Avibras: Comissão de Finanças debate proposta de desapropriação da empresa aeroespacial

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Astros AV-MTC

Astros AV-MTC da Avibras

A empresa projeta, desenvolve e fabrica produtos e serviços de defesa

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados realizará, na quarta-feira (15), audiência pública sobre o Projeto de Lei 2957/24, que propõe a desapropriação, por utilidade pública, da Avibras Indústria Aeroespacial S.A.

O debate será realizado às 11 horas, no plenário 4, a pedido do autor do projeto,  deputado Guilherme Boulos (Psol-SP), e da deputada professora Luciene Cavalcante (Psol-SP).

O objetivo é avaliar os impactos econômicos, fiscais e estratégicos da proposta.

Os deputados ressaltam que a empresa é uma das poucas do país com capacidade tecnológica e industrial voltada ao setor de defesa, responsável pela produção de sistemas de mísseis, foguetes e soluções aeroespaciais.

Eles afirmam ainda que a crise financeira da companhia ameaça milhares de empregos e o domínio nacional sobre tecnologias sensíveis, fundamentais para a autonomia do Brasil em sua política de defesa.

Segundo Boulos, em 2021, o valor da dívida da Avibras era de R$ 641 milhões, a maior parte com a União. “A possibilidade de venda da Avibras a empresas estrangeiras pode prejudicar a segurança nacional e a defesa do Estado”, alerta o deputado.

“Cabe a esse Parlamento agir para indicar uma solução factível ao destino dessa empresa nacional tão importante para o nosso País.”

  • Tema: Realidade da Avibras Indústria Aeroespacial e a soberania nacional
  • Local: Anexo II, Plenário 04
  • Início: 15/10/2025 às 11:00
  • Situação: Convocada

Convidados:

1) ROBINSON FARINAZZO, Capitão de Fragata da Reserva da Marinha do Brasil

2) LUÍS NASSIF, Jornalista do Jornal GGN (Confirmado)

3) ALEXANDRE GALANTE, Jornalista do Poder Naval (Confirmado)

4) RODOLFO QUEIROZ LATERZA, Analista e escritor geopolítico, Mestre em Segurança Pública

(REQ 82/2025 CFT, do deputado Guilherme Boulos, subscrito pelo deputado Professora Luciene Cavalcante)

FONTE: Agência Câmara de Notícias


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Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
1 mês atrás

vai lá Galante, representa tudo que conversamos aqui há anos, não podemos esquecer que nenhuma tecnologia de armamento estratégico foi repassada pelo exterior, o Astros foi fruto de muito estudo e suor brasileiro…uma vez desmantelada, dificilmente teremos capacidade de voltar a operar um armamento desse.
Não esqueça de dizer também que uma empresa cujo governo não compra e não deixa vender seus armamentos não tem condições de se manter e muito menos garantir um produto competitivo no mercado internacional e principalmente o que ocorre com a Avibras atualmente é só um reflexo do que se passa com a indústria nacional de defesa como um todo….abraço

Alexandre Galante
Responder para  Rafael Gustavo de Oliveira
1 mês atrás

Deixa comigo! valeu 🙂

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Alexandre Galante
1 mês atrás

Olá Galante. Seria o caso de fazermos um seminário aqui ou coisa assim para discutirsmos a Avibras antes de você ir lá?

Nilo
Nilo
Responder para  Alexandre Galante
1 mês atrás

Concordo com Rafael, a Avibras tem sido debatido a anos aqui no PTerr, certamente que os convidados deverão dividir os temas a serem abordados, certamente que estão montadando uma estratégia de apresentação, já tinha dito o volto a repetir, resolvido questões com os credores da Avibras o momento se torna propício para Estatizar a empresa, buscando soluções futuras com setor privado.
Sucesso Galante, nos sentimos todos bem representandos.

Cassini
Cassini
Responder para  Alexandre Galante
1 mês atrás

Parabéns pelo prestígio e pela participação no debate, Galante!

Poucos jornalistas conhecem o ramo da Defesa como ti.

Sucesso!

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
1 mês atrás

Aparentemente, é isso aí.
Desapropriar a empresa, “transferir” seus produtos e patentes pra empresas como SIATT, pagar os funcionários, e “seguir o baile”.
Qualquer tentativa de injetar grana nessa emoresa e apostar em seu retorno é perca de tempo / dinheiro.

Samuel Asafe
Samuel Asafe
Responder para  Willber Rodrigues
1 mês atrás

Perdoa a dívida com a união e assume a empresa em troca. Simples assim.

Rodrigo
Rodrigo
Responder para  Samuel Asafe
1 mês atrás

Se a vida fosse simples assim…existe várias leis e burocracia que impedem isso

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Samuel Asafe
1 mês atrás

Não pode perdoar a dívida… seria possível o governo federal assumir o controla da empresa como abatimento da dívida. Contudo, ainda ficariam abertas as dívidas trabalhistas e com fornecedores.

È uma situação de legislação complicada. A burocracia serve para proteger o Estado dos picaretas. E tem muito picareta cujo objetivo é pregar o prejuízo no erário público.

Uma alternativa bastante usada é dividir a empresa em duas…. um fica com os ativos e a outra com as dívidas. A empresa boa pode até se tornar uma estatal e a empresa endividada vai a falência e os processos de cobrança das dívidas são cobradas dos controladores das empresa ruim

Em 2008, o governo dos EUA fez isso com a GM. Caso contrário, ela teria falido

Cristiano GR
Cristiano GR
Responder para  Camargoer.
26 dias atrás

Não sei se foi bem assim com a GM, mas ela havia ficado em torno de 60 % estatal por um período, mais que a particição da União na Petrobras para se ter comparação. Não sei se continua.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  Samuel Asafe
1 mês atrás

Perdoar a dívida e estatizar uma empresa quebrada, deficitária e de um produto só?

Vade retro.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Willber Rodrigues
1 mês atrás

a legislação não permite perdoar dívida trabalhista ou tributária.. existe meios da empresa fazer acordos ou outros arranjos.

contudo, dúvidas trabalhistas e tributárias precisam ser pagas

DanielJr
DanielJr
1 mês atrás

Farinazzo vai pela linha da estatização, até onde eu imagino. Como será a posição dos outros convidados? E dos políticos envolvidos nisso?

Será que não surge uma corrente para repassar/vender as partes atraentes (basicamente documentação, ferramental e propriedades intelectuais) para outra empresa mais saudável?

O Estado absolver uma empresa de um produto só vai dar muito prejuízo, inclusive o EB já pagou por coisas que não recebeu.

Seria melhor transferir o sistema ASTROS e munições para uma empresa que englobe isso em um portfólio de produtos já existentes e pronto.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  DanielJr
1 mês atrás

O problema é que estatizar vai fazer a Avibrás cirar uma Imbel 2, mas desta vez, nas costas do contribuinte.
O negócio é repatir ela, pegar o que dá pra salvar, de preferência pra outras emoresas BR, especialmente a SIATT ou MacJee, garantir novos contratos com o EB e demais Forças, pagar direitos trabalhistas dos trabalhadores que foram afetados e ficaram sem salário, e deixar o “resto” morrer mesmo.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Willber Rodrigues
1 mês atrás

Olá Wilber

Talvez não.
O problema da Imbel, da Emgrepron, Nuclpe e da fábrica de munição da MB é estarem separadas e cada uma sob a administração de um comando.

Acredito que todas estas empresas estatais da área de segurança, inclusive os estaleiros, deveriam fazer parte de apenas um grupo diretamente ligado ao gabinente do ministro.

