Concept,Of,Trade,Confrontation,Between,China,And,Usa.,The,Landing

Os Estados Unidos e a China anunciaram nesta segunda-feira um acordo para reduzir significativamente suas tarifas comerciais mútuas por um período inicial de 90 dias, em uma tentativa de aliviar as tensões econômicas que vinham se intensificando desde o início do ano.

O pacto, firmado após negociações em Genebra entre o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, prevê a redução das tarifas americanas sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto as tarifas chinesas sobre bens norte-americanos caem de 125% para 10%.

A medida teve impacto imediato nos mercados financeiros globais. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones subiu 1.160 pontos (2,8%), enquanto o S&P 500 e o Nasdaq registraram altas de 3,3% e 4,4%, respectivamente . Setores como tecnologia e varejo foram os mais beneficiados, com empresas como Apple, Amazon e Best Buy apresentando ganhos expressivos.

Apesar do otimismo, analistas alertam que a trégua é temporária e que as tarifas permanecem elevadas em comparação aos níveis anteriores à escalada das tensões . O acordo também não altera a tarifa de 20% imposta pelos EUA sobre produtos chineses relacionados ao fentanil, substância apontada como responsável por uma crise de opioides nos Estados Unidos.

O presidente Donald Trump descreveu o acordo como um passo em direção a um “reinício total” nas relações comerciais entre os dois países, enfatizando a necessidade de acesso justo ao mercado chinês para as empresas americanas.

Ambos os governos concordaram em utilizar o período de 90 dias para continuar as negociações, com o objetivo de alcançar um acordo comercial mais abrangente. Especialistas destacam que, embora o acordo atual represente um avanço, questões estruturais e de longo prazo ainda precisam ser resolvidas para garantir uma estabilidade duradoura nas relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

Este desenvolvimento ocorre após meses de escalada tarifária, que impactaram negativamente o crescimento econômico global e aumentaram os custos para consumidores e empresas em ambos os países. A trégua oferece uma oportunidade para que Washington e Pequim redefinam suas estratégias e busquem soluções sustentáveis para suas disputas comerciais..

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Camargoer.
Camargoer.
1 mês atrás

Lembrei da história do Bodo na Sala….

A esposa reclamava da casa pequena e ameaçou ir embora. Ele foi perguntar ao rabino o que faze… o rabino falou para comprar um bode e deixar na sala e jamais contar que foi ele (o rabino) que mandou.. ele fez assim e a mulher fez um ultimato.. ela o o bode. Ele foi perguntar ao rabino novamente que aconselhou vender o bode e doar para a sinagoga e jamis contar esta história (acho que foi o próprio rabino que contou o caso muitos anos depois sem dizer que era o marido). Ele novamente obedeceu o rabino Quando a mulher voltou e encontrou a sala vazia e limpa, nunca mais pensou em mudar de casa, mas toda manhã ela se queixava que o bode foi a coisa mais estúpida que o marido já tinha feito na vida

NBS
NBS
Responder para  Camargoer.
1 mês atrás

Vimos, em primeira mão, um acontecimento histórico: a certidão de nascimento do multilateralismo do século XXI. Sem querer, Trump catalisou o processo de passagem de bastão — o declínio à vista, em cores e ao vivo.

A trégua anunciada de 90 dias tem o condão de conter o avanço das prateleiras vazias, que estão a apenas um mês de se tornarem realidade em economias altamente integradas e, no caso dos EUA, excessivamente financeirizadas.

Certamente, a China também enfrentará impactos. No entanto, do ponto de vista da preparação para o confronto e de seus pressupostos estratégicos, o país dispõe dos meios, dos recursos, das estratégias e do tempo a seu favor.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  NBS
1 mês atrás

Sim… este processo de mudança leva anos ou décadas.. começou bem antes de Trump e vai levar mais tempo.. também é um processo que tem idas e vindas.. mais idas que vindas, por isso avança

Trump acelero as idas… talvez agora vá tentar remedias com algumas vindas

Trump conseguiu o que antes apenas Bin Laden havia conseguido: Um unanimidade mundial em torno dos EUA.

