Lançamento do livro ‘A ideologia dos noticiários internacionais – volume 2’

No último domingo, 18 de maio, durante a “Bitita Festa da Palavra/5ª edição da Primavera dos Livros BH”, o escritor e professor da UFSJ, Francisco Fernandes Ladeira, fez o lançamento do livro “A ideologia dos noticiários internacionais – volume 2” (Emó Editora).
Neste livro – que conta com prefácio do editor de política da Revista Fórum, Plínio Teodoro –, Ladeira aprofunda a discussão sobre a manipulação midiática no cenário geopolítico atual, complementando as análises feitas no primeiro volume. Assim, busca-se iluminar os mecanismos que moldam a cobertura da grande imprensa sobre eventos significativos da política internacional, como a retirada das tropas dos Estados Unidos do Afeganistão, a geopolítica palestina pós-7 de outubro e a crescente tensão entre Rússia e Ucrânia.
Em um mundo saturado de informações, compreender como a mídia pode distorcer a realidade é crucial. O foco do livro não é apenas expor as falhas da cobertura midiática, mas desenvolver um olhar crítico em relação a ela. Desse modo, o leitor é convidado a questionar a narrativa predominante e a desconfiar sobre as informações consumidas. Essa abordagem é vital para qualquer um que deseje navegar pelas complexidades do mundo contemporâneo, especialmente em um tempo em que a verdade parece ser uma moeda escassa.
Por meio de análises minuciosas e exemplos práticos, o livro se apresenta como uma ferramenta indispensável para aqueles que desejam não apenas entender a geopolítica contemporânea, mas também desenvolver habilidade de análise crítica em relação ao que consomem na mídia. “A Ideologia dos Noticiários Internacionais – Volume 2” é, portanto, um convite a um olhar mais atento e questionador sobre a informação que molda nossas percepções do mundo. Para adquirir o livro, clique aqui.
Faz décadas que eu não paro para assistir jornal em TV aberta ou a cabo. Desde que aprendi inglês o suficiente para ler sites gringos, me deparei com uma realidade muito diferente da apresentada na imprensa brasileira. Esta alimenta fortemente a síndrome de vira-latas que inflige boa parte da população, sem falar nas manipulações com viés político de direita ou esquerda.
Curiosamente, nos EUA a premiação mais famosa da imprensa é o prêmio Pulitzer, mas foi engraçado descobrir que seu criador fez fortuna com jornais sensacionalistas. Então você começa a perder o respeito por quem ganha um prêmio desses.
Hoje em dia apenas vejo notícias pontuais em noticiários, quando passo em frente a uma televisão ou vídeo na internet. De resto me informo mais em sites especializados e eventualmente diretamente com indivíduos que postam vídeos na internet, sem passar por jornalistas que gostam de distorcer fatos para criar uma narrativa enviesada. E mesmo assim é com um pé atrás, pois todo mundo tem viés político e é comum querer puxar a sardinha para o seu lado. “Não acredite em nada do que você ouve e apenas em metade do que você vê”.
Sobre o Pulitzer, lembre que o Alfred Nobel inventou a dinamita e ainda assim o Nobel da Paz é reconhecido internacionalmente…
Isso aconteceu também com o Carnegie, que era um magnata do aço e depois montou uma funação.. ou o Rockfelles que em vida foi um magnata impiedoso e depois montou uma fundação… a lista é longa
Uma coisa é a pessoa que fez a fortuna seja por quais métodos.. outra coisa são os comitês das fundações que escolhem a premiação…
então, se os prêmios são equivocados, a culpa é do comitẽ não daquele que criou a fundação
Hoje você tem possibilidade de ler N fontes, de diversos lados e viés, deduzir o que é lógico, o que é improvável e o que é surreal e torcida frente à realidade factual.
Seguir piamente o que diz A ou B é cometer Seppuku interpretativo e pagar vale.
É muita ingenuidade achar que mídia não tem lado e jornalista não precisa seguir orden$. Além de alguns colocarem a ideologia travestida de informação.
Ter um senso crítico e válido , realmente a imprensa do Brasil é tendenciosa pro elite.
Me lembro do roubo das lojas americanas foi tratada como ” inconsistência contábil” aí descobri o porque, o ladrão financia 90% da imprensa no país.
Dúvida: É volume 2 (2ª edição) ou há um “Volume 1 (livro 1)? Procurei e não encontrei.
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Assunto interessante e necessário! Infelizmente não ganhará publicidade pela grande mídia por motivos óbvios, mas parabéns ao Forte pela divulgação!
Reiterando o que o Clésio disse acima, lembro que durante o caos da pandemia li uma notícia no site da Globo que dizia que “2% das crianças que tomaram a vacina da Astra Zeneca desenvolviam uma síndrome grave”. Fiquei chocado com a gravidade e fui em busca do texto original que havia saído numa revista científica do Reino Unido. O estudo dizia que “2% das crianças de descendência asiática de uma etnia específica podiam desenvolver a tal síndrome”. Ou seja, era coisa de 0,001% do total de crianças e não os 2% que algum mal informado ou mau intencionado publicou no Brasil.
Há também um atraso significativo no que é publicado lá fora com o tempo que leva para sair aqui. Quando é sensacionalismo, tragédia ou esporte acontece em real time, quando é ciência, tecnologia, etc, há um delay de até semanas!
Um exemplo disso foi a IA do google que chegou aos mesmos resultados de cientistas da Oxford num estudo sobre bactérias e antibióticos. Eu lembro de ter lido a notícia num fórum do Reddit, mas só virou notícia no Brasil coisa de 10 dias depois! 10 dias pra 2025 é ridiculo!
A imprensa tradicional se você paga $$$ até a verdade eles falam…por isso eles querem tanto “regulamenta” as redes sociais
E quando a imprensa independente tenta fazer realmente jornalismo, é cerceada/caçada pelo stabeleshiment. Dois exemplos dos últimos anos:
1. O caso do WikiLeaks, quando Julian Assange foi impedosamente caçado pelo governo americano por ter noticiado várias práticas ilegais do governo dos EUA;
2. O caso da Fundação Clooney, do ator multimilionário George Clooney, que no começo do conflito Rússia/Ucrânia estimulou e incentivou vários governos europeus a enquadrar como crime a cobertura do conflito, por alguns jornalistas, de um ponto de vista não tão pró-Ucrânia, da mídia corporativa ocidental.