Exército Brasileiro testa capacidade antiaérea na Operação Atlas
Boa Vista (RR) – Em 5 de outubro, o Exército Brasileiro empregou a Artilharia Antiaérea em apoio às ações defensivas na Operação Atlas, com foco na prontidão e integração dos sistemas de defesa contra ameaças aéreas de baixa altura.
A operação reuniu militares do 5º Grupo de Artilharia Antiaérea de Selva, unidade subordinada ao Comando de Defesa Antiaérea do Exército, empregando o Radar SABER M60 e seções de mísseis RBS 70 de baixa altura.
A atividade também contou com o Centro de Operações Antiaéreas (COAAe), sistema de comando e controle que monitora o espaço aéreo em tempo real, coordenando unidades de tiro e radares. Os COAAe são “o cérebro” da defesa antiaérea, garantindo a capacidade de resposta coordenada do Exército em cenários operacionais complexos.
Simulações táticas testaram integração e reação rápida
O exercício teve início com o deslocamento das frações antiaéreas até a área designada, onde foi realizada a ocupação do terreno e a instalação dos sistemas de radar. Na sequência, as armas foram integradas ao COAAe, estabelecendo uma posição de defesa antiaérea.
Durante a simulação, os militares conduziram ações de detecção e engajamento de aeronaves hostis. Os cenários progressivos de ameaça permitiram testar a coordenação entre sensores, armamentos e comando.
Resultados reforçam capacidade dissuasória da Força Terrestre
O exercício confirmou a eficácia do sistema antiaéreo de baixa altura do Exército na proteção de tropas e infraestruturas estratégicas. A operação demonstrou a qualidade do nível de coordenação entre radares e mísseis, além de registrar importantes lições aprendidas para o sistema de defesa antiaérea como um todo. A atividade contribuiu ainda para aprimorar o planejamento de comando e controle no contexto do emprego da Força em combate, alinhando-se aos objetivos de manutenção da prontidão e capacidade de atuação da Força Terrestre.
Operacionalidade reafirmada no extremo norte do país
A condução desse exercício reafirma o compromisso do Exército Brasileiro com a proteção do território nacional, a partir de ações de preparo que integram alta tecnologia, doutrina aplicada e efetivo adestrado, sempre pronto para a defesa do Brasil. A Operação Atlas vem se consolidando como uma clara oportunidade de se colocar em prática o adestramento do maior patrimônio da Força: seu material humano, de forma a capacitá-lo para o bom cumprimento de suas missões constitucionais, apoiados por eficiente logística de defesa e dotados de materiais modernos e de alta tecnologia.
FONTE: Agência Verde-Oliva/CCOMSEx


Salve senhores, mais uma vez um tópico muito problemático para nossas FFAA.
Sem voltar muito no tempo, penso que desde os tempos da Mectron já poderíamos ter uma “missil house” instalada e bem robusta no Brasil. Atendendo nossas necessidades que não são pequenas e de nações vizinhas.
Mas….
Sgt Moreno
Nota
Haverá debates do tipo e se a AVIBRÁS, mas temos SIAAT, ou a MacJee (aquela que dizem que não passa de uma farsante).
Vamos esperar o debate.
Essa Mac Jee é de um frances…tenho o pé atrás.
AKAER detem a tecnologia do sensor IR do A-DArter, e SIATT é o mesmo grupo que trabalhou na MECTRON, ou seja eles sabem fazer mísseis e integrar componentes, sensores, então temos a capacidade de fazer um míssil WVR nacional, a situação é que vai demorar uns anos e consumir dezenas ou até uma centena de milhão de reais para chegar num prototipo, depois mais umas centenas de milhoes para fazer um lote para FAB.
Nossas necessidades e possibilidades não geram escala. E venda externa tem concorrência consolidade. Poucos produtos podem vingar.
E um bom sistema para o nível tático, entretanto, como a guerra da ucrânia demonstrou, é necessário ter um sistema em camadas e com muitos meios. Olha como a Rússia sofre nessa guerra, e ela possui diversos sistemas de defesa AA, móveis, fixos, de baixa, média e longa altura, sempre foi destaque nisso e tem tido pesadas baixas. O que leva a crer que esse sistema RBS e uns guepards é suficiente?
Precisamos de uma defesa AA de média altura com urgência, além disso, precisamos investir em droens interceptadores, radares táticos como o M60 e de longo alcance como o M200, são fundamentais para cobrir uma área de operação, ou uma frente de combate.
Mais do mesmo.
O EB continua perdido. Aliás, todos que não dominam a guerra dos drones estão perdidos.
