China reage a sanções dos EUA e suspende exportação de materiais-chave para chips

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A China anunciou a suspensão imediata das exportações de gálio, germânio, antimônio e materiais superduros para os Estados Unidos, em resposta às novas sanções impostas pela administração Biden ao setor de semicondutores chinês. Esses materiais são cruciais para a fabricação de chips e munições, e a medida foi justificada pelo Ministério do Comércio chinês como uma ação para proteger a segurança nacional e os interesses estratégicos do país.

A decisão ocorre um dia após os EUA ampliarem suas restrições contra 140 empresas chinesas, incluindo o fabricante de equipamentos Naura Technology Group, marcando a terceira rodada de sanções ao setor em três anos. Além disso, Pequim reforçou a fiscalização sobre itens de grafite de “uso duplo” exportados para os EUA, intensificando as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo, em um momento que antecede a posse do presidente eleito Donald Trump.

A China, que domina a produção global de gálio e germânio, com cerca de 90% e 60% do mercado, respectivamente, já havia reduzido significativamente as exportações desses metais no ano passado. Esses materiais são essenciais para a fabricação de chips de alta velocidade, e especialistas alertam que as restrições impostas podem causar uma escassez global no setor de semicondutores.

Essa nova rodada de restrições sublinha o crescente uso de minerais críticos como ferramenta estratégica nas disputas comerciais entre os dois países. Ao limitar o acesso dos EUA a esses materiais, Pequim intensifica sua influência no mercado global de tecnologia e reforça sua posição em meio à competição econômica com Washington.

FONTE: Reuters

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Maurício.
Maurício.
10 meses atrás

É isso aí China! Afinal, pau que dá em Chico dá em Francisco. 🤷🏻‍♂️

Jagder
Jagder
Responder para  Maurício.
10 meses atrás

Agora os malvados de olho azul vão ver o que é bom pra “tossi”.

Maurício.
Maurício.
Responder para  Jagder
10 meses atrás

Por mim, que ele tomem transpulmin xarope! Acaba com a “tossi” rapidinho!

Maurício.
Maurício.
Responder para  Maurício.
10 meses atrás

*eles

Heinz
Heinz
Responder para  Maurício.
10 meses atrás

justamente, direito de defesa.

NBS
NBS
10 meses atrás

Historicamente, a cultura chinesa valoriza a autossuficiência e a resiliência. Em resposta às sanções, a China tem intensificado seus esforços para desenvolver sua própria indústria de semicondutores, investindo em pesquisa e desenvolvimento e incentivando empresas nacionais a reduzir a dependência de tecnologias estrangeiras. Além disso, a China tem expressado formalmente sua oposição às sanções dos EUA, classificando-as como “coerção econômica” e práticas contrárias às regras de mercado. O país também tem recorrido a organismos internacionais, como a Organização Mundial do Comércio, para contestar as medidas americanas.

Será que a China acredita em uma transição pacífica e administrável? A China tem à sua disposição um arsenal de ferramentas industriais, financeiras e comerciais para retaliar. Contudo, há uma singularidade em certas ações históricas que tornam impossível administrá-las sem enfrentamento. Entendo que respostas devem ser dadas de forma mais contundente.

Nunca vi um país tão abertamente admitir o impacto de um golpe recebido como os EUA. Fico imaginando toda a pompa e circunstância usadas para defender o livre comércio nas terras alheias, enquanto, em seu próprio território, isso nunca foi o verdadeiro desejo de seus industriais. É impactante lembrar da defesa entusiástica feita por partidos políticos, empresários, governos, deputados e senadores do neoliberalismo, enquanto seu próprio “benchmark” abertamente manda esquecer o que pregou e adota práticas protecionistas.

aloems
aloems
10 meses atrás

Se a China mantiver o nível de desenvolvimento apresentado até aqui (2024) eu quero ver que tipo de chips eles vão conseguir fabricar daqui uns 10 anos e que empresas ocidentais vão pagar o pato dessas sanções

juggerbr
juggerbr
10 meses atrás

E a tensão está escalando, por enquanto é apenas na economia, mas quando passará para ações em campo?

George A.
George A.
Responder para  juggerbr
10 meses atrás

Acho que nunca, antes dessas nações se enfrentarem num confronto bélico acho que uma acaba conseguindo desestabilizar a outra internamente.

Sulamericano
Sulamericano
Responder para  juggerbr
10 meses atrás

O Ray Dalio (investidor americano que previu a crise de 2008) costuma dizer que existem 5 tipos de guerra:

  • Guerra comercial
  • Guerra tecnológica
  • Guerra de influência geopolítica
  • Guerra de capital (financeiro)
  • Guerra militar

Dos cinco tipos, quatro estão acontecendo exatamente nesse momento entre os EUA (e seus aliados) e a China.

