Senado

A involução nos investimentos e nos repasses públicos e o consequente impacto na capacidade de defesa nacional mostram que as Forças Armadas e a base industrial de defesa precisam de previsibilidade orçamentária. A afirmativa embasou a audiência pública sobre proposta de emenda à Constituição que destina anualmente pelo menos 2% do produto interno bruto (PIB) para o Ministério da Defesa. O debate foi promovido pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) nesta terça-feira (9).

A PEC 55/2023 prevê que um mínimo de 35% dos gastos opcionais em defesa seja aplicado em projetos estratégicos para esse segmento da indústria brasileira, como em armamentos, veículos e tecnologias. De acordo com o Portal da Transparência, o Ministério da Defesa registrou, em 2024, R$ 112,25 bilhões em despesas pagas.

Autor da PEC, o senador Carlos Portinho (PL-RJ) disse que “temos visto um desinvestimento”, porque o orçamento para a defesa vem sofrendo cortes sucessivos e isso “não é exclusividade desse governo, já vem de longa data”.

— Mais até do que o valor do orçamento, o que essa proposta quer trazer e coloca em discussão é que haja uma previsibilidade orçamentária. Não é possível que o país desenvolva tecnologia, a sua indústria de defesa, construção de submarinos, embarcações, compra de aviões, sem que haja um mínimo de previsão no orçamento — disse o senador.

Portinho afirmou ainda que com potencial de defesa, se inibe que outras nações tenham outros interesses, que não a paz com o Brasil. O senador enfatizou que é preciso permitir que as nossas Força Armadas se planejem.

— Além do mais, há a possibilidade de a gente desenvolver novos produtos. A gente vê o mundo em guerra, a gente vê os drones. A guerra hoje na Ucrânia já evoluiu, é uma guerra de drones, e o Brasil podia estar liderando, porque nós temos conhecimento, nós temos uma indústria de defesa — complementou.

Por ser uma proposta de Estado, a relatoria da PEC, em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), foi concedida ao líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), que salientou que “a situação no cenário em que está, não pode continuar”.

— Nós temos, e isso não é uma questão de governo, mas uma questão de Estado brasileiro, uma continuada desvalorização dos recursos destinados a nossas Forças Armadas. Isso vem, pelo menos, desde os anos 1990, e tivemos um aprofundamento nos últimos anos. […] Estamos diante de uma circunstância colocada atualmente. Temos de deter a acentuada desvalorização, o sucateamento, a perda de recurso das nossas Forças Armadas, sobretudo porque estamos em um mundo cada vez mais belicoso — afirmou Randolfe.

Assim como os senadores Chico Rodrigues (PSB-RR) e Sergio Moro (União-PR), o senador Jorge Seif (PL-SC) declarou apoio à PEC. Ele afirmou que a proposta é uma decisão estratégica para a soberania e segurança nacional. Seif afirmou que, em 2023, o Brasil investiu 0,8% do PIB, enquanto a média global gira em torno de 1,98% do PIB.

— Cuidar do nosso território exige Forças Armadas modernas, equipadas e respeitadas. Fortalecer o orçamento das nossas Forças Armadas é acima de tudo respeito a esses homens e mulheres que cuidam especialmente das nossas fronteiras. […] Investir em defesa é investir em liberdade, paz e desenvolvimento — afirmou Seif.

General da reserva, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou que nos últimos 30 anos as Forças Armadas têm vivido com muitas dificuldades.

— Faz parte da nossa visão estratégica a dissuasão, e dissuasão só existe se tivermos uma Força Armada devidamente equipada e adestrada. A dissuasão é fundamental para um país como o nosso, que não pretende projetar poder fora de nossas fronteiras, mas não pode admitir que essas fronteiras, sejam elas marítimas, aéreas ou terrestres, sejam violadas — expôs Mourão.

Para o senador Esperidão Amin (PP-SC), não tem cabimento um país como o Brasil não honrar os compromissos a médio e longo prazo com a defesa nacional.

— Resultado, as três Forças Armadas convivem hoje com expectativas complicadas. […] Essa reunião tem que apontar sim os riscos que estamos correndo, tanto em termos de Marinha, Aeronáutica e de Exército. […] O governo de plantão tem o compromisso de conduzir o seu turno com a informação das consequências de sua negligência, de sua desatenção ou de seu desvelamento da realidade — disse Amin.

Marinha

Com 7,5 mil quilômetros de litoral, o Brasil enfrenta ameaças ao longo da costa brasileira, com casos já registrados de sombreamento dos cabos marítimos (ameaça de interrupção), incidentes de poluição hídrica e trajetória de navio militar estrangeiro na costa. Para o Almirante de Esquadra Alexandre Rabello de Faria, diretor-geral de desenvolvimento nuclear e tecnológico da Marinha, hoje, “a nossa capacidade de defender o país em mundo cada vez mais conflituoso é questionável”.

— Por isso, nós saudamos essa PEC, que visa a defesa nacional, mas também uma visão muito importante e muito apropriada que é o desenvolvimento da nossa indústria de defesa e consolidação das nossas empresas no setor.

Para o almirante, o Brasil está destoante da realidade mundial, principalmente por ser um país, do ponto de vista econômico, muito importante no cenário global.

— Essas coisas, a meu ver, estão um pouco dissociadas, infelizmente. […] No caso do Marinha, nós tivemos, nos últimos dez anos, uma involução de orçamento de 62%. Isso traz consequências. E a consequência imediata é a redução da nossa quantidade de meios para defender o país.

Aeronáutica

A primeira grande consequência de ter investimento aquém do necessário para a manutenção da capacidade operativa é, segundo o chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do Ar Walcyr Josué de Castilho Araújo, a diminuição abrupta de 40%, nos últimos dez anos, da quantidade de aeronaves em condições de operar.

— Outra coisa é a quantidade de horas de voos que a Força Aérea voa anualmente. Nosso esforço aéreo, nós reduzimos ao longo desses dez anos em praticamente 50%. Na medida que temos menos recursos, nós não conseguimos voar essa quantidade de horas e nós temos naturalmente que fazer uma degradação na nossa capacidade operativa. Nossas aeronaves estão em piores condições e nossas tripulações ficam com treinamento sempre aquém daquele que nós temos por ideal — expôs o chefe da Aeronáutica.

Diante dessa realidade, a Aeronáutica tem assistido evasão de seus pilotos, “que entenderam que teriam condições melhores para manter suas atividades aéreas se estivessem voando na aviação comercial”, o que tem resultado em casos de pedido de demissão da Força Aérea.

A Aeronáutica tem projetos estratégicos que tem por objetivo substituir equipamentos que estão no limite do tempo de vida e que funcionam como investimento da FAB ao alcance de missões, segundo o tenente-brigadeiro.

— Falamos da necessidade de adquirir armamentos, mísseis, drones — que é vital para que a Força Aérea esteja a altura de enfrentar os novos desafios tecnológicos —, investimento em artefatos ligados ao espaço, dos satélites, das nossas bases de lançamento e, claro, da nossa aeronave de caça, de transporte — disse Araújo.

Exército

Chefe do Escritório de Projetos Estratégicos do Exército, o general de Divisão Everton Pacheco da Silva enfatizou que “cada real investido em defesa gera retorno para a economia, gera retorno para o Brasil”. O Escritório trabalha com 73 projetos, dos quais um terço não foi iniciado por falta de recursos, segundo o general. Alguns tem previsão de recursos para 2026 e os realmente implantados são apenas 26.

— O pouco recebimento de recursos implica aumento daquilo que foi previsto, que foi discutido entre os nossos contratos e com a base industrial de defesa vai ser estendido, provavelmente, em anos. […] A PEC da previsibilidade é extremamente importante para nós. A previsibilidade e o montante adequado de recursos — expôs o general.

Indústria

Presidente da Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel), o general de Divisão Ricardo Rodrigues Canhaci chamou atenção para a interseção entre as três Forças Armadas quanto ao fato de a redução orçamentária provocar aditivos na execução das compras, diante de projetos estratégicos que são sucessivamente postergados o que, consequentemente, impacta na indústria.

— Nós temos que garantir a sustentabilidade econômica e financeira da empresa e a sua longevidade. E quando nós estamos tratando de equipamentos e produtos de defesa, a longevidade é fundamental porque temos de garantir o ciclo de vida desses equipamentos, por 10, 20, até 40 anos. Se a indústria não sobrevive ao tempo, as Forças ficam sem poder manter essa estrutura tão cara, tão dispendiosa, que foi construída pelo país — disse Canhaci.

Vice-presidente de Contratos da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), Fábio Henrique Caparica Santos destacou que mais de 60 forças armadas e governos utilizam os produtos da empresa, que além da aviação comercial e executiva, atende a defesa e a segurança. No Brasil, a Embraer atende a FAB, com o KC-390, o A-29 Super Tucano e o F-39 Gripen; o Exército com programa Radares e a Marinha com fragatas Tamandaré.

— O encaminhamento desses projetos está altamente dependente da questão orçamentária e anualmente nós trabalhamos, enquanto base da defesa, nesses projetos, junto com as Forças, no desafio de compatibilizar os cronogramas, os contratos, com o orçamento disponível e fazer com isso, o melhor encaminhamento — afirmou Santos.

Segundo o diretor comercial da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), Paulo Ricardo Gomes, há que se torcer para que a PEC passe “pois os contratos plurianuais de fornecimento de insumos trazem uma redução extremamente grande ao custo do produto e à capacidade de compra de todas as Forças”.

A audiência também teve a participação do diretor de Relações Institucionais de AEL Sistemas, Sebastian Wantenberg; do representante de Empresa Brasileira Helibras/Airbus Helicopters, Bruno Schweter, dos diretores da Naval Group, na América Latina e no Brasil, Laurent Mourre e Nicolas Viala; do diretor de Operações da Condor Tecnologias Não Letais, Luiz Cristiano Valim Monteiro; do presidente do Grupo Empresarial Thyssenkrupp América do Sul, Paulo Alvarenga e do presidente da Stella Tecnologia Industria e Comercio Aeroespacial, Gilberto Buffara Junior.

FONTE: Agência Senado


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Esteves
Esteves
2 dias atrás

Vamos resolver essa parada. A Câmara tem mais de 50 bilhões por ano para “emendas parlamentares”.

20% das “emendas” = 10 bilhões ao ano como incremento ao Ministério da Defesa.

Pronto. Resolveu.

Nilo
Nilo
Responder para  Esteves
2 dias atrás

Entrei para fazer essa reinvidicação de 20% sobre orçamento secreto, cheguei tarde, vou para outra alternativa, 20% sobre a arrecadação das igrejas evangélicas, como compensação da isenção de imposto sobre arrecadação da venda de caroço de feijão abençoado,.

Joao
Joao
Responder para  Nilo
2 dias atrás

As igrejas evangélicas tem inúmeros programas realmente sociais.
Não confunda com o do chapelão da TV.

Esteves
Esteves
Responder para  Joao
2 dias atrás

Quais “igrejas evangélicas” ?

Rodrigo Maçolla
Rodrigo Maçolla
Responder para  Nilo
2 dias atrás

Acredito que as igrejas poderiam pagar imposto. Mas não são elas as responsáveis pelos sucessíveis cortes no orçamento da defesa e o sucateamento de toda a forças armadas.

Renan
Renan
Responder para  Rodrigo Maçolla
2 dias atrás

Igrejas, entidades religiosas, associações, pagam impostos, assim como qualquer instituição privada. O fato de possuirem isenção em certos tributos, não significa que ela não paga impostos. Pelo contrário, há alta carga tributária, por exemplo, sobre a folha de pagamento destas instituições. Elas pagam impostos quando adquirem insumos para sua manutenção.

Cassini
Cassini
Responder para  Nilo
1 dia atrás

Só igrejas evangélicas? A católica também não entra.

No mais, a Constituição isenta a tributação sobre templos religiosos.

No One
No One
Responder para  Esteves
2 dias atrás

Mestre Esteves, do que adianta investir nesses caras se na primeira oportunidade eles querem nos trair, nos oprimir e vender ao primeiro que fizer uma boa oferta?

É preciso reformar a mentalidade, a do inimigo interno. Como você se diz patriota se você odeia seu irmão por ser de uma determinada região ou ter uma determinada cor de pele ? Ou porque tem percepção política diferente de resolver um determinado problema?

Como ter uma patria unida e coesa sem sarar determinadas feridas? A pátria não é um conceito abstrato, não é um pedaço de terra, a pátria é feita de pessoas que se identificam em idéias e valores.

Esteves
Esteves
Responder para  No One
2 dias atrás

No PN contaram a história sobre Roraima. Oferecemos Roraima aos alemães porque a gente de lá era e é inferior. A Alemanha achou muito longe e recusou a oferta.

Por que o EB fica com metade do orçamento (em torno disso) do MD? Porque o golpe da República explica o que ainda somos.

Não somos unidos. Não temos identidade. Essa onda separatista no Sul não é novidade.

A cidade tem um passado nazista. Indústrias que apoiaram o nazismo como a ZF estão aqui. Vários polos, regiões e cidades que dizem apoiar a onda conservadora da direita são, na verdade, nazifascistas.

Valores? Quais?

Joao
Joao
Responder para  Esteves
2 dias atrás

É de análise simples. Sem elocubrações.
O orçamento é quase todo pra despesas obrigatórias, como comida, concessionárias, e salários.
Logo… obviamente, a maioria vai pro EB.
Além disso, o fundo naval e da FAB arrecadam no mínimo 10x mais, cada um, do que o do EB.
Logo, a conta não é como pensa.

Esteves
Esteves
Responder para  Joao
2 dias atrás

80% do orçamento é destinado a folha de pagamento. Desses 80%…85% vai para pagamento dos inativos.

