Custos da força nuclear dos EUA devem subir para US$ 946 bilhões até 2034, diz CBO

O relatório do Congressional Budget Office (CBO) divulgado em abril projeta que os custos para operar e modernizar as forças nucleares dos EUA saltarão para US$ 946 bilhões no período de 2025–2034, um aumento de 25% (US$ 190 bilhões) em relação à estimativa anterior de 2023, que cobria 2023–2032. Esse montante, que representa uma média anual de US$ 95 bilhões, inclui gastos tanto do Departamento de Defesa (DoD) quanto do Departamento de Energia (DOE), que gerencia o arsenal nuclear.
Contexto e Panorama Geral
A estimativa do CBO abrange despesas com manutenção, operação e modernização de ICBMs, bombardeiros, submarinos nucleares e infraestrutura de comando e controle entre 2025 e 2034. Em comparação, o relatório de 2023 previa US$ 756 bilhões para 2023–2032, ou seja, US$ 190 bilhões a menos, em grande parte devido a custos adicionais projetados com base em históricos de sobrecustos.
Principais Projeções
- ICBMs (Sentinel): O custo projetado para mísseis balísticos intercontinentais totaliza US$ 140 bilhões, com o DoD respondendo por US$ 126 bilhões e o DOE por US$ 14 bilhões, um acréscimo de US$ 22 bilhões em relação à estimativa anterior.
- Bombardeiros: Os investimentos em bombardeiros nucleares somam US$ 65 bilhões — US$ 56 bilhões pelo DoD e US$ 9 bilhões pelo DOE —, um aumento modesto de US$ 2 bilhões comparado a 2023.
- Comando, Controle e Alerta: Modernização de sistemas de comando, controle, comunicações e alerta antecipado está estimada em US$ 129 bilhões, refletindo um aumento de 32% sobre o valor anterior.
Impulsionadores de Custo
O acréscimo de US$ 190 bilhões na estimativa se divide em duas partes: US$ 157 bilhões de novas verbas orçamentárias para programas já planejados e US$ 33 bilhões de possíveis custos adicionais acima do orçado, com base em tendências históricas de crescimento de gastos. A maior parte desse aumento orçamentário — cerca de 41% do total — se deve à modernização de sistemas de entrega de armas e laboratórios do DOE, incluindo fábricas de produção de ogivas nucleares.
Impactos Orçamentários e Políticos
O salto para US$ 946 bilhões desafia a meta do governo de elevar o orçamento de defesa para US$ 1 trilhão em 2026, especialmente em um contexto de tensões geopolíticas e tratados de controle de armas prestes a expirar. Daryl Kimball, da Arms Control Association, alerta que “os custos do programa de modernização estão disparando além de qualquer expectativa”. O CBO ressalta que o Congresso precisará decidir “quais forças nucleares os EUA devem manter no futuro e até que ponto modernizá-las”.
Reações e Perspectivas
Especialistas apontam que o sobrecusto do programa Sentinel — já estimado em 81% acima do orçamento inicial — pode crescer ainda mais, uma vez que o DoD reestruturou o programa após a submissão do orçamento de 2025. Enquanto isso, a indefinição sobre um novo tratado de controle de armas com Rússia e China contribui para a incerteza das diretrizes de política nuclear dos EUA.
Próximos Passos
O CBO estenderá sua análise em relatórios futuros, e o Congresso deverá avaliar cortes ou ajustes nos programas nucleares diante do desafio de equilibrar prioridades de defesa e pressão fiscal. Com a estimativa agora válida até 2034, a tomada de decisão legislativa sobre o tamanho e a composição da tríade nuclear se torna urgente.
Tá barato!!! Dá para gastar mais.
Isso não é gasto. É investimento. A economia dos EUA precisa disso.
O imposto pago pelos povo e pelo empresariado volta para a economia privada e por isso os EUA é o país que é.
Aqui no Brasil o imposto pago é surrupiado pelo Estado e migalhas são distribuídas para o povo miserável e ignorante se manter assim.
A ingenuidade deixa de existir quando impera a má fé !
Discordo!
Quando impera a má fé, travestida de virtude, a ingenuidade não só é mantida como estimulada afim de que os ingênuos sejam facilmente enganados.
Exceto o que for usado no desenvolvimento de novas tecnologias que possam ter uso dual, são gastos.
Ainda assim, sendo gastos para aquisição de bens e serviços, incluindo salários diretos e indiretos, mesmo sendo gastos irão impactar a economia, gerar PIB e consumo.
È preciso ter claro o que é gasto de custeio e o que é investimento.
Pense em uma padaria.. o padeiro paga o salário de um empregado que atende no balcão. È gasto e representa custo para o padeiro e o valor é incluído no preço do pãozinho, assim como que o padeiro gastou para comprar farinha.
O empregado irá pagar a escola do filho, comprar os medicamentos da mãe dele, comprar uma camisa nova, pagar o financiamento do carro, pagar água e energia e ainda vai pagar o supermercado onde ele compra comida, além de outros gastos.. talvez até guardar um pouquinho na poupança.
O valor que o empregado gastou em consumo também gerou empregos e a necessidade dos estabelecimentos a repor o estoque, gerando empregos e outros gastos em bens e serviços.
Portanto, gastos de custeio, sejam gastos públicos ou gastos privados, ambos impactam no crescimento do PIB
Uma conta simples… US$ 946 bilhões para 10 anos.. ou US$ 9,46 bilhões por ano… considerando que os EUA ainda 3700 bombas, são 2,5 milhões por ano por bomba, ou cerca de R$ 15 milhões, ou R$ 150 milhões para cada 10 bombas no arsenal.