Por exemplo, a fábrica de munição da MB seria capaz de fazer munição tanto para as demias forças quanto paras as forças de segurança pública e exportaççao, por eemplo. A Nuclep já tem um portifólio ampliado de calderaria e outras estrutura metálicas, inclusive torres de transmissão de energia. A Emgepron seria adequada para projetos e administraçao de engenharia de qualquer outro programa militare, inclusive os desenvovlidos pela Siatt ou pela Iveco.

Rodrigo
Rodrigo
Responder para  Camargoer.
1 mês atrás

Seria o ideal…mais nossos queridos políticos iriam peder cargos para seu apadrinhados….então infelizmente isso e quase impossível de acontecer

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Rodrigo
1 mês atrás

O controle de uma empresa privada ou estatal sempre terá um comtrole político. Já o segundo escalão e terceiro escalão são os níveis técnicis.

Quando digo que o primeiro escalão deve ser político signific que eles irão seguir as diretrizes dos acionistas (privada) ou do govenro (estatal)

O fato das pessoas indicadas paras os cargos públicos terem vínculo político é parte do jogo democrático. Ninguém é mais ou menos competente por ter ou não vínculo partidário ou por ser de direita ou esquerda…

o que seria estranho é um govern manter em cargos de confiança pessoas em quem não confia ou que são partidários da oposição

Renato Pereira
Renato Pereira
Responder para  Camargoer.
1 mês atrás

Concordo!

Mas na Republiqueta Bananesca o que impera é a balbúdia!

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Renato Pereira
1 mês atrás

Olá Renato. estou um pouco cansado para debater em torno de apelidos ..

bananesca, bozominoo, esquerdopata, canhoto, nine, funça..

o debate precisa melhorar substancialmente

Nilo
Nilo
Responder para  Renato Pereira
1 mês atrás
Nilo
Nilo
Responder para  Willber Rodrigues
1 mês atrás

A exemplo da SIATT que pegou um produto como míssil Max 1.2 AC, encostado a anos atualizou vendeu e está desenvolvendo essa linha de míssil. Ademais a Avibras não tem só um produto, tem o motor S-50, foguetes e mísseis variados, como o Skyfire e o AV-TM 300, Guará, atua no setor químico com a produção de propelentes e no mercado civil com tecnologias derivadas, como o tratamento superficial de metais.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  Nilo
1 mês atrás

Certo.
E se juntar todos esses produtos, qual deles vende e dá lucro pra empresa?
O Guará era um protótipo, perdeu pro Lince ( Guaicurus ).
Do resto, ningém sabe quantos deles saíram da “fase das idéias” e viraram protótipo, que dirá virar produto pronto pra fabricação em massa.

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
Responder para  Willber Rodrigues
1 mês atrás

Corrigindo. Quem perdeu pro Lince foi o Tupi (Sherpa Light com um banquinho adaptado).

O Guará era um protótipo ainda pior.

No mais, impecável. A única coisa que a Avibrás vendia, e pouco, era o Astros e seus foguetes.

O restou só existia no site da empresa.

Nilo
Nilo
Responder para  Willber Rodrigues
1 mês atrás

Meu caro, dar lucro? não estamos falando de uma indústria de utensílios domésticos ou produto de higiene, ter capacidade industrial bélica é essencial a dissuasão, a maior parte da dívida da Avibras é com a União, as negociações da dívida já estão adiantadas há uma redução significa a ser considerada neste montante.
O mercado mundial é propício para vendas, agora mesmo agrega-se ao sistema Astro os mísseis Mansup e o Mansup-ER.
Abriu-se uma janela de oportunidade, o momento será de privatização, de solução para a empresa.
https://peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR130539

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  Nilo
1 mês atrás

“Meu caro, dar lucro? não estamos falando de uma indústria de utensílios domésticos ou produto de higiene, ter capacidade industrial bélica é essencial a dissuasão (…)”

Sim, e não.
Sim, ter capacidade de criar, manter e construir suas próprias armas e milunições e não deoender dos outros é essencial.
Não, a Avibrás é empresa PRIVADA, então a obrigação dela é ser financeiramente saudável, dar lucro e ser competitiva.
Se fosse empresa pública, seriam outros 500…
A Avibrás foi incompetente em ter se apegado a um único produto, e produto esse extremamente nichado. Nenhuma empresa sobrevive a isso.
Nem a Imbel, que eu vivo criticando, faz apenas FAL até hoje, mas a Avibrás conseguiu essa façanha.

“O mercado mundial é propício para vendas (…)”

É propício pra quem é consolidado.
Quem vai deixar de comprar ATACMS e outros similares, pra comprar ASTROS da cambaleante Avibrás?

Vitor
Vitor
Responder para  Nilo
1 mês atrás

Meu caro, veja:
1) Motor S-50 a Avibras mal conseguiu fazer e só deu prejuízo.
2)Foguetes e mísseis variados como o Skyfire e o AV-TM300:
2 1) skyfire custava mais do que o dobro do preço dos concorrentes, porque a magnânima engenharia da Avibras queria fazer o produto perfeito. Um mega produto para voar 4 segundos, lindo! A embalagem era um tubo de PVC usinado, isso mesmo, gastavam horas para usinar um tubo pra servir de embalagem, enquanto os concorrentes enrolam num papelão. Skyfire nunca vendeu com consistência, justamente por causa do preço.
2 2) Tm-300: como diria padre Quevedo: isso non ecsiste! Ficou na fase dos protótipos e a engenharia nunca conseguiu terminar. Agora que não tem mais engenharia, aí é que não vai terminar mesmo!
3) Guará? Kkkk isso também non ecsiste! Foi um protótipo, pra variar, extremamente caro, e que só serve de exposição pra dizer que tem vários produtos.
4) produção de propelentes: fábrica em Lorena que não para em pé em nenhum business plan bem feito. Ninguém compra nem o produto nem a fábrica.
5) tratamento superficial: isso não paga nem a conta de luz da Fábrica.
6) por fim, você não mencionou o Astros: vive da eterna glória do passado. Parou no tempo, um sistema carissimo e ineficiente. De novo a engenharia nunca conseguiu colocar um guiamento por mais pobre que seja em nenhum dos foguetes. Resultado? Eterno sistema de saturação de área que você precisa disparar dezenas de foguetes carissimos para ter um misero efeito no alvo. Ninguém mais vai comprar esse elefante branco.

Nilo
Nilo
Responder para  Vitor
1 mês atrás

Mísseis guiados do Sistema Astro, AV-SS-40G, AV-TM-300 e o SS-150 que estava em desenvolvimento.

Vitor
Vitor
Responder para  Nilo
1 mês atrás

Justo! Escreveu no tempo verbal exato: estavam! No passado! 40G e TM-300 em desenvolvimento por uns 10 anos. Nunca conseguiram terminar. 150? Mais um que sequer começou.

Gustavão
Gustavão
Responder para  DanielJr
1 mês atrás

O que dá prejuízo para o exército brasileiro, e as pensões vitalícias.

Nilo
Nilo
Responder para  Gustavão
1 mês atrás

Fale-se do prejuízo da Avibras, de não dar lucro, mas existe algo que dá mais prejuízo do que os benefícios dos inativos das forças armadas? Não.

Davi Ceschin da Silva
Davi Ceschin da Silva
Responder para  Gustavão
1 mês atrás

Até quando vão falar nisso e não defender os 2% do PIB?

J L
J L
Responder para  DanielJr
1 mês atrás

Também penso assim, pois 1º os engenheiro qualificados envolvidos nos projetos não iam ficar parados esse tempo todo. Já devem estar ou em outra empresa ou podem até mesmo terem saído da área de defesa, o que deixa a empresa atualmente como se fosse uma casca oca. 2º acho que o governo deveria assumir as patentes dos projetos que fossem viáveis e utilizar alguma empresa nacional para produzir sob encomenda, mas mantendo a posse das patentes, até porque em alguns projetos, tem participação de engenheiros do EB(IME). nos projetos.

