Concept,Of,Trade,Confrontation,Between,China,And,Usa.,The,Landing

Os Estados Unidos e a China anunciaram nesta segunda-feira um acordo para reduzir significativamente suas tarifas comerciais mútuas por um período inicial de 90 dias, em uma tentativa de aliviar as tensões econômicas que vinham se intensificando desde o início do ano.

O pacto, firmado após negociações em Genebra entre o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, prevê a redução das tarifas americanas sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto as tarifas chinesas sobre bens norte-americanos caem de 125% para 10%.

A medida teve impacto imediato nos mercados financeiros globais. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones subiu 1.160 pontos (2,8%), enquanto o S&P 500 e o Nasdaq registraram altas de 3,3% e 4,4%, respectivamente . Setores como tecnologia e varejo foram os mais beneficiados, com empresas como Apple, Amazon e Best Buy apresentando ganhos expressivos.

Apesar do otimismo, analistas alertam que a trégua é temporária e que as tarifas permanecem elevadas em comparação aos níveis anteriores à escalada das tensões . O acordo também não altera a tarifa de 20% imposta pelos EUA sobre produtos chineses relacionados ao fentanil, substância apontada como responsável por uma crise de opioides nos Estados Unidos.

O presidente Donald Trump descreveu o acordo como um passo em direção a um “reinício total” nas relações comerciais entre os dois países, enfatizando a necessidade de acesso justo ao mercado chinês para as empresas americanas.

Ambos os governos concordaram em utilizar o período de 90 dias para continuar as negociações, com o objetivo de alcançar um acordo comercial mais abrangente. Especialistas destacam que, embora o acordo atual represente um avanço, questões estruturais e de longo prazo ainda precisam ser resolvidas para garantir uma estabilidade duradoura nas relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

Este desenvolvimento ocorre após meses de escalada tarifária, que impactaram negativamente o crescimento econômico global e aumentaram os custos para consumidores e empresas em ambos os países. A trégua oferece uma oportunidade para que Washington e Pequim redefinam suas estratégias e busquem soluções sustentáveis para suas disputas comerciais..

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Camargoer.
Camargoer.
7 horas atrás

Lembrei da história do Bodo na Sala….

A esposa reclamava da casa pequena e ameaçou ir embora. Ele foi perguntar ao rabino o que faze… o rabino falou para comprar um bode e deixar na sala e jamais contar que foi ele (o rabino) que mandou.. ele fez assim e a mulher fez um ultimato.. ela o o bode. Ele foi perguntar ao rabino novamente que aconselhou vender o bode e doar para a sinagoga e jamis contar esta história (acho que foi o próprio rabino que contou o caso muitos anos depois sem dizer que era o marido). Ele novamente obedeceu o rabino Quando a mulher voltou e encontrou a sala vazia e limpa, nunca mais pensou em mudar de casa, mas toda manhã ela se queixava que o bode foi a coisa mais estúpida que o marido já tinha feito na vida

Esteves
Esteves
6 horas atrás

Estados Unidos e China anunciaram um acordo para reduzir temporariamente as tarifas de importação entre os dois países.

Os EUA reduzirão as tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto a China diminuirá suas tarifas sobre produtos americanos de 125% para 10%.

O acordo tem validade inicial de 90 dias, durante os quais as negociações continuarão em busca de uma solução mais duradoura .

A decisão dos EUA de firmar esse acordo com a China foi motivada por: 

1. Pressão econômica interna: As tarifas elevadas impactaram negativamente empresas e consumidores americanos aumentando preços e custos de importação e afetando cadeias de suprimentos. 

2. Reação dos mercados: A guerra comercial provocou volatilidade nos mercados financeiros globais. Com o anúncio do acordo, houve uma recuperação nas bolsas de valores.

3. Objetivo de retomada das negociações: O período de 90 dias serve como uma trégua para que ambos os países possam negociar questões comerciais mais amplas.

