Trump quer renomear o Departamento de Defesa para ‘Departamento de Guerra’

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US Army Brigade Combat team

A administração do presidente Donald Trump está avançando com planos para restaurar o nome histórico de Departamento de Guerra ao atual Departamento de Defesa, segundo revelou o Wall Street Journal neste sábado, citando uma autoridade da Casa Branca.

A medida, que marcaria uma das mudanças mais simbólicas no aparato de segurança dos EUA desde a Segunda Guerra Mundial, deve enfrentar obstáculos legais, já que a alteração do nome provavelmente exigiria aprovação do Congresso. No entanto, o governo estuda caminhos alternativos para implementar a mudança sem necessidade de tramitação legislativa.

Nesta semana, o deputado republicano Greg Steube, da Flórida, apresentou uma emenda ao projeto anual de política de defesa propondo oficialmente a alteração, evidenciando que a ideia conta com algum apoio dentro da base republicana no Congresso.

A Casa Branca reforçou o argumento de Trump de que o Exército americano deve ter uma postura ofensiva, e não apenas defensiva. “Como disse o presidente Trump, nosso Exército deve se concentrar no ataque – não apenas na defesa – razão pela qual ele tem priorizado os combatentes no Pentágono em vez da ideologia ‘woke’ e dos programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI). Fiquem atentos!”, declarou a porta-voz Anna Kelly.

Trump levantou a proposta em entrevista a jornalistas no Salão Oval na última segunda-feira. “Era chamado de Departamento de Guerra e tinha um som mais forte”, disse. “Queremos defesa, mas também queremos ataque… Como Departamento de Guerra nós vencemos tudo, vencemos todas as batalhas, e acho que precisamos voltar a isso.”

O antigo Departamento de Guerra foi transformado gradualmente após a aprovação do Ato de Segurança Nacional de 1947, que unificou Exército, Marinha e a recém-criada Força Aérea sob a estrutura do National Military Establishment. Em 1949, uma emenda oficializou a denominação Departamento de Defesa, em vigor até hoje.

O movimento para restaurar o nome histórico vem acompanhado de outras mudanças promovidas pela administração Trump, incluindo a substituição de altos oficiais considerados desalinhados com o presidente e a tentativa de excluir pessoas transgênero das Forças Armadas – política duramente criticada por grupos de direitos civis, que a classificam como discriminatória.

Especialistas avaliam que, embora a mudança de nome tenha caráter simbólico, ela reflete a intenção do governo de projetar uma imagem mais agressiva das Forças Armadas americanas em meio a um cenário de tensões globais crescentes.■


 

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Hcosta
Hcosta
2 dias atrás

Mais uma medida com grande relevância e muito bem fundamentada…
Baste ter um “som mais forte” para vencerem todas as guerras e derrotarem os “wokes”.

Isto não é direita/esquerda, é a definição de idiotas:
“Idiota” refere-se a uma pessoa que demonstra falta de inteligência, discernimento ou bom senso, sendo sinônimo de estúpido, tolo ou parvo. Também pode descrever algo sem sentido, valor ou que revela estupidez, como uma frase ou ação.
e, com Trump, o “ou” nesta definição deve ser substituído por “e” já que preenche todos os requisitos.

e, infelizmente, todos os dias tem novas “ideias”…

Joao
Joao
Responder para  Hcosta
2 dias atrás

O problema não é ele, são os outros idiotas que não entendem a diferença de “pura retórica”, para mudança de postura nas Relações Internacionais.

Um exemplo grande, foram as tarifas contra o Brasil.

Nas relações internacionais de “morde e assopra”, onde há equilíbrio, ele ameacou o Brasil em “por 5 dedos”, colocou 3, e os tais idiotas estão felizes q ele foi “mole”….

Matheus
Matheus
Responder para  Hcosta
2 dias atrás

Eu chamo de “terceiromundização dos EUA”.

George A.
George A.
Responder para  Matheus
2 dias atrás

Pior que existem 40 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza nos EUA (1) e no Brasil 8 milhões (2), eles sempre foram terceiro mundo em alguns aspectos…

(1) https://www.bbc.com/portuguese/internacional-53562958

(2) https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2024/12/04/percentual-de-brasileiros-abaixo-da-linha-da-pobreza-e-o-menor-em-12-anos-aponta-ibge.ghtml

Ricardo Torres
Ricardo Torres
Responder para  George A.
2 dias atrás

Estatística não é o seu forte.

Ainda dá tempo de apagar o comentário e não passar vergonha!

George A.
George A.
Responder para  Ricardo Torres
2 dias atrás

Olha, é só não ter preguiça e ler as fontes, que lá têm o número absoluto que citei, quanto da população isso representa e ainda uma análise de como esse índice se compara com o de outros países desenvolvidos.
O comentário seguirá aí, até porque essa análise sobre os EUA nem é minha, já li de vários cientistas sociais de lá inclusive.

Joao
Joao
Responder para  George A.
1 dia atrás

O problema é justamente esse…. Cientistas sociais…

O que os EUA consideram como
Nível de pobreza?
E aqui?

