MBDA celebra produção do 2.000º míssil MISTRAL 3 com aumento nas encomendas europeias

Paris, julho de 2025 – O fabricante europeu de mísseis MBDA atingiu um marco significativo ao entregar seu 2.000º míssil MISTRAL 3, destacando tanto a crescente popularidade do sistema quanto a capacidade ampliada de produção da empresa em meio ao aumento global da demanda por sistemas modernos de defesa aérea.
Para celebrar o feito, a MBDA realizou uma cerimônia especial com a presença de representantes da Direção Geral de Armamento (DGA) da França e da unidade de Simulação e Prontidão Operacional do Exército Francês (SIMu), ocasião em que foi apresentado um mockup do versátil míssil.
O MISTRAL 3, a versão mais recente de uma família de mísseis lançada no início da década de 1990, provou ser altamente adaptável às ameaças modernas do campo de batalha. Projetado como um sistema de Defesa Aérea de Muito Curto Alcance (VSHORAD), o MISTRAL 3 opera no modo “dispare e esqueça” e possui alta manobrabilidade e velocidade supersônica, permitindo a interceptação rápida de uma ampla gama de ameaças aéreas, incluindo aviões, helicópteros, drones, mísseis de cruzeiro, embarcações rápidas de ataque costeiro (FIAC) e munições loitering.
“Alcançar a marca do 2.000º míssil MISTRAL 3 produzido demonstra a sólida capacidade da MBDA em ampliar a produção para atender à crescente demanda dos mercados de defesa europeus e globais”, afirmou a empresa em comunicado. Graças a investimentos significativos desde 2022, a MBDA quadruplicou sua capacidade de produção do MISTRAL.
As capacidades do míssil foram validadas em operações de combate e o posicionaram como peça-chave na cooperação europeia em defesa. No âmbito do Ato Europeu de Reforço da Indústria de Defesa por Meio de Compras Comuns (EDIRPA), nove nações europeias deverão adquirir um total de 1.500 mísseis MISTRAL 3 por meio da DGA, fortalecendo a defesa aérea integrada da Europa e contribuindo para os esforços mais amplos de rearmamento no continente.
Esse marco reflete não apenas a resiliência tecnológica do míssil, mas também o papel cada vez maior da MBDA como um ator fundamental para garantir a prontidão de defesa da Europa diante dos desafios de segurança em constante evolução.
Eficiente mas caro pra diabo.
É mais caro que um RBS 70?
O CFN tem desses, não sei se na mesma variante. Seria interessante para MB com os lançadores Simbad que lançam esses mísseis, para dar uma capacidade de defesa de ponto para meios como o Atlântico é padronizar armamento com o CFN.
Da 4 ou 5 vezes o preço do rbs 70. Espanha fez uma aquisição recente
O RBS70 NG é mais caro que o sistema da MBDA…
Nao pelos valores que pagamos. Compara com o contrato recente da Espanha. O mistral segue a tradição francesa: bom e caro.
Sistema por sistema, o Mistral é mais barato que o RBS70NG… Mas são valores próximos. Não tem essa de 4 ou 5 vezes. É questão de algumas centenas de milhares de dólares.
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O contrato da Espanha envolve um punhado de coisas, haja visto que a Espanha já empregava o Mistral. Dentro disto, o contrato contemplou modernização de muita coisa que eles já tinham e integração com plataformas veículares.
Em geral mísseis dotados de “seeker” são mais caros que mísseis guiados por comando via RF ou por laser traseiro (LBR).
Só como exemplo o custo de um TOW é no máximo de 70.000 dólares já o custo de um Javelin é de 250.000 dólares.
Pergunta direcionada ao Bosco!
Qual sistema mais eficiente, RBS 70, Mistral 3 ou o Starstreak?
Gilson,
Pergunta complicada. rsss
Em que pese as diferenças entre eles, o Starstreak e o RBS 70 são guiados por laser (LBR) operando no modo “atire e siga” e o Mistral é guiado por uma cabeça de busca infravermelha operando no modo “atire e esqueça” e me sentiria confortável com qualquer um dos três.
Em tese o sistema LBR é mais resistente às contramedidas mas a cabeça de busca térmica atingiu um alto nível de desenvolvimento e são hoje bem resistentes às contramedidas infravermelhas.
Todos os 3 possuem como padrão um sistema de aquisição de alvos térmicos que os capacitam a operar de noite e estão montados em “pedestais” .
O seguimento de alvos pelos sistemas de aquisição de alvos dos mísseis Starstreak e RBS-70 NG são automáticos (autotracking) o que facilita a operação , compensando um pouco o fato deles não serem do tipo “fire and forget”.
*Se fosse colocado na parede e obrigado a ter que escolher, rssss, eu escolheria o Mistral.
Um abraço.
Banquinho da praça.