Bin Laden fez o mundo se solidarizar com os EUA.
Trump fe o mundo se irritar com os EUA

rui mendes
rui mendes
Responder para  Camargoer.
1 mês atrás

Foi uma entrada á campeão e saída de sendeiro, como sempre.
Teve que pedir ao Chineses, para negociarem, acontece.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  rui mendes
1 mês atrás

Há um aspecto na diplomacia curioso pouco notado.. quando há um acordo no qual um dos lados perde muito, é o lado que sai autorizado a declarar vitória… já o lado que ganhou mais fica em silêncio discreto

Quem perde precisa do discurso doméstico de vitória.. quem ganha já é beneficiado pelas vantagens do acordo.

Quando a gente vai olhando os tantos acordos firmados ao longo dos anos, dá para perceber que isso ocorre muitas vezes.

Nenhum lado sai reclamando de um acordo… seria um contrassenso

Esteves
Esteves
1 mês atrás

Estados Unidos e China anunciaram um acordo para reduzir temporariamente as tarifas de importação entre os dois países.

Os EUA reduzirão as tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto a China diminuirá suas tarifas sobre produtos americanos de 125% para 10%.

O acordo tem validade inicial de 90 dias, durante os quais as negociações continuarão em busca de uma solução mais duradoura .

A decisão dos EUA de firmar esse acordo com a China foi motivada por: 

1. Pressão econômica interna: As tarifas elevadas impactaram negativamente empresas e consumidores americanos aumentando preços e custos de importação e afetando cadeias de suprimentos. 

2. Reação dos mercados: A guerra comercial provocou volatilidade nos mercados financeiros globais. Com o anúncio do acordo, houve uma recuperação nas bolsas de valores.

3. Objetivo de retomada das negociações: O período de 90 dias serve como uma trégua para que ambos os países possam negociar questões comerciais mais amplas.

O acordo representa um passo significativo na tentativa de estabilizar as relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo, embora desafios estruturais ainda precisem ser enfrentados nas negociações futuras. 

0u…como brilhantemente explanado pelo Camarada Camargo…o bode entrou na sala.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Esteves
1 mês atrás

Olá Esteves.

Volta tudo como antes e todo mundo respira aliviado…

você tem razão sobre a pressão interna sobre Trump para reverter as taxas.

Esteves
Esteves
Responder para  Camargoer.
1 mês atrás

Abraço, Mestre,

adriano Madureira
adriano Madureira
Responder para  Camargoer.
1 mês atrás

Não volta, não é fácil assim… Ou você acha que os chineses voltarão atrás e irão dizer:

” Certo Trump, voltaremos a comprar de vocês toda quantidade em soja,milho,sorgo e trigo que comprávamos antes das tarifas começarem”…

A China previu que as suas importações de soja cairão no próximo ano graças ao trabalho do país para reduzir o uso de farelo 
de soja no setor pecuário, conforme a primeira perspectiva para o ano-safra de 2025/26, divulgada nesta segunda-feira (12).

Os esforços para reduzir a participação de farelo de soja na ração animal diminuirão o consumo no setor pecuário e reduzirão 
as importações no próximo ano, segundo o relatório..

Há muito tempo que eles veem diminuindo a dependência agrícola dos EUA e procurando outros parceiros para suprir a lacuna.

A China tem diminuído a sua dependência da soja americana, aumentando a importação de soja brasileira e reduzindo a proporção de farelo de soja na ração animal.
Apesar da menor dependência dos EUA, a China continua a ser um dos maiores mercados da soja americana, com compras anuais que chegam a 11 bilhões de dólares. 

Mesmo antes das novas tarifas, as importações agrícolas chinesas dos EUA já estavam em queda, totalizando US$ 29,25 bilhões 
em 2024, uma redução de 14% em relação a 2023.
Apesar da menor dependência dos EUA, a China segue como maior mercado da soja americana, comprando cerca de US$ 11 bilhões do grão.

Não só a demanda externa por grãos caiu, mas carne bovina e suina dos Estados Unidos foi revista.

Os esforços da China para reforçar a segurança alimentar desde 2019:

5 de agosto de 2019: China interrompe compras de produtos agrícolas dos EUA em retaliação às tarifas impostas pelo primeiro governo Trump.
16 de janeiro de 2020: Trump e o então vice-primeiro-ministro da China, Liu He, assinam um acordo comercial de “Fase 1” em que a China concorda em aumentar em US$32 bilhões a compra de produtos agrícolas norte-americanos em dois anos.
2021: China lança o plantio experimental comercial de milho e soja geneticamente modificados.
29 de abril de 2021: China adota uma lei antidesperdício de alimentos para evitar o desperdício de grãos e proíbe vídeos de sobras excessivas.
1º de fevereiro de 2022: EUA diz que a China não cumpriu acordo da “Fase 1” e compras ficaram aquém do esperado.
4 de fevereiro de 2022: China permite a importação de trigo e cevada de todas as regiões da Rússia, o maior exportador de trigo do mundo.
25 de maio de 2022: China permite a importação de milho brasileiro.
14 de abril de 2023: Para conter importações de soja, o país lança um plano para reduzir as proporções de farinha de soja na ração animal para menos de 13% até 2025, de 14,5% em 2022. Também planeja aprovar proteínas microbianas para ração e projetos-piloto para usar restos de alimentos e carcaças de animais para ração animal.
4 de maio de 2023: China aprova soja com edição genética, que não introduz DNA estranho, pois manipula o genoma natural existente.
26 de dezembro de 2023: China emite licenças para um primeiro lote de 26 empresas de sementes para produzir e vender sementes de milho e soja geneticamente modificadas em determinadas províncias.
9 de abril de 2024: China lança uma iniciativa para aumentar a produção de grãos em mais de 50 milhões de toneladas métricas até 2030.
28 de maio de 2024: China permite a importação de duas variedades de milho geneticamente modificado cultivadas na Argentina.
3 de junho de 2024: Entra em vigor a primeira lei de segurança alimentar da China com foco em grãos básicos e produção de alimentos. A norma demanda que províncias e governo central incorporem a segurança alimentar em seus planos econômicos.
25 de outubro de 2024: China lança um plano de ação 2024-2028 para acelerar o desenvolvimento da agricultura inteligente e da agricultura de precisão.
Novembro de 2024: As importações agrícolas chinesas dos EUA de janeiro a novembro de 2024 caem 14%, para US$26 bilhões, em comparação com o mesmo período de 2023, o que representa uma queda pelo segundo ano.
6 de novembro de 2024: Donald Trump é eleito presidente dos EUA pela segunda vez.
13 de dezembro de 2024: A produção total de grãos da China em 2024 atinge um recorde de 706,5 milhões de toneladas, principalmente devido a uma colheita recorde de milho.
24 de dezembro de 2024: China lança um plano de 2024 a 2035 para aumentar o consumo de grãos de cereais.
31 de dezembro de 2024: China emite orientações para que o setor de aquicultura use rações que não sejam de grãos, como proteína microbiana, e tem como objetivo reduzir o consumo de ração por unidade de produto animal produzido em mais de 7% até 2030 em relação aos níveis de 2023.
4 de março de 2025: Em retaliação às tarifas de Trump, a China anuncia aumentos nas taxas de importação de US$21 bilhões em produtos agrícolas dos EUA. Produtos afetados incluem soja, milho, sorgo, trigo, carne, algodão, frutas, laticínios e vegetais.
4 de abril de 2025: China divulga uma série de contramedidas em resposta às tarifas recíprocas dos EUA, incluindo uma tarifa de 34% sobre todos os produtos norte-americanos, além das tarifas de 10%-15% impostas em março.
9 de abril de 2025: China anuncia que vai impor tarifas de 84% sobre os produtos dos EUA a partir de 10 de abril, um aumento em relação aos 34% anunciados anteriormente.

Acho que eles aprenderam muito com a primeira administração Trump…

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  adriano Madureira
1 mês atrás

Acho que você não entendeu…

Vamos lá..

Oi bode foi o aumento.das tarifas. Deu tudo errado, Agora Trump tem que voltar às tarifas si que estava antes..

Todo o esforço de Trump, toda a polêmica, todo o show de mídia. Tudo se desmanchou no ar..

Nelson Junior
Nelson Junior
Responder para  adriano Madureira
1 mês atrás

Acho que faltou um detalhe ai…

Os Americanos também estão diminuindo RADICALMENTE a compra dos produtos Chineses, a diferença é que são produtos de bens, manufatura e tecnologia (que tem um enorme valor agregado), enquanto o que a China vem tentando comprar menos dos EUA na sua maioria são commodities…
Grandes industrias estão deixando a China e voltando a produzir nos EUA ou em outro países…
E os Americanos também sinalizaram pro mundo que devem começar a diminuir a dependência da Industria Chinesa se quiserem continuar negociando com eles, o que já está sendo feito…
Lógico que isso não vai acontecer da noite para o dia, mas é uma tendência e já causou um “rebuliço” na China, com protestos e greves acontecendo lá (o que dificilmente tu vai ver nos jornais)…
Outro fator importante é a renegociação com os outros países no qual os EUA estão colhendo “frutos” ótimos dessa pressão tarifária…
Reino Unido, Itália, Polônia, Argentina, ETC… Quase todos países já renegociaram e estão se “alinhando” comercialmente com os americanos de novo…
Trump deu um “chacoalhão” na OTAN e olha o quanto os países estão aumentando a compra de armas agora, e fez isso também no comércio mundial e e vai colher frutos disso também, pode ter certeza !
O resumo por enquanto ficou:

Antes da “guerra tarifária”

Os EUA cobravam 34% (em média) sobre manufatura Chinesa, passou para 30% agora…
A CHINA cobrava 67% dos EUA passou para 10% agora

E tem gente dizendo que o deu tudo errado para os EUA

Juca
Juca
Responder para  Nelson Junior
1 mês atrás

Tem que avisar os americanos que muitos produtos Made in Vietnam, Made in Thailand e Made in Cambodia também são chineses, é a China que fornece as máquinas, matéria prima e muitas vezes até know-how para esses países, daqui a pouco você verá produtos Made in South África e Made in Afghanistan que também serão parcialmente Made in China.

Quando você diz que muitas empresas estão deixando a China, o que acontece é que muitas dessas empresas na verdade são empresas chinesas a procura de mão de obra ainda mais barata, e isso pode ser encontrado nesses países que mencionei acima, o Vietnã por exemplo se tornou uma mini China.

Fizeram muito barulho achando que a Índia poderia substituir a China, mas a Índia é uma bagunça.

Esses dias mesmos a Índia foi arrumar briga com o Paquistão e tomou um cacete.

JuggerBR
JuggerBR
Responder para  Esteves
1 mês atrás

Faltou um pequeno (e fundamental) item… muita gente ganhou na baixa da bolsa, e ganhará ainda mais agora, inside information fazendo novos bilionários ( e tornando alguns ainda mais rycos…)

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
1 mês atrás

Ok.

Quem piscou primeiro nessa história toda?

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Willber Rodrigues
1 mês atrás

Quem tem olhos, pisca de medo…

tudo indica que a pressão interna nos EUA piscou o alerta de apoio e financiamento para o partido

Esteves
Esteves
Responder para  Willber Rodrigues
1 mês atrás

A popularidade de Trump despencou. Na China…a popularidade vai bem, obrigado.

adriano Madureira
adriano Madureira
Responder para  Esteves
1 mês atrás

Eu acompanho notícias dos EUA e não vejo nada de bom, só notícia preocupante…

Esse velho ao contrário do que alguns famboys dizem, de gênio ele não tem nada, para mim ele está perdido em suas ideias.

Você viu essa notícia?

“Trump ameaça John Deere com tarifas de 200% se a produção for transferida para o México”…
Donald Trump disse na segunda-feira que aplicaria uma tarifa de 200% sobre os produtos da John Deere (DE.N)., abre uma nova abaimportações para os Estados Unidos se a empresa transferisse a produção para o México conforme planejado, comentários que afetaram o preço das ações do fabricante de equipamentos agrícolas.

Será que ele realmente não sabe quem detém o verdadeiro poder nos estados unidos?! Se ele acha que o poder dele é absoluto, acho que ele deveria rever sua política de governo.

Esse recuo nas tarifas contra a China tem tudo haver com as eleições de meio de mandato que irá renovar o congresso no próximo ano…

Se o Trump perder a maioria no Senado e na Câmara dos Deputados, ele não vai conseguir fazer absolutamente nada 
no resto do mandato dele.
Ele vai ser um presidente completamente sem poderes. Então, para ele, no segundo mandato, que ele não pode ser reeleito, não conseguir controlar a agenda legislativa, é óbvio que ele vai preferir recuar a correr o risco de perder essas 
eleições de meio de mandato..

Ele está indo por um bom caminho, criando guerra com a suprema corte ao ameaçar juízes de impeachment,ferrando com seu eleitorado, com o empresariado estadounidense

Recentemente Deputados federais do Partido Republicano inventaram uma nova modalidade de recurso contra decisões judiciais 
desfavoráveis ao governo Trump: abrir processo de impeachment contra os juízes federais que deram 
decisões para paralisar temporariamente “ações executivas” do presidente Donald Trump.

Eles nunca foram uma democracia plena e agora só tem a ficar pior.

