Abrams X

Demonstrador Abrams X

O tanque M1E3 Abrams será o primeiro carro de combate híbrido-elétrico do Exército dos EUA, incorporando um sistema de propulsão híbrida para reduzir o consumo de combustível e assinaturas eletromagnéticas, além de melhorar a eficiência operacional. Projetado para abordar desafios logísticos identificados em conflitos recentes, como a guerra na Ucrânia, o M1E3 também integra proteção avançada contra ameaças emergentes, como drones e munições vagantes.

Em setembro de 2023, o Exército anunciou a substituição do programa de modernização do M1A2 SEPv4 pelo desenvolvimento do M1E3. Segundo o General Glenn Dean, a decisão foi impulsionada pela necessidade de aprimorar capacidades sem aumentar o peso do tanque, o que prejudica sua mobilidade. O M1E3 combinará as melhores características do M1A2 SEPv4 com uma arquitetura modular de sistemas abertos, facilitando atualizações rápidas e econômicas. A capacidade operacional inicial está prevista para 2030, enquanto a produção limitada do M1A2 SEPv3 continuará durante a transição.

O M1E3 será moldado por estudos de 2019 e pelo demonstrador AbramsX, apresentado em 2022 pela General Dynamics Land Systems (GDLS). O AbramsX introduz tecnologias como um motor híbrido-elétrico, torre não tripulada e sistemas baseados em inteligência artificial. Embora as especificações finais ainda estejam em análise, conceitos preliminares incluem um autoloader para o canhão principal, munições avançadas, armadura integrada e sistemas de comando e controle aprimorados, além de assinaturas térmicas e eletromagnéticas reduzidas.

A GDLS, contratada em maio de 2024, está colaborando no desenvolvimento do M1E3 para alinhá-lo ao veículo de combate XM-30. O programa será financiado com recursos já destinados à linha Abrams, e um cronograma detalhado será divulgado no final de 2024. O design incorporará características do M1A2 SEPv4, como sistemas avançados de controle de fogo, sensores infravermelhos de terceira geração, gestão digital do campo de batalha e melhorias na proteção e geração de energia.

A redução de peso é uma prioridade, como enfatizado pelo General Geoffrey Norman, para aumentar a flexibilidade operacional. O M1E3 contará com sistemas modulares que facilitam a integração de novas tecnologias, além de recursos avançados de rede, direcionamento e proteção da tripulação. Durante a transição, a produção do M1A2 SEPv3 continuará em escala limitada, com lições extraídas de seus sistemas de proteção ativa, como o Trophy.

O desenvolvimento do M1E3 se alinha com iniciativas mais amplas de modernização do Exército, promovendo veículos híbridos e elétricos para melhorar mobilidade e eficiência energética. Projetos como o Bradley Hybrid Electric Vehicle (BHEV) e o Optionally Manned Fighting Vehicle (OMFV) estão incorporando propulsão híbrida para expandir o alcance operacional e otimizar a geração de energia a bordo. Outros programas, como o Tactical Hybrid Electric Vehicle (THEV), avaliam tecnologias híbridas para veículos táticos padrão, com foco em operações silenciosas e gerenciamento energético.

A Estratégia Climática do Exército estabelece a meta de eletrificar totalmente veículos não táticos até 2035 e veículos táticos até 2050, utilizando soluções híbridas como etapa intermediária. Iniciativas da indústria incluem o protótipo elétrico Hummer da GM Defense, o JLTV híbrido-elétrico da Oshkosh Defense e a motocicleta híbrida-elétrica SilentHawk, desenvolvida para Operações Especiais. Esses projetos buscam operacionalizar tecnologias híbridas e elétricas, alinhando-se aos objetivos de energia de longo prazo e aos requisitos de missões modernas.

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Iran
Iran
8 dias atrás

A torre dele é tripulada?

Pedro I
Pedro I
Reply to  Iran
7 dias atrás

“…O AbramsX introduz tecnologias como um motor híbrido-elétrico, torre não tripulada e sistemas…”

Tá lá no texto… Só ler…

Hcosta
Hcosta
Reply to  Pedro I
7 dias atrás

O ABRAMSX tem torre não tripulada.
O M1E3 poderá ter ou não, algo que ainda está por decidir…

Bosco
Bosco
Reply to  Hcosta
6 dias atrás

Me lembro de já ter lido que os EUA estudaram muito sistemas de carregamento automático de canhões para tanques, principalmente dos franceses, mas considerou que eles não tinham a confiabilidade esperada.

Iran
Iran
Reply to  Pedro I
6 dias atrás

Eu li inteiro, mas passou batido

Bosco
Bosco
7 dias atrás

Como será que os veículos totalmente elétricos de 2050 serão recarregados?