Nilo
Nilo
Responder para  Esteves
2 dias atrás

Os aposentados, os militares de pijama, os militares de pijama sempre em prontidão, a disposição para. uma guerra se necessário Rsrsrsrsrsrs piada. O rombo na previdência é uma vergonha enquanto as Forças estão a mingua.

Última edição 2 dias atrás por Nilo
Esteves
Esteves
Responder para  Nilo
2 dias atrás

Vamos à guerra com as pensionistas.

Francisco
Francisco
Responder para  Esteves
2 dias atrás

Falou muito e falou merda…o sul, ce teo oeste que separar pois nao aguentar mais ficar sustentando um casta politica. Quais os políticos que dominam no cenário nacional? Todos são do do norte e nordeste pq la a herança política passar de pai para filho…usa a mesma estratégica da época do coronelismo

Esteves
Esteves
Responder para  Francisco
2 dias atrás

Retire-se imediatamente daqui levando vosso vocabulário nefasto e grosseiro.

Josè
Josè
Responder para  Francisco
2 dias atrás

Fato.

Sulamericano
Sulamericano
Responder para  Esteves
2 dias atrás

Se cortassem os 25 bilhões por ano gastos com as pensões das filhotas e somassem aos seus 10 Bi já seriam 35 Bi no total.

Esteves
Esteves
Responder para  Sulamericano
2 dias atrás

Cortar pensão seria cortar os dois braços. Pensão para filha foi instituída em 1940 por Getúlio e regulamentada em 1958.

Os militares poderiam, ao menos, eliminar as fraudes…casadas, sem dependência da pensão, filhas não legítimas.

Emenda parlamentar faz parte do municipalismo criado na CF de 1988. Existe para satisfazer as bases.

Não falta base entre os militares.

Joao
Joao
Responder para  Esteves
2 dias atrás

Há muito tempo já se tem cortado as filhas com peneira grande.

Esteves
Esteves
Responder para  Joao
2 dias atrás

Não.

Sulamericano
Sulamericano
Responder para  Joao
1 dia atrás

Então tem que avisar as duas filhas que eu conheço pessoalmente que ainda recebem pensão.
A primeira delas mora na Europa, é “casada” em tem filho.
A segunda mora no litoral, está no segundo “casamento” e tem uma filha.

Luiz
Luiz
2 dias atrás

Eu já vi esse filme inumeras vezes!
Infelizmente só blá blá blá.

Emmanuel
Emmanuel
2 dias atrás

Nada vai mudar.
Só conversa e cafezinho.

Carvalho
Carvalho
2 dias atrás

Deviam reproduzir o discurso do Senador Osório no Senado do Império, na década de 1870.
“O Exército brasileiro não pode ser tratado como uma força de ocasião. É uma instituição permanente, que garante a soberania nacional e merece o amparo do Estado.”

“Não se pode esquecer aqueles que, com sangue e sacrifício, sustentaram a honra da Pátria.”

Palpiteiro
Palpiteiro
Responder para  Carvalho
2 dias atrás

Esses seriam os trabalhadores brasileiros que pagam a conta e que em caso de guerra serão convocados para combater como bucha?

Carvalho
Carvalho
Responder para  Palpiteiro
2 dias atrás

Vc devia conhecer a biografia do Osório, e a circunstância do discurso….

Joao
Joao
Responder para  Carvalho
2 dias atrás

Duvido q saiba ler e interpretar.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Carvalho
2 dias atrás

Uma Pena ele, Marquês de Herval e o Duque de Caxias, se vivessem mais, aquela Quartelada nuca teria acontecido, o EB na minha opinião até hoje tem uma mancha, que seus 2 maiores nomes, nunca concordariam

Última edição 2 dias atrás por Carlos Campos
Sulamericano
Sulamericano
Responder para  Carvalho
2 dias atrás

O EB tem sido, historicamente, o maior golpista dessa nação, com esse discurso de defender a pátria, já derrubaram muitos governos, inclusive o próprio imperador.
Essa nação teve sucessivos governos militares ao longo das décadas, e seguindo a lógica, deveríamos então ter forças armadas capazes de defender a soberania nacional.
Mas isso não temos e nem nunca tivemos.

Esteves
Esteves
Responder para  Sulamericano
2 dias atrás

E nunca teremos.

Joao
Joao
Responder para  Sulamericano
2 dias atrás

Quantas vezes nos atacaram e venderam? Então temos defendido…
Golpe???
Vc é dos quais? O q prefere Brasil com rei ou Brasil como Cuba?

Sulamericano
Sulamericano
Responder para  Joao
1 dia atrás

Então tá né…
Graças ao EB que não viramos uma Cuba…

É cada uma viu!

Esteves
Esteves
Responder para  Carvalho
2 dias atrás

Honra? Quando Tivemos?

