Exército dos EUA cancela programa do tanque leve M10 Booker

O Exército dos Estados Unidos anunciou o cancelamento do programa do tanque leve M10 Booker, desenvolvido pela General Dynamics Land Systems. A decisão foi comunicada em 1º de maio de 2025, como parte de uma reavaliação das prioridades de modernização e aquisição da força terrestre americana.
O M10 Booker, também conhecido como Mobile Protected Firepower (MPF), foi concebido para fornecer apoio de fogo direto às Brigadas de Combate de Infantaria (IBCTs), especialmente em terrenos onde tanques mais pesados, como o M1 Abrams, enfrentam limitações logísticas. Equipado com um canhão de 105 mm, o veículo pesava aproximadamente 38 toneladas e era projetado para ser transportável por aeronaves C-17 Globemaster III.
Apesar das intenções iniciais, o programa enfrentou críticas significativas. Entre os principais problemas apontados estavam o aumento de peso do veículo, que comprometeu sua mobilidade e capacidade de transporte aéreo, e falhas estruturais, como a incapacidade de operar em certas infraestruturas, exemplificada por colapsos de pontes durante testes em Fort Campbell.
O Secretário do Exército, Dan Driscoll, classificou o M10 Booker como um exemplo de práticas de aquisição deficientes, destacando a necessidade de reformular os processos de desenvolvimento e aquisição de equipamentos militares.
Com o cancelamento do programa, o Exército busca redirecionar recursos para projetos que atendam de forma mais eficaz às necessidades operacionais atuais e futuras, enfatizando a importância de processos de aquisição mais ágeis e alinhados com os requisitos estratégicos da força terrestre.
Eu já vinha vendo gente dos EUA dizer que esse MMBT era inútil, mas não imaginei que fossem cancela-lo.
Melhor cancelar e estancar os gastos do que continuar com o programa, encomendar centenas de veículos e o prejuízo só aumentar.
Pra mim, esse tanque tinha alguma coisa errada, sei não, mas esse canhão de 105 mm não ia dar conte do recado, até o centauro II sobre pneus usa um de 120 mm…
E não usa carregador automático,coisa que Cockerill tá vendendo para todo mundo e o XM8 já tinha nos anos 90.
Carregador automático é mais complexo, mais caro, menos rápido, mais dado a defeitos, ocupa mais espaço, reduz a quantidade de cartuchos, etc.
A “vantagem” é ter um tripulante a menos.
Sempre achei isso estranho, mas a ideia de um tanque leve pra ser facilmente transportado por aeronaves, e que passe em pontes menores é boa, só achei tudo mal executado, mas a ideia, pra um país que utiliza muito forças expedicionárias, e geralmente em países lascados é congruente ao meu ver
Sua função não era caça-taques como o Centauro II que inclui essa entre suas funções.
Para apoio de fogo de infantaria o 105 é melhor tendo em vista ter maior quantidade de cartuchos, etc.
Para função AT a infantaria do USA conta vom vários sistemas.
É verdade, mas tem outros exemplos cv90120, e o Tulpar com Hitfact II 120mm mostrado na LAAD 2025, por isso eu acho que o Tio Sam percebeu que o M10 BOOKER estava destoando de outros equipamentos semelhantes, e abortaram o programa…
A sorte do Exército é que seus peogramas e meios, por serem mais “baratos” ( comparados a meios da Força Aérea e Marinha ) também são mais “baratos” e “rapidos” de cancelar o que não dá certo.
Agora vejam se a USNavy teve a mesma sorte com o programa LCS, por exemplo…
Bom, tá feio hein, melhor ir de Lynx com uma torre de 105mm
Melhor não ter MMBT e apostar em outras soluções.
A outra opção é não ter nadas
Sim.
Gastaram rios de dinheiro no desenvolvimento desse blindado para no final não atender os requisitos iniciais. É fácil cancelar um projeto bilionário quando o dinheiro sai do bolso do contribuinte. O tanto de projeto americano que já deu errado e foi dinheiro jogado no lixo é brincadeira, e por aqui ainda é pior.
Saudações à todos.
Sim, e não.