A guerra militar ocorre quando um dos lados perde nos quatro primeiros tipos de conflitos e parte para uma última tentativa de manter a sua hegemonia.

Agora, quando a guerra militar vai ocorrer (e se vai ocorrer) é a pergunta de 1 milhão de dólares.

Filipe Prestes
Filipe Prestes
Responder para  Sulamericano
10 meses atrás

Acho dificílimo um conflito direto entre os dois pelo óbvio risco da MAD e da impossibilidade de se prever escaladas. Mais provável é a repetição do que vemos hoje na Ucrânia, uma proxy war, utilizando Taiwan e/ou nações costeiras do Mar do Sul da China pra isso. Talvez até a Austrália entre de scapegoat nessa história mas um embate direto entre chineses e americanos é arriscado demais, até mesmo num cenário de desespero americano.

AMBAR
AMBAR
10 meses atrás

Vou comentar em chinês : hi!hi!hi!hi!hi! (23333)
https://youtu.be/-JQi_j2u1yg

Adriano madureira
Adriano madureira
10 meses atrás

O bravateiro alaranjado acha mesmo que chumbo trocado não dói 🤔😆🇺🇲⁉️

Fico imaginando se os russos taxarem o urânio que eles vendem aos EUA a 100%…

A vida não seria fácil, esse negócio de ameaçar países não beneficia ninguém, basta ver por exemplo a Boeing e suas aeronaves que estão sem receber titânio russo, parece até que há um escândalo por causa de peças contrabandeadas.

Governo Trump promete…

PACRF
PACRF
10 meses atrás

A metade da produção mundial da Tesla vem de Xangai. O que o Elon Musk, futuro ministro da “eficiência” do Trump, acha da guerra comercial com a China a ser iniciada pelo seu futuro “chefe”? Enquanto isso, a Tesla só consegue ver a BYD pelo retrovisor. No governo passado o sul-africano esteve no Brasil. O país achava que o “homem mais rico do mundo” fosse anunciar a instalação de uma fábrica da Tesla no Brasil, que nada! Quem está instalando uma fábrica no Brasil é a BYD na Bahia, onde havia uma fábrica da norte-americana Ford, incapaz de se manter em nosso mercado. Até hoje não se sabe direito o que ele veio fazer no Brasil, porém os acontecimentos envolvendo o Musk na sequência em relação ao Brasil, comprovam que o que ele veio fazer aqui foi se intrometer em nossa política.

Jacinto Fernandes
Jacinto Fernandes
Responder para  PACRF
10 meses atrás

A TESLA, como a BYD (e todas as fabricantes de carros elétricos) vivem de subsídios. Cada carro da Tesla vai com um cheque de US$ 7.500 do Governo dos EUA. Tire os subsídios e nenhuma fabricante de carro elétrico para de pé.

Bispo de Guerra
Bispo de Guerra
10 meses atrás

Os EUA e Europa, por décadas “cantaram” aos 4 ventos…globalização, livre mercado e toda a basofilia capitalista de araque.

A China, com sua população de bilhão de seres, surge como mercado a ser explorado , tanto para vender como para produzir, mão de obra “semi-escravidão” … as potências ocidentais , correram para explorar essa nova “colônia-industrial”.

Porém , Chinês não é índio, aprende rápido, assimila, e sobretudo, projeta seu futuro.

Trinta anos após …explode uma China ultra capitalista, mega potência econômica.

O EUA nas cordas , mudam o jogo, vira vale-tudo, com direito a dedo nos olhos, porrada na nuca…o chinês se adapta e segue na luta.

Aposto na China.

Jacinto Fernandes
Jacinto Fernandes
Responder para  Bispo de Guerra
10 meses atrás

Estranho descrever os EUA nas cordas quando de 2020 para cá os EUA cresceram mais do que a China. Os EUA saíram de um PIB de US$ 21,3 tri em 2020 para US$ 27,3 tri em 2023 (US$ 6 tri de crescimento) enquanto que a China saiu de US% 14,3 tri em 2020 para US$ 17.7 tri em 2024 (US$ 3,4 tri de crescimento). .

Bispo de Guerra
Bispo de Guerra
Responder para  Jacinto Fernandes
10 meses atrás

Precisa ter uma visão mais abrangente:

-Domínio tecnológico.
-Inteligência artificial.
-Défice comercial.
-Influência geopolítica.
-Expansão militar.
-Dependência de suprimentos.

Nas cordas não quer dizer que foi a nocaute..Ainda..rs.

