Em 2011, Israel iniciou o uso do sistema anti-míssil Iron Dome que deixou os ataques palestinos menos custo efetivos. Em 2011, duas baterias foram deslocadas para a fronteira de Gaza.

Em 2010, foi anunciado que o Iron Dome não foi pensado para proteger cidades e vilas e sim bases militares. Os políticos citavam que seria usado para proteger civis próximos a áreas ameaçadas por foguetes. A experiência mostrou que leva 15 segundos para o sistema detectar, identificar e dispara os mísseis. A maioria dos alvos próximos da faixa de Gaza estão tão próximos, cerca de 13 km, que o foguete atinge o solo em menos de 15 segundos.

Então as baterias foram logo armazenadas e usadas apenas para treino e testes. Os militares preferiam proteger as bases militares, que depois defenderão Israel. As bases estão longe da fronteira e o tempo de reação permite que o Iron Dome seja efetivo.

Os terroristas preferem usar foguetes de curto alcance que não podem ser derrubados pelo Iron Dome. A única arma atual que pode derrubar foguetes de curto alcance é o Centurion americano, um sistema Phalanx instalado em terra já usado no Afeganistão para derrubar granadas de morteiros.

Os ataques de foguetes contra Israel iniciaram em 2001. Piorou quando Israel da Faixa de Gaza em 2005. Entre 2001 a 2005 foram 700 foguetes disparados. Depois foram 3.400 disparos. Foram 42 mortos no total em nove anos, sendo metade por foguetes e resto por morteiros. O fogo de contra-bateria da artilharia israelense fere ou mata um palestino para cada três foguetes ou morteiros disparados. A novidade recente é o uso de celulares pelos palestinos para disparar os foguetes, sem risco de ser morto pelos israelenses.

A tática palestina é disparar vários foguetes simultaneamente contra poucas cidades. Na teoria esta tática pode saturar uma ou duas baterias Iron Dome. Mas Israel mantém a faixa de Gaza sob vigilância constante de Aeronaves Remotamente Pilotadas e tem descobertos várias tentativas de ataques e bombardeado os lançadores.

O Hamas disparou cerca de 4 mil foguetes em 2006. O palestinos na faixa de Gaza dispararam mais de 600 foguetes nos últimos 9 anos. Mais de 90% deles atingiram áreas desabitadas e poucos infringiram baixas. Então, interceptar mil foguetes irá custar US$ 40 milhões, mas o que pode ser economizado com equipamento militar não destruído ou vidas salvas pode se muito compensado. Atualmente, é estimado que exista um estoque de 40 mil foguetes no norte do Líbano.

O conflito foi iniciado após Israel reiniciar a caçada de líderes terroristas em Gaza com o uso de Aeronaves Não Tripuladas. A outra opção seria uma campanha por terra, com o risco de muito mais baixas.

Agora o Hamas quer o cessar fogo, mas com garantias que Israel não vai realizar ataques contra sua liderança. Os ataques de “decapitação” mostrou ser o meio mais efetivo de destruir as organizações terroristas. Nos últimos oito dias, cerca de um líder do Hamas foi morto por dia. O Hamas pensava estar livre desse tipo de ataque por ser um governo eleito em Gaza.

Antes do conflito atual, o Iron Dome já tinha interceptado mais de 100 foguetes em direção a áreas habitadas, com 80% acerto. Na última semana, mais de 500 foguetes foram lançados nos primeiros dois dias, mas depois os ataques diminuíram com os ataques matando a maioria dos artilheiros. Foram 230 foguetes no dia 17 de novembro e depois 156 no dia 18 e 121 no dia 19. Depois foram menos de 100 dia 20 de novembro e antes do cessar fogo apenas meia dúzia foram disparados. Foram apenas quatro israelenses mortos enquanto os palestinos tiveram 140 baixas pelos ataques aéreos.

O Iron dome derrubou cerca de 90% dos foguetes dirigidos para áreas habitadas. Uma bateria consegui 100% acerto contra uma salva de foguetes.Foram mais de 300 foguetes interceptados.

Cada míssil mísseis Tamir (foto abaixo), usado no Iron Dome, pesa 90kg e foi projetado para contrapor foguetes com alcance de até 70km.  O míssil usa uma espoleta de proximidade para explodir próximo do alvo. Cada míssil custa US$ 50 mil. O primeiro teste foi em abril de 2011. Israel já comprou sete baterias da empresa Rafael. Quatro baterias estão em operação e outra entrou em operação este mês. Cada bateria Iron Dome custa US$ 37 milhões com quatro lançadores de 10, 15 ou 20 mísseis Tamir cada. O sistema usa dois radares para detectar a trajetória dos foguetes e não faz nada se a trajetória indica que irá cair em área desabitada. Se o computador prediz que o foguete irá atingir uma área habitada, um míssil é disparado.

Israel pretende comprar um total de 15 baterias de mísseis Iron Dome por US$ 1 bilhão. O Iron Dome será complementado pelo David Sling e o Arrow contra foguetes de maior alcance.

Os ataques de foguetes do Hamas não funcionaram como planejado não só devido ao Iron Dome. Israel sabia dos planos do Hamas e parece que conhecia onde os estoques de foguetes estavam escondidos. O Hamas tem cerca de 10 mil foguetes e na última semana a maioria foi destruída pelos ataques aéreos israelenses. Israel atacou cerca de 200 alvos por dia em Gaza com helicópteros e caças. Usaram apenas armas guiadas e canhões. As explosões secundárias na maioria dos alvos mostrou que eram alvos militares.

 

 

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Mauricio R.
Mauricio R.
11 anos atrás

Esse funciona, pena que é israelense.
Mas seria uma ótima alternativa, a mais entubação via “parceria estratégica”, agora c/ a participação da Avibrás.