Vitor
Vitor
Responder para  J L
1 mês atrás

Seu raciocínio é válido, mas não se sustenta perante a realidade pois a produção sob demanda é um problema gravíssimo.
1) O Astros tem uma cadeia de suprimentos imensa, inclusive estrangeira, por mais que pensem que é um produto puramente nacional. Se você não compra com regularidade, a cadeia não se mantém, os preços e leadtimes sobem, a obsolescência de itens fica cada vez mais frequente, inviabilizando a produção.
2) os foguetes do Astros tem fabricação quase artesanal. As partes ativas dos foguetes exigem treinamento, conhecimento e domínio prático que não se sustentam com uma produção esporádica.

E não adianta, o governo brasileiro nunca vai comprar em uma escala que permita a empresa manter o expertise num nível adequado.

Talisson
Talisson
1 mês atrás

Incrível como parlamentares de direita se mantiveram distantes desse assunto.

Vitor
Vitor
Responder para  Talisson
1 mês atrás

E os de esquerda, o que fizeram?

André Macedo
André Macedo
1 mês atrás

Um reconhecimento do trabalho de duas décadas (ou mais, não sei) da trilogia, infelizmente em se tratando de Brasil temos que ser cautelosos com as expectativas, mas sonhar não custa nada!

Última edição 1 mês atrás por André Macedo
João do Caminhão
João do Caminhão
1 mês atrás

Boulos, Farinazzo, Nassiff…
-nacionalismo
-nacionalismo
-nacionalismo

que os cofres públicos banquem o “nacionalismo”… aumentar impostos agora é patriótico

será que dá tempo de uma ToT pra aumentar o déficit a ser coberto pelo Tesouro?

“quem não bancar a farra do boi nacionalista é antipatriótico” by funças

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  João do Caminhão
1 mês atrás

Ora,

Nem é preciso convidar o Roberto Campos Neto ou o Arminíio Fraga para saber os argumentos contra a privatização da empresa. A pergunta a ser feita é qual a vantagem de privatiza-la

Não sei dizer se o Nassif ou o Galante irão defender a privatização cegamente. O Nassif tem uma visão nacionalista estruturada assim com também tem uma visão de economia integrada

O modelo chinês de capitalismo de estado, que já foi adotado pelo Brasil e depois abandonado em favos do neoliberalismo, sugere que existem setores da economia que demandam atuação e controle do Estado, enquanto que outros setores estratégicos se deixados para o setor privado correm o risco de serem descontinuados por interesses da própria empresa.

Por exemplo, faz sentido que uma empresa da baterias nacional fosse beneficiada pela ToT para produção de baterias de submarinos, mas aquela que foi escolhido para fornecer as baterias dos Tupis foi vendida para estrangeiros. Fico pensando que se o a Imbel ou outra empresa estatal de defesa tivesse sido beneficiada com o conhecimento das baterias do Tupi, elta teria seguido o caminho contrário, abrindo uma divisão de baterias de uso civil.

João do Caminhão
João do Caminhão
Responder para  Camargoer.
1 mês atrás

o convite é pra debate ou pra conhecer opiniões sobre o tema? porque se assim fosse, todos sabem o que Boulos, Nassif e Farinazzo pensam, a desfaçatez em alegar ignorância sobre é bem ousada

“neoliberal”, os clichês vazios do DCE naftalina dos anos 90 ainda vive…

construir narrativas com propostas uníssonas se dá na escolha de a quem dar ou tirar a voz do debate público, é mais velho que andar pra frente, democracia.. democracia..

“modelo chinês” a paixão de funça não cabe no peito

ToT? fale sobre a kombi voadora francesa..

José Joaquim da Silva Santos
José Joaquim da Silva Santos
Responder para  João do Caminhão
1 mês atrás

” Kombi voadora” … é o Vader ein…!

F-5
F-5
Responder para  José Joaquim da Silva Santos
1 mês atrás

Vader…não ouço esse nome há décadas…
Por onde ele anda???

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  João do Caminhão
1 mês atrás

O tema é o interesse estratégico da empresa.

Os trẽs conviddos tẽm uma visão sobre defesa nacional e sobre o papel da industria de defesa na economia.

Supor que Nassif, Farinazzo ou o Galente sejam privatists ou estatitas é um grande desconhecimento das análises que estes trẽs especialistas fazem ao longo de décadas

Eu não conheço o Rodolfo.

O Boulos e a Luciene são os parlamentares que fizeram o projeto cujo teor será debatido para esclarecer a opinião dos parlamentares da Comissão de FInanças.

Nem ele nem ela farão parte da mesa de debates.
O texto é bem claro sobre isso

A composição da banca (Nassif, Farinazzo, Galante, ao menos) não tem compromisso estatista nem privatista. O Rodolfo, como já disse, não sei.

Paulo Guedes e Roberto Campos Neto incluiram a Nuclep na lista de empresas que seriam privatizadas, ignorando o papel dela na construção dos Scorpenes e dos reatores no SBN. Foi preciso nomear um almirante para a Nuclep para garantir que o ProSub fosse preservado.

sim… democracia, democracia, democracia.. três vezes

Ora, a defesa da escravidão passada pela garantia das liberdades econômicas. A trilogia “Escravisão” do Laurantino explica bem. Hayek dizia preferir mais liberdade econômica sob um regime com menor liberdade política.

sim, democracia, democracia, democracia, democracia (quatro vezes)

é a garantia que ninguém vai prende-lo na rua pela cor da sua pele ou pelo acento de sua pronúncua. È a garantia de um um julgamento justo. É a garantia que as leis serão seguindas ate a última consequência. È a garantia que a vida continuará tendo maior valor que o patrimônio.

democracia (uma vez é suficiente)

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
Responder para  Camargoer.
1 mês atrás

Mas a Nuclep não precisa ser estatal para que seja fornecedora do Prosub.

A ICN, principal contratada do Prosub, não é.

Na lista de fornecedores a maioria também não é estatal.

PS: você está usando Democracia como sinônimo de Estado de Direito. São institutos que andam juntos, mas não são a mesma coisa.

Esteves
Esteves
Responder para  Rafael Oliveira
1 mês atrás

Existem empresas com capacidade idêntica ou superior a Nuclep para fornecer ao Prosub?

A história das baterias. Quando avançamos na construção do Riachuelo, os norte-americanos venderam a empresa deles aqui escolhida para fornecer ao Prosub.

Sem fornecedor aqui fomos obrigados a comprar baterias dos franceses.

A ICN é uma JV com propósito específico. Depois da construção dos Riachuelos ela perde a finalidade.

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
Responder para  Esteves
1 mês atrás

“Existem empresas com capacidade idêntica ou superior a Nuclep para fornecer ao Prosub?”
Não sei. O governo procurou? De qualquer forma, se foi necessário criar a Nuclep era possível contratar uma empresa para alcançar a mesma capacidade da Nuclep. Só investir o mesmo dinheiro (ou até menos, dado que a empresa já teria alguma capacidade). Uma Villares ou uma Bardella da vida dariam conta se recebessem para isso.

ICN é uma SPE, mas nada impede que o propósito seja ampliado para a construção de novos submarinos ou manutenção dos contratados ou até a construção de outros navios.

Sobre as baterias, existem trocentos insumos que temos que comprar de fora para os submarinos. Um a mais, um a menos não muda muita coisa. No mais, quantas baterias o Brasil vai comprar ao longo do tempo? Vale a pena ter uma empresa que as fabrique aqui ou ela vai virar uma Avibrás da vida dependendo do governo comprar um único produto?