Sim, a grana que foi gasta nesse projeto fracassado custo bilhões que poderiam atender outros programas.
Não, pois a grana usada nesse protótipo foi gasta em empresas do próprio país, ou seja, uma grana que ficou por lá mesmo, e esse programa ceiou tecnologias que serão empregadas em outros programas.
Um exemplo disso foi o Comanche. O programa em sí foi um fracasso e foi cancelado, mas várias tecnologias ceiadas pra eles foram empregadas em outros projetos e nas modernizações do Apache.
Kra, sua fala evidencia que você não conhece inovação tecnológica. Não existe certeza ex ante que um projeto complexo vai dar certo. Toda inovação enfrenta incerteza fundamental. Isso é basicamente o mesmo que dizer que o governo americano investiu em várias tecnologias sabendo que ia inventar o IPhone.
Boa parte das pesquisas e programas não dão em nada. O que vocês veem na mídia é menos de 0.1% dos programas que fracassam. A questão é que o sucesso garante retornos dezenas de milhares de vezes maior, e isso compensa a aventura.
Esse papinho de dinheiro do contribuinte é uma bobeira sem limites. Até pq os benefícios dos spillovers dessas inovações militares trouxeram ganhos de bem estar para o contribuinte que foram quase infinitos. Cansa um pouco esse papo de que o governo não deveria gastar com isso ou aquilo. Como se os EUA, o país mais inovador do mundo, precisasse de conselho de inovação de brasileiros.
Só não fiquem reclamando de desigualdade e concentração de renda depois….
Acredito q a visão não seja essa….
Eles viram, acompanhando as guerras q ocorrem, que há outras formas de atender melhor a capacidade de combate, sem prejudicar o “dinheiro do contribuinte”.
Pelo menos, eles tem a capacidade de mudar o caminho de suas decisões.
Concordo.
“Apoio de fogo de infantaria” é um eufemismo para “atirar no que está vendo para tentar atingir o que não está vendo”.
Esse conceito está ultrapassado. Grande volume de fogo tanto de canhões, obuses , morteiros e foguetes para ter efeitos mínimos está ficando fora de moda tendo em vista a utilização de drones que podem neutralizar diretamente a ameaça sem que seja preciso uma chuva de projéteis ou destruir um prédio inteiro para neutralizar um sniper.
O problema do conceito do M-10 tem a ver não com sua vulnerabilidade e sim com seu armamento principal que hoje em dia é extremamente ineficiente, tanto do ponto de vista operacional quanto da relação custo/benefício, frente aos drones de maneira geral.
Na categoria dele. É um baita carro de combate. Trinta e oito toneladas. Bom para países intermediários.
bom para países intermediários é comprar um bom MBT usado do que essa invenção estapafúrdia de MMBT.
O problema é encontrar um b om MBT usado após a guerra da Ucrânia.
Tambem. Porque país intermediário ou pobre nunca vai se meter numa guerra de alta intensidade contra ninguem.
Ele é enorme, tem quase o mesmo tamanho de um M1 Abrams mas muito menos protegido e com armamento inferior e não é tão leve assim, tendo quase a mesma tonelagem de um Leopard 1.
Lembro que vi uma imagem dele do lado de um Abrams e com pessoas próximas quando ele foi levado pra ser testado no Alaska pra ver se aguentava condições extremas e fiquei surpreso com o tamanho dele, sem sentido nenhum
Esse é o problema quando pegam um IFV e querem transformar em Tank, fica uma coisa enorme.
Um Tank leve tem que ser como um AMX-13 ou o M551 Sheridan, pequeno e leve, facilita a mobilidade e fica menos exposto ao fogo inimigo.
Os anfíbios M551 Sheridan (15.2 ton) e PT-76 (14.6 ton) se encaixam perfeitamente no conceito desse programa.
Obrigatoriamente precisa ser anfíbio para realizar missões de reconhecimento e/ou apoio de fogo em regiões remotas e sem suporte da engenharia.
Basicamente Leo1, não funciona mais em guerra, vide Ucrânia. Com advento d rones fica inviável .
A foto impressiona mesmo, até parecer ser mais “alto” que o Abrams.
