ADEX 2025: Hanwha lança blindado K-NIFV com sistema de defesa antidrone baseado em IA
A empresa sul-coreana Hanwha Aerospace revelou, durante a feira de defesa e aviação de Seul (ADEX 2025), seu mais recente veículo de combate de infantaria, o K‑NIFV (Korea New Infantry Fighting Vehicle). Derivado da plataforma australiana Redback, o K-NIFV incorpora recentemente um sistema de torreta não tripulada e uma suíte de defesa multicamadas contra drones — destacando-se como solução projetada para cenários de batalha saturados de veículos aéreos não tripulados (UAVs) e drones kamikaze.
O veículo apresenta uma torreta não tripulada equipada, na versão básica, com canhão de 30 mm e possibilidade de evolução para um canhão de 40 mm de design “cased-telescoped”, além de suporte para mísseis anticarro nacionais. O layout foi modificado para acomodar oito soldados e carga adicional, enquanto subsistemas anteriormente importados foram substituídos por fornecedores sul-coreanos — entre eles a Hanwha Systems para o sistema de proteção ativa e contramedidas antidrone.
O principal diferencial tecnológico do K-NIFV é seu sistema de defesa contra drones (C-UAS) em várias camadas:
- radar de detecção de UAVs que alimenta visores assistidos por IA para comandante e atirador;
- estação de arma remota (RCWS) guiada por radar e IA que engaja drones pequenos a aproximadamente 1 km de distância;
- No caso de aproximação mais crítica (cerca de 300 metros), sistema de proteção ativa (APS) tipo “hard-kill” destrói a ameaça com contraprojéteis.
O K-NIFV reutiliza o chassi do Redback, preservando mobilidade e proteção de alto nível, ao mesmo tempo que favorece a redução de custo operacional e aumento de conteúdo nacional. O desenvolvimento começou em outubro de 2024 com um orçamento de aproximadamente 34,5 bilhões de won (KRW) e a conclusão da versão inicial está prevista para março de 2028.
No contexto da feira ADEX 2025 — que conta com mais de 600 empresas de 35 países — o lançamento do K-NIFV reforça a ambição sul-coreana de transformar sua indústria de defesa em motor de exportação, especialmente para nações que buscam soluções modernas e acessíveis de combate blindado.■




Gostei. Se tivesse lançadores de misseis anti tanque, seria um veículo perfeito!
Na foto tem literalmente 2 misseis kkk
Ele tem. 2 Raybolts prontos para lançamento.
Eu particularmente não gosto de ver mísseis de “curto” alcance montados em veículos blindados.
Nada contra se montados em veículos “utilitários” (jeeps e afins) mas em veículos de combate penso que devam ter mísseis de alcance compatível com o alcance do canhão de um MBT.
O fabricante divulga que o alcance do Raybolt é de até 3 km, o que o coloca em sério risco se inventar de engajar um MBT com canhão com alcance de pelo menos 4 km , com alta precisão contra um alvo do tamanho de um veículo de combate de infantaria.
Mísseis antitanques mais apropriados para veículos de combate são:
TOW II: 4,5 km
Javelin: 4 km a 5 km
Hellfire: 8 km
Spike ER: 10 km
Spike LR: 4 km
Akeron LP
NAG: 4 a 8 km
Ingwe: 5 km
etc.
Spike ER e o Akeron pra mim são seriam um sonho nos blindados brasileiros
Sem dúvida.
Prezado Bosco, sua opinião está totalmente de acordo e talvez fosse necessário Mísseis em uma camada mínima de 10 a 15 Km, e a defesa abaixo dessa distância, efetuada por canhões de 30mm, ou até mesmo um tipo como é usado nos GEPARDS com múltiplos canhões para tentar derrubar uma infestação de UAVs. Opinião minha apenas.
JL,
A defesa contra pequenos drones do grupo 1 e 2 não tem como se dar a distâncias muito maiores que 4 ou 5 km.
Já a defesa contra drones dos grupos 3 e além , pode se dar em distâncias maiores, mas aí seria preciso um veículo AA dedicado.
Nos EUA por exemplo, até o grupo 2 se utiliza o canhão de 30 mm , metralhadoras e agora o laser de alta energia. Além é claro dos sistemas de interferência.