Contudo, este valor é para a manutenção das bombas.. hoje, a Coria do Norte tem o menor arsenal nuclear, com algo entre 35~60 bombas, pode ser uma boa estimativa do que seria necessário. Assumindo 30 bombas, seriam um custo anual de manutenção de R$ 300 milhões.
Isso apenas para a manutenção.
A estimativa é que os EUA usam US$ 5 bilhões em 1945, isso seria um investimento de R$ 80 bilhões hoje, ou algo como R$ 500 bilhões.
Supondo que este valor foi dimensionado para uma superprodução de bombas, então adotando 10% isso significa um gasto inicial para a primeira boma de US$ 50 bilhões, ou o equivalente há de 2 anos de todo o gasto com defesa do Brasil
Supondo que o ProSub custo US$ 9 bilhões para construir 5 submarinos, dá para supor o custo de US$ 1 bilhão para a construçao de um submarino nuclera (ou R$ 6 bilhões).
Seria necessário ainda considerar o valor do desenvolvimento dos mísseis lançados pelos submarinos
Também seria necessário um esquadrão de aviões. A Alemanhã está pagano US$ 200 milhões por cada F35 com capacidade nuclera. Supondo um valor intermediário entre o Gripen e o F35 da Alemanha, á possível adotar um custo de US$ 1,5 bilhão, ou R$ 10 bilhões…
Sei lá… é uma estimativa para começar a discussão sobre o Brasil tem bombas nucleares.
946/10 =94,6 por ano ≠ 9,46
Acredito que foi somente o erro de posicionamento da vírgula
Opa… isso. Obrigado pela correção.
Talvez seja preciso corrigir os gastos, passando de US$ 15 milhões para R$ 150 milhões, Portanto R$ 1,5 bilhão para cada grupo de 10 bombas. Dai o custo anual para um arsenal de 30 bombar bai para R$ 6 bilhões por anos, mas caro que todo o programa Fx2 ou o suficiente -para adquirir uma frota nova de 50 Gripens..
Obrigado pela correção
Acho que os outros valores estão mais ou menos certo, sobre o custo de fabricar as bombas, os submarinos para lançar os mísseis e de um esquadrão de Gripens para lançar as bombas atômicas..
curioso o pessoal negativar esta estimativa… será que foi pelo erro na casa decimal, por discordas das contas ou pela decepção da dificuldade financeira do Brasil operar um arsenal nuclear?
Acho que consigo com essa grana reformar meu Fiat Tipo IE 1.6 94/95.
Sgtº Moreno
Na verdade a quantidade de ICBMs Sentinel é de 400 e não de 300. Fora os utilizados para exercícios, que passarão de 50 ao longo da vida útil prevista.
Os números de uma futura força nuclear americana mantendo o tratado START seriam mais ou menos assim:
12 SSBNs Columbía cada um com 16 SLBMs Trident II D5LE
198 SLBMs Trident II com 12500 km de alcance máximo (8000 km com carga máxima), e cada um podendo levar até 14 ogivas W76 ou até 8 ogivas W88
Um total de cerca de 1040 ogivas W76-1 (90Kt), W76-2 (5 Kt) e W88 (475 Kt)
45 bombardeiros B-52
15 bombardeiros B-21
1000 mísseis de cruzeiro LRSO lançado pelo B-52 e B-21 dotados de ogivas W80-4 (150 Kt) com alcance de cerca de 3000 km.
400 ICBMs Sentinel com 13000 km de alcance , cada um com 1 ogiva W78-1
400 ogivas W78-1 (475 Kt)
Cerca de 200 mísseis SLCM-N (alcance de cerca de 3000 km) lançados de tubos de torpedos dos submarinos Virginia
Cerca de 1000 bombas de queda livre B61-12 (50 Kt) e B61-13 (400 Kt) lançadas pelos B-21 e F-35A
Cerca de 600 caças F-35A dotados de capacidade nuclear (Bombas B61)
*ogiva W93 está sendo desenvolvida para o Trident II D5LE
–
Total de armas nucleares:
1040 + 400 + 1000+ 1000 + 200 = 3640 armas operacionais mais cerca de 1000 na reserva.
Casa da Moeda americana operando 24/7 pra imprimir montanhas de dolares.
Aí o cenourão vem com esse papo de tarifa , pois o cara sabe que a bomba fiscal está no colo.
A impressora XP não pode parar de imprimir moeda falsa sem lastro (dólar) se não o castelo de cartas desmonta.
Marcelo. O acordo Bretton Woods foi montado de tal forma que o dólar tinha lastro em ouro.e as demais moedas teriam lastro em dólar.
Contudo, a quantidade de ouro no mundo é limitada e o crescimento do comércio internacional demandava um aumento.da quantidade de dólares disponíveis para o pagamento das importados em todo o mundo e por todos os países.
. Por isso o dólar perdeu o lastro em ouro e passou a ser apenas um título de dívida ao portador. Isso. Acontece no mundo inteiro.. dólar, euro, iene, reais, pedido, libras.. são apenas títulos de dívida ao portador com valor de face.
Ga 50 anos o dólar deixou de ter lastro.. qualquer um pode comprar ouro no mercado ou títulos de depósito ouro em bancos.
O valor da moeda é negociado livremente nos países de cambio livre como o Brasil e no mercado secundário, também chamado mercado paralelo, onde a moeda tem valor fixo como em Cuba