Creio que a “baixa silhueta” não seja hoje tão importante quanto foi no passado na época em que um tanque só poderia ser neutralizado por um outro tanque ou por um ATGW de trajetória tensa.
Hoje ter maior consciência situacional proporcionado por um plataforma mais elevada parece ser mais importante.
Mas o ponto é que um C-17 podia levar dois deles enquanto só um M-1.
38 era o esperado, mas acabou subindo pra 42 excedendo o peso, um dos motivos do cancelamento do programa
O melhor dos mundos para o nova couraça seria: VT4 + VN20.
Colocar todas as fichas em um MMBT é uma aposta de altíssimo risco por parte do EB …tipo uma torre leve Hitfact2 adaptada em um IFV e botar na linha de frente como carro de combate principal é algo que beira a loucura. É melhor renunciar aos MBT de vez igual México e comprar uns 400 centauros 2 .
Se um MMBT não seria bom por ser muito leve, blindados sobre rodas é pior ainda pra linha de frente
Por qual razão?
A blindagem do MMBT mal segura tiro de canhão de 30mm , é uma casca de ovo!
O senhor por acaso viu como as munições ficam armazenadas nesses “MMBTs” ? É uma gambiarra !
Acho que é óbvio, se você diz que um MMBT não é bom como ponta de lança por ter a blindagem frágil, um blindado sobre rodas tem exatamente o mesmo problema, aliás, na verdade tem a blindagem mais frágil ainda.
Cavalaria mecanizada (sobre rodas) não substitui ou faz o mesmo que cavalaria blindada (sobre lagartas).
Não tem como o Centauro 2 substituir os Leopard 1, ele pode substituir apenas o Cascavel.
Sim , substituir os cascavel na proporção de 1:1.
Deveríamos esquecer o MBT…e essa proza de viaturas sob lagartas não é nenhum dogma. Os franceses substituíram viaturas sob lagartas por viaturas sob rodas quebrando esse paradigma.
As duas capacidades (cavalaria blindada e cavalaria mecanizada) são necessárias e o EB não vai abrir mão de uma delas e a cavalaria mecanizada não pode e não deve fazer o que a blindada faz.
O que se pode discutir é a proporção, se devemos ter menos da blindada e mais da mecanizada mas não há espaço orçamentário nem para adquirir o número necessário de Centauro 2 para substituir todos os Cascavel.
Não é sob…é sobre lagartas e sobre rodas. O veículo/viatura/carro de combate está sobre as rodas ou sobre as lagartas. Sob seria se o veículo/viatura/carro de combate estivesse embaixo das lagartas ou embaixo das rodas.
E estão bem mal por isso….
A Vtr sobre lagartas, ainda mais no Brasil, com poucos pavimentos ao se analisar nossos vastos terrenos, dá muito mais flexibilidade, manobra e poder de choque do q sobre rodas.
O exército francês não luta sozinho. Luta dentro da OTAN. Os outros exércitos não abriram mão, e por isso vão ter zonas de ação mais importantes do q os franceses, se lutarem juntos.
da mesma maneira que não faz sentido substituir Leo 1 por MMBT, um tanque leve nunca vai fazer o trabalho de M1A1 ou um Leo II.
Hitfact II torre leve? Em qual sentido? Usa canhão 120 mm.
Quanto aos MMBT concordo contigo. Já quanto às viaturas que tu propôs no início do teu comentário, discordo.
O critério é de peso e robustez. A Hittfact II é fabricada com uma espécie de alumínio para ser leve e compatível com o Centauro II e o canhão é um 120mm de baixa pressão. Não sei se é uma boa escolha para um MBT …
O fato de ser de alumínio não é determinante, pois pode receber blindagem extra. Quanto ao canhão, é muito eficiente. Um dos usos do Centauro 2 é de dar combate e destruir carros de combate adversários. Só isso já demonstra a eficácia da arma.
No caso do EB se for pra comprar MMBT melhor focar no Centauro II mesmo, os dois tem praticamente a mesma blindagem, com vantagem do italiano ter um canhão de 120MM, e ser muito mais ágil, esse negócio de MMBT é invenção da indústria pra entubar o EB com soluções cara para não resolver problema nenhum.
