EUA e China selam trégua tarifária e avançam em novo acordo comercial

Os Estados Unidos e a China chegaram a um acordo-quadro preliminar para avançar na redução e suspensão recíproca de tarifas, após negociações realizadas nos dias 9 e 10 de junho em Londres.
O entendimento prevê o congelamento das tarifas atualmente em vigor, com os EUA mantendo uma taxa de 55% sobre produtos chineses e a China preservando tarifas de 10% sobre produtos norte-americanos. Um dos pontos mais relevantes do acordo é a retomada do fornecimento chinês de terras raras, materiais estratégicos essenciais para setores como eletrônicos, defesa e tecnologia de ponta. Em contrapartida, os EUA concordaram em flexibilizar as restrições a vistos de estudantes chineses.
Além disso, o pacto aborda a flexibilização de restrições comerciais ligadas à exportação de semicondutores e minerais críticos, temas que estão no centro das disputas tecnológicas entre os dois países. As negociações, descritas como “honestas e profundas”, foram conduzidas pelo Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e pelo vice-premiê chinês, He Lifeng. Este acordo foi construído com base no “consenso de Genebra”, firmado em maio, que estabeleceu uma trégua tarifária de 90 dias.
O novo quadro ainda precisa ser formalmente aprovado pelo presidente Donald Trump e pelo líder chinês Xi Jinping para entrar em vigor. Embora a medida seja considerada um avanço, pontos sensíveis como as exportações de tecnologias avançadas e o controle sobre a cadeia de semicondutores permanecem sem detalhamento completo. O controle da China sobre as terras raras é visto como uma vantagem estratégica, especialmente diante das necessidades do setor de defesa dos Estados Unidos, e foi um dos elementos que pressionaram Washington a chegar a um acordo.
Apesar da relevância do pacto, analistas apontam que o entendimento representa mais uma reafirmação da trégua anterior do que um marco decisivo. Ainda assim, o acordo é considerado um passo significativo para a normalização das relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo, com impactos esperados nas cadeias produtivas globais e no equilíbrio geopolítico. Resta agora observar se as medidas acordadas serão efetivamente implementadas após os 90 dias de trégua previstos no entendimento atual.
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O sonho molhado dos gringos é a abertura total do mercado financeiro chines para eles, uma vez que controlando um mercado com 1 bilhão e meio de potenciais devedores dá para eles imprimir dinheiro até para comprar a via láctea se quiserem. Enquanto isso não vier, vão tentar se reindustrializar para se preparar para um confronto bélico com a China, em busca do “direito” deles de ter acesso a esse mercado fantástico de devedores. Pobre cidadão chinês ….. de um lado controlado e explorado por um partido político que depende da pobreza dos mesmos para continuar a existir, e do outro almejado por um sistema financeiro que está doido para endividá-los para o lucro deles. Qual dos dois é menos pior????
https://www.worldbank.org/en/news/press-release/2022/04/01/lifting-800-million-people-out-of-poverty-new-report-looks-at-lessons-from-china-s-experience
Todo o barulho e no fim teve um acordo. Tanto dinheiro foi ganho e perdido nessas movimentações. Resta rastrear e descobrir que certas pessoas estavam sempre no lado ganhador desta turbulência…
Os amigos dos amigos…
Tudo para ficar como estava.. como na história do bode na sala.
Eu ainda tenho dificuldade para entender estes primeiros meses de Trump.. minha hipótese é que existe uma estratégia do caos.
Criando o caos, fica possível obter alguma vantagem de curto prazo.. eu só não sei dizer quais seriam estas vantagens. até agora praticamente tudo foi um giro de 360 graus;
A história do bode na prática.. talvez seja isto.. criar uma sensação de crise para retornar ao comum, criando uma espécie de truque com espelhos para sugerir que a administração de Trump é pró-ativa., em contraposição ao que teria sido a administração de Biden..
seria uma estratégia de olhar pelo retrovisor. contudo, é uma estratégia de movimento permanente. Pouco importa o resultado, mas é preciso manter o movimento..,
há uma euforia inicial.. depois uma sensação de fadiga.
é preciso aproveitar a fase de euforia
Uma guerra também ajuda a inflar a euforia.
Mesmo se voltar ao que era antes desse oba oba tudo não ficará como estava, esse processo acelerou a desdolarizacao. Em 2018 só 47% das transações dos bricks eram fora do dólar, agora já chega a mais de 70%
Tirando a China e India, BRICS é um grupo de falidos morto de fome.
Na época da fundação acreditavam que Russia e Brasil decolariam, ambos estão ficando para trás por motivos diversos.
Olá C.
Vocẽ encontrará alguns comentários meus sobre o processo de substituição do dólar a partir da aplicação de sanções sobre as reservas da Venezuela e a transferência da administração dos valores depositados em bancos no EUA e reservas de ouro em bancos ingleses para Guaidó.
Comentei que me parecia abusivo e ao colocar o dólar como meio de exercício de politica externa, a neutralidade do dolar ficava abalada
Quando os EUA excluíram a Rússia do sistema de pagamentos com dolar, voltei a cometar que o processo de substituição do dolar seria acelerado.
Há poucos meses, comentei que após o Brasil e a China adotarem um convênio para usaram suas moedas nacionais, o sistema mundial seria baseado em 4 sistemas de pagamento 1) dolar nas transações com os EUA ou com países com superávit com os EUA, 2) euro com países europeus, 3) moeda dos BRICS nas transações entre países do grupo e 4) uso de moedas nacionais a partir de acordos bilateriais.
O Brasil será bastante beneficiado por ter a possibilidade de escolher qualquer um dos quatro sistemas. Acho difícil que a Russia volte a usar o dolar e curto ou médio prazo. parece que eles se adaptaram a usar os outros sistemas e a partir do lançamento da moeda dos BRICS, o uso do dolar será desnecessário.. estou curioso sobre quando a Russia terá acesso ás suas reservas que estão congeladas em bancos ocidentais.
No final das contas China criou uma simbiose com os EUA que se esses tentarem qualquer ação são automaticamente afetados.
Resumo, China gerou mais impacto nos EUA do que URSS nunca conseguiu.
Donald trump arregou?! Não acredito nisso…
TACO.