Em recente pesquisa,a maioria dos eleitores nos EUA — incluindo 1 em cada 5 eleitores republicanos — diz apoiar o impeachment de Trump.

Fazendo mais de três meses em seu segundo mandato, ele já está extremamente engajado na luta para manter a maioria do Partido Republicano no Congresso.
Ele está divulgando apoios antecipados na esperança de evitar disputas primárias confusas que poderiam desviar recursos preciosos das campanhas eleitorais gerais. Ele está fazendo ligações para recrutamento e pressionando outros republicanos sobre como usar melhor sua força política. E continua arrecadando rios de dinheiro para desembolsar em 2026.

A obsessão de Trump pelas eleições de meio de mandato também paira sobre o Capitólio, enquanto os legisladores republicanos tentam transformar sua extensa agenda de política interna em lei. Em questão após questão, Trump parece simpatizar com os moderados dos distritos indecisos — os “formadores de maioria” cujas disputas decidirão a maioria.Trump e seus assessores têm rejeitado cortes drásticos no Medicaid, em parte porque a política é ruim. Eles têm evitado os republicanos dos estados democratas que pressionam para aumentar o limite da dedução para impostos estaduais e locais — uma política que Trump assinou em 2017 e que o ajudou a afundar nos distritos suburbanos um ano depois.

Ele até brincou com a ideia de aumentar os impostos sobre os americanos mais ricos — algo que, segundo ele, neutralizaria certos ataques políticos dos democratas a um projeto de lei que, segundo eles, beneficia os ricos às custas dos pobres. (Diante da reação massiva dos conservadores, Trump recuou na sexta-feira , dizendo: “Os republicanos provavelmente não deveriam fazer isso, mas tudo bem se fizerem!!!”)
“Achamos que podemos ter quatro anos”, disse-me um assessor de Trump, resumindo a atitude dentro do gabinete político presidencial. “Rejeitamos a atitude derrotista de operar sob a perspectiva de que esta é a nossa única chance e que só temos dois anos.”

Parte da paixão de Trump pelas eleições de meio de mandato se deve ao seu amor pelo jogo — ler pesquisas, fazer campanhas de apoio, ser o fazedor de reis e, de outras maneiras, movimentar peças no tabuleiro de xadrez político. Ele destaca seu histórico de vitórias e derrotas em disputas para o Congresso e adora se aprofundar nos detalhes de suas próprias campanhas.Mas Trump também está profundamente motivado por seu desejo de evitar sofrer com dezenas de novas investigações e um terceiro possível impeachment: “Ele sabe o que acontece se perdermos a Câmara”, acrescentou o assessor, observando que já há várias resoluções de impeachment arquivadas na câmara.
Historicamente, é claro, até mesmo o rei do retorno político parece ter as probabilidades contra ele — particularmente na Câmara, onde partidos em governos trifecta tendem a perder dezenas de cadeiras durante as eleições de meio de mandato da era moderna. O Partido Republicano de Trump perdeu 40 em 2018.
“Por algum motivo, o presidente — seja ele quem for — as eleições de meio de mandato estão difíceis”, refletiu o próprio Trump em um jantar do NRCC no mês passado. “Por que seriam difíceis? Se estamos indo muito bem, deveriam ser fáceis.”
Mas, de fato, há motivos para o otimismo de Trump: seu antecessor, Joe Biden, conseguiu manter seu próprio sangramento nas eleições de meio de mandato em um nível relativamente baixo em 2022. O campo de batalha no Congresso encolheu nos últimos anos, deixando apenas algumas dezenas de cadeiras verdadeiramente competitivas aos olhos da maioria dos analistas políticos. E a opinião dos eleitores sobre Trump pode ter piorado nos últimos meses, mas os democratas não estão ganhando — na verdade, seus próprios eleitores estão furiosos com o partido .

737-800RJ
737-800RJ
Responder para  Willber Rodrigues
1 mês atrás

Nas democracias sempre se pisca primeiro porque há pressão da população nas redes sociais, que são livres. Porque há imprensa livre cobrando na TV, na Internet, nas rádios e jornais. Porque há oposição de verdade com liberdade para criticar o governo.
Na China não tem nada disso, então o ditador pode ficar bastante tempo sem ser incomodado e sem piscar. 🙂

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  737-800RJ
1 mês atrás

Sim, claro, os EUA “deram pra trás” pensando no bem-estar dos órfãos e das viúvas…
Aquele pessoal de Wall Street, Silicon Valley e os “mecenas” do homem-laranja que perderam uma grana violenta com isso e fizeram pressáo pro homem-laranja voltar atrás não conta, certo?

