China aprova construção de 10 novas usinas nucleares em investimento de US$ 27 bilhões

Estação nuclear de Taohuajiang em Hunan
O Conselho de Estado da China aprovou a construção de dez novas unidades de geração nuclear, com um investimento estimado em 200 bilhões de iuanes (aproximadamente US$ 27 bilhões). Essa decisão marca o quarto ano consecutivo em que o país aprova dez ou mais reatores nucleares, reforçando seu compromisso com a expansão da energia limpa e a redução da dependência de combustíveis fósseis.
As novas unidades serão adicionadas a cinco usinas nucleares existentes: Fangchenggang (Guangxi), Sanmen (Fujian), Haiyang (Shandong), Xiapu (Chongqing) e Taishan (Guangdong). Oito dos reatores utilizarão a tecnologia Hualong One (HPR1000), desenvolvida localmente, enquanto os dois restantes empregarão o modelo CAP1000, baseado no design AP1000 da Westinghouse.
Atualmente, a China possui 58 reatores nucleares em operação, com uma capacidade instalada total de 56,9 gigawatts (GW), e outros 30 reatores em construção, somando 34,4 GW adicionais. A meta do país é alcançar o primeiro lugar global em capacidade nuclear instalada até 2030, superando os Estados Unidos e a França.

A energia nuclear representou cerca de 5% da geração total de eletricidade da China em 2024. Com os novos projetos, espera-se que essa participação aumente para 10% até 2040, contribuindo significativamente para os objetivos de neutralidade de carbono do país.
O investimento recorde em engenharia e construção de energia nuclear na China atingiu 146,9 bilhões de iuanes no ano passado. O país também alcançou 100% de produção nacional de equipamentos essenciais para energia nuclear, acelerando sua autossuficiência tecnológica enquanto promove a cooperação internacional, especialmente com países participantes da Iniciativa Cinturão e Rota.
Com essa expansão, a China consolida sua posição como líder global na construção e operação de usinas nucleares, demonstrando um compromisso contínuo com a diversificação de sua matriz energética e a redução das emissões de carbono.
País que pensa no futuro e aqui na banânia aumentando bandeira tarifária… esse é o futuro e é nuclear… acho que o investimento nessas 10 usinas é quase o valor que foi gasto em angra 3
Parece que tudo que a China faz agora é em números agressivos.
Eles têm que prover energia para 1,416 bilhão de pessoas e uma indústria pujante.
A demanda de energia em todo mundo cresce acentuadamente.
Nenhuma fonte pode ser desprezada.
O Brasil deveria seguir o mesmo caminho.
Assim como na exploração de recursos naturais, desde que com segurança.
Os índios….. índios…. Discordam da exploração de petróleo lá no meio do mar….
Mas se nem uma ferrovia importante para escoar nossa produção podemos concluir por conta do sapinho cururu, imagine explorar petróleo nas proximidades de 500 quilômetros da oca do “cacique”.
Desesperador…
Brasil virou uma baderna, devia dar poder ao presidente depois de ouvir o IBAMA, decidir se concede ou não licenças ambientais para obras de interesse nacional.
Maior economia industrial do mundo + 1 bilhão de pessoas.
Certo eles, em construir logo de vez 10 usinas nucleares, fora as 3 super-hidrelétircas que estão em construção por lá nesse momento.
Errado é a gente, que demora décadas pra finalizar 1 usina nuclear ainda sem prazo pra teeminas + décadas pra finalizar uma hidrelétrica.
Enquanto isso na Lacrolândia, pau mandado de ONG’s suspeitas, enterramos nossos projetos nucleares, e construímos hidroelétricas com reservatórios muito inferiores a suas potenciais capacidades para preservar eventuais espécies de bichinhos. É só rezar para São Pedro não falhar com as chuvas.
Curiosamente, alguns dias atrás eu estava lendo sobre o circo do bloqueio da Ferrogrão e decidi saber mais sobre as pessoas envolvidas no estudo dos impactos ambientais que estão travando o início da obra. Para surpresa de ninguém, algumas das pesssoas possuem ligações com a…USAID.
https://www.oc.eco.br/quem-somos/nossa-historia/
Sim, uma das vias ferroviárias mais importantes do país está sendo travada por gente que possui vínculos com os EUA.