O fiasco da Armênia em Nagorno-Karabach é um caso emblemático.
O EB não tem sequer meios para anular drones FPV, loitering munitions e UCAVs.
Até atores não estatais poderiam causar muita dor de cabeça para o EB. Traficantes do RJ já utilizam drones FPV lança granadas.
A brincadeira começa com a aquisição emergencial de sistemas EW (ex: Koral), radares capazes de detectar drones (ex: Giraffe 1x), SAM de médio alcance, canhões com munição airburst e emprego massivo de MANPADS. Não podemos levar a sério um exército cuja última aquisição foi de 9 lançadores RBS-70…e que ainda utiliza um punhado de velhos MANPADS russos (sistema bom mas com suprimentos cortados).
“O EB não tem sequer meios para anular drones FPV, loitering munitions e UCAVs.”
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Tem mais de uma década que o EB tem sistema para detectar UAS de pequenas categorias, por conta de sua atuação nos grandes eventos e SISFRON. As aquisições mais recentes, são as armas portáteis SC-J2000M e a nova versão do Droneblocker da IACIT.
O que falta no EB, é o mesmo de sempre, em praticamente todas as frentes: escala e um ciclo de renovação de tecnologias mais acelerado…
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E UCAVs, dentro da atual divisão de funções, é um problema muito mais da FAB, do que do EB.
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“Até atores não estatais poderiam causar muita dor de cabeça para o EB.”
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Atores não estatais, operando de forma irregular, dariam muita dor de cabeça para qualquer organização militar ao redor do mundo, não importa se é o EB, PLA Army ou o US Army… isso aí não é jabuticaba. Qualquer Comando de Operações Aérea vai furar.
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“Traficantes do RJ já utilizam drones FPV lança granadas.”
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E isso é grande problema para a polícia resolver. E fariam bem em procurar os conhecimentos de GE no centro de instrução do EB, para ter um direcionamento.
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“A brincadeira começa com a aquisição emergencial de sistemas EW (ex: Koral)”
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O Koral não tem foco em comprometer a operação dos tais dronezinhos. É um sistema EW que visa, explicando a grosso modo, cegar radares e demais sistemas de detecção de um inimigo, para então, permitir que ocorra algo como o “fiasco da Armênia em Nagorno-Karabach”, que não foi imposto só e somente por um modelo de UAS, como você erroneamente interpreta deste conflito.
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“radares capazes de detectar drones (ex: Giraffe 1x)”
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É um excelênte radar para complementar o sistema de AAAe na banda X…
Mas se o problema é tal do dronezinho FPV e a urgência apontada é por sistemas de GE, a solução fica no departamento de GE. Com um sistema MAGE, é possível realizar a detecção e localização da área de uma fonte de emissão de sinal de sistemas como os dronezinhos comerciais, com banda definida. E com um sistema MAE, é possível realizar sua neutralização. Tudo isso aí, pode ser feito aqui, diga-se de passagem.
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Aliás, se quer abordar o assunto, é tão mais fácil apontar a letargia e falta de interesse do EB em operar dronezinho de catgoria zero para ataque, como na formação de núcleos até mesmo em termos de unidades de operações especiais, do que em combater o dronezinho FPV. Isso, querem fazer.
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“…SAM de médio alcance, canhões com munição airburst e emprego massivo de MANPADS”
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Legal… só que de partida, a conta já passaria fácil de U$ 2,0 bilhões, só pra dar a largada com isso aí. E como conciliar isso com os desejos pela aquisição de um MBT top de linha, com um Abrams da vida e todo o sistema logístico que esse tipo de blindado iria demandar, para operar?
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Falta de um tudo no EB. A escala das coisas sempre foi uma bela porcaria e os ciclos de renovação, é pífio. E as pessoas querem de um tudo, pra ontem e em quantidades irreais perante nossas condições. E em vou entrar no mérito de apontar que em termos de UAS, por exemplo, o ciclo de inovação e contramedidas é tão avançado, que investir de forma massiva na aquisição destes sistemas hoje, como muitos apontam ser o caminho, não garantirá muito mais que uma montanha de sistemas que vão estar ultrapassados em poucos anos…
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“Não podemos levar a sério um exército cuja última aquisição foi de 9 lançadores RBS-70…e que ainda utiliza um punhado de velhos MANPADS russos (sistema bom mas com suprimentos cortados).”
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Você não é pessoa séria. Então deixar ou não de levar a sério o EB, não importa.