MMerlin
MMerlin
Reply to  Bosco
7 dias atrás

Existe um conceito, também já sendo estudado pelo setor comercial não militar de, em vez do recarregamento, fazer a substituição de baterias.
Você “pararia num posto” e um equipamento removeria suas baterias e substituiria por outras já carregadas.
Mas ainda tem chão. A ideia tem obstáculos, como a duração e custos das baterias. Mas tem potencial e, acredito eu, ser o futuro.

Hcosta
Hcosta
Reply to  Bosco
7 dias atrás

ou hidrogénio.
Se não em engano um conceito da próxima geração do MBT Sul coreano já tem como opção um motor associado a células de combustível.

Bosco
Bosco
Reply to  Hcosta
7 dias atrás

Há muito tempo (nessa galáxia mesmo rsss) eu li a respeito de um pozinho mágico onde o hidrogênio poderia ser armazenado sem a complicação que é mexer nele no estado líquido.
Diziam que ia revolucionar e tornar realidade a tal “economia do hidrogênio” . Nunca mais ouvi falar.

Fabio
Fabio
Reply to  Bosco
6 dias atrás

Serão estáticos, já que a infra de energia é o primeiro alvo na guerra.

Antunes 1980
Antunes 1980
7 dias atrás

Logo a China faz seu próprio tanque híbrido plug-in estilo BYD.

Natan
Natan
7 dias atrás

Bem, imagino que isso aí deva emitir uma quantidade de calor extremamente menor do que um motor diesel, meio óbvio aliás, mas vamos ver como vai ficar a manutenção, será que será mais simples por ter menos peças ? Ou as peças apesar da menor quantidade vão ser mais caras e necessitarão de uma mão de obra extremamente qualificada ?

Macgaren
Macgaren
Reply to  Natan
7 dias atrás

E a bateria para puxar esse mostrengo?

Natan
Natan
Reply to  Macgaren
7 dias atrás

Então, e pra recarregar isso aí no campo de batalha, por mais que seja híbrido, uma hora vão ter que colocar na tomada kkkk

Bosco
Bosco
Reply to  Natan
7 dias atrás

Um híbrido pode não precisar ser recarregado “na tomada”. , mas os puramente elétricos de 2050 precisam. Ou então tem que haver substituição das baterias físicas como disse o Merlin acima. A tecnologia ainda vai evoluir muito mas vai ser interessante ver como vai funcionar. A depender da densidade de energia das baterias do futuro e da taxa de transferência da energia os veículos terrestres talvez possam ser recarregados diretamente por drones VTOL que se acoplariam nos veículos por alguns minutos e esse drones se recarregariam numa mini usina móvel de fusão , que claro, seria um alvo de alto… Read more »

deadeye
deadeye
Reply to  Natan
7 dias atrás

Esse híbrido é o “mild hybrid” um exemplo assim, é o Toyota Prius, ele não precisa recarregar a bateria na tomada. Como o bosco disse existe o “mild hybrid” e o “plug-in hybrid”, apenas esse ultimo precisa recarregar a bateria.

Bosco
Bosco
Reply to  Macgaren
7 dias atrás

Necessariamente um híbrido não precisa de uma grande bateria.
Em princípio o híbrido tem um motor de combustão que alimenta um gerador elétrico e a eletricidade gerada é distribuída aos motores elétricos e armazenada na bateria. Esse só roda com motores elétricos.
Agora, tem o híbridos que têm um motor de combustão , geradores elétricos, bateria e motores elétricos, e o veículo pode rodar utilizando diretamente o motor a combustão ou os motores elétricos , sendo a bateria carregada pelo motor de combustão ou/e diretamente da rede elétrica.

Hcosta
Hcosta
Reply to  Macgaren
7 dias atrás

a bateria atuará em velocidades muito baixas e quando está parado para alimentar os sensores, comunicações, etc. sem ser necessário acionar o motor de combustão.

Bosco
Bosco
Reply to  Hcosta
7 dias atrás

Vai ser interessante um futuro onde você tem um celular ou uma TV que não precisa ser ligada na tomada nunca ou a cada um ou dois anos por alguns minutos.
A aviação sem dúvida vai sofrer uma mudança drástica com as novas super baterias.
O Sergio Malandro com certeza vai ficar milionário com os royalties :
https://down-br.img.susercontent.com/file/sg-11134201-7qvd1-lfsi3h81sps153

Last edited 7 dias atrás by Bosco Jr
Hcosta
Hcosta
Reply to  Bosco
7 dias atrás

mas sabe qual é um dos principais problemas dos carros elétricos? é a sua manutenção mais simples…
O que acaba com muito dos lucros dos fabricantes em vender peças, das oficinas, sucata, etc.

Não é por acaso que a Tesla não só é fabricante mas também é um abastecedor do “combustível”. Juntou dois setores que costumam estar separados e que os fabricantes tradicionais ainda não conseguiram entrar..

