A Operação PANAMAX é um exercício conjunto-combinado de defesa do Canal do Panamá, realizado pelo Comando Sul (SOUTHCOM), sob a coordenação do Exército Sul (ARMY SOUTH) dos Estados Unidos da América. A atividade tem como foco a segurança do Canal do Panamá, envolvendo operações conjuntas, combinadas e interagências, realizadas sob uma Resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (UNSCR, sigla em inglês), a fim de atingir uma resposta integrada para uma variedade de ameaças transnacionais.

As operações simuladas giram em torno da proteção de um país fictício, Nova Centrália, localizado na América Central, entre a Costa Rica e o Panamá. O exercício foi concebido para realizar o planejamento do emprego da Força Multinacional Sul na proteção da região e, em particular, do Canal do Panamá, em um ambiente de complexas operações combinadas de amplo espectro, necessárias para conter a ação de grupos terroristas que causam instabilidade e que ameaçam a paz e a manutenção do livre comércio.

Durante as reuniões e os briefings realizados por ocasião do exercício, foram utilizados três idiomas: português, inglês e espanhol.  Tudo foi realizado com o apoio de uma equipe de intérpretes, ficando evidenciada a qualidade da preparação, do planejamento e do trabalho integrado do Componente Terrestre da Força Multinacional, bem como o alto grau de especialização e profissionalismo dos oficiais que participaram da operação. Cabe destacar o trabalho de organização e de seleção do pessoal, realizado pelo Comando de Operações Terrestres (COTER).

Além dos objetivos militares intrínsecos, também cabe ressaltar o desenvolvimento da interoperabilidade, o conhecimento mútuo entre os oficiais, bem como a manutenção dos laços de cooperação e amizade entre as Forças Armadas dos 16 países participantes: Argentina, Belize, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, Jamaica, Panamá, Peru, Paraguai e República Dominicana.

A primeira fase da Operação PANAMAX ocorreu em 2020, ocasião em que três militares do Exército Brasileiro realizaram o planejamento, no mais alto escalão, das operações a serem realizadas pela Força Multinacional Sul em um momento de escalada de crise (PIC MNFS – Plain in Crisis Multinational Force South), em San Antonio – Texas, EUA, entre 26 e 30 de outubro de 2020. A Força Multinacional Sul é composta por tropas das forças componentes naval, terrestre, aérea e de forças especiais dos países participantes.

Na segunda fase, que ocorreu no período de 11 a 18 de junho de 2021, na cidade de MiamiFlórida, EUA, foi realizado o planejamento para o emprego em operações no nível tático. A Força Terrestre Componente (Combined Forces Land Component Command-CFLCC) contou com a participação de treze oficiais do Exército Brasileiro, oriundos de diferentes organizações militares e de diferentes Comandos Militares de Área.

A preparação dos militares para essa fase começou no Brasil, tendo sido realizadas três videoconferências, nas quais o Comandante da Forca Terrestre Componente (CFLCC, sigla em inglês), General de Brigada Julio Cesar Palú Baltieri, orientou a preparação e os planejamentos iniciais para a missão. Após a chegada a Miami, foram incorporados ao estado-maior brasileiro sete oficiais peruanos, três colombianos, dois equatorianos, seis norte-americanos, um argentino, um paraguaio e um panamenho.

Segundo o General Baltieri, a Operação PANAMAX 2021 foi uma excelente oportunidade para fortalecer os laços de amizade que unem as nações participantes, para aprofundar, atualizar e integrar conhecimentos doutrinários e para praticar o trabalho de estado-maior em um ambiente multinacional. O Comandante da CFLCC acredita que as duas percepções mais importantes desse tipo de treinamento foram: “termos a oportunidade de compreender as nossas semelhanças e diferenças em relação às doutrinas, possibilidades e limitações dos diversos países integrantes da Força Multinacional e a relevância do estabelecimento de relações interpessoais, como elemento facilitador na condução dos trabalhos em conjunto, nesse tipo de atividade”.

A execução da Operação PANAMAX seguiu rígidos protocolos de prevenção à pandemia da covid-19 e contou com a participação de mais de 160 militares e civis em sua preparação, condução e nos planejamentos de emprego operacional da Força Multinacional Sul. Cabe destacar que trata-se do maior exercício multinacional conduzido pelo SOUTHCOM desde 2003.

DIVULGAÇÃO: Agência Verde-Oliva/CCOMSEx

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Mgtow
Mgtow
2 anos atrás

Os países sul americanos estão entregando o ouro ao bandido com esses excessivos treinamentos com as forças do imperialismo. Precisam parar de trazer esses caras pra dentro do nosso quintal

ALFA BR
ALFA BR
Reply to  Mgtow
2 anos atrás

E quando eles nos levam para o quintal deles?

Por exemplo: mais brasileiros foram formados em um curso de operações na selva ministrado pelos americanos que o inverso. O próprio CIGS foi formado com pessoal treinado pelo Jungle Operations Trainning Center dos EUA no Panamá.

pgusmao
pgusmao
Reply to  Mgtow
2 anos atrás

Papo mais ultrapassado!! Passamos dessa conversa fiada há tempos, temos que fazer o máximo de exercícios conjuntos, temos que botar nossos velhinhos roliços para trabalhar.

Last edited 2 anos atrás by pgusmao