Política industrial é um negócio bem complicado para calcular o custo-benefício.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Rafael Oliveira
1 mês atrás

Democracia é um regime político no qual o Estado de Direito é um dos pilares. Além dele, a democracia também se baseia na garantia da soberania popular, do respeito aos direitos humanos e na sustentabilidade

há quem confunda democracia com capitalismo ou liberalismo econômico, o que é uma tolice astronômica.

João do Caminhão
João do Caminhão
Responder para  Camargoer.
1 mês atrás

tua reputação no blog não é a toa …

Rodrigo
Rodrigo
Responder para  Camargoer.
1 mês atrás

Desde quando o Brasil adotou qualquer agenda neo liberal??? Aqui e uns dos países com a economia mais fechada e burocrático do mundo. A China que vc mesmo citou tem muito mais liberdade economica que nós. La o estado incentivar o empreendedorismo e naontrata como vilão como Aqui…então vamos parar com essa narrativa que o Brasil adotou a agenda neoliberal…aqui somos capitalista só no nome.

Thiago
Thiago
Responder para  Rodrigo
1 mês atrás

A China é muito mais fechada que aqui.
O sistema financeiro é altamente regulado e os bancos, se eu me lembro corretamente, são todos estatais.
Empresas estatais possuem um papel enorme na economia.
Existe todo um planejamento por parte do estado na gestão da economia através dos planos quinquenais.
O investimento estrangeiro é altamente regulado e só pode ocorrer sob as condições do estado chinês.
Tambem não existe teto de gastos na China.

Aqui é o patrimônio público sendo entregue quase que de graça, renúncia fiscal pra tudo quanto é empresa grande e empresas fazendo o que bem entendem.

Sulamericano
Sulamericano
Responder para  Thiago
1 mês atrás

Seja lá como a China tem controlado o Estado, só posso afirmar que tem dado certo. E muito!

MMerlin
MMerlin
Responder para  Sulamericano
1 mês atrás

Tem dado certo.
Mas importante observar que as soluções de lá (China) não são aplicáveis aqui.
Não temos a mesma capacidade economia.
Não temos a mesma capacidade industrial.
Não temos a mesma capacidade tecnológica.
Não temos a mesma capacidade militar.
Não temos a mesma eficiência acadêmica.

Mas, principalmente, não temos a mesma formação de líderes comprometidos com o desenvolvimento do Estado.
O que temos aqui são lideres comprometidos com sua agenda partidária em busca de perpetuação de poder. Nem que para isso torne a população dependente de benesses do Estado.

Achar que o presidente anterior e o presidente atual, bem como seus correligionários têm alguma intenção no desenvolvimento técnico do país é muita ingenuidade.
Basta ver o histórico de ambos, principalmente o segundo.
E não caiam em discurso bonito e manipulador de opinião, presente inclusive neste espaço.

Sulamericano
Sulamericano
Responder para  MMerlin
1 mês atrás

Caro MMerlin, onde eu assino?

Thiago
Thiago
Responder para  MMerlin
1 mês atrás

Quando eles começaram a aplicar essas soluções, eles estavam muito atrás de nós em quase tudo. Nos ultrapassaram e a distância só aumenta.
O problema aqui não é uma questão de lideres ruins. A questão aqui é como todo o nosso sistema político/econômico funciona. Somos um país produtor de bens primários e nossa elite econômica, de caráter compradora, está muito feliz com isso. Essa mesma elite financia políticos que irão proteger seus interesses. Alguns políticos até fazem parte dessas mesmas elites!

Daí o comportamento de nossos políticos. Eles não são incompetentes.
Muito pelo contrário. Eles são, infelizmente, muito competentes. São muito bons em esfolar o povo brasileiro e em encher os bolsos de meia centena de famílias de barões.

MMerlin
MMerlin
Responder para  Thiago
1 mês atrás

São muito bons em esfolar o povo brasileiro e em encher os bolsos de meia centena de famílias de barões.”

E isto não representa uma liderança ruim e incapaz?
Características que todo líder deve (ou deveria) buscar:
paciência, serviço, compromisso, humildade, honestidade, respeito, bondade e abnegação.
A classe política de primeiro escalão, que são os eleitos pela população, deveriam atuar como lideranças (porque o são) independente de sua influência ou hierarquia partidária.

Quando falei em liderança, não entrei no mérito apenas do cargo de Presidente do qual o atual ocupante tem apenas uma características, que é o compromisso em sustentar suas escolhas (perpetuação no poder independente do custo).
Quis apontar como liderança todos os envolvidos na administração e direcionamento de rumo dos três poderes.

Nilo
Nilo
Responder para  João do Caminhão
1 mês atrás

Como disse o Malafaia ao Bozo, ” e seu filho, o banana, acha que vc acredita nessa coisa de nacionalismo kkkk “.
Certamente João vc é funça do Caminhão, deve agora está pedindo um PIX para o dono do Caminhão, o tal do Milionário do Caminhão, vc é só o João do Passa um PIX, que estou em greve, passa um PIX, que acabei de fazer um comentário no PTerr das P#$&@#$ das galáxias contra a estatização da Avibras rsrsrsr

João do Caminhão
João do Caminhão
Responder para  Nilo
1 mês atrás

as ideia …

“certamente”..

NEMOrevoltado
NEMOrevoltado
Responder para  João do Caminhão
1 mês atrás

Se existe uma praga nacional, esta praga são os funça!

E o fato deste país ter uma juventude que sonha em ser funça é um exemplo de como o Brasil fracassou como nação!

EduardoSP
EduardoSP
1 mês atrás

Esse país só irá para frente quando entender que falência é essencial para o crescimento e desenvolvimento de uma economia capitalista.

Indo no popular, quem não tem competência não (deveria) se estabelece (r).

Última edição 1 mês atrás por EduardoSP
Esteves
Esteves
1 mês atrás

Minuta

Proposta Técnica de Medidas para Preservação e Reestruturação da Avibras Indústria Aeroespacial S.A.

1. Contexto e Justificativa

A Avibras Indústria Aeroespacial S.A., fundada em 1961, constitui um dos pilares da Base Industrial de Defesa (BID) brasileira e um ativo estratégico para a soberania tecnológica e militar nacional. A empresa é reconhecida internacionalmente por sua competência em sistemas de artilharia de saturação (ASTROS), mísseis táticos e veículos lançadores espaciais, tecnologias com elevado conteúdo nacional e geração de empregos qualificados.

A atual crise financeira que atinge a companhia ameaça a continuidade de programas estratégicos de defesa e a retenção de mão de obra altamente especializada, acumulada em seis décadas de desenvolvimento tecnológico. Diante da tramitação do PL 2957/2024, que propõe a desapropriação da Avibras por utilidade pública, impõe-se discutir alternativas que garantam a viabilidade econômica e a manutenção do controle nacional sem comprometer a eficiência empresarial.

2. Propostas para Recuperação e Sustentabilidade da Avibras

• 2.1. Programa Nacional de Recuperação Tecnológica da Defesa
Criação de um programa federal permanente de apoio à Base Industrial de Defesa, articulado entre o Ministério da Defesa, BNDES e FINEP, com linhas de crédito específicas e governança técnica.

• 2.2. Estrutura de Capital Misto com “Golden Share” Estatal
Instituir modelo societário de capital misto, permitindo entrada de investidores privados sob controle nacional. A “ação de classe especial” (golden share) garantiria ao governo poder de veto sobre decisões estratégicas.

• 2.3. Conversão de Dívidas em Participação Temporária
Converter parte das dívidas fiscais e comerciais em participações acionárias preferenciais detidas temporariamente pela União e credores estratégicos.