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  737-800RJ
1 mês atrás

Neste caso, quem.oiscou primeiro foi quem teve o maior prejuízo econômico…

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  737-800RJ
1 mês atrás

Dias atrás o Xi tinha reforçado a segurança de Pequim por medo de protestos, além de Xangai, mas pelo visto uma grande manifestação contra o PCCh não vai ocorrer

André Macedo
André Macedo
Responder para  737-800RJ
1 mês atrás

Kkkkkkkkkkkkk rádios e jornais controlados por um punhado de bilionários

Comenteiro
Comenteiro
Responder para  André Macedo
1 mês atrás

Sem contar as redes sociais.

Vitor
Responder para  André Macedo
1 mês atrás

Na mosca

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Willber Rodrigues
1 mês atrás

EUA, apesar da China ter sentido mais, com greve em fábricas menores, manifestação e etc, redução do crescimento do PIB por institutos estrangeiros, nos EUA, a pressão foi grande, mas os efeitos não chegaram a assustar, mas ia dar uma m…. giggante.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  Carlos Campos
1 mês atrás

Guerra comercial é igual guerra nuclear: não existem vencedores.
A China tem como seu principal comprador de suas exportações os EUA, então, obviamente, a China perderia uma grana violenta com essas sanções.
Os EUA demonstraram que sua base industrial é mais dependente da China do que eles gostam de admitir, e que sua classe média não está a fim de pagar mais caro pro produtos “made in USA”, sendo que a maioria desses produtos só seriam produzidos nos EUA daqui a alguns anos, e que sua economia não tem “musculatura” suficiente pra comprar essa briga a médio e longo prazo.

Então, o que resta é dar garantias, negociar, e esfriar os ânimos.

adriano Madureira
adriano Madureira
1 mês atrás

O laranjão da casa Branca arregou e desceu do salto…

Wagner
Wagner
1 mês atrás

A economia estadunidense é especulativa , produz muito pouco internamente,não resistiu a pancada chinesa. Um grande erro do Brasil monopolizar a economia do país nas mãos chinesas isso da um poder de decisão político e interferência interna incalculável aos chineses.
E já fizeram isso no passado quando o Enersto Araújo o diplomata do Mito foi brincar de ” vírus chinês”, mandou botar na rua ou agro perdia o mercado chinês,todo mundo viu o que aconteceu.
Lembra quando um diplomata chinês esculhambou o filho do Mito abertamente em rede social? O agro fez o filho do Mito calar a boca. Pós demissão do Ernesto Araújo e o filho do Mito serem humilhados, Kátia Abreu correu para Pequim para negociar em nome do agro e voltaram ao normal.

Jacinto Fernandes
Jacinto Fernandes
Responder para  Wagner
1 mês atrás

A economia dos EUA é de serviços, não é especulativa. Olha para esta página: ela contém publicidade de uma gigante de tecnologia dos EUA, o que significa que você, toda vez que acessa ou comenta aqui está mandando dinheiro para os EUA.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Wagner
1 mês atrás

Teu comentário tava indo bem até tu se meter a falar que a Katia Abreu fez alguma coisa.

Wagner
Wagner
Responder para  Carlos Campos
1 mês atrás

Ela foi um intermediária para agregar o pcch

Carlos Campos
Carlos Campos
1 mês atrás

Estão dizendo que a China sentiu mais que os EUA, se os vídeos que eu vi forem verdade, o crescimento chinês desse ano chegar a 3% é muito, a situação que eu vejo é, o quanto a Facção de Xangai e dos Principes tem de força para derrubar o Xi, não por que teve essa guerra comercial, mas porque o país esta desacelerando muito rápidoa anos

André Macedo
André Macedo
1 mês atrás

A China deu uma verdadeira aula de pragmatismo e geopolítica, mostrou a força necessária ao retaliar igualmente as taxas do trumpete e soube negociar e ceder quando já tinha dado o recado. Trump e seus apoiadores provavelmente vão manipular a narrativa num xadrez 4D: Se a China tivesse arregado eles iriam contar vantagem, como não o fez agora vão dizer que o objetivo era subir as taxas pros níveis atuais, no final o volume de exportações chinês vai diluir essas taxas e/ou o consumidor americano vai pagar mais caro no seu iPhone, aí o bambu vai gemer.

