Alemanha prepara encomendas bilionárias de armamentos e veículos militares até o fim de 2025

Boxer
O governo alemão está se preparando para submeter ao parlamento mais de 60 propostas de compras militares até o final deste ano, como parte de seu ambicioso plano de reforço das forças armadas. A iniciativa inclui a aquisição de cerca de 20 caças Eurofighter, até 3.000 blindados Boxer e cerca de 3.500 veículos de combate de infantaria Patria.
Segundo fontes citadas pela Reuters, o pedido pelos 20 caças Eurofighter custará entre € 4 e 5 bilhões, enquanto os Boxer representam cerca de € 10 bilhões, e os veículos Patria totalizam aproximadamente € 7 bilhões. Esses investimentos fazem parte da estratégia do chanceler Friedrich Merz de transformar a Alemanha na principal potência militar convencional da Europa, reduzindo a dependência dos Estados Unidos e assumindo maior responsabilidade própria em segurança regional.
Orçamento e reformulações financeiras
Para financiar esse amplo programa, o plano orçamentário de 2026 inclui recordes de investimento: € 126,7 bilhões em investimentos e € 174,3 bilhões em endividamento — valor três vezes superior ao permitido pelas regras anteriores da “freio de dívida” alemã. O orçamento de defesa deverá ultrapassar os € 83 bilhões em 2026 e alcançar cerca de € 162 bilhões até 2029, o que representará 3,5% do PIB — meta exigida pela OTAN.
Além do apoio do Bundestag, foi aprovada uma emenda constitucional permitindo a exclusão dos gastos de defesa do limite legal de endividamento, viabilizando os fundos destinados ao rearmamento.
Diversificação tecnológica
O plano de aquisição vai além dos grandes sistemas: o ministério da Defesa também acelera a compra de sistemas de defesa aérea IRIS-T e centenas de plataformas de defesa contra drones (SkyRanger), embora os custos ainda não tenham sido totalmente finalizados
Para dar suporte a essas aquisições e acelerar o processo de compras, um projeto de lei tramita no parlamento com regras mais enxutas para licitações de defesa, incluindo facilitação de pagamentos adiantados a empresas inovadoras, principalmente europeias. O ministro da Defesa, Boris Pistorius, já convocou a indústria a ampliar a produção para atender à crescente demanda.
Entregas e projeção a longo prazo

A previsão é que os novos caças, blindados e demais veículos sejam entregues ao longo da próxima década. O programa prevê a integração de até 2.500 unidades do Boxer em várias configurações operacionais, o que inclui torres de defesa aérea Skyranger 30, módulos de apoio logístico, veículos de observação e guerra eletrônica.
Merz já se comprometeu a cumprir a meta da OTAN de 3,5% do PIB em defesa já em 2029, indicando uma reversão total da política de austeridade anterior e uma resposta clara à ameaça da Rússia e à instabilidade na confiança militar europeia.
Resumo dos principais pontos do plano alemão de defesa:
Item | Quantidade/Meta | Custo estimado |
---|---|---|
Caças Eurofighter | 20 unidades | € 4–5 bilhões |
Veículos Boxer | Até 3.000 unidades | € 10 bilhões |
Veículos Patria | Até 3.500 unidades | € 7 bilhões |
Defesa aérea adicional | IRIS-T e SkyRanger | Custos ainda em revisão |
Orçamento de defesa | € 83 bi (2026) → € 162 bi (2029) | Até 3,5% do PIB em gasto militar |
Com esse movimento, a Alemanha alinha-se a uma nova postura estratégica de autossuficiência em defesa, reforçando-se diante de um cenário geopolítico cada vez mais incerto e pressionada pela necessidade de proteger a soberania europeia.
O Boxer é muito bonito,pena não termos bala na agulha para adquirir essa joia alemã “sehr, sehr teuer”…
Tudo que ele faz o Guarani faz também. Mano, aquisições militares não são iguais a cartas de super trunfo que você só vai pegando. Tem muita coisa boa e bonita por ai que não nos serve ou já estamos supridos e não haveria necessidade de comprar.
Aquele torre da segunda imagem seria um bom escopo de projeto que poderíamos ter, tendo em vista a recente necessidade explanada pelo EB de um veículo AA de curto e médio alcance, com os fabricantes nacionais podendo desenvolver algo parecido, mas não há necessidade de termos o Boxer.