“…como a incapacidade de operar em certas infraestruturas, exemplificada por colapsos de pontes durante testes em Fort Campbell.”
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E na cabeça de um punhado de gente por aqui, limitações de peso e a preocupação com pontes, é tida como “desculpa”…
Em 90% das ocasiões foi sim desculpa para não adquirir um MBT de verdade.
Hoje, em produção quais as opções leves com ótimo poder de fogo e blindagem realmente efetiva?
Que eu conheça, zero opções…
O que seria o parâmetro para leve neste caso?
Uma ponte que colapsa com 38 toneladas é uma ponte bastante frágil pra começo de conversa. Depois, carros de combate leves e menos resistentes se revelam pouco úteis em sua função principal. Não adiante muita coisa conseguir passar pelas pontes e ser explodido por qualquer coisa.
Um bitrem carregado pode pesar até 57 toneladas. Esta é a capacidade máxima do Peso Bruto Total Combinado (PBTC) para bitrens no Brasil. O bitrem é composto por um cavalo mecânico e dois semirreboques, totalizando sete eixos.
Como os bitrens rodam o Brasil todo a desculpa de peso de um MBT puro sangue como fator de risco para as pontes colapsarem é só isso mesmo: desculpa.
Não se esqueça que o MBT não se locomoverá com seus próprios meios de uma região a outra, será transportado por uma carreta prancha. Então o peso de deslocamento é MBT + Carreta prancha.
Tem a questão da distribuição do peso.
Essa comparação não é válida por um pequeno e importante detalhe: as 57 toneladas de um caminhão bitrem são distribuídas pelos eixos ao longo de 20m de comprimento, enquanto esse tanque concentra 42 toneladas em apenas 7 metros, um terço do bitrem.
Na verdade podem ser adicionados quantos eixos a mais forem necessários a fim de distribuir o peso.
Sempre a mesma porcaria de argumento!
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Bitrem…
Pois bem… Vamos lá!
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Imagem do DNIT:
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Vamos interpretar a imagem de nossa legislação, que serve tanto para orientar projetos de implementos rodoviários, quanto para obras de infraestrutura:
Cada conjunto de eixos em tandem ( um na frente do outro) duplo de um bitrem, tem carga máxima estipulada na casa das 17 toneladas.
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Em geral, a distância que você vai achar em um bitrem no mercado, indo do Eixo 4 até o Eixo 7, fica na casa dos 7 metros. Isso significa que dentro destes 7 metros, a carga máxima que um bitrem poderá concentrar, é da ordem de 34 toneladas!
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Aliás, é justamento por isto, que existe pesagem por eixo!
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Um Leopard 1A5BR concentra mais de 8 toneladas a mais que isto, nestes mesmos 7 metros. Imagine agora, pegar um MBT “de verdade”, com 57 toneladas e concentrar esta carga nestes mesmos 7 metros. Não é a mesma coisa… Os carregamentos sobre a estrutura de uma ponte, mudam completamente.
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Este exemplo batido, do bitrem, rodotrem, ou o raio que o parta, é completamente furado! Nós temos resolução para ter caminhão com mais de 70 toneladas rodando. A grande questão, é que a carga será distribuída ao longo de dezenas de metros, em diferentes pontos de apoio!
Os seus argumentos procedem em parte, mas não contemplam a situação como um todo. Primeiro, de nada adianta ter blindados capazes de transpor pontes mas que são pouco resistentes frente as ameaças que irão enfrentar. Preferível um blindado que não pode passar em certas pontes que um blindado que não resiste ao fogo inimigo, ou então ele perde seu papel de blindado. Depois, a questão do limite de peso para as pontes é bem mais simples. As pontes são sempre projetadas para cargas estruturais superiores às regulamentações vigentes até por medida de segurança. Lembrando que as regulamentações são feitas pensando-se num tráfego constante ao longo de mais de 30 anos. A passagem de blindados é eventual. Claro que não poder transpor certos cursos d’agua e eventuais desníveis é um problema para um comandante militar, mas conseguir passar e perder muitos blindados também é.
