbas de concessão em dia.

Nilo
Nilo
Responder para  Carlos
10 horas atrás

Carlos agora já é oficial, em entrevista o Vice não quis falar mas abriram o verbo, pura chantagem, extensão, o presidente do Ibram, Raul Jungmann, afirmou que Escobar repetiu o interesse dos EUA no setor mineral brasileiro, algo que já havia sido mencionado em encontro anterior, há cerca de três meses.
“O que ele falou é que os EUA tinham interesse nos MCEs,.
https://www.metropoles.com/brasil/lula-sobre-interesse-dos-eua-em-metais-criticos-ninguem-poe-a-mao

Deadeye
Deadeye
Responder para  Tomcat4,7
19 horas atrás

Curiosidade, falhando como?? porque aquele projeto de anistia já morreu no Congresso.

Tomcat4,7
Tomcat4,7
Responder para  Deadeye
17 horas atrás

Hauhauhauhauhauhauhau!!! Então tá uai !rs

EduardoSP
EduardoSP
Responder para  Tomcat4,7
17 horas atrás

Bom saber que é o Lula que está tentando surfar na onda.

Achei que era o deputado patriota da pátria alheia que está fazendo isso.

comenteiro
comenteiro
Responder para  Tomcat4,7
16 horas atrás

E eu achando que eram outras pessoas que surfavam na onda do Trump.

BVR
BVR
Responder para  Tomcat4,7
12 horas atrás

Sério?!?
Treta entre Trump e Moraes e Lula surfando na onda ??
Então os movimentos dos EUA em relação ao Brasil não tem nada a ver com Brics; terras raras; MaGa; IA… e sim tem a ver com uma questão judicial sobre Bolsonaro ?!!!

Gabriel BR
Gabriel BR
20 horas atrás

Eu suspeitei que ai tinha coisa…eu falo publicamente que os europeus e americanos voltariam sua cobiça para a América Latina desde 2017. Falo já tem tempo que a América Latina é uma séria candidata a ser o Novo Oriente Médio…os Especialistas da academia debocharam de mim. Eu e uns poucos tentamos avisar que a politica ambientalista de mercado de carbono era uma farsa que visava impedir o desenvolvimento da América Latina com a finalidade de criar uma reserva de recursos naturais estratégicos da OTAN. Eu também disse que os americanos e europeus cá viriam para explorar tudo com enorme voracidade até antes de 2030. Agora os senhores cobrem a canhota que usou o discurso de DH para impedir que a ABIN fosse o que ela deve ser.

Rodrigo Maçolla
Rodrigo Maçolla
Responder para  Gabriel BR
19 horas atrás

Olha Gabriel não sei se a América latina vai ser o novo oriente Médio, mas também concordo com você nesta questão de “mercado de carbono” isso é uma patifaria, cortina de fumaça para engabelar e esconder que o que querem mesmo é as nossas reservas de minerais e terras raras, Estamos no meio desta disputa entre China e EUA e alguns players da Europa , só que a China saiu na frente em 2024 quando a Múmia era o Presidente dos EUA o Xi Jinping veio aqui no Brasil e ficou acampado ao lado do palácio do Planalto e teve reuniões secretas a portas fechadas com o comedor de jabuticabas,, o que ele fez ? Deu prioridade de venda de nossas terras raras para a China, a troco de que ? hum só Deus ou o tinhoso sabe, Agora o Trump esta tentando recuperar o tempo perdido, Você pode não gostar do Trump e acusa-lo de tudo, menos de não brigar pelos interesses do seu pais, foi pra isso que ele foi eleito.

Tomcat4,7
Tomcat4,7
Responder para  Rodrigo Maçolla
19 horas atrás

O problema da canhotada é que não vendem do Brasil, vendem “o” Brasil !!!

Nativo
Nativo
Responder para  Tomcat4,7
17 horas atrás

Só eles? é muita “inocência”.