Carvalho
Carvalho
Responder para  Esteves
2 dias atrás

Um livrinho básico da história dos conflitos na bacia do Prata tiraria sua dúvida.

Jefferson Ferreira
Jefferson Ferreira
2 dias atrás

Primeiro tem que reorganizar a estrutura das forças armadas e como são gastos os bilhões do orçamento… já que em termos de receita eles estão a frente de países como Austrália, Itália, turquia… então o problema não é receita!

Luís Henrique
Luís Henrique
Responder para  Jefferson Ferreira
2 dias atrás

Austrália U$ 37 bi e aposentadorias são pagas por outras fontes.
Pretendem aumentar para U$ 67 bi até 2033.

Itália U$ 38 bi em 2024 (2% do PIB) e pretendem aumentar para 3% do PIB nos próximos 3 anos e para 5% no médio/longo prazo.

Turquia tem 2 orçamentos, 1 de defesa e outro de segurança interna. Quando se soma os dois da cerca de U$ 46 bi agora em 2025.
Mesmo apenas com o de defesa da mais de U$ 25 bi. E perspectivas de muito aumento para cumprir as novas recomendações da Otan de atingir 5% do PIB em defesa.

Brasil esta com orçamento de U$ 24 bi.
BEM menor do que todos os três.

Diferente de outros países todos os militares aposentados e Pensionistas recebem deste mesmo orçamento, o que representa cerca de Metade do orçamento (U$ 12 bi).
Além disso, da “miséria” que sobra para aquisições sempre tem os contingenciamemtos.

Deadeye
Deadeye
Responder para  Luís Henrique
2 dias atrás

Até hoje, eu não sei porque não adotam nas forças armadas, o mesmo regime de previdência do que os servidores civis, que tem contribuições mensais maiores do que os militares. Vai entender.

Joao
Joao
Responder para  Deadeye
2 dias atrás

Deve ser pq vc não sabe…

1) A contribuicao dos militares é igual dos civis. Só q dividida. Uma parte vai pro Fundo de Saúde, de desconto obrigatório e não dedutível do IR. O militar passa por triagem e é atendido em organização militar de saúde, ou conveniado ou, o q é a maioria, pelo SUS.

2) os custos com a ativa seriam exponencialmente maiores, caso fossem como os civis. Num espectro muitíssimo maior q a diminuição dos custos com a reserva.

Joao
Joao
Responder para  Luís Henrique
2 dias atrás

Saliento que a Austrália de orçamento maior para forças beeeeeeeeem menores. E esta ainda sob o escudo dos aliados.

Nativo
Nativo
2 dias atrás

Embora esses sujeitos, junto com os deputados federais, sejam os responsáveis pela elaboração de nossas leis, inclusive sobre a defesa da nação, já sabemos que nada de útil sai deles.

lucena
2 dias atrás

Os militares tem agora a seu favor, para sensibilizar a opinião publica a pressionar os políticos … o “efeito Trump” ….um excelente “lobista” inconsciente e um bom cabo eleitoral…”inconsciente” …rsrsr …“é o cara que é conhecido em mirar em uma coisa mas acerta em outra coisa que não mirou”….é difícil até de explicar o inexplicável do miste Tramp ..rsrsr
.
Uma coisa é certa …. a Marinha brasileira vai ter que pensar construir mais submarinos …alguma coisa me diz que MB vai precisar de muitos deles…uma excelente ferramenta para deixar os NAVY’s bem longe da costa brasileira….pelo menos dificultar para eles o atlântico sul.
.
.
Brasil é dos brasileiros

Maus
Maus
Responder para  lucena
2 dias atrás

Pela minha experiência eu diria que nada vai ser feito e o Trump está sendo usado como palanque político do Lula

Josè
Josè
Responder para  Maus
2 dias atrás

As pessoas ainda não entenderam o problema do Trump com a esquerda, ele não esqueceu que foi perseguido durante os 4 anos que esteve fora, ele não esqueceu que tentaram matar ele, ele não esqueceu que o JUDICIÁRIO americano perseguiu ele, ele não esqueceu das declarações de governantes esquerdistas contra ele na eleição inclusive o nosso “gênio desorientado”, para aqueles que ainda tem duvida sobre a sede de vingança que ele tem dos esquerdistas/socialistas/comunistas assistam ao discurso do vice na Alemanha, discurso esse em que faz ameaças diretas e nominais a Alemanha e aos de bruxelas, negar os fatos não vai mudar a realidade, e a realidade é o ódio e o desejo de vingança que o Trump tem dos esquerdistas/socialistas/comunistas.

