Setor de defesa registra US$ 1,31 bi em exportações no primeiro semestre; índice representa 73% do recorde de 2024

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Ministério da Defesa

Brasília (DF), 7/7/2025 – As autorizações de exportações de produtos e serviços de defesa atingiram US$ 1,31 bilhão no primeiro semestre de 2025. O índice representa 73,6% do recorde alcançado em 2024, quando o setor registrou a cifra de US$ 1,78 bilhão – melhor resultado dos últimos 11 anos. Atualmente, a indústria de defesa nacional comercializa para cerca de 140 países em todos os continentes do mundo, sendo que 34% das exportações são de aeronaves, suas peças e partes. O setor representa 3,58% do Produto Interno Bruto (PIB) e gera 2,9 milhões de postos de trabalho diretos e indiretos.

A crescente, segundo o Secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Heraldo Luiz Rodrigues, é reflexo de um setor cada vez mais competitivo, além da busca constante pela autonomia e por oportunidades comerciais dentro e fora do país. “Desempenhamos um papel fundamental no auxílio às exportações de produtos de defesa, o que abrange o desenvolvimento tecnológico necessário para que os produtos sejam de última geração, financiamentos e seguros e auxílio comercial e propaganda dos produtos da nossa Base Industrial de Defesa (BID)”.

O Brasil espera alcançar, no próximo ano, 55% de domínio de tecnologias como radares, satélites e foguetes – itens utilizados em projetos estratégicos das três Forças Armadas. Atualmente, o índice é de 42%. Até 2033, a expectativa é de que chegue ao patamar de 75%, o que vai permitir autonomia no desenvolvimento de projetos de pesquisas de interesse da defesa. A projeção para os próximos oito anos foi divulgada pelo Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, durante evento de lançamento da “Missão 6” do Programa Nova Indústria Brasil (NIB), realizado em fevereiro.

“A autossuficiência com relação às tecnologias de interesse da defesa poderá ser um impulsionador das exportações. As empresas brasileiras possuem uma capacidade instalada bastante grande e produtos com reconhecimento mundial de altíssima qualidade. Isso faz com que a comercialização para o exterior tenda a crescer. Temos com isso já um bom resultado do ano de 2025. Os índices indicam que as nossas exportações estão crescendo em um ritmo adequado à manutenção da nossa BID para que ela seja forte e com capacidade de apoio às nossas Forças Armadas quando necessário”, acrescentou o Secretário Heraldo Luiz.

Setor de Defesa – A BID possui em seu portfólio 283 empresas e 2064 produtos cadastrados no Ministério da Defesa, como aeronaves, embarcações, soluções cibernéticas para proteção de dados, radares, sistemas seguros de comunicação e armamentos.

DIVULGAÇÃO: Ministério da Defesa

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Claudio Moreno
Claudio Moreno
4 dias atrás

Boa noite a todos os senhores camaradas do Forte e Trilogia!

Por ser o primeiro a comentar essa excelente notícia, acho que muitos discordarão do que direi, mas o fato é que esse mérito é todo e exclusivo de nossa indústria de defesa. Zero apoio governamental, tanto na questão de promoção midiatica, lobby, mas principalmente na questão dos impostos e sobretudo na falta de aquisições para nossas próprias FFAA.

Muitos comentarista, culpam as FFAA pela indisponibilidade de material e falta de aquisição, ficando mais fácil jogar a culpa nas pensões (o que também é um fato) mas a verdade é que as FFAA dependem do orçamento que a União disponibiliza a conta gostas.

Enquanto não houver mobilização nacional para conscientização da população, da importância das FFAA, tudo seguirá como está.

Parabéns a nossa INDÚSTRIA DE DEFESA.
BRAVO ZULU

Sgt Moreno

Heinz
Heinz
Responder para  Claudio Moreno
4 dias atrás

Se for depender desse governo, nem FA teríamos. Esses valores são méritos totais das empresas de defesa.

José Joaquim da Silva Santos
José Joaquim da Silva Santos
Responder para  Heinz
4 dias atrás

Desse e de todos da “Nova república” !! Pelo governo anterior sequer a Embraer teríamos, o atual só quer jogar a pá de cal.

Henrique B
Henrique B
Responder para  Heinz
3 dias atrás

Sinto muito te dizer mas é mérito sim, se houve aumento é porque houve abertura de mercado, incentivos fiscais, desenvolvimento tecnológico em formato parceria público privado e entre outras colaborações…

E isso é importante até porque um dependente do outro para que as coisas caminhem bem, mesmo quando você tem 2 terços de um congresso que não contribui em nada para melhorar o país (vide o projeto de aumentar para 2% do PIB o investimento na área de defesa que está parado no congresso)

EduardoSP
EduardoSP
Responder para  Claudio Moreno
3 dias atrás

Pura vontade de reclamar do governo.

Não existe indústria no Brasil, em qualquer área, sem apoio estatal.

