Chávez nega que Forças Armadas da Venezuela passem por ‘cubanização’

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venezuela_Carlos_Garcia_Rawlins_EFEvinheta-clipping-forteO presidente da Venezuela, Hugo Chávez, minimizou no domingo, 25, as afirmações do ex-general Antonio Rivero, segundo as quais cresce a presença cubana nas Forças Armadas do país. Chávez criticou Rivero após o oficial reformado denunciar o que chamou de participação generalizada das tropas cubanas nas forças militares da Venezuela.

O líder venezuelano defendeu a cooperação cada vez mais próxima de seu governo com as autoridades de Havana. “Que cubanização? Aqui os cubanos estão nos ajudando”, disse ele, durante seu programa dominical de rádio e televisão “Alô, presidente”.

O ex-general afirmou que os cubanos agora se envolvem nos treinamentos das tropas e têm um papel na área de inteligência, armas, comunicações e outras também estratégicas. Ex-aliado de Chávez, Rivero saiu da ativa após 25 anos, justamente pelo que qualificou como “intromissão” de soldados cubanos nas Forças Armadas.

Falando ao canal Globovisión, Rivero disse que agentes de inteligência o estavam espionando. Chávez afirmou suspeitar que o ex-general já tivesse contatos com a oposição antes de deixar a ativa.

O presidente da Venezuela tem aproximado o país de Cuba desde que chegou ao poder, em 1999. Ele visita frequentemente o ex-líder cubano Fidel Castro, que qualifica como mentor, embora rechace as acusações de que os líderes cubanos tenham a ver com seus planos de transformar a Venezuela em um Estado socialista.

Durante o programa dominical, Chávez anunciou também um aumento salarial de 40% para os militares. A decisão pode ajudar a consolidar a lealdade ao presidente às vésperas das eleições legislativas de setembro.

FONTE: Estadão e AP /FOTO: EFE

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Fabio
Fabio
13 anos atrás

O “bacana” da Venezuela é que Hugo Chaves tocou o “________-se” na estrutura de pessoal das Forças Armadas. Mudou o programa de instrução, mudou plano de carreira, etc…sendo que fez tudo isso sem um estudo de Estado Maior ou aprovação dos comandantes militares. Para aqueles que entendem um pouquinho já devem ter percebido que isso é o “inicio” do “fim”, pois o próximo passo é Hugo Chaves perder o apoio das FA. Exemplo foi uma declaração em “off” de um capitão venezuelano que estava fazendo um curso no EB: “vim só passear aqui, pois como não sou chavista minha carreira… Read more »

Galileu
Galileu
13 anos atrás

Concordo Fábio, mas o chavez ainda tem muito apoia nas Forças e da população, está caindo mas quase nada perto da aprovação que ainda tem, em seu país

Bernardo R.
Bernardo R.
13 anos atrás

Lembrem-se que apoio popular nem sempre garante alguém no poder!!!

Se der na telha das FAs de lá tirar ele do poder, o farão sem pestanejar!!! E ainda contará com apoio de importantes grupos extrangeiros!!!
Oq o povo faria?? tacaria pedra?

Em tempo, a oposição popular é feroz por lá!!

MA
MA
13 anos atrás

Bernardo R. pode não ser o caso, porque eu acho que o apoio popular do Chavez não está para tal, mas se ocorrer algo como no Quirguistão, os membros das FFAA da oposição é que vão se dar mal…
Contudo, eu também acho que o Hugo dura demais não.

lc
lc
13 anos atrás

Se o fanfarrão perder o apoio dos militares a coisa vai feder.
Não se esqueçam que o chaves já nomeou e armou 35.000 milicianos entre militares da reserva, policiais e voluntários civis para respaldar sua sandice bolivariana. Ademais, têm o apoio de seus capachos da latrino américa, incluindo o intocável todo poderoso mulla de banânia, que já afirmou que na Venezuela há democracia em excesso.
Acredito que a semente da guerra civil já foi lançada.

Bernardo R.
Bernardo R.
13 anos atrás

lc,

mas seria civil mesmo…. Não creio em participação de outras nações, a não ser que o cenário se agravasse muito….. e o Mula não seria louco de intervir, eu acho… hehehe
além do mais, isso não ocorrerá tão breve assim, o Mula já terá saído do poder….

e MA,

realmente, são só meras conjecturas!!!

Fabio
Fabio
13 anos atrás

Como a crise ta pegando a Venezuela (problemas com comida e energia), a tendência é a perda do apoio popular.

Muitos setores das FA que apoiavam Chaves, por ser ex-Coronél, estão mudando de lado depois da centralização autoritária.

O Trunfo de Chaves vai ser mesmo essa milícia, que nada mais é que uma “tropa” ligada diretamente a ele.

Guerra civil? sim, é uma possíbilidade.

Vader
13 anos atrás

A verdade é que tudo isso é excelente para quem faz nas calças de paúra do Chapolim e sua Venefavela enxergar que tal país não detém a menor condição expedicionária. Na realidade as FA de lá mal tem condições de se aguentar.

Paulo
Paulo
13 anos atrás

Estas milícias não são páreo para as forças armadas. Mas 40% de aumento e a troca de comandantes pode render apoio sim.
Só acho que agora o Chávez enlouqueceu de vez, porque ele se arma contra um inimigo imaginário, igual Dom Quixote, que via nos moinhos perigosos dragões.
O povo sem comida, sem energia, sem emprego, logo se cansará dele.
E uma guerra civil será a deixa para a OEA intervir, insuflada pelos EUA.

Caipira
Caipira
13 anos atrás

SS bolivariana?

Vitor
Vitor
13 anos atrás

O problema de criar essas melícias armadas é que ao mesmo tempo Chavez pode estar armando o inimigo do futuro e acabar com um inimigo incontrolável igual as FARCs. Armar a populaçao só funciona com leis rígidas em país sério.

Bruno Rocha
Bruno Rocha
13 anos atrás

Eu não pensaria assim. Vemos no Oriente Médio uma milícia popular armada chamada de “terrorista”.
Se um dia a Venezuela virar uma zona de guerra civil, acho que esse pessoal da milícia vão acabar virando guerrilha mesmo. Mesmo que a venezuela se estabilize, talvez seriam como as FARCs, da Colômbia.

massa
massa
13 anos atrás

Tudo indica que a Venezule está criando uma milícia nos moldes da SS nazista, característica comum de países facistas, vide exemplo da antiga guarda republicana de Saddan Hussen ou da guarda revolucionária do Irã.
Outra semelhança comum é que países facistas se alimentam do nacionalismo extremado, não é incomum buscarem um inimígo externo nesses países.
A tendência é um agravamento das tensões na américa latina, principalmente entre a Venezuela e a Colômbia.
Por enquanto os colombianos tem conseguido evitar as provocações chavistas, a grande questão será se Chaves resolver desenvolver armas nucleares como o Irã