José
José
Responder para  Josè
2 dias atrás

nossa, comeu cogumelos? Todos viram a tentativa de tomada do Capitólio, insuflada pelo próprio Trump. E parem de se iludir, NÃO EXISTE ESQUERDA NOS EUA. ponto. Os democratas são tão ou mais direita do que os republicanos, a diferença é que são progressistas. Não existe esquerda lá. Isso é a retórica do trump. Ele deveria ter sido julgado mas lá, aparentemente, as instituições não são tão fortes como a nossa, pois eles nunca tiveram tentativas de golpe, por isso não há uma relação de peso e contra pesos nas instituições e nos poderes constituídos como aqui. Aqui nunca um presidente teria poderes para demitir um procurador do Estado.

Josè
Josè
Responder para  José
2 dias atrás

Ainda acredita nessa história de que contar uma mentira 1000 vezes faz com que vire verdade, só funciona quando o judiciário de países dão uma mãozinha, ou no meio dos débeis uteis ao sistema e inúteis de fato, Nepal manda saudações quanto ao resultado de achar que contar uma mentira 1000 vezes vire verdade, e a verdade parece não ser muito agradável.

Augusto Cesar
Augusto Cesar
Responder para  José
2 dias atrás

“as instituições não são tão fortes como a nossa”

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Josè
Josè
Responder para  Augusto Cesar
2 dias atrás

Então a situação complicou mesmo, já que quem governa ali de fato são os chinolas, se não estão respeitando nem os chinolas imagine o que pode acontecer com aspirantes a ditadores.

Carvalho
Carvalho
Responder para  lucena
2 dias atrás

A que ponto chegamos….

Francisco
Francisco
Responder para  lucena
2 dias atrás

Infelizmente só pela frase ” Brasil e dos brasileiros ” ja perceber que vc e mais um manipulado que cai nas narrativas populista do nossos políticos…

Heinz
Heinz
2 dias atrás

Os maiores entreguistas e traidores da Pátria Brasileira, políticos!

Nilo
Nilo
Responder para  Heinz
2 dias atrás

Alguns deles não deram tempo para a farda esfriar.

Esteves
Esteves
Responder para  Nilo
2 dias atrás

A farda nunca foi pro armário.

Última edição 2 dias atrás por Esteves
Nilo
Nilo
Responder para  Esteves
2 dias atrás

No STF tiraram a farda a pedido, por estava ficando vergonhoso demais, usam a farda para se proteger de julgamento dos delitos contra a constituição. Farda é usada como cloro, limpa, depura as impurezas.

Heinz
Heinz
Responder para  Nilo
4 horas atrás

Verdade, me que tal cobrar o governo atual, até porque é gestão dele e competência dele agora investir nas FA, mas a realidade é que temos caças parados por falta de combustível, quartel liberando os soldados em meio expediente, o maior programa de caças da AL com o cronograma atrasadíssimo devido a falta de pagamentos, a suspensão de uma licitação legal para substituir nossos antigos obuses rebocados por birra ideológica, escândalos de corrupção e etc.

Josè
Josè
Responder para  Heinz
2 dias atrás

O problema é que esses políticos nada mais são do que cidadãos/povo, afinal político não é feito em laboratório, não vem do espaço ou outro, o problema é gravíssimo e sem solução nem a longo prazo, já que como se comportam os políticos, como agem os políticos, como pensam os políticos nada mais é do que o reflexo de como age, de como se comporta e de como pensa grande parte da sociedade/povo, lembram daquela história de levar vantagem em tudo, lembra daquela história de não respeitar as normas, lembram daquela história de só querer os direitos, enfim eis a conta de uma sociedade sem valores, sem princípios, que não respeita nada, eis o resultado da baderna social propagada e defendida pela esquerda.

Gustavão
Gustavão
2 dias atrás

2% do pib na defesa, poderia tampar buraco, no curto prazo.
Mais para resolver o problema no longo prazo precisa de reformas.

naval762
naval762
2 dias atrás

Só querem saber de roubar, isso sim.

adriano Madureira
adriano Madureira
2 dias atrás

Esses comandantes militares devem ter um saco bem grande para aguentar esses velhotes da CRE&DN…

Todo ano é a mesma coisa: Eles vão para a reunião,apresentam o quadro situacional atual, e apesar disso,pode-se ver o desinteresse de muitos parlamentares,

Durante as explanações dos militares sempre se vê:

  • Conversas paralelas.
  • políticos ao celular ou laptop.
  • Desvio do tema para assuntos ideológicos
  • perguntas estúpidas ou perguntas estúpidas repetidas.

Nunca vi nenhum desses senhores apresentar soluções para os problemas das forças armadas,seja nas comissões ou seja em plenário.

A única vez que vi parlamentares apresentarem um bom projeto para as forças armadas, foi quando os senadores Demóstenes Torres,Pedro Simon e Marcelo Crivella apresentaram uma PL para o fim do contingenciamento da verba para a defesa,por um período de dez anos.