Não é sem motivo termos mais de R$600 bilhões de renúncias tributárias, mais centenas de bilhões em financiamentos subsidiados do BNDES e outros bancos públicos.

O modelo de desenvolvimento do Brasil passa pelo Estado, para o bem e para o mal.

MMerlin
MMerlin
Responder para  Claudio Moreno
3 dias atrás

Sgt Moreno.
Sempre apontei neste espaço a falta de lobby, por parte do Itamaraty e do Executivo, no apoio à indústria interna de defesa, formalmente conhecida como BID.
Mas o que não sabia, era a burocracia por trás de todo processo de venda e exportação por parte das empresas do setor.
Além dos Governos que passaram e estão no poder não ajudarem, existe um trâmite todos para dificultar este setor.
O processo todo foi descrito recentemente no DefesaNet.
Não é apenas assustador. É revoltante.

Última edição 3 dias atrás por MMerlin
Henrique B
Henrique B
Responder para  MMerlin
3 dias atrás

Colega, essa fonte “DefesaNet” é tão medonha quanto parcial em suas publicações…

Acredito que o trabalho jornalístico com uma visão mais imparcial e completo que tenho encontrado sobre a área de defesa é aqui na triologia mesmo…

Abs!

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
4 dias atrás

Imagino que o “carro-chefe” de nossas exportações seja o 390, mas adoraria saber o que mais exportamos, embora eu saiba que somos campeões na fabricação de armas leves.

wilhelm
wilhelm
4 dias atrás

É realmente uma pena que não exista nenhuma política de estado séria para promover a indústria de defesa aqui no Brasil.

Considerando o contexto atual do mundo, o futuro possivelmente mais instável, posição relativamente isenta do Brasil em relação aos grandes blocos de poder mundial e o tamanho da nossa economia, o Brasil poderia ter um retorno enorme nas exportações de produtos militares se ao menos existisse uma indústria mais robusta.

Mas nunca acontecerá.

Gabriel
Gabriel
Responder para  wilhelm
4 dias atrás

Eu nem diria política de estado, temos várias etapas pra cumprir antes disso

Pensemos juntos…
Quando foi a última vez que o Itamaraty tomou uma boa decisão em termos de defesa? Se cancelaram a compra do ATMOS porque Israel matou pessoas, então o BRICS sequer deveria existir…
Cadê a tal Apex, que finge promover exportações? Tem mais entusiastas falando de defesa no Linkedin do que em vários órgãos estatais somados, que em tese existem pra isso. Até pouco tempo atrás, o chefe da Apex nem falava inglês…
Quantas linhas de crédito os bancos, principalmente estatais, oferecem pra financiar armamento? E não venham com esse papinho de “ain, é um tema sensível mimimi” Com exceção do Santander, que é espanhol, o resto é brasileiro e portanto dá pra ajeitar
Quantos posts em rede social são feitos pra promover a defesa/tecnologia, inclusive pelos deputados, PR etc? Tem postagem a rodo vindas de políticos americanos, franceses, chineses etc
Onde está a mea culpa dos comandantes militares sobre prestação de contas, planejamento, prioridades etc? Por mais que o orçamento seja “um mistério”, o que fazer com ele é de responsabilidade dos militares

Enfim, apenas algumas reflexões nessa noite invernal

Nelson Junior
Nelson Junior
Responder para  Gabriel
3 dias atrás

Perfeito, parabéns pelo comentário !

Colombelli
Colombelli
4 dias atrás

Tira o KC 390 e o A29 (ou seja Embraer) desaparece o numero.

José Joaquim da Silva Santos
José Joaquim da Silva Santos
4 dias atrás

Essa release do MD não quer dizer nada, pois se de hoje até o fim do ano não exportarmos nenhum item de defesa teremos uma queda de 27% em relaçao ao ano passado, apenas um malabarismo com números.

Sequim
Sequim
Responder para  José Joaquim da Silva Santos
3 dias atrás

Essa é a sua interpretação tipo “copo meio vazio” da notícia. Vou fazer a minha interpretação “copo meio cheio” : 3/4 das exportações recordes de 2024 já foram obtidos apenas no primeiro semestre de 2025, o que significa que falta pouco para se atingir novo recorde de exportações em 2025.

Alex Barreto Cypriano
Alex Barreto Cypriano
2 dias atrás

Ao contrário dos KC-390, a classe Tamandaré não é exportada (nem qualquer submarino classe Riachuelo). Na verdade, nas Tamandaré, o índice de nacionalização é menor que 40% – portanto, importamos um monte de coisas que não fazemos aqui. BID (também conhecida como MIC, em inglês) é coisa séria, não dá pra ficar feliz com sucessos parciais – ela tem que ser capaz de satisfazer a necessidades de meios adequados e suficientes para a defesa nacional. Acho que nunca foi assim por aqui, e isto não se deve a nenhum governo em particular.