As fronteiras com a Bolívia, Paraguai e Peru estão sob forte esquema de vigilância em decorrência da Operação Ágata III, deflagrada pelo Ministério da Defesa no contexto do Plano Estratégico de Fronteiras. Em andamento desde o último dia 21, a ação militar mobiliza perto de 6,5 mil homens do Exército, Marinha e Aeronáutica, com apoio de órgãos como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Ibama. O objetivo é combater e prevenir os crimes transfronteiriços, como o tráfico de drogas e o contrabando, além de delitos ambientais.

Na linha de fronteira com a Bolívia, principal ponto de entrada da cocaína para o Brasil e outros países, a presença de policiamento é maciça. No Posto Esdras, na divisa com o país vizinho, por exemplo, barreira do Exército dá suporte a agentes da Polícia Federal e fiscais da Receita Federal. Com o emprego de cães farejadores, a Federal realiza fiscalização de veículos em busca de drogas e produtos contrabandeados. Várias apreensões já foram feitas.

Além do Esdras, a presença de tropas militares é intensa no entroncamento da Estrada Parque, Lampião Aceso e Buraco das Piranhas, na BR-262, que liga Corumbá a Campo Grande. Unidades móveis do Exército também patrulham várias estradas vicinais que podem ser utilizadas como rotas alternativas do tráfico em virtude do fechamento de rodovias.

Ônibus saindo de Corumbá com destino à Campo Grande estão passando por rigorosa revista no Lampião Aceso, com a checagem de documentos pessoais de passageiros e bagagens. Todo esse trabalho executado por forças terrestres é apoiado por aeronaves da Força Aérea, inclusive da Base Aérea de Campo Grande, apesar de os principais meios aéreos empregados pela FAB estarem concentrados na Base Aérea de Porto Velho.

Ainda no Mato Grosso do Sul, a ação das Forças Armadas está se desenrolando nos municípios fronteiriços com o Paraguai, por onde também entram drogas, especialmente maconha, e o contrabando.

Segundo o titular do Comando Militar do Oeste (CMO) e também principal comandante da Ágata III na região, general de exército João Francisco Ferreira, a operação está conseguindo cumprir os seus objetivos de levar maior segurança às regiões de fronteira, inibindo o crime organizado. Ele retornou ontem pela manhã à Campo Grande, depois de ter realizado viagem de inspeção à Corumbá e outras localidades. O general destacou que um dos grandes diferenciais dessa operação é o trabalho interagências, ou seja, a atuação integrada com outros órgãos, como a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e órgãos estaduais de segurança pública.

FONTE: Correio do Estado

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