China nega ter fornecido sistemas de defesa aérea ao Irã após conflito com Israel

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HQ-9B

Sistema de Defesa Aérea HQ-9B da China

A China negou ter transferido sistemas de defesa aérea para o Irã após os ataques israelenses ocorridos no mês passado. A declaração foi feita em resposta a uma reportagem do Middle East Eye, plataforma sediada no Reino Unido, que citou um funcionário árabe afirmando que equipamentos chineses teriam sido enviados ao Irã após o país firmar um cessar-fogo com Israel.

Segundo essa reportagem, a China — principal compradora do petróleo iraniano — teria recebido pagamento na forma de carregamentos de petróleo, embora o número exato de sistemas de mísseis superfície-ar supostamente enviados ao Irã não tenha sido especificado.

A Embaixada da China em Israel desmentiu a informação ao jornal Israel Hayom, afirmando que Pequim “nunca exporta armas para países envolvidos em conflitos armados” e que mantém rígidos controles sobre produtos de uso dual.

Em nota, a China reiterou que “se opõe firmemente à proliferação de armas de destruição em massa e seus sistemas de entrega”, e que continua aprimorando seus mecanismos de fiscalização para conter a disseminação desse tipo de armamento. O Ministério da Defesa chinês também foi procurado, mas ainda não comentou o assunto.

O conflito de 12 dias começou após Israel atacar instalações nucleares, comandantes militares e cientistas iranianos. Apesar de ambos os lados terem declarado vitória após o cessar-fogo mediado por Catar e Estados Unidos, acredita-se que o Irã tenha sofrido pesadas perdas em seus estoques de mísseis balísticos e lançadores.

Israel afirmou ter destruído mais da metade dos cerca de 400 lançadores que o Irã possuía antes do conflito, além de estimar que Teerã tinha entre 2.000 e 2.500 mísseis balísticos no início da guerra, dos quais cerca de 500 foram usados. Entretanto, Tel Aviv alerta que o Irã está “avançando rapidamente para uma estratégia de produção em massa”, o que poderia multiplicar seu arsenal nos próximos anos.

Pequim, embora tenha condenado o ataque inicial de Israel e oferecido um papel “construtivo” nos esforços de paz, evitou envolvimento direto no conflito. Analistas apontam que o episódio evidencia os limites da influência chinesa e sua cautela em fornecer apoio militar direto ao Irã, apesar de ambos manterem exercícios navais regulares com a Rússia, sendo o último realizado em março.

FONTE: South China Morning Post

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José Joaquim da Silva Santos
José Joaquim da Silva Santos
12 horas atrás

Estão certíssimos em negar. EUA tbm negou que ajudou Israel na primeira semana. Pau que dá em Chico dá em Francisco.

Douglas
Douglas
11 horas atrás

Qual problema? Cada um ajuda seus “amigos”. Todo mundo faz o mesmo, mas só um lado pode pela lógica da maioria… Mas só para lembrar, teve um comandante brasileiro que falou que Irã e Israel estavam empate, o mesmo criticou Trump de intervir no Brasil e não falou do mesmo que nosso presidente fez na Argentina a visitar Cristina.

Macgaren
Macgaren
11 horas atrás

E magicamente um sistema similar vai aparecer no Irã.

Lembrando que a China falou que não estava ajudando a russia contra a ucrania.

Mimetaster
Mimetaster
Responder para  Macgaren
10 horas atrás

Os EUA disseram que não ajudavam Israel no começo do conflito com o Irã.

Macgaren
Macgaren
Responder para  Mimetaster
6 horas atrás

Eles não atacaram com caças americanos?

Não entendi a surpresa ai.

Carlos Pietro
Carlos Pietro
7 horas atrás

Uma pergunta de leigo, este canhão giratório, poderia ser instalado no Atlântico, da Marinha do Brasil?