Última edição 1 mês atrás por André Macedo
Camargoer.
Camargoer.
Responder para  André Macedo
1 mês atrás

Olá Andrá… eu sei lá qual era a estratégia…

Pelo que lembro, o problema era o deficit comercial com a China e as tarifas seriam um meio de reduzir as importações e viabilizar a mudanças das fábricas para dentro dos EUA para escapar das tarifas

Se isto não aconteceu nem parece que vá acontecer, significa que a estratégica falhou

André Macedo
André Macedo
Responder para  Camargoer.
1 mês atrás

Na teoria até faz sentido, mestre, mas 50 anos de desindustrialização não vão se desfazer de uma vez só pq você joga as taxas a 500%, nesse meio tempo a China agregou know how, logística e produção sem igual. Lembro que a Apple tentou abrir uma fábrica no Texas nessa ideia de retomar a produção in loco, mas a demanda local não conseguiu suprir os parafusos, que tiveram que ser importados… De onde? Kkkkkkkkk

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  André Macedo
1 mês atrás

Olá Andre

Algumas coisas, como física ou química, são regidas por leis naturais. São as áreas de ciências. Outras coisas são regidas pelo pensamento humano, como em filosofia, direito e economia.. são as áreas de conhecimento.

As regras e teorias econômicas vão mudando com tempo. Então, em economia, qualquer coisa faz sentido em teoria. Na prática é diferente.

De vez em quando eu escrevo que “Se o quadrado fosse redondo, o cubo seria uma esfera”. Isso acontecem bastante em economia, principalmente entre os jornalistas econômicos. O Deflm Netto dizia que o jornalismo econômico nem era joranlismo nem economia.

Uma dos métodos de análise econômica é olhar o passado e tentar encontrar uma ideia que faça sentido, depois aplicar a ideia no presente supondo que as condições hoje sejam parecidas ao que eram antes. Dai, é preciso acompanhar o processo e fazer os ajustes.

Supor que ao aumentar as taxas de importação induziria o aumento da prodição industrial doméstica só funcionaria se os países exportadores se tornassem importadores. Então, a ideia trumpista só funcionaria se a China mantivesse as suas taxas de importação baixas, o que resultaria em uma inversão na direção do comércio exterior.

O mais razoável é chamar setor por setor, acertar um processo para aumentar a produção e a produtividade e fazer isto em torno dos parceiros comerciais, no caso dos EUA, em parceria com o Mexico e com o Canadá.. se fosse no Brasil, seria por meio do Mercosul

assim, se faz a transição de um modo suave e controlado

LucianoSR71
LucianoSR71
1 mês atrás

Fazendo uma análise fria, temos que a balança comercial em 2024 foi de quase US$ 300 bilhões de superavit p/ a China, logo havia muita pressão interna por lá p/ negociar, mais do que do lado americano. Quando toda essa história começou escrevi:
“Por mais que eu não tenha simpatia pela pessoa do Trump (não vamos entrar no campo das preferências políticas, focando apenas na pessoa) ele não é nenhum doido que apareceu do nada e virou presidente, ele é um grande empresário que utiliza essa técnica de negociação do vai c/ tudo de cara pra assustar o oponente que depois do choque inicial estará mais apto a aceitar algo que não era o que esperava, mas é bem melhor que a proposta inicial – vide os caso das fronteiras c/ México e Canadá.
Analisando o quadro de maneira isenta, vemos que mundo se acostumou a taxar os EUA e este não reagia a altura porque era muito forte e absorvia bem isso, só que essa situação foi mudando e muitos americanos foram perdendo empregos e empresas fechando ou se instalando onde era mais barato produzir – se vc for pensar, olhe o que aconteceu c/ a indústria brasileira, quase tudo vem da China ou de outros lugares como Indonésia e Vietnã. A grande diferença é que mesmo assim esses países agora taxados precisam mais dos EUA como mercado consumidor que o inverso, então as coisas vão acabar se acomodando e os dois lados irão ceder, ontem mesmo li que a Volvo decidiu investir em fabricar nos Estados Unidos e muitas outras empresas irão pelo mesmo caminho.
Trump está apostando alto e se arriscando, claro, mas olhando a situação de degradação que vinha os EUA, algo muito forte tinha que ser feito, antes que fosse tarde demais p/ ter alguma chance real de sucesso – não o culpo por tentar.”