Última edição 17 horas atrás por Nativo
Tomcat4,7
Tomcat4,7
Responder para  Nativo
17 horas atrás

Quem está no poder vendendo agora são eles meu caro, que são todos farinha do mesmo saco é um fato mas é outro assunto. A escala de revezamento está com a canhotada agora !!!

adriano Madureira
adriano Madureira
Responder para  Nativo
7 horas atrás

Alguns acreditam em fadas patrioticas Nativo…

Vitor
Vitor
Responder para  Tomcat4,7
13 horas atrás

A base de Alcântara no Maranhão é um belo exemplo dos entreguistas travestidos da farsa de patriotas.

adriano Madureira
adriano Madureira
Responder para  Vitor
7 horas atrás

Lembra do contrato de alcântara ofertado a nós por washingtom?

Foi no governo Fernando Henrique:
No acordo CLA-2000, havia uma cláusula que impedia o acesso de brasileiros a certas áreas, a criação de uma área cedida aos pesquisadores americanos com total sigilo (onde brasileiros não poderiam entrar) e a entrada de material
 no Brasil sem qualquer inspeção por parte da Receita Federal. Outro ponto proibia o uso de recursos gerados pelo centro de Alcântara no desenvolvimento de foguetes lançadores brasileiros.

Mas no governo bolsonaro,os entreguistas patriotas abriram as pernas.

Nativo
Nativo
Responder para  Rodrigo Maçolla
17 horas atrás

“Só Deus ou tinhoso sabem ?” Pergunta ao agro é mais rápido.

Tomcat4,7
Tomcat4,7
Responder para  Gabriel BR
19 horas atrás

Agora é ver onde isso tudo vai dar pois os russos já seguraram a Ucrânia que tbm é rica em recursos energéticos deixando sobrar a América Latina a qual é o alvo da vez e um alvo bem mau defendido então…..

Gabriel BR
Gabriel BR
Responder para  Tomcat4,7
19 horas atrás

Os Russos estão expulsando os franceses de África e promovendo um descolonização 2.0. Enquanto todo o restante da África está com os chineses. Em resumo , o Brasil e a América Latina são a bola da vez dos colonialistas…

Rodolfo
Rodolfo
Responder para  Gabriel BR
10 horas atrás

E com toda essa desordem politica interna, falta de visao estrategica pro país, caos economico que vai de crise em crise a cada 5 anos, fica facil pra China, França e EUA abocanharem o recurso que quiserem aqui dentro, seja petroleo, metais raros, urânio ou mandar um bando de barco pesqueiro pra ZEE brasileira e a MB nao poder fazer nada a nao ser protestar. E claro, com a corrupçao endemica no país, alguns agentes internos sempre vao sair ganhando.
Tem gente que fala no Brasil virando Venezuela no futuro, mas o futuro ainda pode ser um Congo, onde quem tem estudo vai embora e quem fica vive na contínua anarquia.

Macgaren
Macgaren
19 horas atrás

Se eles recusarem e mantiverem os 50% vende esses 10% de terras raras para a China kkkk

Esse ponto das terras raras talvez seja o ponto escondido dentro dessa negociação bagunçada que nunca fez sentido.

Última edição 19 horas atrás por Macgaren
Angus
Angus
19 horas atrás

Aparentemente existe um pessoal que “nasceu ontem”.

Qual a surpresa? a história do Brasil está recheada de tentativas/acordos do mesmo estilo.

Interessante é que os mesmos que bradam hoje “os recursos minerais são nossos” simplesmente não fazem questão de saber que um quantidade gigantesca de ONG atua no Norte do Brasil e que “casualmente” grande parte das reservas indígenas está localizada em locais de grande riqueza mineral e florestal, cuja exploração não tem regulamentação exatamente clara.

Haaa, vão rachar uma lenha.

António Rodrigues
18 horas atrás

Em terras indígenas brasileiras, os minerais pertencem à União, mas os povos indígenas possuem o direito ao usufruto exclusivo desses recursos, conforme a Constituição Federal. Isso significa que, embora a propriedade formal seja da União, os povos indígenas têm o direito de usar e aproveitar os recursos minerais presentes em suas terras tradicionalmente ocupadas.
Senado Federal +3
A Constituição Federal, no artigo 231, estabelece que são reconhecidos aos índios “os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam”, e que compete à União demarcá-las, protegê-las e fazer respeitar todos os seus bens. Além disso, o artigo garante aos índios “o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes”.
Apesar do usufruto exclusivo, a exploração e aproveitamento de recursos hídricos, a pesquisa e lavra de riquezas minerais em terras indígenas só podem ocorrer mediante autorização ou concessão da União, e desde que haja interesse nacional e respeito aos direitos indígenas.
Portanto, a questão da exploração de minerais em terras indígenas envolve uma complexa relação entre a propriedade da União, o usufruto indígena e a necessidade de autorização e concessão para a exploração, tudo dentro do contexto da proteção dos direitos e da cultura dos povos indígenas.