Oque aconteceu?! O projeto foi engavetado…

Sinceramente dessas reuniões não sãem nada de útil,muito elogio,beija mão,rasgação de seda entre ambos os lados,mas nada de útil.

Vou levar a sério quando aventarem a possibilidade da criação de um fundo de investimentos,proveniente dos recursos da exploração do petróleo,do pré-sal e da mineração tanto em terra quanto em mar…

Porquê nesse país,onde não é lugar para amadores,apesar de sempre falarem que não há recursos,sempre criam um jeito para captar dinheiro como bons mercenários que são…

Certamente o país que inventou a inusitada tarifa/imposto do sol, onde os otários tem que pagar uma taxca por algo gratúito,certamente poderiam criar alguma solução para a defesa.

os empresários, os agricultores e a sociedade em geral investem alto para conseguir baratear os gastos com energia elétrica, mas os cretinos da ANEEL decidem ser justo e válido a taxação de tal energia,que é natural.

E já que falei em energia grátis,alguém saberia me dizer se nossa defesa já está se adequando ao uso de energias renováveis e com isso economizando alguns milhões de reais?

Lembro que ano passado,devido a cortes do governo,a Marinha limitou o uso de elevadores e ar-condicionado:
Pra fechar as contas,a Escola de Guerra Naval da Marinha obrigou alunos e servidores a subir e descer 6 andares de escada.
os elevadores só podem ser usados por pessoas com restrições físicas ou que precisam transportar cargas. 



Francisco
Francisco
2 dias atrás

Tem uns 25 anos esse mesma narrativa. Enquanto isso a elite publica manter seus privilégios em cima da alta carga tributária da população…qdo o povo vai acordar para a realidade igual a população do Nepal…a luta nao EU x VOCÊ sim NÓS (POVO) X ELES (POLÍTICOS)

Josè
Josè
Responder para  Francisco
2 dias atrás

Sinto lhe informar, mas esses privilégios não se resumem mais só a elite publica, ainda que não sejam nos mesmos valores, não esqueça temos 2 regiões do país que possuem ao todo 16 estados, e desses 16 estados em 13 temos mais pessoas recebendo benefícios sociais do que pessoas trabalhando formalmente.

Última edição 2 dias atrás por Josè
Esteves
Esteves
Responder para  Josè
2 dias atrás

Recebem os mesmos benefícios sociais que os norte-americanos recebem: seguros sociais, cestas, assistências, bolsas famílias, auxílio moradia, auxílios e aposentadorias.

20,1 milhões de pessoas recebem benefícios sociais (como Bolsa Família e BPC) segundo o IBGE.

O Bolsa Família atende atualmente entre 19,6 e 20,7 milhões de famílias, o que equivale a dezenas de milhões de pessoas — cerca de 54,3 milhões em setembro de 2024.

Quando incluímos aposentadorias e outros benefícios federais, o total de beneficiários chega a aproximadamente 95 milhões de
brasileiros.

Nos EUA, aproximadamente 100 milhões de pessoas (cerca de 30% da população dos EUA) participam de pelo menos um programa da rede de segurança social.
• No caso do SNAP (vale-alimentação), cerca de 42 milhões de pessoas recebem o benefício.

Não seja calhorda com teu país.

Josè
Josè
Responder para  Esteves
2 dias atrás

Não espero respeito de um militantezinho de 60 anos de dce, cresça e vá viver do seu trabalho, saia da barra do estado, não julgue os outros pela forma vergonhosa que escolheu para sobreviver.

Augusto Cesar
Augusto Cesar
Responder para  Esteves
2 dias atrás

E serio mesmo Esteves que você está comparando o Brasil com os EUA? Compara o PIB dos dois países e compara também quantos por cento do orçamento dos dois países e alocado para gastos sociais.

Por favor não seja calhorda com os leitores aqui da trilogia.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
2 dias atrás

O que me chama a atenção é que, pela primeira vez, aparentemente, houve uma conversa SÉRIA, com EMBASSAMENTO, e LÓGICA sobre esse assunto nessa comissão.

Previsibilidade.
Essa é a palavra.
E é isso que falta em qualquer projeto das FA’s.
O Gripen é um exemplo.perfeito da falta dessa previsibilidade.

Lucas
2 dias atrás

2% do PIB? Em que mundo vivem? Dos jeitos que as coisas estão, se manter 1% já é motivo de festa.

Sergio
Sergio
2 dias atrás

O mesmo bla bla bla… que leio desde final dos anos 80, quando deixaram o poder e entregaram aos bandidos, sem nenhum tipo de condição obrigatória, que protegesse o Brasil do revanchismo dessa escória.