A questão é que compraram RBS70 tem um bom tempo e agora RBS70NG, de punhado em punhado, para renovar os grupos de artilharia, que são complementados por seções equipadas com Igla. É o que conseguem fazer, quando se somam-se demandas de diversas frentes. E aí, caí no mesmo problema já apontando: escala e ciclo de renovação.
Bardini, muito boa análise, com argumentos consistentes.
Infelizmente alguns entusiastas não estão preparados para analises coerentes, preferem os discurso “queimem as bruxas”.
Como assim eu não sou uma pessoa séria? Você não passa de um moleque arrogante.
Escreveu trocentas linhas de asneiras para tentar defender um exército falido. Nem merece réplica.
Tu falou nada com nada e agora não tem como contra-argumentar. É melhor apagar, vão rir de você.
Impecável.
Não é o EB, é o Brasil como um todo que resolveu acreditar que vive num mundinho cor de rosa e que não precisa investir em defesa, o EB recebe o(pouco) dinheiro do Estado, então prioriza. Vale lembrar que pagamento de pessoal são receitas obrigatórias.
E um bom sistema para o nível tático, entretanto, como a guerra da ucrânia demonstrou, é necessário ter um sistema em camadas e com muitos meios. Olha como a Ucrania sofre nessa guerra, e ela possui diversos sistemas de defesa AA, móveis, fixos, de baixa, média e longa altura fornecidos por mais de 30 países.
“A operação reuniu militares do 5º Grupo de Artilharia Antiaérea de Selva, unidade subordinada ao Comando de Defesa Antiaérea do Exército, empregando o Radar SABER M60 e seções de mísseis RBS 70 de baixa altura.”
Sempre baixa altitude, e sempre poucos meios…
Qualquer coisa de média e de alta altitude, é sentar e rezar pelo melhor…
É FAB dai
Sabia que alguém diria que isso é responsa da FAB…
Como se a FAB tivesse n° de caças suficientes pra isso, né?
Também é de responsabilidade do EB. O emprego de meios de média ou alta altitude está previsto na própria doutrina do EB.
“A DA Ae necessita cumprir as missões operacionais previstas nas hipóteses de emprego, tanto na ZI quanto no TO/A Op. Como elo permanente do SISDABRA, a AAAe do Exército atua com a Força Aérea Brasileira (FAB) no controle do espaço aéreo como, por exemplo, em eventos internacionais de vulto.” p. 1-2
Está tudo previsto na doutrina.
EB70-MC-10.365 MC GAAAe.pdf
“Os GAAAe podem, ainda, ser compostos por materiais de grande altura ou média altura.” p. 4-2
“3.4.3 GAAAe orgânico da Bda AAAe do C Ex a) na ZC, cada C Ex é dotado de uma Bda AAAe, constituída de unidades de AAAe para a DA Ae nas faixas de grande, média e baixa alturas.”
p. 3-7
“2.1.3.4 Base para alocação: a) ao Corpo de Exército (C Ex): variável, de acordo com a necessidade da missão, mínimo de dois GAAAe por Bda AAAe, (podendo ser um GAAAe de média altura) de acordo com a necessidade de meios AAAe necessários para a DA Ae na zona de combate (ZC), e limitada pelos meios de C²; b) na zona de administração (ZA): variável, de acordo com a necessidade da missão, mínimo de dois GAAAe por Bda AAAe, (podendo ser um GAAAe de média altura) de acordo com a necessidade de meios AAAe necessários para a DA Ae de tropas/instalações presentes na ZA, e limitada pelos meios de C²; e c) à Divisão de Exército (DE): um GAAAe como dosagem mínima, podendo a Divisão receber mais Grupos, de acordo com a necessidade e a missão.”
p. 2-3
Doutrina alias completamente dissociada da realidade e desatualizada. Quem coordena hoje a defesa AA é o COMDABRA e não uma força isolada ( salvo curta e tatica)
Quanto as previsões, restaram tão fantasiosas como os pel AC e sessoes AA que deveriam existir nos btl de infa.
Si et im quam tivermos sistemas AA medios serão concentrados no novo grupo AA em SP ( criado pra isso). E as Bia dele operarão sob direção do comdabra de forma integrada com meios aereos.
A unica defesa operada exclusivamente pelo EB sera a tatica e curta.
Nem brigada AA existe mais. É comando e opera de forma completamente modular e em defesa estratégica. A defesa de tropa são as 7 bias avulsas.
Outra questão e da FAB ( embora tua constatação sobre ela esteja equivocada) Voce nao tem nem cobertura tatica e de curto alcance no EB e quer cobertura de média?
Sabe quanto precisaria pra uma cobertura media mínima em sistemas e valores? Pesquisa as conclusões do “proteger”.
E pra sua informação a FAB, a despeito de tudo, da conta de qualquer força aérea da AL. E se for um ataque de fora da AL, nem 100 caças fariam diferença pois seriam misseis de navios ou submarinos.
Enxergue o contexto e a realidade como um todo. Simule um ataque aéreo da Venezuela e veja qual seria o resultado.
Análises limitadas e atomizadas levam a erros de percepção e resposta.
Após os testes foi confirmado que o Brasil não tem defesa antiaérea.
Mais do mesmo.
Prezados,
Após a leitura da notícia, fiquei com duas duvidas, quem souber responder ficarei grato:
5º Grupo de Artilharia Antiaérea de Selva, não usa o Sistema Mísseis IGLA 9K38?
Um Grupo de Artilharia Antiaérea, são três Baterias combinadas de Iglas e RBS 70? e quantas frações de Postos de Tiro?
Obrigado
Da uma olhada no canal defesa brasil do youtube que tem indicação das composições teóricas dos Grupos AA.
@defesabrasil856
Caro Senhor Colombelli,
Obrigado pela resposta e dica.
Vamos responder as objeções mais comuns nesse tipo de matéria:
_Ah, o EB deveria investir nesse ou naquele sistema dado que em tal conflito aleatório se mostrou vital_
R.
-Primeiro que afirmar que tal ou qual sistema (a moda agora são os drones) foram decisivos em tal conflito aleatório parte de uma alegação no mínimo incompleta i.e. nas guerras atuais recebemos apenas informes incompletos e de veracidade duvidosa;
-mesmo que este não fosse o caso não há motivo concreto para achar que o EB iria enfrentar num hipotético conflito situação semelhante que ucranianos, russos e outros beligerantes enfrentam;
-recursos são limitados e o EB tem deficiências em praticamente todas as áreas;
-não há lógica em gastar os parcos recursos em tecnologias não testadas que estão em cosntante evolução enquanto há carências em coisas básicas (Artilharia de campanha, CCs, Engenharia de Combate, armas portáteis, sistemas de comunicação).
P.
De onde vocês tiram a conclusão que drones – e quais tipos de drones? – são meios revolucionários, que mudam completamente o paradigma do combate, que investir em sistemas consagrados que as FFAA tem ampla experiência é um erro, que deveriam gastar o pouco que sobra dos gastos obrigatórios em robozinhos voadores só por que você viu um vídeo de um deles acertando um caminhão velho com meia dúzia de soldados? Agora toda a guerra de manobra está invalidada, agora a infantaria deve virar apenas operadores de drones, cada um com seu robozinho voador caçando inimigos?
Correto. A ameaça dita os meios e hoje a FAB da conta do medio e alto sob coordenação do COMDABRA na realidade da AL, e o EB tem e que mobiliar minimamente a defesa de ponto e tatica antes de subir de nivel.
AAA não é o meu Métier. Poderia ser interessante tal tipo de notícias vindas do EB, entretanto, dá sono só pensar em ler.
Não entendi a mencionada “A operação demonstrou a qualidade do nível de coordenação entre radares e mísseis”. o RBS70 é um míssil guiado por feixe laser, dependendo de uma linha de visada do operador, não é direcionada por radar. Não entendi qual seria sua integração com radares? A não ser que se refiram ao radar antecipar a direção de onde vem a ameaça para a equipe AA focar sua busca para engajamento naquela direção.
O alerta prévio é dado por radar e PO. Carece um curto tempo minimo pra por missil em condições e coordenar engajamento se há mais de um meio AA.
Parte final do seu comentario apanhou o sentido.
Americanos e Ucranianos estão testando foguetes para suprimir drones. Em aviões ou mantidos no Hummer, usando o Vampire e outros sistemas. Não e hora das forças nacionais de defesa terem algo assim, com produção local do corpo do foguete e parceria com a Turquia e/ou China – Paquistão, para a cabeça guia. Ucranianos estão usando sistema da Thales. Uma família de “mísseis” comcombustível sólido para abater aviões tanques e de inteligência.
Referência: twz
Existiu plano de um MANPAD nacional.
A questão é ter escala pra justificar produção nacional permanente. Nao chega ser inviavel, mas dificulta muito.
O melhor para as tropas. O exército russo teria adquirido secretamente cinco radares Rada RPS-42, o mesmo usado pela Ucrânia e USA.
Isso aí só serve para abater helicópteros e aqueles aviõezinhos Cessna de traficantes.
Típico de um exército fraco e sem projeção militar.