Se o Brasil fosse um país mais sério, já teria sido feita uma CPI das ONGs há muito tempo para descobrir quem banca essa ralé. É ridículo que obras estratégicas sejam travadas por conta de pressão de grupos que não possuem ligação com o Brasil, meia dúzia de velhacos da zona sul carioca e juizinhos com síndrome de divindade.
Eu sou um defensor ferrenho da nossa biodiversidade e acho que o governo tem que usar a mão pesada para preservar ela, mas quem deve tratar sobre isso somos nós, brasileiros, e não meia dúzia de estrangeiros (que, inclusive, não possuem moral para apontar para ninguém, no que diz respeito ao respeito a biodiversidade).
Raramente concordo 100% com algum comentário daqui, mas concordo com cada vírgula do seu.
É terra DEMAIS e são obras grandes DEMAIS ora serem enbargadas por décadas por meia-dúzia de ONG’s, cuja finalidade e a quem servem, ninguém sabe.
Provavelmente não deve ter nenhum BR nessas ONG’s, é tudo “gringo”.
CPI das ONGs já foi feita, mas o governo atual, com ajuda Marina Silva e do MPF não fizeram p@rra nenhuma
Detalhe importante é o índice de nacionalização dos reatores chineses. Quase todos os reatores das proximas usinas contratadas são modelos desenvolvidos localmente (o reator chinês hualong é cópia de um reator francês de água pressurizada de III geração). Até há pouco tempo eram oriundos de vários fornecedores, projetos franceses, russos, americanos e canadenses.
Urânio ou Tório?
Não tenho números precisos, mas com o advento da Inteligência Artificial, a demanda por energia alcançará níveis superlativos. Apenas um Data-center (armazenamento, manuseio, cruzamentos de dados, etc.) poderá ter a capacidade de consumo de uma cidade de 100 mil habitantes. E na China isso se multiplica ainda mais.
fora os condicionadores de ar, que vem aumentando o consumo a anos a nível mundial
Bem que pderíamos entregar Angra 3 pra eles, com um acordo de isenção tributária por um período pra ver se sai logo, além de outras usinas, visto que secas severas estão aumentando
Por Renata Turbiani, para Época Negócios
01/05/2025
China atinge marco histórico com reator de tório e avança na corrida por energia limpa ilimitada.Cientistas chineses conseguiram reabastecer reator de sal fundido enquanto ele estava em funcionamento
A China fez um avanço significativo na corrida por energia limpa ilimitada. Cientistas do país conseguiram recarregar combustível em um reator de fissão nuclear, localizado no deserto de Gobi, enquanto ele estava em funcionamento, indicando que a operação e reabastecimento podem ser feitos continuamente.
A máquina em questão é um reator de sal fundido de tório (MSR), construído em 2018 com base em pesquisas iniciadas pelos Estados Unidos nas décadas de 1960 e 1970 e que posteriormente foram arquivadas, mas ficaram disponíveis para consulta pública. Os MSRs são um tipo de tecnologia nuclear avançada que usa tório, um elemento radioativo abundante na crosta terrestre, como fonte de combustível.
Segundo o South China Morning Post (SCMP), citando o jornal do partido comunista chinês Guangming Daily, essa é a primeira operação estável de longo prazo da tecnologia.
Xu Hongjie, cientista-chefe do projeto, disse que a China “agora lidera a fronteira global” na revolução energética. “Os EUA deixaram sua pesquisa disponível publicamente, esperando pelo sucessor certo. Nós fomos esse sucessor”, afirmou.
Sua equipe no Instituto de Física Aplicada da Academia Chinesa de Ciências (CAS) passou anos dissecando documentos americanos desclassificados e replicando experimentos. “Dominamos todas as técnicas da literatura – e depois fomos além”, ele enfatizou. “Aprendemos fazendo, e fizemos aprendendo.”
Os desafios eram imensos – projetar novos materiais, solucionar problemas em temperaturas extremas e lidar com componentes de engenharia nunca antes construídos.(…)