Angus
Angus
Responder para  António Rodrigues
17 horas atrás

Excelente análise Antônio.
Muito bom mesmo.
Parabéns.

BVR
BVR
Responder para  António Rodrigues
12 horas atrás

Antônio, usufruto do solo eu entendo, mas subsolo seria outro papo, né ?
Porque desde a constituição de 1934 as riquezas do subsolo pertencem a União.
Se desejar esclarecer, seria interessante continuar essa abordagem.

António Rodrigues
Responder para  BVR
11 horas atrás

Não é de 1934 mas….. Constituição 1988

A questão da exploração de riquezas do subsolo em terras indígenas no Brasil é complexa e controversa, envolvendo aspectos legais, ambientais e sociais. A Constituição Federal de 1988 reconhece a posse permanente das terras indígenas para seus povos, mas também prevê a possibilidade de exploração mineral mediante autorização do Congresso e consulta às comunidades. Essa possibilidade tem gerado debates acalorados, com defensores da exploração argumentando que pode gerar riqueza e renda para as comunidades, enquanto críticos apontam para os riscos de danos ambientais e culturais.
Aspectos Legais e Constitucionais:
A Constituição Federal de 1988, nos artigos 176 e 231, estabelece que a exploração de riquezas minerais em terras indígenas é permitida, mas condicionada à autorização do Congresso Nacional, mediante decreto legislativo, e à consulta prévia, livre e informada das comunidades afetadas.
A legislação infraconstitucional que regulamenta a mineração em terras indígenas ainda não foi estabelecida, o que gera incertezas e insegurança jurídica.
Polêmicas e Debates:
A exploração mineral em terras indígenas é vista por alguns como uma oportunidade de desenvolvimento econômico para as comunidades e para o país, gerando empregos e recursos para investimentos em infraestrutura e serviços sociais.
Por outro lado, críticos da exploração mineral apontam para os riscos de impactos ambientais negativos, como desmatamento, contaminação de rios e solos, e perda da biodiversidade.
Além disso, há preocupações com os impactos sociais e culturais, como a destruição de modos de vida tradicionais, o aumento da violência e do alcoolismo, e a perda da identidade cultural das comunidades.
A falta de regulamentação e fiscalização adequadas também é um ponto de preocupação, pois pode levar à exploração ilegal e predatória das riquezas do subsolo, com poucos benefícios para as comunidades indígenas.
Oportunidades e Desafios:
A exploração mineral em terras indígenas pode gerar riqueza e renda para as comunidades, mas é fundamental que seja realizada de forma sustentável e responsável, com a participação efetiva das comunidades na tomada de decisões.
É necessário que haja uma legislação clara e abrangente, que estabeleça regras claras para a exploração mineral, protegendo os direitos territoriais e culturais das comunidades indígenas, e garantindo a proteção ambiental.
A transparência e a participação social na gestão dos recursos minerais são fundamentais para garantir que a exploração mineral seja um processo justo e equitativo, com benefícios para todos.
Em resumo, a questão da riqueza do subsolo nas terras indígenas é um tema complexo que envolve interesses econômicos, sociais e ambientais. É fundamental que haja um debate amplo e participativo, com a participação de todos os atores envolvidos, para que se possa encontrar soluções que conciliem o desenvolvimento econômico com a proteção dos direitos e culturas dos povos indígenas. LP

António Rodrigues
Responder para  António Rodrigues
11 horas atrás

Ora se…..

A legislação infraconstitucional que regulamenta a mineração em terras indígenas ainda não foi estabelecida, o que gera incertezas e insegurança jurídica.

Então emperra o sistema….ou não??

Colombelli
Colombelli
Responder para  BVR
3 horas atrás

Correto. Toda riqueza mineral é publica e da união.

Conjugando o usufruto com este ponto, tem se que aos indigenas é assegurado o mesmo direito de um proprietario comum neste cado: os royalties.

A união lucra com o minério de sua propriedade e o proprietario da area ou usufrutuario lucra com pequeno percentual de royalties.