• 2.4. Diversificação e Inovação Dual (Civil e Militar)
Estabelecer um plano de diversificação produtiva com desenvolvimento de tecnologias de uso dual, em parceria com ITA, Unicamp e UFABC.

• 2.5. Criação do Fundo de Investimento em Defesa (FID)
Constituir um fundo setorial, com participação de fundos de pensão, FINEP, BNDESPar e investidores privados, voltado à capitalização e inovação de empresas estratégicas da BID, auditado pela CGU e TCU.

3. Resultados Esperados

– Preservação de mais de 1.200 empregos diretos e 5.000 indiretos em São José dos Campos (SP);

– Manutenção da autonomia tecnológica brasileira em sistemas de defesa;

– Reforço da capacidade exportadora e da balança comercial de alta tecnologia;

– Fortalecimento da integração entre indústria, universidades e Forças Armadas.

4. Conclusão

A Avibras é um ativo nacional estratégico que não pode ser tratado apenas sob a ótica de mercado. Sua preservação é questão de soberania tecnológica e segurança nacional. Propõe-se, portanto, que a Comissão de Finanças e Tributação considere essas medidas como alternativas concretas à desapropriação, conciliando o interesse público, a sustentabilidade financeira e o controle nacional sobre tecnologias sensíveis.

Limites e desafios comuns nessas propostas

• Dívidas trabalhistas e credores diversos: nem sempre há consenso sobre quem vai assumir que parte.
• Pressões de curto prazo para resultados financeiros podem comprometer projetos estratégicos de longo prazo.
• Questões regulatórias, de transferência de tecnologia, licenças militares, propriedade intelectual: são muitos entraves legais e diplomáticos.
• Dependência de decisões políticas: Governos, Forças Armadas, Agências reguladoras precisam autorizar parcerias, exportações de equipamentos de defesa, etc.
• Risco de perda de controle ou de soberania, se parceiros internacionais ou investidores tiverem participação forte sem salvaguardas.

Proposta de Roteiro Ideal de Sessões sobre a Avibras

5 sessões com 3 horas de duração cada uma.

1ª Sessão — Diagnóstico e Situação Atual

Objetivo: entender o problema, ouvir todos os lados.
Participantes:
• Representantes da Avibras, sindicato, Ministério da Defesa, BNDES e credores.
• Exposição dos dados: dívida, contratos, capacidades produtivas.
Resultado esperado: relatório técnico da Comissão de Finanças e Tributação com o diagnóstico oficial.

2ª Sessão — Alternativas Financeiras e Jurídicas

Objetivo: discutir modelos de recuperação, consórcios e fundos.
Participantes:
• BNDES, FINEP, Ministério da Indústria, credores, consórcios interessados.
• Apresentação das propostas existentes (recuperação judicial, consórcio Abu Dhabi, fundo nacional).
Resultado esperado: identificar três caminhos prioritários para análise.

3ª Sessão — Soberania e Controle Tecnológico

Objetivo: tratar da proteção da propriedade intelectual e da golden share.
Participantes:
• Ministério da Defesa, Estado-Maior das Forças Armadas, especialistas em tecnologia sensível.
Resultado esperado: minuta de cláusulas de segurança tecnológica aplicáveis a qualquer acordo.

4ª Sessão — Consolidação e Negociação Política

Objetivo: ajustar juridicamente o texto do PL 2957/24 ou formular um substitutivo.
Participantes:
• Relator do projeto, líderes partidários, representantes da BID e do governo.
Resultado esperado: texto-base consolidado com apoio multipartidário.

5ª Sessão — Aprovação e Encaminhamento

Objetivo: votação do parecer final.
Participantes:
• Comissão completa, representantes da Avibras e autoridades convidadas.
Resultado esperado: aprovação do relatório final e encaminhamento à CCJC ou ao plenário, conforme o rito.

Participação dos Especialistas

Papéis e razões para incluir especialistas em Defesa

1. Validação técnica dos sistemas
• Avaliam se os produtos da Avibras (ASTROS, mísseis táticos, foguetes) têm importância estratégica para o país.
• Indicadores: capacidade de produção, grau de tecnologia nacional, compatibilidade com Forças Armadas.

2. Avaliação de impacto na soberania
• Podem apontar riscos de perda de controle tecnológico em caso de consórcios ou investidores estrangeiros.
• Relevante para decidir sobre cláusulas de golden share ou restrições de venda de ações.

3. Análise de segurança e logística
• Consultam sobre armazenamento, transporte e manutenção de sistemas de defesa.
• Identificam necessidades que podem afetar o orçamento ou a viabilidade da empresa.

4. Orientação sobre políticas públicas
• Indicam se medidas como fundos de investimento ou apoio do BNDES realmente fortalecem a Base Industrial de Defesa.
• Fornecem benchmarks internacionais de recuperação de empresas estratégicas.

5. Mediação entre público e privado
• Facilitam o diálogo entre governo, credores, investidores e Avibras, evitando decisões que prejudiquem capacidade tecnológica ou contratos militares.

Esteves
Cidadão e Pesquisador em Justiça e Defesa
São Paulo, outubro de 2025

Esteves
Esteves
1 mês atrás

O Professor Rodolfo Queiroz Laterza, especialista em geopolítica e segurança pública, tem se posicionado de forma crítica e construtiva sobre a situação da Avibras, destacando a importância estratégica da empresa para a soberania nacional.

Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, Laterza enfatizou a necessidade de fortalecer a base industrial de defesa do Brasil. Ele citou o exemplo da Coreia do Sul, onde o Bank of Korea consolidou-se como um dos principais provedores de empréstimos para o Programa de Aquisição de Defesa (DAPA), contribuindo para o aumento das exportações do país de US$ 3 bilhões em 2020 para US$ 7 bilhões em 2023.

Laterza também alertou sobre os riscos de depender de fornecedores estrangeiros para sistemas de defesa críticos. Ele mencionou o caso do míssil A-Darter, desenvolvido pelo Brasil, que foi cancelado pela Força Aérea Brasileira em favor do IRIS-T, da Alemanha. No entanto, a Alemanha negou a venda de peças para o blindado Guarani, evidenciando as complexidades e os riscos de depender de tecnologias estrangeiras em tempos de tensão geopolítica.

Em relação à Avibras, Laterza tem defendido a manutenção da expertise da empresa em mãos brasileiras, destacando que a perda dessa capacidade representaria um retrocesso significativo para o país. Ele argumenta que a Avibras é um ativo estratégico e que sua continuidade é essencial para a defesa nacional.

Portanto, a contribuição de Laterza para o debate sobre a Avibras é fundamentada em uma análise crítica da situação atual e em propostas para fortalecer a soberania e a capacidade de defesa do Brasil.

1. Por que um banco público de fomento é essencial

A Avibras é uma empresa estratégica de defesa nacional, produtora de sistemas como o ASTROS II e o FOG-MPM, ambos de uso exclusivo das Forças Armadas e de exportação controlada.
Isso significa que ela não pode depender de capital estrangeiro instável — precisa de apoio interno com visão soberana.

Um banco público de fomento (como o BNDES ou um fundo setorial próprio) pode:

• Fornecer crédito estruturado de longo prazo, com carência compatível com ciclos de produção militar (que duram 3–5 anos).
• Participar como investidor minoritário, garantindo controle nacional.
• Criar um fundo soberano de Defesa, voltado à inovação, exportação e manutenção tecnológica.

Esteves
Esteves
1 mês atrás

Consórcio Nacional de Soberania Tecnológica

Transformar a Avibras em núcleo coordenador de um consórcio híbrido: um ecossistema entre governo, startups, universidades e empresas nacionais de alta tecnologia, voltado à dualização da tecnologia de defesa (uso militar e civil).