Para os mísseis dos grupos 3 e além se empregam os mísseis Stinger (5 km) , APKWS (6 km) , Hellfire Longbow (8 km) e Coyote 2 (10 km) , AIM-9X (20 km) e Tamir (20 km).
O pessoal do EB não precisa pensar muito. É pegar um lote de Bradley (armado com canhão 25 mm e TOW) e esquecer o assunto.
Um Bradley pra quem usa M113 seria um pulo de 50 anos.
Você olhou a 3ª foto da matéria??
Radar para detectar uvas? Aí fiquei curioso.
Será ele é capaz de detectar os pequenos drones? Já que são esses uma das principais fontes de destruição blindados na guerra da Ucrânia.
Se conseguir, será um passo enorme na guerra atual.
Tá brincando, né?
O radar é para detectar UAVs (drones) e não uvas.
Ele detecta os drones com os radares, adquire com o sistema de imagem controlado por IA e os interceptam com uma metralhadora .50 de controle remoto.
*Se os drones chegarem a menos de 300 metros ele emprega o sistema de proteção ativo que não foi mostrado.
Na minha opinião este tipo de solução é inviável pois muito cara e parece muito mais baseada em hype do que numa aemaça concreta.
Drones devem ser neutralizados da mesma maneira que infantaria e ATGMs são neutralizados: com fogos, munição fumígena, CAS etc.
Mas é o jeito do veículo tentar sobreviver.
Acho que não tem jeito do custo e da complexidade baixar.
Contra drones do grupo 1 e 2 (até 26 kg) a defesa deve ser individual de cada veículo.
A defesa de veículos terrestres contra drones, mísseis e granadas impulsionadas vai ser igual a defesa naval. Cada veículo vai ter que ter a sua defesa de ponto enquanto veículos AA especializados cuidarão das outras ameaças e defenderão todo o grupo.
A coisa vai encarecer mas acho que não tem alternativa.
Mas será que este radar e capaz de detectar aqueles pequenos drones, que carregam munições de obus, morteiro ou de rpgs adaptados como vemos na guerra da Ucrânia?
Com certeza.
A distância de detecção não é grande, em torno de 3 a 4 km, mas como a velocidade dos drones é pequena permite um bom tempo de reação..
Só como exemplo, o radar MHR que equipa o veículo AA M-SHORAD Sgt Scout do USA pode detectar drones do grupo 1 a 5 km de distância.
O grupo 1 é formado por drones até 9 kg.
Grato, espero que funcione, por que essa guerra de drones na Ucrânia, gerou vides sinistros dos soldados tentando fugir dos ataques desses aparelhos, que se mostram terríveis.
Isso é evolução, mentalidade atualizada, não reformar o Cascavel; ah não dá, é muito desperdício, desculpem a sinceridade.
Off Topic: Blog de defesa ucraniano disse que teve acesso a docs russos vazados sobre pedidos de compra de misseis, se real, eu achava que o Kinzhal (4.5M USD) e o Kh-101 (2M USD) custavam o dobro do informado, deve ser a produção em massa reduzindo os custos. https://militarnyi.com/en/articles/from-kalibr-to-kinzhal-how-much-do-russian-missiles-really-cost/
Mr.
Mas interessante que os preços é a constatação de que os imparáveis mísseis hipersônicos russos são na verdade supersônicos.
Também a constatação que o Zircon desacelera na fase final para possivelmente se livrar do plasma para poder ativar seu radar.
Suspeitei desde o princípio. rssss
Eu há 7 anos venho falando isso mas claro, sou taxado de negacionista terraplanista antivacina.
As vezes a defesa do Brasil peca por ser obtusa e displicente…
Estamos sempre presos a aquele comodismo, aquela zona de conforto onde nos contentamos em adquirir produtos através do fodástico FMS ou compras em nossos, parceiros europeus,dando pouca atenção a DIDs de outros países como China,Coréia do Sul,Turquia,países do Golfo e até vizinhos sulamericanos.
Há muito que nós deveríamos estar em conversações com os Sul-Coreanos e atenciosos quanto oque sua Base Industrial de Defesa poderia nós ser útil.
Sem esquecer os Turcos…
off: ‘Night Stalkers’: quem é o grupo de elite dos EUA visto perto da Venezuela
Off:
Ukraine to receive 60 US-made M110A2 203 mm self-propelled howitzers from Greece
60 obuseiros AP M110A2 203mm para a Ucrânia.