Sergio Machado
Sergio Machado
17 horas atrás

Os EUA pondo as manguinhas de fora. Óbvio que queriam as terras raras. O complexo militar é altamente dependente e estão na mão da China . Muita calma nessa hora como vamos lidar com isso, a extração de terras em si é tarefa fácil comparado ao processamento nada simples.
Importante manter os EUA longe daqui, se entrarem não saem mais. E se tentar tirar, inventam algo para intervir militarmente.

Santos
Santos
Responder para  Sergio Machado
11 horas atrás

E é importante manter a China longe daqui também ou o imperialismo comunista pode?

Sergio Machado
Sergio Machado
Responder para  Santos
7 horas atrás

Manter todos. Trocar águia por dragão é inocência.
Temos que estar no controle e dando as cartas. O bom que o momento político permite isso, senão os entreguistas de sempre- sempre à moita- ja tratariam de dar de bandeja por meia dúzia de espelhos.
Que comecem estudos de processamentos local das terras raras. Hoje o monopólio é chinês.

BVR
BVR
Responder para  Sergio Machado
11 horas atrás

Sérgio, os atuais formuladores da política externa dos EUA ignoraram todas nuances diplomáticas e jogaram fora todos os registros anteriores de como os EUA conseguiram a primazia nas trocas comerciais sobre os concorrentes.

Jogaram na cara da Otan que eles não são nada sem o suporte estadunidense; ameaçaram aliados históricos com pressões comerciais; ameaçaram territórios de aliados; chamaram a AL de quintal e viraram as costas para a África.

Não sei se vc vai lembrar desse episódio, mas às vésperas da vinda do Clinton aqui ao Brasil, na época, vazou um trecho de um documento do Dept Estado dizendo que no Brasil a corrupção era endêmica. Isso deu maior auê na imprensa, gente pedindo suspensão da visita…
E qual foi a atitude do Clinton ? Ele disse o que os brasileiros queriam ouvir, “the document is wrong”. Resultado, cumpriu os interesses da viagem (manutenção dos interesses deles) e ainda saiu como queridinho da opinião pública ao dizer que o documento estava errado.

Rodolfo
Rodolfo
Responder para  BVR
11 horas atrás

Entre o Clinton e o Trump, pelo menos o Trump é honesto, ele escancara a verdade do America First.

Sergio Machado
Sergio Machado
Responder para  Rodolfo
7 horas atrás

Trump não tem nada de honesto. Como empresário, sempre agiu à margem da Lei, assim como seu pai. O que faz é um personagem, usa do poder Estado para ameaçar países, a fim de obter vantagem para o país e para ele.
Seus anúncios mirabolantes são sempre acompanhados de grandes jogadas na bolsa com inside information, onde “investidores” vem faturando bilhões com informações privilegiadas. Aconteceu inclusive no Brasil no dia anúncio da taxação. Inquérito da PF apura quem comprou quase US$ 5 bi, ja prevendo a desvalorização do Real pós anúncio.

Sergio Machado
Sergio Machado
Responder para  BVR
6 horas atrás

Entendo que algumas pontes entre Brasília e Washington foram quebradas. Perdeu-se a confiança, pois esse modus operandi conta com apoio republicano. Saindo Trump, pode entrar outro ainda pior.
Temos que aproveitar o momento e começar a parar de fazer vista grossa para as intervenções e submissão à Washington.
O problema são alguns “patriotas” com fetiche em serem submissos aos EUA. Estão por posando com a bandeira deles, esperando o momento certo para se abaixar.

BVR
BVR
Responder para  Sergio Machado
10 horas atrás

Parece que os atuais formuladores da política externa dos EUA ignoraram todas nuances diplomáticas e jogaram fora todos os registros anteriores de como os EUA conseguiram a primazia nas trocas comerciais sobre os concorrentes.

Jogaram na cara da Otan que eles não são nada sem o suporte estadunidense; ameaçaram aliados históricos com pressões comerciais; ameaçaram territórios de aliados; chamaram a AL de quintal e viraram as costas para a África.