Augusto141
Augusto141
Responder para  George A.
2 dias atrás

Seu conhecimento sobre sociologia, geopolítica e economia é ruim, parecem as narrativas rasas da esquerda brasileira. Para as pessoas que não sabem a linha da pobreza nos estados unidos é abaixo de 1.304 DOLARES, ou seja, quem ganha até uns 7 mil REAIS por mês nos EUA esta na linha da pobre

https://www.medicaidplanningassistance.org/federal-poverty-guidelines/

Na matéria que vc indicou o link, há o apontamento de que, os que estão na linha da pobreza no Brasil recebem ate 665 REAIS, ou seja, algo próximo há 120 DOLARES por mês.

São realidade sociológicas muito diferentes, um pobre nos EUA, UE, JAPÃO etc. tem acesso a coisa que no brasil seriam da classe media para cima… Não faz sentido esse tipo de discurso ideológico que vc esta passando.

Iran
Iran
Responder para  George A.
1 dia atrás

“Estados Unidos terceiro mundo”, o país está com problemas, isso é inequívoco, principalmente em áreas que sempre foram problemáticas como LA e NYC, mas dizer que é terceiro mundo é um exagero absurdo, fica mais rídiculo ainda colocar o Brasil (país com menos saneamento básico que a Índia, literalmente) como sendo melhor, piada pronta.

Joao
Joao
Responder para  George A.
1 dia atrás

Pra tu ver o nível das pesquisas aqui……
Tanto é q o pessoal vai ser pobre lá, fugindo daqui.

Augusto Cesar
Augusto Cesar
Responder para  George A.
1 dia atrás

Certo, compara o que é ser pobre nos EUA com o Brasil. Muita gente da classe media aqui e considerado pobre lá nos EUA. Essa sua comparação e totalmente sem fundamento. Ainda mais a fonte que é totalmente tendenciosa a favor do governo.

George A.
George A.
Responder para  Hcosta
2 dias atrás

Inflação batendo nas alturas lá e ele segue focado nessas questões super cruciais…
Haja redesenho de mapa e outras ações de supressão de voto pra ele manter a maioria no parlamento nas midterms…

Dr. Mundico
Dr. Mundico
2 dias atrás

Algo como mudar o nome de “boate” para casa de diversões.

NEMOrevoltado
NEMOrevoltado
2 dias atrás

Para quem já leu Tropas Estelares e se lembra do professor Dubois…

Nenhum departamento de defesa jamais venceu uma guerra!

Abymael2
Abymael2
2 dias atrás

O velhote quer guerra, quer impor medo, quer humilhar a tudo e todos e intimidar, claro, tá com 79 anos, não tem mais nada a perder nem vai arcar com as consequências.
Não ajuda muito o fato de que a Europa, quanto mais apanha, mas puxa o s4co, baixa as calças pra ele, então o laranjão se sente poderoso.
Que mundo medíocre.

Luís Henrique
Luís Henrique
Responder para  Abymael2
2 dias atrás

O mundo tem muito mais mediocridade do que uma mudança de nome, e sobre querer guerra foi a administração anterior que insistiu em continuar a guerra, ele esta colocando os 2 lados para negociar a paz.

Heinz
Heinz
Responder para  Luís Henrique
2 dias atrás

Os russos não querem o fim da guerra, eles querem destruir a Ucrânia, e anexa-la como um estado vassalo

EduardoSP
EduardoSP
Responder para  Heinz
2 dias atrás

Como disse um jornalista, Trump quer a paz, Putin quer a vitória, e Trump vai fazer a paz dando a Putin a vitória.

Abymael2
Abymael2
Responder para  EduardoSP
1 dia atrás

Muito boa essa frase.

adriano Madureira
adriano Madureira
2 dias atrás

Esse velhote é um palhaço,está transformando os estados unidos em um reality show de má qualidade…

J R
J R
2 dias atrás

Lá eles unificaram a adm militar em 1947, aqui até hoje é a casa mãe Joana, não integração de pesquisas, compra (principalmente), não compartilhamento de bases e nem doutrina e treinamento, nosso ministério da defesa é uma piada e os militares nem fazem questão de dar importância a eles, deveríamos seguir o exemplo do Canadá e unificar toda burocracia em uma entidade única.

Heitor
Heitor
2 dias atrás

“Os idiotas vão tomar conta do mundo. Não pela qualidade, mas pela quantidade, eles são muitos.” Nelson Rodrigues.

Delfim
Delfim
1 dia atrás

O Departamento é dele e ele sugere o nome que quiser. Simples assim.

Pior é engordar para 39 ministérios, como “painho” fez.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Delfim
1 dia atrás

O departamento não é dele.

Camargoer.
Camargoer.
1 dia atrás

Quem sabe mudar o nome de Estados Unidos da América paa Estados Confederados da América.. soa legal também

BVR
BVR
4 horas atrás

Ainda que fosse Departamento do Bacon e Ovos, é o propósito do tal departamento que conta.
Agora a srta/sra. porta-voz do governo viaja na afirmação de que as forças precisam de mais vitórias, atrelando a “força” do nome aos resultados nos campos de batalha.
Outra, apoio entre os congressistas republicanos…?!?!?…Qual é a novidade nisso ?
Se Trump propor tomar à força a base aérea de Natal o núcleo duro do trumpismo republicano no congresso vai apoiar.