2023-08-26,Radom,Poland,The,Panther,Kf51,Is,A,German,Main

Bonn, 1º de julho de 2025 – A indústria de defesa europeia deu um passo estratégico nesta terça-feira com o lançamento oficial do Projeto MARTE (Main ARmoured Tank of Europe), uma iniciativa ambiciosa destinada a fortalecer a autonomia tecnológica do continente com o desenvolvimento de um novo Sistema de Tanque de Batalha Principal (MBT).

Sob coordenação da MARTE ARGE GbR, joint venture formada pelas empresas alemãs KNDS Deutschland GmbH & Co.KG e Rheinmetall Landsysteme GmbH, o projeto reúne grandes players da indústria de defesa europeia, empresas de médio porte, instituições de pesquisa e inovadoras pequenas e médias empresas (PMEs).

O consórcio MARTE conquistou um financiamento de aproximadamente €20 milhões do Fundo Europeu de Defesa, além de contar com o apoio direto de 11 Ministérios da Defesa (MoDs) de países-membros da União Europeia e da Noruega, potenciais futuros clientes do novo tanque. Liderado pelo Ministério da Defesa alemão, o grupo inclui ainda Bélgica, Espanha, Estônia, Finlândia, Grécia, Itália, Países Baixos, Noruega, Romênia e Suécia.

O objetivo do MARTE é conduzir estudos e atividades de design para criar um sistema de tanque capaz de responder às ameaças atuais e futuras, atendendo às necessidades harmonizadas dos países participantes. O projeto pretende integrar tecnologias inovadoras e disruptivas, levando em conta lições aprendidas em conflitos recentes, para projetar um sistema de defesa resiliente e preparado para os desafios da guerra moderna.

Ao todo, 51 entidades de 12 países europeus compõem o consórcio, promovendo colaboração transfronteiriça e inovação tecnológica. Entre os principais parceiros industriais estão KNDS Deutschland e Rheinmetall Landsysteme (Alemanha), Leonardo SPA (Itália), Indra Sistemas SA (Espanha) e SAAB AB (Suécia), cada uma responsável por coordenar um dos cinco pacotes técnicos de trabalho do projeto.

Após a assinatura do acordo de financiamento entre a MARTE ARGE e a Comissão Europeia, o projeto começou oficialmente em 1º de dezembro de 2024. O encontro de lançamento ocorreu em Estocolmo, nos dias 5 e 6 de dezembro, reunindo autoridades e representantes das empresas parceiras.

Em um cenário internacional marcado por crescente instabilidade geopolítica, o MARTE surge como investimento crucial para assegurar a autonomia estratégica da Europa em defesa e segurança, sinalizando a disposição do continente em avançar no desenvolvimento de capacidades militares próprias.

FONTE: Rheinmetall

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Nelson Junior
Nelson Junior
10 dias atrás

Putin cadê você meu filho ?
Queria te dar os parabéns… Fez a “agua bater na bunda dos Europeus” e eles estão nadando como nunca agora

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
10 dias atrás

Só acredito que esse projeto vá em frente, porque a França não está envolvida.
Todo mundo aqui que sabe um mínimo de História sabe o que aconteceu todas as vezes em que França e Alemanha tentaram fazer projetos em comum…

Clésio Luiz
Clésio Luiz
Responder para  Willber Rodrigues
10 dias atrás

Nem França nem Reino Unido, que é outro tradicional produtor europeu de MBT.

