Exército treina tropas para combater o tráfico na região da ‘Cabeça do Cachorro’

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EDA 60 anos - Cougar - foto Nunão - Forças Terrestres

Uma equipe do CMA foi deslocada para Boca do Acre onde tentará localizar a aeronave (Alexandre Fonseca)

Objetivo é capacitar e preparar as tropas que atuam na região para lidar com problemas típicos das áreas de fronteira, como o garimpo ilegal e o tráfico de drogas

 

ClippingNEWSO Exército Brasileiro iniciou, esta semana, uma série de treinamentos estratégicos com a elite da força, na região conhecida como ‘Cabeça do Cachorro’, em São Gabriel da Cachoeira, na fronteira do Brasil com a Colômbia e Venezuela, com o objetivo de capacitar e preparar as tropas que atuam na região para lidar com problemas típicos das áreas de fronteira, como o garimpo ilegal e o tráfico de drogas. As atividades serão acompanhadas por equipes da Rede Diário de Comunicação (RDC).

As Operações Reais, como são chamadas atividades como estas, diferem de treinamentos comuns, pois envolvem situações que podem representar perigo real às tropas, esclareceu o chefe de comunicação do Comando Militar da Amazônia (CMA), coronel Antônio Barros. “Em operações como essa, pode haver problemas. A tropa sai em patrulha e pode se deparar com garimpeiros ilegais e até trocar tiros, a gente nunca sabe o que pode acontecer”.

Entre as atividades previstas, estão o treinamento de paraquedistas, a realização de patrulhamentos noturnos e incursões profundas de reconhecimento na floresta. A operação contará com a participação do 1º Batalhão de Forças Especiais, tropa subordinada à Brigada de Operações Especiais, considerada a elite do Exército Brasileiro, e que tem sede em Goiânia (GO).

O grupo é especializado em ações que envolvam alto nível de planejamento, como em operações de contraguerrilha, fuga e evasão, reconhecimento estratégico, entre outras atividades de inteligência.

Segundo informações da seção de comunicação do CMA, as ações fazem parte da rotina do Exército nestas regiões, mas dessa vez a mobilização envolverá também especialistas em estratégia político-militar. Na manhã desta quarta-feira, um grupo de 40 alunos da Escola Superior de Guerra (ESG), composto por militares e civis, foi enviado à base da 2ª Brigada de Infantaria de Selva, que fica na comunidade de Maturacá, em São Gabriel da Cachoeira, para acompanhar as atividades e coletar informações estratégicas.

EDA 60 anos - Cougar - foto Nunão - Forças Terrestres

AS-532 Cougar

A operação terá ainda a participação do 4º Batalhão de Aviação do Exército (4º Bavex), com treinamentos de patrulha aérea, diurna e noturna, e atividades com paraquedistas. Para isso, serão disponibilizados helicópteros AS-532 Cougar, de fabricação francesa.

As aeronaves têm capacidade de transportar até 27 pessoas e são equipadas com posto de pilotagem blindado, duas metralhadoras 7,62 mm laterais, ganchos de 4,5 toneladas, guincho de 272 quilos, seis macas para evacuação médica e cinco tanques suplementares de combustível, que conferem até 7,5 horas de autonomia de voo. Na próxima quarta-feira, haverá a formatura de militares em treinamento para atuar no grupo de Ações Cívico Sociais (Aciso), localizado na comunidade de Tunuí.

‘Cabeça do Cachorro’

A região conhecida como ‘Cabeça do Cachorro’ compreende uma área de 200 quilômetros quadrados, a noroeste do Brasil, onde o município de São Gabriel da Cachoeira ocupa a posição central.

A área, que possui aproximadamente 20 diferentes etnias indígenas, é considerada estratégica para a soberania nacional, pois encontra-se em uma região densa de floresta, com baixa densidade populacional, na fronteira com a Colômbia e Venezuela. O local figura entre os principais pontos de entrada de drogas do País.

A região também é rica em minerais, o que vem gerando conflitos entre populações tradicionais e garimpeiros ilegais há pelo menos quatro décadas. Nas Terras Indígenas do Alto Rio Negro e na reserva Ianomami, ambas localizadas em São Gabriel da Cachoeira, existem atualmente 1.004 requerimentos de exploração mineral, segundo relatório do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), onde pelo menos metade tem como objetivo a exploração de ouro.

FONTE: d24am

COLABOROU: M. Aurélio

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rsbacchi
rsbacchi
11 anos atrás

Realmente, o sonho do Exercito Brasileiro é se tornar uma policia.

Estão cavando o próprio tumulo.

Bacchi

Colombelli
Colombelli
11 anos atrás

Bacchi, permita-me respeitosamente discordar.

Coheci elementos que atuaram naquela região, e pelos relatos, há de fato necessidade destas operações com intuito de reprimir a gerrilha colombiana.

O objetivo oficial é o combate ao tráfico mas na realidade o alvo são as infiltrações da FARC. Por conta disso, elementos da FE e não forças regulares, que poderiam facilmente realizar operações simples de repressão a ilícitos, irão atuar.

As vezes até tiroteios reais com guerrilheiros ocorrem por lá, extraoficialmente. Mais não posso falar.

juarezmartinez
juarezmartinez
11 anos atrás

No passado, antes do atual desgoverno assumir a presidência, o EB fez varias operações reais naquela região, inclusive com perdas de elementos da FEs e um BH atingido por fogo de terra. Se autorizaram novamente é porque a coisa deve estar muito reuim popr lá.

Grande abraço

Antonio M
Antonio M
11 anos atrás

Até concordo em caso extremos o uso do EB mas, está havendo certa banalização. Quais efetivos o EB está utilizando? São poucos os de fato profissionais, a imensa maioria é de conscritos, nem ganham SM e tem pouco tempo de caserna. Alías o serviço militar no Brasil tem essa distorção, o jovem é recrutado, fica no máximo nem um ano e é quando aprendeu alguma coisa é dispensado dando lugar para um cidadão que começa do zero. Com esse tipo de efetivo que vão mandar correr atrás de traficantes e guerrilheiros? Falta maior treinamento às polícias, que no âmbito das… Read more »

juarezmartinez
juarezmartinez
11 anos atrás

Antonio, aquele tipo de operação envolvendo principalmente FARC e Sendero Luminoso não tem lugar para amadores, lá são profissionais das FEs, lá o pau pega…..

grande abraço

GABRIEL
GABRIEL
9 anos atrás

Antônio M, esse tipo de operação raramente é feito por EV´s e a maioria do Exército não é composta de Conscrito…