E esse papo de PIB ..

Crescimento Proporcional:
• Estados Unidos: Aproximadamente 8,6 vezes o PIB de 1980.

• China: Aproximadamente 58,7 vezes o PIB de 1980.

Jacinto Fernandes
Jacinto Fernandes
Responder para  Bispo de Guerra
10 meses atrás

Crescimento proporcional é uma forma de dissimular a realidade. O que é melhor, crescer 5% sobre uma base de 100 (5) ou 100% a uma base de 2 (2)? Se você pegar o PIB da China e dos EUA de 1980 a 2023 você tem:

EUA 1980: US$ 2.8 tri – 2023: US$ 27,3 tri = crescimento de US$ 24,5 tri.
China 1980: US$ 0,19 Tri – 2023: US$ 17,8 tri = crescimento de US$ 17,6 tri.

Por qualquer ângulo que e se meça o crescimento dos dois países, os EUA cresceram mais do que os chineses.

E quando projetamos o futuro, o que se leva em conta é a trajetória da curva de crescimento. O da China em 2013 foi de 7,7%, em 2019, 5,95% em 2023 5,25% e a previsão e de chegar em 2029 com 3,29%. O dos EUA, nos mesmos anos foi 2,1%, 2,5%, 2,5% e de previsão de 2,12% – mas sempre sobre uma base maior.

Além disso, tem a questão populacional, que influencia o crescimento do país. A previsão a população da China já está diminuindo e a previsão é a de que continue diminuindo substancialmente, projetando uma população de entre 500 e 700 milhões em 2100; A população dos EUA deve chegar em 2100 com cerca de 366 milhões de pessoa, que é uma população maior do que a atual.

É difícil prever o futuro, mas se antes da pandemia era consenso que a China ultrapassaria os EUA como principal economia do mundo, depois da este consenso já não existe mais.

A Pandemia mudou o mundo.

Bispo de Guerra
Bispo de Guerra
Responder para  Jacinto Fernandes
10 meses atrás

Retrata que a China saiu de uma economia agrária para industrial.

A China agora foca no crescimento interno.

Só no setor automobilístico vende mais carros internamente que EUA, Alemanha, Índia e Japão , somados.

Jacinto Fernandes
Jacinto Fernandes
Responder para  Bispo de Guerra
10 meses atrás

Sim, e este é o motivo pelo qual a economia chinesa está crescendo a ritmos cada vez menores. A transformação de um país agrário em desenvolvido envolve massivas obras de infraestrutura (pontes, rodovias, portos desenvolvimento urbano) e a construção civil respondia por 30%, 40% do PIB chinês. Mas quanto mais o país se desenvolve, menos estas obras são necessárias e o potencial vai diminuindo.

A transformação de uma sociedade rural em uma sociedade urbana tem em si um crescimento potencial gigantesco mas que vai se reduzido conforme o país se desenvolve e isso é parte do problema chinês. A construção civil na China, que sempre respondeu por uma parcela importante do PIB, está indo para os patamares normais de um país que passou da fase de desenvolvimento de infraestrutura.

E sobre carros elétricos, eu sou extremamente cético em relação a todos eles, inclusive a Tesla. A Tesla vive porque cada carro tem um cheque de US$ 7.500, que é o subsidio que o governo dos EUA da. Os da BYD é a mesma coisa, o governo chinês subsidia indiretamente as montadoras de carros elétricos. Tira os subsídios e nenhum dela para em pé.

Bispo de Guerra
Bispo de Guerra
Responder para  Jacinto Fernandes
10 meses atrás

Os dados contradizem o que pensa…em 2023 o consumo interno respondeu por mais de 80% do PIB…

Quanto ao carro eletrico…para o Brasil.. face a infraestrutura …só é viavel para uso urbano sendo obrigatorio ter aonde reside , ponto de recarga …. viajar com carro eletrico no Brasil é roleta russa.

Já na China, que investiu e investe pesado na infraestrutura para os mesmo .. um otimo negocio.. estatisticamente hoje a China tem algo como 2 carros eletricos por ponto de recarga… e tem o fator cultural ..chines não faz longas viagens de carro , vão de trem(a maioria eletricos).

Interessante saber:
https://youtu.be/Wc-TIAdw730?si=cEOoeG1z1-qaGyaA

AMBAR
AMBAR
Responder para  Bispo de Guerra
10 meses atrás

E não é lindo?

George A.
George A.
10 meses atrás

O que os países que acabarem servindo de laranja pro comercio desses dois vai lucrar quando a guerra comercial se aprofundar vai ser um negocio de outro mundo, vide Azerbaijão e etc com a guerra da Ucrânia.