Exército Brasileiro integra sistema antidrone nacional ao SISFRON

Brasília (DF) – Em um contexto global marcado por transformações tecnológicas aceleradas e ameaças assimétricas cada vez mais sofisticadas, o Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército (CCOMGEX) segue fortalecendo a capacidade do Exército Brasileiro. No mês de junho, foi realizada, no Forte Marechal Rondon, em Brasília, a entrega e capacitação do novo Sistema Antidrone SCE 0100, tecnologia de ponta integrada ao Projeto SAD/SISFRON, com impacto direto na proteção de tropas e infraestruturas críticas.
A atividade contou com a participação de representantes do 1º Batalhão de Guerra Eletrônica (1º BGE), do Centro de Instrução de Guerra Eletrônica (CIGE), de um engenheiro da Organização Brasileira para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Controle do Espaço Aéreo (CTCEA), além da equipe técnica da empresa responsável pelo sistema, que conduziu uma apresentação detalhada do equipamento e orientou os militares para sua operação segura e eficaz.
Tecnologia de Defesa Contra SARP
Os sistemas antidrone são projetados para neutralizar os Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARPs). Um dos principais mecanismos empregados é o bloqueio de radiofrequência (jamming), que interrompe a comunicação entre o drone e seu operador, podendo forçar seu pouso controlado ou retorno automático ao ponto de origem do equipamento. O sistema opera por meio de bloqueadores de radiofrequência de forma precisa e eficaz, garantindo a segurança de áreas sensíveis, instalações militares e tropas em movimento. Essa nova camada de proteção torna-se ainda mais relevante diante do crescente uso de drones em ações cinéticas e não cinéticas.
Ganho em Prontidão Operacional e Resposta Imediata
A incorporação do Sistema Antidrone SCE 0100 ao SISFRON representa um avanço significativo para o Exército Brasileiro, reforçando a proteção de estruturas estratégicas, a segurança da tropa e a prontidão tecnológica. Desenvolvido por empresa da Base Industrial de Defesa (BID), o sistema oferece neutralização eficaz e resposta adaptável a ameaças emergentes, inclusive de equipamentos de baixo custo e alta mobilidade. Durante a capacitação, os militares simularam diferentes cenários de interceptação, demonstrando na prática sua eficácia e potencial de integração ao sistema de comando e controle.
O uso de uma solução nacional reforça a autonomia tecnológica do Brasil, fortalece a Base Industrial de Defesa e contribui diretamente para a soberania e segurança do país.
Mais do que equipamentos: conhecimento e preparo
A entrega do Sistema Antidrone também reforça o papel dos Projetos SAD/SISFRON como um vetor de inovação dentro do Portfólio Estratégico do Exército. Mais do que fornecer tecnologia de ponta, os projetos promovem o assessoramento técnico, capacitação especializada e suporte contínuo, garantindo que cada entrega esteja acompanhada de conhecimento aplicado e domínio operacional.
FONTE: Agência Verde-Oliva/CCOMSEx
“(…) a entrega e capacitação do novo Sistema Antidrone SCE 0100, tecnologia de ponta integrada ao Projeto SAD/SISFRON, com impacto direto na proteção de tropas e infraestruturas críticas.”
Bem, pelo menos UMA coisa o EB aprendeu e implementou ao olhar pro conflito russo-ucraniano…
Que ótimo que finalmente esse tipo de sistema está sendo implementado, e melhor ainda de que isso é tecnologia nacional.
Tomara que esse tipo de sistema se multiplique em instalações das FA’s.
Excelente noticia, importante “comeco”. Agora deveria se iniciar um investimento pesado para aprimoramento com testes macicos de saturacao e alcance.
Bom,o primeiro passo com equipamento antidrone já foi feito.
Agora é a parte onde o EB pode começar a treinar operadores para drones FPV com explosivos… Muito barato e poupa a vida de soldados na linha de frente.
Boa noticia e um passo importante.
Porém com sistemas de IA sendo difundidos em ritmo acelerado, drones dirigidos por IA também se tornarão comuns num futuro próximo. E contra estes drones o jamming será ineficaz, por isto é importante também desenvolver em paralelo outras formas de abate de drones.
Por acaso hoje é aniversário da IACIT, parabains!
O sistema opera em múltiplas frequências de 20Mhz a 6Ghz, potência 1,10,50 e 100w permite modulação da onda e instalação de antenas direcionais (maior alcance menor suscetibilidade a detecção para uma mesma potência).
A PF acabou adquirindo um sistema israelense pra esse fim por meio de Ata de Registro de Preços:
https://www.metropoles.com/colunas/paulo-cappelli/pf-recebe-sistema-antidrone-comprado-de-israel-por-r-59-milhoes
Se fosse japonês o nome do equipamento seria Takaro.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK