Exército Brasileiro amplia a defesa antiaérea com novo Grupo de Artilharia Antiaérea em Jundiaí

Jundiaí – O Exército Brasileiro deu um passo estratégico rumo ao fortalecimento de sua capacidade de defesa antiaérea com a transformação do 12º Grupo de Artilharia de Campanha (12º GAC) em 12º Grupo de Artilharia Antiaérea (12º GAAAe). A solenidade militar foi realizada em 15 de julho de 2025, em Jundiaí (SP), com a presença do General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, Comandante do Exército.
Capacidade ampliada e novo armamento
O 12º GAAAe iniciará suas atividades equipado com sistemas de defesa de baixa altura transferidos do 2º GAAAe (Praia Grande-SP). No médio prazo, a unidade será dotada com baterias de mísseis de médio alcance, ampliando significativamente o volume e o alcance da proteção contra ameaças aeroespaciais. A medida está em consonância com o Plano Estratégico do Exército (PEEx 2024-2027) e com a Estratégia Militar Terrestre (EMT), com foco na dissuasão e na pronta resposta a ameaças contemporâneas.
Nova subordinação e integração sistêmica
Com a transformação, a unidade passa a integrar o Comando de Defesa Antiaérea do Exército (Cmdo DAAe Ex), somando-se aos demais grupos especializados na missão de proteger estruturas estratégicas e garantir a soberania nacional. Além disso, foi criada a Companhia de Comunicações de Defesa Antiaérea (Cia Com DAAe), inaugurada em 15 de maio, com foco na modernização do sistema de Comando e Controle, interoperabilidade e eficiência nas operações conjuntas.
Cerimônia e manutenção das tradições
A programação da solenidade incluiu a entrega do Estandarte Histórico do 12º GAC ao Cmdo DAAe Ex, a inauguração da nova fachada do 12º GAAAe e uma exposição de sistemas antiaéreos. Apesar da mudança, permanecem ativos o Curso de Formação e Graduação de Sargentos (CFGS) e os serviços regionais, preservando os 105 anos de história do tradicional “Grupo Barão de Jundiahy”.
Compromisso com a soberania nacional
Ao ampliar sua capacidade operacional, o Exército reforça sua postura dissuasória frente à evolução do poder aeroespacial mundial, evidenciada em conflitos atuais. A nova estrutura contribuirá diretamente para a defesa do território e da infraestrutura estratégica brasileira, elevando a prontidão operacional da Força Terrestre.
FONTE: Agência Verde-Oliva/CCOMSEx
Excelente notícia e sabia decisão…como as brigadas próximas (12 brigada e a 11 brigada) já tem seus GAC próprios e a segunda divisão não tem uma artilharia divisionária essa OM estava subutilizada no meu ponto de vista…
Penso o contrário. Aposentamos os Bofors L70 e Oerlikon de 35mm, e até onde sei, os Igla mais antigos (SA-18) também foram retirados de serviço, ficando só com algumas dezenas de lançadores de Igla-S e RBS 70, além dos Gepard.
A doutrina do EB determina que cada grupo de artilharia antiaérea deve ser composto por 3 baterias, cada uma com 3 ou 4 seções, cada seção com 3 lançadores (se for de RBS 70) ou 4 lançadores (se for de Igla). Considerando a necessidade mínima, cada Grupo precisaria ter 27 lançadores de RBS 70, o que deve representar algo próximo de 50% do número de lançadores que temos hoje.
Em outras palavras, não há sequer material para completar a dotação doutrinária dos 6 grupos e 7 baterias orgânicas de brigada atuais.
Estamos perdendo a oportunidade de nos livrarmos de uma unidade que custa para ser mantida e que não vai acrescentar nada à defesa AA.
Voce tem razao. Deve haver hoje algo em torno de 25 lançadores RBS 70 e aproximadamente 100 misseis ou pouco menos. Os igla nao sao mais de 150. So para os 6 grupos ja seriam necessarios pelo menos 54 lançadores rbs.
Das baterias de brigadas, 5 operam tambem com misseis sendo que pelo menos 3 operam o RBS 70. Ja seriam.ao menos mais 9.
Temos 1/3 da dotação de RBS 70 necessaria e 1/2 da de iglas.
A conversao do 12 ja era esperada para ser o operador do sistema AA de média altura/alcance. Mas não há perspectiva de que venha ser adquirido nos proximos anos. Nao há sentido converter a OM, retirar- lhe utilidade como GAC, e nao lhe dar utilidade concreta como GAAEx.
Esta conversão parece um tanto açodada.
“…No médio prazo, a unidade será dotada com baterias de mísseis de médio alcance…” ….Se isso se concretizar não perde em nada, entenda que desativar OM não vai fazer sobrar dinheiro para programas…são pastas diferentes.
Agora só falta comprar o material
Calma, tão rápido assim, espera mais uns anos de grupos de estudos, análises intermináveis, etc etc etc, pra encomendar 100 e receber 20.
Você é bem otimista.
O último estudo para a aquisição de material AAer resultou na compra de 9 lançadores RBS-70NG.
Pois é, infelizmente a realidade é dura.
Sistema de guerra eletrônica cadê você ??
Agora me bateu uma dúvida:
Já não existe um 12º GAAAe em Manaus/AM??
Tudo bem que é denominado Grupo de Artilharia Antiaérea de Selva….
Mas poderiam utilizar nesse novo grupo uma outra nomenclatura……do 5° até o 10° estariam todos disponíveis……ou talvêz fizeram assim para manter o histórico??
A principio não se utilizam os mesmos numeros. Um terá que mudar
nomes e algarismos não nos falta.
Qualquer coisa diferente de cortar uns 80 mil do EB será só enxugar gelo ou tentar manter uma doutrina.
Aproveitando o assunto sobre o EB,já foi entregue a primeira unidade dos doze helicópteros Black hawk comprados ano passado?
Importante lembrar que o 12º GAC operava peças rebocadas 155mm. Isto revela que o obuseiro M114 155 mm já começou a desativado. O EB chegou a operar cerca de 90 peças M114.
Caro RDX, parece que o problema se estende aos obuseiros 105mm também…alguns GAC receberam pelo menos uma bateria de Morteiros 120mm para complementar a falta de peças…o mundo inteiro está investindo em equipamento militar e o governo brasileiro remando contra correnteza, tá que só corta a verba.