Como funcionaria

1. Conversão tecnológica parcial

• Parte das linhas da Avibras seria reorientada para produtos civis de alta complexidade, usando as mesmas tecnologias militares:
• drones para agricultura e resgate;
• veículos elétricos off-road;
• foguetes meteorológicos e sondas;
• micropropulsores para nanosatélites.
• Isso diversifica receitas e reduz dependência de contratos militares.

2. Participação popular indireta

• Criação de “debêntures soberanas de inovação”, títulos públicos de pequeno valor (R$ 500,00 a R$ 1.000,00),
que permitiriam a cidadãos investir no futuro tecnológico nacional — sem abrir capital a estrangeiros.

3. Governança tripartite

• Conselho com representantes de:
• Ministério da Defesa;
• BNDES/Finep;
• Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA);
• Sindicato de Engenheiros e colaboradores da Avibras.

4. Parque tecnológico compartilhado

• A Avibras cede parte de seu espaço industrial em São José dos Campos para incubar startups de tecnologias de fronteira, ligadas a propulsão, IA e energia.
• Gera receita de arrendamento, e o consórcio retém participação em patentes.

5. Crédito verde e de inovação

• O BNDES cria linha especial para projetos civis derivados de tecnologias da Avibras, enquadrando-os em crédito verde e inovação limpa — o que atrai fundos internacionais sustentáveis, sem ferir a soberania.

Benefícios

• Reestrutura a Avibras sem depender só do orçamento militar.
• Mantém controle nacional e autonomia tecnológica.
• Atrai novos talentos e startups.
• Gera lucros com aplicações civis (agro, aeroespacial, satélites).
• Reforça a imagem do Brasil como potência tecnológica independente.

Exemplos inspiradores

• Israel: empresas de defesa como Rafael e Elbit criaram spin-offs civis (drones, radares, IA médica).
• Suécia (SAAB): converteu tecnologia militar em aviões regionais e radares civis.
• Coreia do Sul (Hanwha): empresa militar que hoje também fabrica veículos elétricos e satélites.

Carlos Campos
Carlos Campos
1 mês atrás

E aí Galante o que vc Pensa?

Esteves
Esteves
1 mês atrás

Manifesto Avibras 5D

Defesa, Democracia, Dados, Descarbonização e Desenvolvimento

“Salvar a Avibras é mais que proteger uma empresa: é garantir o futuro tecnológico e soberano do Brasil.”

1. A urgência da soberania

A Avibras representa mais de meio século de engenhosidade nacional, ciência aplicada e autonomia estratégica.
Sua crise não é apenas industrial — é simbólica.
Deixar a Avibras desaparecer seria como apagar o coração da tecnologia de defesa brasileira.
Mas o país pode transformar essa ameaça em renascimento.

2. O novo paradigma: Avibras 5D

Propomos que a Avibras se torne o epicentro de um novo modelo nacional capaz de unir inovação militar, civil e ambiental sob um mesmo ideal: a soberania inteligente.

A Avibras 5D nasce para integrar:

• Defesa Inteligente: centro nacional de IA aplicada à soberania e segurança.
• Democracia Tecnológica: transparência e participação social via token público de inovação.
• Dados Soberanos: computação autônoma e proteção de informações estratégicas.
• Descarbonização: propulsão limpa e tecnologias energéticas sustentáveis.
• Desenvolvimento Permanente: rede descentralizada de polos tecnológicos no país.

3. A ponte entre o passado e o futuro

De uma indústria de foguetes e sistemas bélicos, a Avibras pode se tornar uma fábrica de futuro:
de veículos elétricos, drones autônomos, foguetes ecológicos, sistemas de IA soberana e sensores climáticos de última geração.
Cada tecnologia militar convertida em aplicação civil é um passo rumo a um Brasil mais forte e sustentável.

4. Financiamento de nova geração

Propõe-se a criação do Fundo de Defesa e Futuro (FDF) financiado com 1% das exportações anuais brasileiras e gerido por um conselho interministerial (Defesa, Fazenda, Ciência e Tecnologia).
O fundo sustentará a Avibras 5D e fomentará startups e universidades ligadas ao consórcio tecnológico nacional.

Cidadãos poderão participar por meio do Token da Soberania Brasileira (TSB) — um título digital público, rastreável e transparente, que converte apoio popular em ciência e inovação.

5. Um projeto para o Brasil e para o mundo

A Avibras 5D propõe ao Brasil o mesmo salto que a Coreia do Sul, Suécia e Israel deram: transformar conhecimento militar em progresso econômico e social com um diferencial: o Brasil fará isso com alma verde, espírito democrático e visão latino-americana.

6. Chamado à ação

Convocamos o Congresso Nacional, o Ministério da Defesa, o BNDES e o povo brasileiro a se unirem em torno deste projeto de Defesa do Futuro.

A Avibras não é apenas um nome — é um símbolo de nossa capacidade de sonhar, projetar e lançar o Brasil ao espaço da autonomia.

Avibras 5D: o Brasil soberano começa aqui.

Esteves
Esteves
1 mês atrás

Posso passar a noite produzindo propostas com ou sem ajuda. Existem questões chaves que incluem coragem, ofertas&demandas, recursos, visão, objetivos e dependências.

O mundo mudou bastante nos últimos. Vamos correr ou vamos sentar?

Libertário
Libertário
1 mês atrás

Faliu, acabou, the end, cobrem na justiça o proprietário para pagar oq deve aos funcionários e segue a vida!

Felizmente não era uma estatal senão seria mais um buraco sem fundo pra gente pagar.

Nilo
Nilo
Responder para  Libertário
1 mês atrás

A CEITEC também acabou rsrsrsrsrsr Sinceramente eu não sabia que tinha pentelho em Bananhinha.

Última edição 1 mês atrás por Nilo
Esteves
Esteves
Responder para  Libertário
1 mês atrás

Se ele Tivesse como fazer…pagar o que deve, não teria falido.

Quantas vezes os negócios italianos de Defesa faliram? Alemães? Quando os alemães compraram a MWM de volta, a GM nacionalizou a fábrica de motores na Austrália para não seguir comprando motor alemão.

Quem tem cuida.

Marcelo Andrade
Marcelo Andrade
1 mês atrás

Desapropriação para Boulos e o Psol é Estatização! Não obrigado! Engraçado que há decadas as BID do Brasil sofre e agora aparece um monte de “Especialistas” ! Desculpe Galante mas vc vai fazer o que la cara? Sai dessa!

Esteves
Esteves
Responder para  Marcelo Andrade
1 mês atrás

Galante é incompetentemente despreparado para participar e sugerir sobre assuntos do próprio negocio?

Galante deve fazer de conta que tem um negócio de receitas de boulos?

NEMOrevoltado
NEMOrevoltado
1 mês atrás

Acaba pelo amor de Deus, acaba!

Ademir
Ademir
1 mês atrás

Mas então quem é esse investidor que teria assumido a empresa e está discutindo com os funcionários problemas de pagamentos, inclusive já se reuniu umas três vezes com o sindicato dos empregados? 🤷‍♂️

adriano Madureira
adriano Madureira
1 mês atrás

Finalmente uma mente evoluida apareceu com uma idéia inteligente nessa novela!

Esteves
Esteves
Responder para  adriano Madureira
1 mês atrás

Obrigado.

Levaram-me para comer camarão no abacaxi. Nem toda ideia dá certo.

Bardini
Bardini
1 mês atrás

O PL2957/2024 é uma proposta que apresenta um amontoado de pontos genéricos, que não podem ser mensurados. É um grande nada com nada estratégico, pra lá de mal-escrito, que não tem fundamentação séria, quiçá factível. É só o que a cabeça ultrapassada do Boulos tem capacidade de produzir.
.
Discutir uma estatização deveria envolver todo um grande estudo, para entender o impacto financeiro deste tipo de decisão e ações futuras, visando a viabilidade da coisa como um todo:

Indenização/desapropriação;
Quitação das dívidas;
Assumir a folha e a renovar quadros, dentro do mágico mundo do funcionalismo público;
Investimentos na reestruturação operacional, para fazer a coisa toda voltar a rodar;
Investimentos estratégicos em P&D e modernizações, para ter o que vender, dado que o protifólio, além de pífio é ultrapassado.
Pedidos!
E isso tudo, é uma conversa que vai além dos R$ 10 bilhões de reais saindo dos cofres do Estado, para estabelecer um fluxo de caixa positivo na largada. E além disso, teriam que sustentar a coisa como um todo, ano após ano…
.
Só querem sustentar posição política…
.
Ao invés de pleitear rasgar uma montanha de dinheiro com essa ideia horrível que é a estatização, poderiam ter buscado elaborar alguma outra solução mirabolante, via “investimento estatal estratégico”, para que a empressa viesse ter uma fonte de renda constante, para quem sabe, tornar-se sustentável sem depender do MD, visando algum produto para o mercado civil.
.
Exemplo da moda: o Estado poderia encontrar uma forma de estabelecer uma planta de processamento de terras raras, por exemplo, incluindo toda a questão da separação química e purificação avançada, para entregar na mão do pessoal da Avibras, dizendo o seguinte: vocês vão explorar este “ativo estratégico estatal” por x décadas e todo o dinheiro faturado aqui, deverá ser usado para manter a estrutura e a folha da Avibras. É para manter a empresa de pé, além da própria planta de processamento de terras raras. Se esse dinheiro por ventura sobrar, dentro deste fluxo, vocês vão ter que investir em PD&I para defesa do Brasil.
.
Pega essa ideia e dá uma boa lapidada, verifica se faz sentido financeiro, melhora dentro do juridiquês da coisa, para defender o Estado da constante incompetência administrativa da Avibras… É impossível ficar pior que uma estatização.
E tem um punhado de itens “estratégicos” que podem ser explorados, ao invés de terras raras, como o campo dos insumos químicos do agronegócio, por exemplo, que abrange um mercado gigantesco e com uma base de consumidores locais já estabelecida na partida do empreendimento.

Última edição 1 mês atrás por Bardini
Esteves
Esteves
Responder para  Bardini
1 mês atrás

“É só o que a cabeça ultrapassada do Boulos tem capacidade de produzir.”

O problema está na narrativa ou o problema é o narrador?

Partindo da premissa que o narrador é incompatível com a narrativa em razão da sua (dele) formação acadêmica, profissional e humana, os atos sequentes também estarão invalidados quer por preconceitos nas discordâncias fundamentais quer por julgamentos sobre o tema.

Quem é Boulos?
Ele é “ultrapassado” ?
Ele tem competências?

Empresa pública ou privada existe para vender. Qualquer empreendimento existe para satisfazer a necessidade do fundador. Entre os objetivos podem existir motivos sociais e estratégicos como a Embrapa.

Empresas estatais podem depender do Tesouro ou podem ter receitas próprias. Se o resultado de ambas, dependentes ou não dependentes, for sustentado por receitas recorrentes pode haver assimilação de prejuízo pelo Estado ou necessidade de capitalizações.

Empresas estatais dependentes recebem recursos do Tesouro Nacional para:
• cobrir despesas de custeio (como folha de pagamento, energia, aluguel etc.), ou
• cobrir investimentos (obras, equipamentos, expansão etc.).

Empresas estatais não dependentes geram receita suficiente para cobrir despesas e investimentos, sem precisar de dinheiro do Tesouro Nacional. Isso coloca a Emgepron como um ato meio lá meio cá. A empresa recebeu capitalização para contratar a construção de navios, mas está registrada como não dependente do Tesouro.

Empresas estatais dependentes

1. EMGEA – Empresa Gestora de Ativos (ligada ao Ministério da Fazenda).
• Recebe repasses do Tesouro para custear suas operações.
2. EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.
• Administra hospitais universitários federais e depende de repasses orçamentários.
3. CODEVASF – Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba.
• Atua em obras de irrigação e desenvolvimento regional, com recursos do Tesouro.
4. INFRACEA – Infraestrutura Aeroportuária, ligada à aviação civil (exemplo recente).
5. EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
• Apesar de ter receitas próprias, depende fortemente de orçamento público.

Empresas estatais não dependentes

1. Petrobras – Petróleo Brasileiro S.A.
• Gera receitas com exploração e venda de petróleo e derivados.
2. Banco do Brasil – S.A.
• Atua no mercado financeiro com receitas próprias.
3. Caixa Econômica Federal –
• Sustenta-se com suas operações bancárias e de crédito.
4. BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
• Opera com recursos próprios e de fundos, sem depender de repasses do Tesouro.
5. Eletrobras (antes da privatização parcial).
• Arrecadava com geração e distribuição de energia.
6. Correios (ECT) – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Essa vem passando por anos de desinvestimentos e recentes aportes com o objetivo de transformar-se em uma plataforma logística nacional conectada à economia digital — entregas, pagamentos e comunicações. A empresa transporta urnas e materiais eleitorais, remédios e correspondência sigilosa. Decidir se o país deve manter uma empresa com receitas decadentes passa pela definição do papel do estado na economia.

Bardini criticou que o Brasil não tem capacidades para fundir e usinar tubos.

Se a pergunta é “o Brasil pode fabricar do zero um canhão/artigo de artilharia?” — tecnicamente sim, há base industrial e instituições (IMBEL, CTEx, grandes fundições) mas isso passa por projeto nacional + parcerias/transferência de tecnologia ou produção sob licença que significam investimentos como JV.

O Brasil precisa fabricar tubos? Demandas? Preços? Concorrências? Oportunidades? Objetivos? Receitas? Sustentabilidades?

Limitar o debate ao tamanho da cabeça do Boulos pode abrir outra discussão. O Brasil precisa de capacidades. Entre elas está a Avibras?

MMerlin
MMerlin
Responder para  Esteves
1 mês atrás

Continuo sua última pergunta Esteves.
Sabendo de todos o histórico de atrasados em projetos que a AVIBRAS apresentava.
Sabendo de todos os problemas que as falhas de gestão que a empresa apresentava.
Sabendo de diversos defeitos encontrados durante homologação em produtos que a empresa entregava.
Sabendo que o montante da dívida (que ultrapassa bem este valor repassado pelo Deputado Federal) possui diversos credores que vão minar a empresas durante os próximos 5 anos (que serão cruciais).
Sabendo que a quase uma década a empresa deixou de ser essencial para o BID.
Sabendo que a empresa está fechada já fazem quase três anos e toda a sua área de engenharia e técnicos especializados já estão realocados em outras empresas, tanto nacionais quando estrangeiras.
Sabendo que já existem outras empresas que já estão substituindo a empresa em alguns programas e, em outros, já existem outras mais do que capacitadas.
Sabendo de tudo isso, vale a pena investir no esforço de estatizar essa empresa?
Se estivesse na sua plena capacidade, mas com uma possível ingerência estrangeira seria outra situação.
Mas estatizar uma empresa que nem mais existe na prática, apenas burocraticamente?
Estatizar o que? Os galpões? Os contratados defasados? A área especializada que nem mais existe?