EduardoSP
EduardoSP
Responder para  LucianoSR71
1 mês atrás

“…situação de degradação que vinha os EUA…”

Que degradação?

A economia americana é muito mais dinâmica do que as demais economias de países desenvolvidos. O crescimento da renda per capita e do produto nos últimos 20 anos foi impressionante, especialmente considerando o seu porte. A economia americana é líder em diversos setores de ponta e tem uma grande capacidade de inovação.

O problema está na desigualdade desse crescimento, e na distribuição do seu resultado, e na rapidez com que setores sendo extintos, pois não são mais competitivos. A desestruturação desses setores deixa muita gente insatisfeita e ressentida, com reflexos na dimensão política.

LucianoSR71
LucianoSR71
Responder para  EduardoSP
1 mês atrás

Não querer enxergar o declínio do poder americano diante do mundo econômica e politicamente falando é um direito seu.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  LucianoSR71
1 mês atrás

Trump é um sintoma que os EUA estão enfrentando desde mais ou menos o fim do Sec.XX e início do Sec.XXI..

Seria um equívoco pensar que ele é a causa.

Bitten
1 mês atrás

Confesso q não sou lá muito versado nos mistérios da ciência econômica, mas trabalho em um instituto cuja sede em MG fica ao lado de uma linha férrea controlada pela VLI, uma subsidiária da Vale S/A. Só quem trabalha junto a uma ferrovia sabe o inferno que é. Pessoalmente, sou apaixonado por coisas mecânicas, e nada me fascina mais que um trem, navio ou arma de fogo – tecnologias centenárias q ninguém ainda conseguiu substituir. Pois bem – ano passado foi até bem tranquilo – a linha que liga um centro de manutenção a um terminal de embarque estava pouca circulação, passavam debaixo de minha janela duas ou três composições por dia, a maioria carregada de minério de ferro pulverizado ou sob a forma de pelotas. Os trens com soja (cada produto usa um tipo de vagão) eram raros. Nos últimos três meses, notei que (1) o número de composições multiplicou por cinco (!!!); (2) a maioria das composições transporta soja; (3) começaram a surgir composições com rolos de aço laminado e diversos tipos equiptos de grande porte (como compressores de ar e caldeiras), q tinham se tornado raras desde 2023; (4) um tipo novo de vagão apareceu – o de transporte de celulose, q antes eu nunca tinha visto (5) as composições de soja e (mais raramente) milho, voltaram a ter o tamanho padrão – 88 vagões e três locos diesel-elétricas; (6) começaram a aparecer vagões novos em folha e o material rodante tem recebido manutenção mais constante – dá pra sacar pelo barulho das rodas e a cor da fumaça. Não acredito que essa movimentação tenha relação direta com o tiro no pé de Trump, com excessão da soja, cujos acordos foram assinados em meados do ano passado – fico pensando q sejam produto do esforço chinês para diversificar as fontes de aquisição. Mas podem acreditar – é soja pra caramba e o q vejo é apenas parcela do q está saindo. O resumo da ópera é que a China está num momento de transição para uma economia de mercado interno e suponho q nas próximas duas décadas estará exportando 30% de sua produção. A exportação de celulose processada indica um aumento notável (lá) na produção de embalagens. O mal (para nós) desse modelo é o fato de q a economia tem de se aguentar com exportações maciças, pq nos ninguém pensa em dinamizar o mercado interno aumentando a parcela de renda das classes populares. Acho q os governos dos últimos 20 anos (tirando o Temer-Bolsonaro, q aquilo não foi governo) acertaram ao forçar a diminuição da pobreza via redistribuição programada, mas isso não pode durar pra sempre.

Abymael2
Abymael2
1 mês atrás

Enquanto o laranjão só sabe berrar, o camarada Xi fica quietinho…e vai empurrando o aipim, na moita.

Dr. Mundico
Dr. Mundico
1 mês atrás

O chacoalhão que o Trump deu não tinha apenas a China como alvo.
Muita gente não percebeu (ou não quis perceber) que UE e muitos países asiáticos já estão em tratativas com os EUA para reduzir ou estabelecer tarifas mais “justas”.
Até onde sei, só com a UE a redução está na casa de dezenas de bilhões de dólares e inclusive já se fala em taxa zero para muitos produtos e serviços, embora muita coisa ainda esteja em aberto.
No fim das contas, o Trump baixou a bola da sanha tarifária de muita gente, o que vai provocar maior alinhamento com os EUA.