O EB está buscando equilibrar o triângulo formado por mobilidade, proteção e poder de fogo, conforme for possível com as opções existentes, proporcionando assim um maior número de aplicações possível para uma força blindada. Força esta, que tem um destino completamente desconhecido!

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O Brasil não sabe se terá ou qual será seu inimigo, assim como não sabe quando e muito menos, onde e em que condições terá de lutar com uma força blindada, aqui, em território nacional ou fora dele, como no caso da FEB durante a WW2…
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Sendo assim, a preferência deve ser por ter com o que lutar, onde e quando for necessário lutar.
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“Depois, a questão do limite de peso para as pontes é bem mais simples. As pontes são sempre projetadas para cargas estruturais superiores às regulamentações vigentes até por medida de segurança.”
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Nós temos mais de 10 mil pontes que podem ter este destino aí, dada a situação em que se encontram.
Esse problema poderia ser dirimido por algo assim:
Esse tipo de sistema de transporte precisaria ser adquirido para dar suporte aos MBTs e demais meios dentro de uma plataforma unificada. Um conjunto como o da foto custaria em torno de US$ 2 milhões.
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Seria possível reduzir esse valor utilizando um cavalo mecânico civil, como adotam alguns exércitos europeus. Ainda assim, o custo continua elevado para um Exército que carece de praticamente tudo, como é o nosso caso.
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Mas o ponto central é que isso, por si só, não resolve o problema. Trata-se apenas de um paliativo para a questão do transporte. O pessoal foca demais nessa logística, quando o verdadeiro desafio está nas movimentações das unidades em combate, especialmente em localidades, no interior, onde os blindados precisarão se deslocar por meios próprios e enfrentarão obstáculos como pontes com baixa capacidade de carga e terrenos encharcados.
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Esses fatores impactam diretamente nossa capacidade de manobra, o que, em última instância, pode ser decisivo para a vitória ou a derrota em uma batalha.
Eu já cansei de falar que o M60 1A3 que é hoje usado no EB tem a mesma tonelagem do K2 Black Panther, Leclerc francês, Leo 2A4 e próximo do KF51 Panther. O EB está de palhaçada sim. Essa desculpa não cola.
Verdade.
O VT4 chinês pesa 52 t
O M60 A3TTS pesa 52,7 t
O EB deveria esquecer esse negócio de MMBT e selecionar um MBT de verdade dentre os mais leves.
Poderiam colocar 55 ou 60 T como o limite.
Para efeito de entendimento e de comparação:
Uma carreta bitrem possui 7 ou eixos no total (3 no cavalo mecânico e 2 ou 3 em cada um dos dois semi-reboques). Um rodotrem tem 9 eixos (3 no cavalo mecânico, 2 no primeiro semi-reboque e 2 + 2 no segundo semi-reboque). O rodotrem tem um PBTC (peso bruto total combinado – cavalo + semi-reboques + carga) de 74 toneladas. Esses 9 eixos estão distribuídos em um veículo que tem ao redor de 30 metros de comprimento (cavalo +semi-reboques).
Um cavalo mecânico trucado como os usados pelo EB + a carreta prancha, tem uma tara de aproximadamente 22 toneladas. Se somar o peso do Carro de Combate (hoje o Leopard 1A5 = 42 ton) temos um peso PBTC de 66 ton. Assim, poderia ser transportado um CC de até 52 ton. O comprimento do veículo (cavalo mecânico + prancha) e seus 7 eixos é de 22 metros.
Não está sendo proposto colocar um tanque em um bitrem.
Nenhum louco proporia isso.
O que esta sendo discutido é a possibilidade de se possuir um meio de transporte adaptado ao transporte de tanques que possua mais eixos e que possa transportar os tanques realizando uma distribuição melhor do peso por eixo de forma a atender as especificações das pontes e rodagens.
Só por curiosidade….as pranchas dos tank transporters dos abrams tem 8 rodas por eixo ao invés de 4 que usamos por aqui, os eixos esterçam para ajudar nas manobras, são blindados e tambem excedem os 3.20m que usamos por aqui, custam caro, mas muito caro mesmo.
https://www.govsales.co.uk/index.php/search-results-by-description/40210-m1000-semi-trailer-40-wheel-heavy-equipment-transporter-trailer
Perfeitamente. A carga é distribuida entre todos os eixos.