A grande novidade atual,- isto sim é sério- é que o cidadão -eleitor- contribuinte como dizia o saudoso hélio Fernandes ou os ” homer simpsom” brasileiros, segundo o neo petista e agora ” desempregado” , Willian bonner, descobriu que esses caras estão preocupados é com seu próprio conforto e com a proteção daqueles que os bajulam, como se a carreira militar fosse mera representação fardada do Barnabé da repartição pública.

Nem mesmo depois dos dois massacres sofridos por São Paulo, em 1924/1932, especialmente 1924 a decepção e sensação de desconexão da parte saudável da sociedade com relação a seus soldados foi tão grande.

Eu tenho um sentimento, poderia chamar até de pressentimento que desta vez não tem retorno.

Aquele desfile em Brasília domingo, o desprestígio, o desprezo, nunca vi igual!

E olhe que sou filho do fim da ditadura quando saíram desmoralizados.

Esteves
Esteves
Responder para  Sergio
2 dias atrás

Quando o período militar acabou em 1985 não tínhamos reservas cambiais.

Não havia grana para comprar combustíveis, carne, farinhas, trigo, leite…

O país foi entregue arrasado.

Carlos Campos
Carlos Campos
2 dias atrás

Eu acho que deveria aumentar, porém impedir que esse dinheiro caia direto nas mão dos Militares, deveria ser criado um Fundo Para Aquisição de Desenvolvimento de Armas, assim impediríamos que nossos recursos sejam sugados para pagar soldo, assim mesmo em tempos de crise haveria previsibilidade de recursos, e projetos estratégicos nunca seriam abandonados por falta de verba.

Joao
Joao
Responder para  Carlos Campos
2 dias atrás

Soldo é custo obrigatório….
Se aumentar o custo com a defesa em 1000%, o gasto com soldo será igual….

Scudafax
Scudafax
2 dias atrás

Prezados, a Casa Branca acaba de informar que o presidente Trump não tem medo de usar FORÇA MILITAR para “proteger a liberdade de expressão “ quando perguntada sobre o corrente julgamento criminal no STF.

Bomba atômica IMEDIATA devemos ter.

Nilo
Nilo
Responder para  Scudafax
2 dias atrás

E a primavera chegando na América do Sul, .o jogo está sendo preparado para as próximas eleições para presidente. Aguarde.

Augusto Cesar
Augusto Cesar
Responder para  Scudafax
2 dias atrás

Ótima oportunidade para os nossos novos patriotas defenderem a nação contra o fascista líder do grande Satã do norte.

BraZil
BraZil
2 dias atrás

Agora vai…

Tuxedo
Tuxedo
2 dias atrás

Só agora o parlamento percebe que as FAAs estão sendo sucateadas? Isso já ocorre há mais de 10 anos já rsrs…

Marcos
Marcos
1 dia atrás

senado, em letras minúsculas( LIXO, maiúsculas).. E que me provem o contrário. Mas é só brincadeira, vai que me mandam prender por ter opinião.

Cassini
Cassini
1 dia atrás

É aquele assunto já amplamente debatido por aqui: adianta jogar mais dinheiro nas FAs com a estrutura hierárquica e de custos atual?

Quase todos os recursos vão para custeio de pessoal e para os inativos (oficiais de reserva, pensão para filha de milico, etc.).

Olha que absurdo:uma força combatente que gasta mais com quem nada tem a ver com a guerra do que com o treinamento, meios e equipamentos do combatente.

Antes de tudo, é preciso reformar as Forças Armadas brasileiras, do zero. Desde a distribuição de recursos até o tamanho do efetivo e, principalmente, a mentalidade, a doutrina, para eliminar de vez a sanha golpista e condição de braço armado da elite contra o povo.

Danilo José
Danilo José
1 dia atrás

Se depender desses caras ai, o MD pode fechar as portas e as 3 forças já podem começar a montar um plano de diminuir para maximizar recursos ou simplesmente vão deixar de existir.

George A.
George A.
1 dia atrás

Acho importante aprovar medidas pra garantir o investimento em projetos de longo prazo das FA, sobretudo blindando eles de medidas de austeridade pontuais (já defendi aqui mecanismo semelhante ao recentemente adotado pela Alemanha, por exemplo), mas pra variar vão aprovar uma proposta ruim que só vai dar mais incentivos pras disfunções do perfil de gastos das forças.
Se é melhor do que nada eu sinceramente não consigo avaliar.

Vinicius
Vinicius
7 horas atrás

Décadas de desdém com a defesa nacional nos colocaram na situação atual, sem poder militar, econômico e industrial para reverter essa situação. Cadeia para todos que permitiram que chegássemos nessa situação.

Última edição 7 horas atrás por Vinicius