O maior trabalho que os membros do grupo terão, é não deixar os alemães complicarem desnecessariamente a mecânica. Afinal, é o país de origem da frase “porque fazer do jeito simples se o complicado também funciona?”.

rui mendes
rui mendes
Responder para  Clésio Luiz
10 dias atrás

Uma mentira contada muitas vezes, não passa a ser verdade.
Mecânica é o nome do meio da Alemanha.

rui mendes
rui mendes
Responder para  Willber Rodrigues
10 dias atrás

Deve ser aquele pessoal que aprendeu história, com o professor do Putin, aquelas verdadeiras histórinhas.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Willber Rodrigues
10 dias atrás

A França está envolvida inderatemente, a KNDS é um fusão da KMW e Nexter (Francesa)

Heitor
Heitor
Responder para  Carlos Campos
10 dias atrás

Esse plano já saiu a mais de ano pela knds, um seria o franco alemão mas caro e em várias plataformas e outro mais barato com os italianos e outros da indústria para vender para todos outros europeus e internecinalmente

JuggerBR
JuggerBR
10 dias atrás

Leopard 3, o retorno?

Hamom
Hamom
10 dias atrás

De fato, os drones tornaram os tanques atuais bastante vulneraveis . Chega-se ao ponto em que eles são atingidos antes mesmo de terem tempo de entrar no campo de batalha, o que os transforma essencialmente em alvos fáceis.

Além do aprimorameno das defesas passivas os tanques daqui pra frente deverao ter sistemas de proteção ativa melhorados e adaptados para as ameaças atuais.

Última edição 10 dias atrás por Hamom
Marcelo Andrade
Marcelo Andrade
10 dias atrás

Ué , os dronetes não profetizaram que os MBT estariam com os dias contados?

Pedro Rabelo
Pedro Rabelo
10 dias atrás

Nada que um ATGM Kornet bem nos “cornos” não resolva

RDX
RDX
10 dias atrás

Deve custar quase o preço de um caça.
O MBT não está morto mas perdeu muita relevância.
A recente decisão do exército ucraniano em desmantelar suas unidades de tanques e remanejar seus meios entre unidades de infantaria merece uma apreciação mais aprofundada.
A ausência de combates entre tanques pode ser um dos motivos para tal decisão.

Nelson Junior
Nelson Junior
Responder para  RDX
10 dias atrás

Não é o que o pessoal acha mundo a fora não…
Acredito que terão muito uso ainda, desde que “bem empregados”.
Muitos países ainda estão apostando alto nos MBTs, como por exemplo a Polônia.

Polônia compra mais tanques K2 (defence-blog.com)

Iran
Iran
Responder para  Nelson Junior
9 dias atrás

Polônia, Russia, India, China, EUA, Alemanha…

Iran
Iran
Responder para  RDX
9 dias atrás

Talvez seja pq estão mais numa posição defensiva

J R
J R
10 dias atrás

Só os gênios do EB que veem vantagem em substituir um MBT puro por um MMBT, o único motivo pra isso devem as gordas comissões pro generalato.

Luís Henrique
Luís Henrique
Responder para  J R
9 dias atrás

Melhor opção é o VT-4 da Norinco.
Esse negócio dos EUA e da Otan bloquear as vendas da China por causa de rádios e comunicação tem que ser solucionado.

Os chineses ficaram em 3º lugar com o ST-1 por causa disso.
Os chineses ofereceram a produção de um rádio aqui no Brasil pra substituir os rádios alemães.

Eu acho o melhor caminho, vamos fabricar nossos próprios rádios e isso não será mais um impeditivo para adquirir equipamentos chineses ou russos ou de qualquer outro país que nos interessar.

Outra coisa, se os chineses ou russos oferecem munições de 125 mm que podem ser produzidas aqui, com tot, produção local, maior autonomia e independência, porque o EB tem que padronizar em 120mm padrão Otan?
Isso é outra burrice.

As munições mais novas de 125mm tanto chinesas como russas possuem a mesma capacidade de penetração que as munições novas de 120mm padrão Otan.

Eu iria de VT-4 e não mexeria no canhão, manteria o 125mm, negociaria a produção das munições aqui, com ToT e também os rádios nacionais com ajuda (tot) da China.

Observador
Observador
8 dias atrás

Não disseram que era o fim dos MBTs, que eram obsoletos e coisa e tal? Bobo é quem acreditou que eram completamente dispensáveis…