Cara…. Veja só….
Vc realmente acha q os MBT lutariam nas principais vias, q tem as boas pontes….
Reflita….
Aqui no interiorzao ta cheio de veiculos de 50 a 60 toneladas passando em nossas pontes… Espero que se for necessario eles venham lutar aqui por nós sim.
PBTC, no Brasil, é 74 toneladas.
Na verdade os enxames de drones na Ucrânia, destruindo milhares de MBT ligou um grande altera em novos projetos.
Ideal é mesmo investir em novas tecnologias de defesa, atrelado a MBT e IFV já consolidados.
Exatamente. Os drones não foram contemplados no projeto do M10 com a devida ênfase. Mas uma dúvida que tenho é com relação a essa preocupação excessiva com o peso. Na prática o transporte de blindados por via aérea é extremamente ineficiente e praticamente nunca acontece e não vejo motivos para deixar blindagem de lado em troca de uma mobilidade que não acontece.
D rones irão mudar completamente táticas e equipamentos em guerra
Imagino que vão tentar vende-lo para países aliados sem grande orçamento.
Boa tarde foristas.
Aprecio eses debates e gostaria de vê-los voltados para o cenário sul-americano. Não seremos invadidos por Rússia, China ou Estados Unidos.
O que o Exército Brasileiro precisa é algo que dê conta do cenário sul-americano.
Quais são as opções para esse cenário?
Qualquer coisa nova no mercado dá conta daqui, seja Lynx, Tulpar, Altay, VT4, Leo2A7/8, CV90, K2, etc, isso pq a america do sul é um continente sub armado. Mas, o ideal seria um MBT novo puro sangue, mas são caros e excedem o limite de peso proposto pelo EB, por isso o EB parece estar analisando mais de perto o Tulpar e o CV90, mais leves e “baratos”.
Isso pra mencionar coisas novas, pq aqui na LATAM, até MBTs usados como Leo2A6, M1A1, etc já dariam conta.
O Ideal é o EB projetar e construir um caça tanques sob esteiras novo, algo concebido desde a raiz para sê-lo.
Uma viatura com armazenamento de munição seguro para a tripulação , com mecânica simples e com componentes de fácil obtenção e manutenção , assim como sistemas embarcados modernos. Dai contrataríamos uma empresa para fabricar igual fizemos com o Guarani junto a Iveco.
muito interessante. Particularmente acredito que o apoio ideal para a infantaria passa por um veículo sobre rodas com mobilidade e poder de fogo (Centauro 2) ou por IFVs com canhões intermediários na casa dos 50mm que se mostraram MUITO eficazes nos últimos conflitos da Síria pra frente. A parte das pontes foi uma boa desculpa para cancelarem o programa mas não podemos se basear de forma crua nelas, uma ponte que não suporta 38t não seria capaz sequer nem de suportar nossos Leo 1a5 que já são extremamente leves. Talvez o US Army queria colocar esse bixo em lugares com infraestrutura para suportar no máximo infantaria a pé.
Canhão de 50mm não é muito bom, no comparativo que os russos fizeram dos BMPs com o Bradley eles mencionam que um canhão ágil de 20mm é superior a canhões maiores com taxa de disparo menor como o 50mm. 30mm como é o caso do CV90 já é o limite ao meu ver, qualquer calibre acima a taxa de disparo cai muito
Os anfíbios M551 Sheridan (15.2 ton) e PT-76 (14.6 ton) se encaixam perfeitamente no conceito desse programa.
Obrigatoriamente precisa ser anfíbio para realizar missões de reconhecimento e/ou apoio de fogo em regiões remotas e sem suporte da engenharia.
O novo canhão XM913 50 mm é perfeito para um congênere moderno.
Provavelmente a solução de apoio que esse tanque ofereceria será fornecida por enxames/matilhas de drones autônomos guiados por IA. Tanto aéreos como terrestres.