Não faz, o Boxer tem o dobro do peso, portanto é muito mais blindado
Faz sim, pois o Guarani pode receber kits extras de proteção
São de categorias diferentes.
O Guarani é 6×6 e pesa cerca de 16 toneladas.
A Alemanha pretende adquirir 3.500 Patria 6×6
Esse sim tem peso entre 15 toneladas e 20 e poucas toneladas e é anfíbio.
Tanto o Guarani como o Patria possuem proteção STANAG 2
e podem receber kits adicionais elevando para STANAG 4.
A verão APC do Patria 6×6 tem custo de cerca de U$ 1 mi.
O Guarani 6×6 também, cerca de U$ 1 mi.
Já o Boxer versão APC tem custo em cerca de U$ 4 e U$ 5 mi.
O Boxer tem peso entre 30 e poucas toneladas e mais de 40 toneladas.
É muito mais pesado que o Guarani e seu nível de proteção é STANAG 6, algo inatingível pelo Guarani, mesmo com kits de proteção extra.
Por serem de categorias diferentes em termos de porte, peso e proteção blindada, é um dos motivos da Alemanha TAMBÉM querer o Patria 6×6 finlandês.
Se fossem equivalentes a Alemanha compraria somente o Boxer.
O “problema” nem seria essa maior blindagem, o problema do nosso é muito mais grave e se chama iveco, esse é nosso calcanhar de aquiles, quem conhece sabe do a que me refiro.
Olá a todos.
Seriam veículos Pátria ou Puma? Fiquei confuso.
Puma é um IFV sobre esteira. Pelo que li a Alemanha já tem 350 e está recebendo um lote de +50. Nestes novos planos parece que eles pretendem adquirir outro lote de +400, o que vai totalizar 800 Puma.
Mas o Patria também. O Patria é sobre Rodas, é 6×6, é um blindado anfíbio, semelhante ao nosso Guarani.
Algumas fontes citam que a Alemanha quer 4.000 Patria de várias versões e outras falam em 3.500
Pelo que li a Alemanha pretende encomendar cerca de 10.000 blindados sobre lagartas e sobre rodas.
Serão cerca de:
1.000 Leopard 2A8 MBT (sobre lagartas);
500 veículos de suporte baseados em tanque (sobre lagartas);
400 PUMA IFV (sobre lagartas);
2.500 Boxer (8×8 sobre rodas);
3.500 ou 4.000 Patria (6×6 sobre rodas);
1.000 Piranha V (6×6 sobre rodas);
O mundo inteiro aumentando seus orçamentos militares, enquanto na República da Democracia relativa, cortes e mais cortes. Brasil, um museu de novidades
Esperar o que de um país historicamente corrupto em seus representantes públicos (um ralo gigantesco), forças armadas deitadas em berço esplêndido, com seus efetivos inchados e sem representação, um povo movido a lei de Gerson….etc e etc. Se parar pra pensar, só sobra a terra maravilhosa.
Que em vários locais, nem pertence mais aos Brasileiros…
Austeridade e liberalismo, simples assim. Enquanto tratarem o investimento público com aversão, praticamente destruindo a capacidade do estado de desenvolver o país, teremos de apenas ver e ficar chupando o dedo, torcendo para que os “problemas” se limitem as chantagens de homens laranja com tendências kamikaze.
O problema não é o investimento público em si, mas a forma como é feito. Projetos duvidosos, Tots absurdas, cerimônias, grupos de estudos que saem do nada para lugar algum…
O Brasil é um dos países em desenvolvimento que mais gastos tem. Nossos gastos são em previdência e serviços da dívida.
O governo fecha todo ano com deficits e você vem me falar em “austeridade”!
O problema não é o investimento público. O problema é que tem funças administrando as verbas.
Em democratas ou ditaduras relativas, a aquisição de equipamentos militares depende da vontade dos policiais e militares.
por aqui nem um dos dois grupos tem a mínima vontade para isso, um porque não não vê ganho político, o outro porque não quer ter trabalho e aí fica nessa situação. Vexaminosa.
quanto mais novo o material, menos trabalho…
162 bilhões de euros em 2029, uns 10-12% do Pib brasileiro de 2024, uma conta impossível para nós.