O acordo representa um passo significativo na tentativa de estabilizar as relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo, embora desafios estruturais ainda precisem ser enfrentados nas negociações futuras. 

0u…como brilhantemente explanado pelo Camarada Camargo…o bode entrou na sala.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Esteves
6 horas atrás

Olá Esteves.

Volta tudo como antes e todo mundo respira aliviado…

você tem razão sobre a pressão interna sobre Trump para reverter as taxas.

Esteves
Esteves
Responder para  Camargoer.
6 horas atrás

Abraço, Mestre,

adriano Madureira
adriano Madureira
Responder para  Camargoer.
4 horas atrás

Não volta, não é fácil assim… Ou você acha que os chineses voltarão atrás e irão dizer:

” Certo Trump, voltaremos a comprar de vocês toda quantidade em soja,milho,sorgo e trigo que comprávamos antes das tarifas começarem”…

A China previu que as suas importações de soja cairão no próximo ano graças ao trabalho do país para reduzir o uso de farelo 
de soja no setor pecuário, conforme a primeira perspectiva para o ano-safra de 2025/26, divulgada nesta segunda-feira (12).

Os esforços para reduzir a participação de farelo de soja na ração animal diminuirão o consumo no setor pecuário e reduzirão 
as importações no próximo ano, segundo o relatório..

Há muito tempo que eles veem diminuindo a dependência agrícola dos EUA e procurando outros parceiros para suprir a lacuna.

A China tem diminuído a sua dependência da soja americana, aumentando a importação de soja brasileira e reduzindo a proporção de farelo de soja na ração animal.
Apesar da menor dependência dos EUA, a China continua a ser um dos maiores mercados da soja americana, com compras anuais que chegam a 11 bilhões de dólares. 

Mesmo antes das novas tarifas, as importações agrícolas chinesas dos EUA já estavam em queda, totalizando US$ 29,25 bilhões 
em 2024, uma redução de 14% em relação a 2023.
Apesar da menor dependência dos EUA, a China segue como maior mercado da soja americana, comprando cerca de US$ 11 bilhões do grão.

Não só a demanda externa por grãos caiu, mas carne bovina e suina dos Estados Unidos foi revista.

Os esforços da China para reforçar a segurança alimentar desde 2019:

5 de agosto de 2019: China interrompe compras de produtos agrícolas dos EUA em retaliação às tarifas impostas pelo primeiro governo Trump.
16 de janeiro de 2020: Trump e o então vice-primeiro-ministro da China, Liu He, assinam um acordo comercial de “Fase 1” em que a China concorda em aumentar em US$32 bilhões a compra de produtos agrícolas norte-americanos em dois anos.
2021: China lança o plantio experimental comercial de milho e soja geneticamente modificados.
29 de abril de 2021: China adota uma lei antidesperdício de alimentos para evitar o desperdício de grãos e proíbe vídeos de sobras excessivas.
1º de fevereiro de 2022: EUA diz que a China não cumpriu acordo da “Fase 1” e compras ficaram aquém do esperado.
4 de fevereiro de 2022: China permite a importação de trigo e cevada de todas as regiões da Rússia, o maior exportador de trigo do mundo.
25 de maio de 2022: China permite a importação de milho brasileiro.
14 de abril de 2023: Para conter importações de soja, o país lança um plano para reduzir as proporções de farinha de soja na ração animal para menos de 13% até 2025, de 14,5% em 2022. Também planeja aprovar proteínas microbianas para ração e projetos-piloto para usar restos de alimentos e carcaças de animais para ração animal.
4 de maio de 2023: China aprova soja com edição genética, que não introduz DNA estranho, pois manipula o genoma natural existente.
26 de dezembro de 2023: China emite licenças para um primeiro lote de 26 empresas de sementes para produzir e vender sementes de milho e soja geneticamente modificadas em determinadas províncias.
9 de abril de 2024: China lança uma iniciativa para aumentar a produção de grãos em mais de 50 milhões de toneladas métricas até 2030.
28 de maio de 2024: China permite a importação de duas variedades de milho geneticamente modificado cultivadas na Argentina.
3 de junho de 2024: Entra em vigor a primeira lei de segurança alimentar da China com foco em grãos básicos e produção de alimentos. A norma demanda que províncias e governo central incorporem a segurança alimentar em seus planos econômicos.
25 de outubro de 2024: China lança um plano de ação 2024-2028 para acelerar o desenvolvimento da agricultura inteligente e da agricultura de precisão.
Novembro de 2024: As importações agrícolas chinesas dos EUA de janeiro a novembro de 2024 caem 14%, para US$26 bilhões, em comparação com o mesmo período de 2023, o que representa uma queda pelo segundo ano.
6 de novembro de 2024: Donald Trump é eleito presidente dos EUA pela segunda vez.
13 de dezembro de 2024: A produção total de grãos da China em 2024 atinge um recorde de 706,5 milhões de toneladas, principalmente devido a uma colheita recorde de milho.
24 de dezembro de 2024: China lança um plano de 2024 a 2035 para aumentar o consumo de grãos de cereais.
31 de dezembro de 2024: China emite orientações para que o setor de aquicultura use rações que não sejam de grãos, como proteína microbiana, e tem como objetivo reduzir o consumo de ração por unidade de produto animal produzido em mais de 7% até 2030 em relação aos níveis de 2023.
4 de março de 2025: Em retaliação às tarifas de Trump, a China anuncia aumentos nas taxas de importação de US$21 bilhões em produtos agrícolas dos EUA. Produtos afetados incluem soja, milho, sorgo, trigo, carne, algodão, frutas, laticínios e vegetais.
4 de abril de 2025: China divulga uma série de contramedidas em resposta às tarifas recíprocas dos EUA, incluindo uma tarifa de 34% sobre todos os produtos norte-americanos, além das tarifas de 10%-15% impostas em março.
9 de abril de 2025: China anuncia que vai impor tarifas de 84% sobre os produtos dos EUA a partir de 10 de abril, um aumento em relação aos 34% anunciados anteriormente.

Acho que eles aprenderam muito com a primeira administração Trump…

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  adriano Madureira
1 hora atrás

Acho que você não entendeu…

Vamos lá..

Oi bode foi o aumento.das tarifas. Deu tudo errado, Agora Trump tem que voltar às tarifas si que estava antes..

Todo o esforço de Trump, toda a polêmica, todo o show de mídia. Tudo se desmanchou no ar..

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
6 horas atrás

Ok.

Quem piscou primeiro nessa história toda?

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Willber Rodrigues
5 horas atrás

Quem tem olhos, pisca de medo…

tudo indica que a pressão interna nos EUA piscou o alerta de apoio e financiamento para o partido

Esteves
Esteves
Responder para  Willber Rodrigues
5 horas atrás

A popularidade de Trump despencou. Na China…a popularidade vai bem, obrigado.

737-800RJ
737-800RJ
Responder para  Willber Rodrigues
4 horas atrás

Nas democracias sempre se pisca primeiro porque há pressão da população nas redes sociais, que são livres. Porque há imprensa livre cobrando na TV, na Internet, nas rádios e jornais. Porque há oposição de verdade com liberdade para criticar o governo.
Na China não tem nada disso, então o ditador pode ficar bastante tempo sem ser incomodado e sem piscar. 🙂

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  737-800RJ
3 horas atrás

Sim, claro, os EUA “deram pra trás” pensando no bem-estar dos órfãos e das viúvas…
Aquele pessoal de Wall Street, Silicon Valley e os “mecenas” do homem-laranja que perderam uma grana violenta com isso e fizeram pressáo pro homem-laranja voltar atrás não conta, certo?

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  737-800RJ
1 hora atrás

Neste caso, quem.oiscou primeiro foi quem teve o maior prejuízo econômico…

adriano Madureira
adriano Madureira
4 horas atrás

O laranjão da casa Branca arregou e desceu do salto…