Não tem como drones fazerem a função de “boots on the ground” de um blindado com infantaria. O que drones podem substituir são ATGMs, mísseis de cruzeiro, lançadores de granada, etc
Esse CC é o famoso meio termo que não é bom em nada. Como CC “leve” ele é uma negação, sendo duas vezes mais pesado que um Sheridan e tendo quase a mesma tonelagem de um Leopard 1 mas muito menos protegido do que um MBT tendo quase as mesmas dimensões de um M1 Abrams:
Um CC leve tem que ser realmente leve, então se sacrifica a proteção, mas para reduzir a sua vulnerabilidade tem que ser pequeno, o que facilita sua capacidade expedicionária, o M10 não tem nada disso; o velho Sheridan tinha:
BMD-4M (13.6 ton)
Só pseudoespecialista ou militar brasileiro leva a sério essa balela de trafegabilidade em pontes.
Pontes que serão destruídas nas primeiras semanas de guerra.
Existe uma tal de engenharia que serve para apoiar o avanço da cavalaria, seja ela equipada com tanques com 30 ou 60 toneladas.
Pesquisem se os ucranianos e russos estão preocupados com o peso dos MBTs, pelo contrário, os tanques ucranianos e russos receberam toneladas em blindagem adicional.
Essa conversa de MMBT com canhão 105mm só existe no mundo dos lobistas, teóricos e militar que nunca viu uma guerra. A dura realidade da guerra moderna impõe o emprego de tanques com canhão 120mm e pelo menos 60 toneladas de aço.
Mobilidade nunca é um assunto trivial, é só estudar o caso dos Tiger I e II que devido ao seu peso limitavam muito seu emprego em combate; vários destes foram abandonados, perdidos devido ao seu enorme peso em situações que outros CCs mais leves poderiam ter sido recuperados.
MMBT= casca de ovo!
Não aguentam nem tiro de 30mm direito. Aliás essas viaturas propostas( com exceção do Kaplan) sequer são MMBTs projetados de raiz, mas sim IFV adaptados. E outra, as munições ficam armazenadas na viatura de uma maneira no mínimo suspeita… é um caixão sob esteiras.
Daqui a pouco o cara lança um argumento de que Sun Tzu era um malucão, por ter escrito os trechos sobre a importância dos rios no combate, rsrsrsrss…

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Pontes vão ser destruídas em um conflito, óbvio. São alvos. Mas não significa que todas as pontes vão ser destruídas, principalmente no curto prazo, dado diversos fatores, que podem ir desde a grande quantidade existente até ao interesse, por parte dos objetivos de um inimigo, de capturar e realizar manobra sobre tais estruturas. É possível ir com facilidade, da WW2 até o conflito na Ucrânia procurando por exemplos disto.
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No Brasil, nós temos mais de 100 mil pontes registradas! Mais de 10% disto, está em condição ruim ou crítica, segundo o DNIT. Boa parte disto, não comporta uma força blindada, mas não cabe lançar números.
Nossa infraestrutura, principalmente em direção ao interior, onde estão os maiores espaços de manobra para uma força blindada, não é um mar de rosas. É o inferno, onde a artilharia deve reinar.
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Pontes são um fator extremamente relevante em combate, por conta do que tem embaixo delas: o rio. Quem afirma o contrário ou tenta diminuir a questão, simplesmente não tem a menor ideia do que está falando!
Uma frente de combate pode estender-se ao longo de dezenas ou até centenas de quilômetros. Uma unidade blindada terá de realizar diversas passagens de corpos de água dentro do nosso TO, dada a capilaridade de nossas bacias hidrográficas, isto tanto em marcha, quanto combatendo. E isto tem severo impacto na nossa capacidade de manobrar, em nível tático ou mesmo estratégico.
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E sim, claro, existe engenharia de combate para apoiar… Mas não existirá nem em sonho, engenharia de combate disponível para dar suporte a todas nossas unidades em manobra, em diferentes níveis.
Além disto, cruzar um rio com os meios da engenharia de combate, é a operação militar mais difícil dentro da manobra de uma força blindada, dado que existe todo um preparativo a ser realizado, muito material será concentrado e muita coisa pode dar errado. E hoje, com o advento dos UAS, sistemas EW, satélites, a coisa se torna ainda mais difícil!
