EUA aprovam possível venda de mísseis antiaéreos Stinger ao Marrocos por US$ 825 milhões

O Departamento de Estado dos Estados Unidos aprovou uma possível venda militar estrangeira (FMS) ao Reino do Marrocos de até 600 mísseis FIM-92K Stinger Block I, além de equipamentos e suporte logístico relacionados, por um valor estimado de US$ 825 milhões. A Agência de Cooperação em Segurança de Defesa (DSCA) notificou oficialmente o Congresso norte-americano sobre a proposta nesta segunda-feira.
O pedido marroquino inclui, além dos mísseis, serviços de engenharia, logística e suporte técnico fornecidos pelo governo dos EUA e empresas contratadas, além de outros elementos de apoio ao programa de defesa. Os mísseis FIM-92K são uma versão atualizada do famoso sistema portátil de defesa aérea Stinger, capaz de neutralizar ameaças aéreas de curto alcance.
De acordo com a DSCA, a venda proposta “apoia a política externa e os objetivos de segurança nacional dos Estados Unidos ao contribuir para o fortalecimento da segurança de um importante aliado fora da OTAN, que continua a desempenhar um papel relevante na estabilidade política e no progresso econômico do Norte da África.”
O Marrocos pretende utilizar os mísseis para modernizar suas forças armadas e ampliar as opções de defesa aérea de curto alcance do Exército. O objetivo é atualizar suas capacidades militares e aumentar a interoperabilidade com os Estados Unidos e outros aliados ocidentais. A DSCA avaliou que o país “não terá dificuldades em integrar esse equipamento às suas forças de defesa”.
A venda, segundo o governo dos EUA, não deve alterar o equilíbrio militar básico na região. Os principais contratantes serão a RTX Corporation, com sede em Tucson, Arizona, e a Lockheed Martin, em Syracuse, Nova York.
Até o momento, não há acordo de compensação (“offset”) relacionado à possível venda, embora tais termos possam ser definidos posteriormente nas negociações entre o Marrocos e os fabricantes. A implementação do acordo não exigirá o envio de representantes adicionais do governo ou de empresas americanas ao território marroquino.
As autoridades dos EUA também garantiram que a operação não terá impacto negativo na prontidão de defesa norte-americana.
Tinha a falsa ideia de que os mísseis portáteis fossem mais baratos, mas estou enganado. Numa conta de padaria, mais de um milhão de dólares por unidade.
Claro que nunca vamos saber o que esta no contrato mas a Estônia comprou em 2022 300 misseis e 100 lançadores do Piorun polonês com um custo de 103 milhões de euros. Pra mim esse valor parece mais razoável, quando o EB for trocar os IGLAS acredito que vai ser mais ou menos por esse caminho.
O EB já até enviou uma comissão para avaliar o Piorun.
“The primary topic of discussion during the visit appeared to be the potential sale of Piorun MANPADS to Brazil. This system is currently regarded as one of the best in the world. Brazil currently relies on Russian Igla-S systems, which are technically less advanced and present political challenges due to Russia’s exclusion from the global community following its actions in Ukraine. Additionally, U.S. legislation like the 2017 CAATSA (Countering America’s Adversaries Through Sanctions Act) imposes economic sanctions on countries purchasing Russian arms.”
Brazil Shows Interest in the Piorun MANPADS and Borsuk IFV
O Piorun é uma evolução do Grom, que por sua vez nasceu da aquisição ilegal do projeto do 9K38 Igla.
E nós? Vamos de IGLA russo até quando?
Coitado do Saara Ocidental..nunca será independente 🥲🥲.. Marrocos cada vez mais armado…só se a Argélia tomar as dores do Saara..aí o bicho pega…
Particularmente eu penso que as FAs poderiam sim, via SIATT, desenvolver um sistema desse tipo, um MANPAD. Lembrar que o Stinger é mais do que um tubo de foguete de 70mm com sensor de guiagem infravermelho multibanda e um sistema de direção. Lembar também que existem vários países que produzem esse tipo de sistema, como os da série QW, o Indiano VSHORAD, o Type91 japonês, o Anza paquistanês, o Piorum polonês, o Chiron sul coreano e o Sungur turco, só pra citar os que lembro de cabeça…
Seria muito bom ver isso nas nossas FAs.
Abraço.
Piorum, Sungur, Chiron… credo, cada nome feio… rsrs. mas de resto admiro quem produz e acho que deveríamos fazer o mesmo, defesa antiaérea de curto alcance, tbm é um meio estratégico e com verdadeiro poder de dissuasão, ao invés de navios de desembarque.
É que são armas e elas são feitas para eliminar vidas…
Seria a cereja do bolo!
Mas, a realidade é dura. Gastar com P&D. Gastar com aquisição de maquinários para a produção. Gastar com salários e impostos, para o EB comprar duzentas unidades, com produção a conta gotas, não vale a pena. É melhor importar.
Outra coisa, não dá essas ideias, vai que alguém leve a sério e resolva torrar dinheiro público com isso, que vai acabar se tornando um sumidor se dinheiro público.
Não precisa a empresa gastar, o Estado banca o desenvolvimento e pronto, de preferencia em uma semi-estatal. Quem quer poder de dissuasão tem que investir a fundo perdido.
O Marrocos é o oásis de estabilidade politica no Magreb , somado ao valor estratégico conferido pela posição geográfica e recursos minerais faz com que o país seja um dos aliados mais importantes dos EUA no sul global. Em resumo , os americanos vão fornecer ao reino Alaouita o que eles precisarem …
eles fizeram as pazes com Israel, então melhores armas vão ser acessíveis a eles
Eles são melhor armados do que nós… e tem gente que acha que o Brasil é importante para o EUA…