Neste caso se tiver uma bateria que dure para sempre aí o negócio deixa de ser tão rentável ou até mesmo ruinoso…

Bom para quem compra mas péssimo para o negócio…

Rodolfo
Rodolfo
Reply to  Macgaren
6 dias atrás

O motor é hibrido eletrico, provavelmente combinaria a turbina diesel com bateria e funcionaria tipo prius, quando o tanque se desloca por estrada em alta velocidade usa o motor a combustão mas quando esta parado ou pra deslocamento em baixa velocidade usa a bateria que é recarregada por regenerative breaking ou quando o motor diesel esta em funcionamento. Nao seria necessário conectar na tomada. Seria similar aos hibridos nao plug in.

Bosco
Bosco
Reply to  Rodolfo
6 dias atrás

Rodolfo,
Acho que os EUA vão abandonar a turbina. Deve ser um motor Diesel.

Hcosta
Hcosta
Reply to  Natan
7 dias atrás

se comparar com carros civis de motores de combustão a manutenção é muito menos extensa. Só gasta travões, pneus e pouco mais… Mas como sempre nestes casos surgem novos problemas…
Os sistemas elétricos, quando comparados com os motores de combustão ou sistemas hidráulicos, etc. são mais compactos e quase todos plug and play. Se não tiver conserto no campo de batalha, substitui-se e envia-se para ser reparado.

Consertar esses sistemas inicialmente serão mais caros de consertar mas com o tempo, escala e a mão de obra qualificada em quantidade deverá ficar mais barato. Mas é assim com qualquer nova tecnologia.

RDX
RDX
7 dias atrás

O EB não quer ele nem de graça porque derruba pontes e não cabe na prancha ferroviária

DanielJr
DanielJr
Reply to  RDX
7 dias atrás

O fabricante não aceita fazer ToT, logo é não dá para fazer um projeto estratégico do abrams, ou seja, nada de viagens e eventos de inauguração de galpões de manutenção.

É só comprar e levar, inviável para o EB.

Bispo de Guerra
Bispo de Guerra
7 dias atrás

Elétrico … prevejo futuros mísseis e minas EPM(pulso eletromagnético) ..rs.

Jacinto Fernandes
Jacinto Fernandes
Reply to  Bispo de Guerra
7 dias atrás

Equipamentos militares são protegidos contra EPM´s. Nos EUA, no campo de testes de White Sands, há um gerador de EPM em que os equipamentos, de tanques a aviões são testados.

Macgaren
Macgaren
7 dias atrás

Bem legal a idéia

Tuxedo
Tuxedo
7 dias atrás

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Jacinto Fernandes
Jacinto Fernandes
7 dias atrás

Rapaz, o custo da bateria para um carro de 1 ton já é enorme; para um tanque de mais de 40ton deverá ser pornográfico.

Wilson
Wilson
Reply to  Jacinto Fernandes
6 dias atrás

O peso também é outro fator mas, gostemos nós ou não, desafios tecnológicos são o ponto forte dos EUA.

Bruno Vinícius
Bruno Vinícius
Reply to  Jacinto Fernandes
5 dias atrás

Para um carro de 40 mil dólares, o custo da bateria é proporcionalmente elevado, já para um MBT de 10 milhões de dólares, mesmo uma bateria enorme não deve corresponder a uma proporção significativa do valor final

Augusto José de Souza
Augusto José de Souza
6 dias atrás

Com essa versão sendo lançada, vai ser mais comum e barato o K1a2 no Sierra Army Depot?

Kyrios
Kyrios
6 dias atrás

Vocês têm informações sobre a venda para os chineses de uma jazida de urânio na amazônia, feita pelo governo de Luís Inácio.??

Wilson
Wilson
Reply to  Kyrios
6 dias atrás
Last edited 6 dias atrás by Wilson
Zorann
Zorann
6 dias atrás

Muita frescura para um tanque que pode ser abatido por um drone.

É por isso que os EUA terão muitas dificuldades em combates futuros. Armamentos muito caros, difíceis de manter em campo e que podem ser destruídos facilmente por armas baratas

Fábio
Fábio
Reply to  Zorann
6 dias atrás

Falou o grande engenheiro do sofá.

Bruno Vinícius
Bruno Vinícius
Reply to  Zorann
5 dias atrás

“Muita frescura para um tanque que pode ser abatido por um drone”

Presumindo que o drone não seja abatido pelo MBT primeiro…

Wilson
Wilson
6 dias atrás

Um MBT Híbrido abre novas possibilidades quanto a doutrina, dependendo da autonomia em modo 100%elétrico. Pode-se pensar em translado com uso do motor/gerador ligado e aproximação final no campo de batalha em modo somente eletrico aproveitando o menor ruído e a baixa assinatura térmica.