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Vamos a Ucrânia!
Os russos terminaram assim, quando resolveram cruzar um rio com seus meios de engenharia:
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Quantos rios eles tentaram cruzar, depois desta carnificina?
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Concentrar material, será cada vez mais difícil…
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São pontos que você e outros não conseguem enxergar, em termos de força blindada, quando passam a denegrir a questão da mobilidade em favor da proteção, usando engenharia de combate como paliativo!
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Rios definem o terreno de manobra. Basta lançar mão de um mapa da Ucrânia e constatar que rios estão delimitando a regiões de contato, tornando-se “fronteira”, onde não se pode mais concentrar força suficiente para cruzar de uma lado para o outro, sem tornar-se alvo dos fogos do inimigo. E no Brasil tem muito, muito mais rio que na Ucrânia…
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E ainda sobre Ucrânia: aquela frente de contato está estática e é da ordem de milhares de quilômetros. Dentro de distâncias monumentais e avanços medíocres sobre o terreno, encontrar terreno próprio para operar posicionar MBTs, torna-se a tarefa mais fácil do mundo. Até no Brasil seria possível… A grande questão, é que o Brasil não sabe qual será seu inimigo, assim como não sabe quando e muito menos onde e em que condições terá de lutar.
Quem dita a manobra é o terreno. Isso é óbvio. Mobilidade e Contra Mobilidade (MCM) é problema da engenharia, deem a eles os meios e eles cumprirão a missão. Em terrenos onde não pudermos operar MBTs o inimigo também não poderá. Mas nos cenarios em que eles podem ser utilizados por nós também poderão ser utilizados pelo inimigo, e aí o que faremos?
Usa ATGM ou drone pra se defender ou atacar os cc deles (na ofensiva). A função de combate contra CC, seja em ofensiva, seja em defensiva, hâ muitos anos não é mais de outros CC. ATGM e drones são mais baratos e eficientes.
Talvez vc seja um baita especialista então…. Pq não faço a menor ideia de onde vc tirou q as pontes seriam destruídas…..
A Eng não substitui uma obra de arte permanente…
Pela ponte passa a força que ataca e depois dia logística.
Quem defende, precisa dela pra contra-atacar…
Na última guerra do Iraque, a 101 e a 82 foram empregadas justamente pra garantir as pontes na região de Nassiria.
Na atual guerra da Ucrânia, muito “gás” se dá pra se manter pontes ou pra conquista-las, para se tê-las garantidas.
Não imagino de onde tirou a ideia de destruí-las…
Quer dizer que a maioria das pontes do front ucraniano está intacta?
Comparar uma campanha de contra-insurgência no Iraque com uma guerra de alta intensidade sem precedentes no século XXI?
Tudo sobre as pontes na guerra russo-ucraniana.
https://en.m.wikipedia.org/wiki/Bridges_in_the_Russo-Ukrainian_War
Após a invasão russa, as forças ucranianas destruíram ou danificaram pontes para retardar os avanços russos. As operações ofensivas russas foram repetidamente desfeitas por travessias de rios malsucedidas. [ 4 ]
À medida que a Rússia iniciava a sua retirada, as forças russas começaram a utilizar grandes quantidades de mísseis avançados de alta precisão para danificar a infraestrutura de pontes na Ucrânia e retardar os avanços ucranianos. Em julho de 2022, 305 pontes tinham sido danificadas ou destruídas. [ 5 ]
Depois de bilhões de dólares do contribuinte gastos, o programa é cancelado. Assim foi com o fuzil XM-8, o helicóptero Comanche e mais recentemente com o programa FLRAA. Os únicos beneficiados é o complexo industrial-militar, que cancelando ou não, estão com os bolsos cheios.
Enquanto isso os Chineses já tem centenas dos do ZTQ-15, todos equipados com APS anti drone.
Não são equipados com APS não, nem os M10 foram projetados para serem equipados com APS, apenas algumas centenas de Abrams e alguns type 99A tem APS, é um sistema muito caro para implementar em larga escala.