Se existiu uma época para estatização emergencial, já passou faz tempo.
O Estado vai precisar arcar com a dívida trabalhista, abater dívidas tributárias e arcar com as dívidas de outros credores.
Depois vai começar a constituir burocraticamente a nova estatal, encaixar ela na estrutura do MD e, por fim, abrir concurso para contratação de engenheiros, especialistas técnicos.
Ainda depois, fazer custos de capacitação para áreas mais especializadas.
Olha o custo de tudo isto.
E ainda, depois de tudo o que for gasto, ficaremos sem sabem se o EB vai fazer grandes encomendas para bancar todo o esforço e manutenção do parque instalado.
Se FAB e a MB vão retornar com pedidos eventuais do PEB e MANSUP (que já está com SIATT).
Se a empresa terá competência para acessar o mercado externo.
Por fim. A chance de acabar sendo mais uma estatal que depende de injeção mensal do Estado para bancar sua folha e sua estrutura é altíssima.
O risco do investimento (burocrático e orçamentário), nessa altura do campeonato), no setor privado, seria considerado inviável.

Muito mais eficiente é o Estado aceitar as patentes como parte da dívida e repassar para outras empresas que compõem o BID.

Última edição 1 mês atrás por MMerlin
Esteves
Esteves
Responder para  MMerlin
1 mês atrás

Eu fiz sugestões para atender a demanda da matéria sem definição do que devem de fato, fazer. Propostas são.

Fui atropelando. Fazíamos isso na V até aparecer uma solução. Mas o ambiente de negócios nas empresas é diferente X meio politico.

Inovação.

Existe inovação na Avibras ou meter o Mansup dentro de um lançador estacionário fincado no chão como explicou o Alex é uma ação desesperada?

Nosso meio militar é técnico. Positivamente técnico. Podemos e devemos investir na Avibras esperando 20 anos até que ela produza inovação?

Lembra do Nunao defendendo o embarque dessa plataforma na Tamandaré?

Para qualquer decisão não haverá grana. Logo…tudo ficará como já está.

Solução para isso seria também criar clusters dentro da BID funcionando em uma bolha descontaminada da CLT. Mas ninguém pensa em reformar a CF de 1988.

Emendas parlamentares são 50 bilhões por ano. Da pra salvar negócios com 30% disso.

Última edição 1 mês atrás por Esteves
MMerlin
MMerlin
Responder para  Esteves
1 mês atrás

Concordo que existe diferença entre setor privado e público. Foram essas diferenças, principalmente as bastante negativas, que me fizeram abandonar a participação na segunda ja fazem uns 20 anos.

Referente ao MANSUP, como exemplo, é preciso entender o modelo e participação no seu projeto. Uma vez que, aparentemente, a SIATT assumiu sua responsabilidade inclusive integrando o ASTROS ao missel de modo independente.

Fica difícil saber se a empresa entregará inovação nas próximas décadas. Isso depende de gestão, visão estratégica e equipes especializados. Três itens que não mais existem, porque não existe mais empresa.
É o mesmo que criar uma nova área no governo, e começar a pensar nos projetos do zero. Do zero porque ASTROS e S50 estão longe de serem inovadores.

Ao que parece, o objetivo é criar uma estatal, e não estatizar uma empresa existente, para continuar projetos paralisados há tempos.
E vale a pena?
Continuam indispensáveis depois de tantos anos fora do mercado?

Refente às emendas, é preciso combate-las mas, contar com parte desse recurso para salvar o setor é perda de tempo enquanto não existir uma lei ou emenda que dê essa garantia.

Referente a clusterização de empresas, é um ótimo conceito, bastante funcional quando os objetivos são claros e, as empresas, íntegras. Mas, basta um elo fraco, que tanto o projeto quanto todo o grupo ficam comprometidos.

Última edição 1 mês atrás por MMerlin
Esteves
Esteves
Responder para  MMerlin
1 mês atrás

Por que os estaleiros seguem à míngua dependendo da Petrobrás?

Um dos motivos é a sazonalidade das encomendas. Quando não existe faturamento das demandas o estaleiro segue pagando encargos por uma atividade interrompida.

Se. Se fosse possível criar uma SPE encerrando-se os passivos após o cumprimento dos contratos isso poderia ser aplicado na BID e na BDL.

No berçário de inovações não pode haver CLT se não existir receita.

Você verá o passivo tributário e trabalhista da TKMS Brasil Sul. Eu Estarei na praia.

Francamente? Devemos sugerir e contribuir. Debater. Mas esse país é uma sucessão de fracassos.

Esteves
Esteves
Responder para  MMerlin
1 mês atrás

Existe outro senão responsável pelos fracassos militares nossos.

Nossas tecnicidades estatais foram moralizadas. Isso gerou corporativismo, formalismo jurídico e tecnocracia inflexível — traços que ainda
dominam o Judiciário, as Forças Armadas e parte da burocracia civil incluindo o meio politico.

Enquanto a China, a partir de Deng Xiaoping adotou o princípio “não importa a cor do gato, contanto que cace o rato”, o Brasil positivista manteve a crença em “planos racionais ideais”, rígidos, centralizados, resultando em:

• Falta de aprendizado com erros
• Políticas públicas travadas pela formalidade
• O país não reagiu com agilidade às mudanças globais (inovação, tecnologia, energia, indústria)

Veja como o positivismo marca presença nos debates reafirmando sempre um caráter lógico para a tomada de decisão mesmo quando a resposta não carece de lógica mas, se atacaremos a dependência com inovação ou com burocracias.

Cadê meu queijo?

Outra fonte de financiamento para esses clusters pode ser ampliar a reforma tributária reduzindo a participação do municipalismo, fonte de todos os males.

Enfim…um país sem música não pensa.

Alex prado
1 mês atrás

O Brasil precisa abandonar essa cultura de não apoiar o desenvolvimento da indústria bélica nacional, já está na hora de não sermos mais dependentes dessas indústrias estrangeiras de governos que muitas vezes nos privam de desenvolvermos nossa própria tecnologia.

Última edição 1 mês atrás por Alex prado
Esteves
Esteves
Responder para  Alex prado
1 mês atrás

Defesa é um negócio grande dominado por grandes negócios. As matérias no PN mostram fusões e aquisições frequentes em razão da necessidade de volumes, aportes de capital, domínio de tecnologias e faturamentos sem interrupções.

Não há espaço para resultados medianos. Nossa indústria pesada faleceu por motivos debatidos exaustivamente aqui, a maioria deles externos: sempre aparece alguém fazendo algo melhor.

Pra que Base Industrial de Defesa em um país que se anuncia como pacifista e não beligerante?

Isso também tem com o que queremos ser. Quando contratamos 36 aviões e paramos em 10 ou 4 navios e o dinheiro acaba, mostramos que o Estado é indeciso e influenciável por situações intangíveis como vizinhos, alinhamentos e o tamanho da cabeça do Boulos.

Esteves
Esteves
1 mês atrás

Essa é uma bela oportunidade para debater o que move os negócios de Defesa depois da grana: construir uma mentalidade no Brasil.

Também é um lindo motivo para os frequentadores abandonarem as conversinhas ideológicas e contribuírem com algo mais.

Vamos lá. Espremam. Pensem. Abandonem as ideias rasas. Tomem fôlego. Mostrem.

Ou não. E morram.

Patriota de Chernobil
Patriota de Chernobil
1 mês atrás

Transfere tudo pra Embraer e toca o barco

Alex Barreto Cypriano
Alex Barreto Cypriano
30 dias atrás

Olha, na boa: uma nação que privatiza sua mais essencial infraestrutura, como água e eletricidade, só se importa com preservar empresa de armamento por frescura nacionalista ou hipocrisia interesseira.