Dilma defende criação de Estado palestino e reforma do CS

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Primeira mulher a abrir uma Assembleia Geral da ONU, a presidente Dilma Rousseff defendeu uma reforma do Conselho de Segurança da ONU e lembrou que “há 18 anos” se discute a entrada de novos países.

Dilma diz que Brasil está pronto para Conselho de Segurança

Para presidente, Conselho de Segurança deve ter a participação de novos membros, em especial representantes dos países em desenvolvimento

“O Brasil está pronto para assumir suas responsabilidades como membro permanente do Conselho. Vivemos em paz com nossos vizinhos durante mais de 140 anos”, disse.

“O mundo precisa de um Conselho de Segurança que venha a refletir a realidade contemporânea”, acrescentou.

“A atuação do Conselho de Segurança é essencial e ela será tão mais acertada quanto mais legítimas forem suas decisões, e a legitimidade do próprio conselho depende cada dia mais de sua reforma”, disse Dilma.

“A cada ano que passa, mais urgente se faz uma solução para a falta de representatividade do conselho o que corrói sua eficácia”, completou.

Reconhecimento da Palestina

No discurso de abertura da 66ª Assembleia Geral da ONU, a presidente Dilma Rousseff defendeu o reconhecimento do Estado da Palestina assim como a sua entrada na ONU. O assunto é um dos principais temas do encontro deste ano, e encontra forte oposição por parte dos Estados Unidos.

“Quero estender ao Sudão do Sul as boas-vindas. O Brasil está pronto a cooperar com o mais jovem membro das Nações Unidas. Mas lamento ainda não poder saudar, desta tribuna, o ingresso pleno da Palestina na ONU. O Brasil já reconhece o Estado palestino como tal”, disse a presidente.

“Chegou o momento de ter representada a Palestina a pleno título”, afirmou, deixando clara a posição do Brasil em meio a intensas negociações para evitar uma crise diplomática pelo pedido de adesão dos palestinos à ONU.

Segundo Dilma, o reconhecimento do Estado palestino ajudará a obter uma “paz duradoura no Oriente Médio”, e assinalou que “apenas uma Palestina livre e soberana” poderá atender aos pedidos de Israel por segurança.

“Venho de um país no qual judeus e árabes vivem em paz”, disse Dilma.

Nesta sexta-feira (23), o líder palestino, Mahmoud Abbas apresentará o pedido de votação do Conselho de Segurança sobre o reconhecimento do Estado palestino que, para ser aprovado, precisa de nove votos a favor dos 15 Estados-membros e nenhum contra dos cinco permanentes (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido).

Mediação de conflitos

Ao falar da mediação de conflitos, Dilma cobrou políticas de desenvolvimento associadas a estratégias do conselho de segurança da ONU e citou os trabalhos humanitários e de segurança no Brasil no Haiti, com a Minustah, e na Guiné-Bissau.

Como é comum em seus discursos, Dilma voltou a destacar a preservação dos direitos humanos, o papel das mulheres – segundo ela, “este será o século das mulheres” – e o combate à miséria.

“O Brasil descobriu que a melhor política de desenvolvimento é o combate à pobreza.Tenho plena convicção de que cumpriremos nossa meta de até o fim do meu governo erradicar a pobreza extrema no Brasil”, disse.

Antes do discurso de Dilma, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu para romper o impasse no Oriente Médio, em meio a uma luta diplomática entre israelenses e palestinos. O chefe da ONU destacou os esforços da organização para fazer avançar uma saída negociada, enfatizando que tanto Israel quanto os palestinos “querem a paz”.

FONTE: UOL

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FCGV
FCGV
12 anos atrás

O que é a Palestina hoje?
Não é um país. Também não é parte de Israel. Seria um estado ou uma provincia? Seria um gueto? Ou seria um campo de refugiados? Nao sei, mas acho que ta mais pra um campo de concentração! O que é a Palestina afinal?

Mauricio R.
Mauricio R.
12 anos atrás

Ah, eu tb defendo a criação do estado palestino, independente do que “Palestina” possa significar atualmente.
Mas tb defendo que Estado palestino criado, implementado e funcionando, se Hamas ou em especial o Hez aprontarem algo contra Israel, que esse Estado palestino arque c/ as consequencias e sem o habitual mi, mi, mi.
Então eu recomendaria um programa nacional de incentivo a natação, p/ crianças, jovens, adultos e 3ª idade.
Pois nunca se sabe, vai que Israel decide varre-los p/ o mar…