Não sei se vc vai lembrar desse episódio, mas às vésperas da vinda do Clinton aqui ao Brasil, na época, vazou um trecho de um documento do Dept Estado dizendo que no Brasil a corrupção era endêmica. Isso deu maior auê na imprensa, gente pedindo suspensão da visita…

E qual foi a atitude do Clinton ? Ele disse o que os brasileiros queriam ouvir, “the document is wrong”. Resultado, cumpriu os interesses da viagem (manutenção dos interesses deles) e ainda saiu como queridinho da opinião pública ao desdizer o DOS.

Monroe, Roosevelt e Bush Jr. estabeleceram suas doutrinas no trato com as nações. Estaríamos diante de uma nova doutrina,ou ele é o cara errado no lugar certo numa época complicada?

amarante
amarante
15 horas atrás

Ah minha nossa, quem poderia imaginar? vamos ver, eles querem levar o minério in natura?

Nilo
Nilo
Responder para  amarante
3 horas atrás

Com terras raras a mineração é muito poluidora e o volume é muito grande para se chegar a uma quantidade pequena de metal tratado, purificado, seria contraproducente levar o material in natura para EUA para beneficiamento, o que ele quer e concessões para empresas americanas refinar no Brasil. A intenção dele era a mesma com Zelensky na Ucrânia, mas não deu certo, nos agora somos a Ucrânia, como diz o ditado, dividir para controlar, se precisar criar cisões neste país Trump o fará, se precisar, se precisar criar um conflito interno, ele o fará, para isso tem a família Bolsonaro e seus patriotas.

Jordan Silva
Jordan Silva
11 horas atrás

Juro por Deus, que a primeira coisa que pensei quando começou o “putetê do tarifaço” pro lado de cá foi que o objetivo dos ianques era ter acesso mais fácil às terras raras do Brasil… solicitando até quem sabe, o rompimento com contratos de mineração feito com a China, o que duvido muito ocorrer.

adriano Madureira
adriano Madureira
Responder para  Jordan Silva
8 horas atrás

sempre foi isso,sempre desconfiei disso amigo! Np momento que ele ameaçou a Groelândia,notóriamente conhecida por ser uma mina gigante,não tive dúvida.

Assim como ele ameaçou o Canadá e publicamente como um miliciano,um cafetão,ameaçou a ucrânia e exigiu que o Zé Lensky entregasse as riquezas do país a mineradoras americanas para juntos criarem uma “parceria” de iguais.

Não passam de vermes sanguessugas,fosse o governo brasileiro não daria uma tonelada de brita para esses chacais.

Nilo
Nilo
Responder para  adriano Madureira
3 horas atrás

Mais não é só isso, terras raras, é o domínio político sobre o Brasil, interferência através de um governo submisso, como é a da Ucrânia com Zelensky, é interferir no judiciário, é interferir nas eleições, no executivo, é o Brasil se tornar um Panamá, é o domínio total.

Emmanuel
Emmanuel
7 horas atrás

Não é pelo Jair. É pela jazida.

Nilo
Nilo
Responder para  Emmanuel
3 horas atrás

É pela riqueza mineral,, é pelo mercado consumidor, é pelo domínio da produção em produtos importantes e tecnológicos é pelo Jair, se ele continuar cumprido o papel de traidor, mas se não for ele, eles acham outro traidor patriota.

Colombelli
Colombelli
3 horas atrás

Tenho uma questão pra os senhores sobre os minerais localizados ao norte. No meio da selva amazônica

Eles são frequentemente apontados como objeto de cobiça, criadores de perigo de invasão, motivo de ongs que estariam espionando etc..

Mas ja lhes ocorreu avaliar se tais jazidas são viáveis pra minerar ou serão algum dia?
Alguns pontos a considerar:

1) o tamanho total de cada jazida justifica o investimento?
2) o rendimento por metro cúbico minerado é viavel diante dos custos?
3) como levar maquinario pesado e eletricidade, infra estrutura pra trabalhadores ou plantas de processamento e suprimentos e insumos por centenas de km de selva fechada? Qual custo adicional disso?
4) se forem ser abertas estradas, qual o custo de as manutenir em ambiente amazônico?
5) como ficará o custo do mineral diante do custo extraordinario do transporte e mineração?

Não parece lógico ou intuitivo que se tais jazidas valessem a pena, estrangeiros consorciados com empresas brasileiras ou usando interpostas pessoas, ja teriam investido na exploração?

Fica a questão pra meditar.