Forças Armadas resgatam pacientes na terra Indígena Vale do Javari

Manaus (AM) – No dia 30 de maio, as Forças Armadas resgataram seis pacientes que necessitavam de atendimento médico na terra indígena Vale do Javari, no Amazonas, durante as ações da Operação Ágata Amazônia 2025. No mesmo dia, o Comando Conjunto da Operação direcionou à região uma aeronave Black Hawk, do Exército Brasileiro, para evacuação aeromédica dos pacientes, após acionamento do Distrito Especial de Saúde Indígena daquela região.
Os seis pacientes foram removidos, junto de seus acompanhantes, em quatro comunidades diferentes: Maronal, Vida Nova, Paraná e Lobo. Dentre eles, havia uma criança de 11 anos, da etnia Marubo, que apresentava crises convulsivas após cair de uma árvore. Também foi resgatado um idoso de 80 anos, da mesma etnia, que necessitava passar por exames e intervenção cirúrgica devido a complicações de pedra na vesícula.
Os demais pacientes tinham idades entre 27 e 46 anos, Marubo e Mayuruna. Em aproveitamento à ida para essas comunidades isoladas, as Forças Armadas levaram cerca de 200 kg de medicamentos, vacinas e suplementos alimentares.
Nas últimas semanas, militares da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira estão sendo empregados em uma área de 510 mil km² no estado do Amazonas, território de tamanho equivalente à Espanha, para contribuir com o combate aos crimes transfronteiriços e ambientais, além de prestar ajuda humanitária às populações indígenas e ribeirinhas.
A Operação Ágata Amazônia 2025 – O Comando Conjunto Apoena se consolidou como uma ação estratégica do Ministério da Defesa, autorizada por meio da portaria GM-MD n.º 535, de 29 de janeiro de 2025, para fortalecer a presença do Estado na Amazônia e colaborar no combate aos crimes transfronteiriços e ambientais, além de levar cidadania às populações indígenas e ribeirinhas por meio de ações cívico-sociais e de assistência hospitalar. A Operação Ágata Amazônia 2025 demonstra o compromisso inabalável das Forças Armadas com a proteção da Amazônia e do meio ambiente.
FONTE: Agência Verde-Oliva/CCOMSEx
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Tanque de combustível suplementar tamanho GG.
Só demonstra que as FA precisam de um aeronave de grande porte e que leve mais combustível, um Chinook ou um MI-26….
Até o Peru operava alguns MI-26 há um tempo atrás
Pergunta de curioso, os black hawk com esses tanques extras, tem qual autonomia ?
Um absurdo… Usar equipamentos militares km para outras funções, consumindo horas de vôo .. imagina se o paus é atacado por um inimigo externo .. vai fazer falta…
O SUS deveria comprar seus próprios helicópteros. Os militares deveriam se negar a fazer isto antes de receber o comprovante de depósito do ministério da saúde cobrindo os gastos.
Um absurdo. Mostra a falta de preocupação com a defesa do país
Nossa, que piada.
Não é piada.. nem mesmo uma ironia.
É sarcasmo.
E mesmo assim o povo letrado não entendeu… rs
RIso.. ou pior.. concordam com a ideia geral.,
Amigo, compreendo sua reclamação mas leia que as aeronaves estavam proximas em um exercicio. Nada mal que eram os aparelhos mais proximos. Estamos falando de região enorme, sem atendimento de urgencia proximos como na sua esquina.
Olá Marcelo.
Na verdade, fui sarcástico.
Acho que este tipo de ação correta e necessária
De vez em quando, alguém aparece reclamando quando são usados equipamentos militares em ações humanitárias, como aconteceu no RS ou em outras situações de calamidade.
Entendo que os equipamentos militares são de propriedade do Estado Brasileiro, portanto da população brasileira e devem ser usados em benefício da população..
em outro comentário, coloquei como exemplo uma situação na qual foram mobilizados recursos da FAB, da PMSP e do SAMU para o transporte de órgãos. São ações que engrandecem os servidores civis e miliares brasileiros.
OFF
Saiu matéria na folha que foram apagados segredos industriais na Avibras.
Senhores, é caso pra fuzilamento ou jogar na cadeia pelo resto da vida. Crime contra a soberania nacional
Soberania de quê, tecnologia ultrapassada?
Se o país desse a mínima importancia aos meios, empresas do setor de defesa não teriam falido, não é a primeira, será a última.
Li a reportagem.
Uma pessoa disse isso dele. Por ora não há confirmação. Eu acho possível ele ter feito isso nos computadores da empresa, mas mantido cópias em seu poder.
Dito isso, não há crime contra a soberania nacional. Os segredos industriais são da empresa e não do país. Se o país quiser tem que comprar ou desapropriar e indenizar.
Talvez haja crime contra os credores, mas teria que pesquisar para responder adequadamente.
Não há porque reclamar de desvio de função e desperdício de recursos.
Neste exato momento uma extensa comitiva do Gov. Federal está na França, com paradas em Paris, Nice e Mônaco.
A operação foi executada no âmbito de uma operação já planejadoa. Ou seja, tudo dentro de um um orçamento já programado.
Carvalho,
Nem mesmo se o presidente estivesse indo de bicicleta para do Alvorada para o Planalto faria sentido criticar o uso de uma aeronaves militar para uma missão humanitária
Há alguns meses, uma criança de 5 anos se afogou em uma piscina aqui em S.Carlos. Foi uma tragédia. Os pais autorizaram a doação dos órgãos.
Um avião da FAB foi deslocado para o aeroporto da Latam e ficou esperando. Após a cirurgia de captação do órgão, uma ambulância do SAMU foi usada para levar um dos órgãos até o aeroporto e várias viaturas da PM foram usadas para escoltar interromper o transito ao longo do trajeto. Pelo que sei, a PM também usou um helicóptero depois para levar o órgão do aeroporto para o hospital onde foi feito o transplante (com sucesso pelo que sei)
Além do coração, creio que também foi transplantado um rim e as córneas que foram levados por outros meios para outros hospitais
Mesmo que o país estivesse em guerra, faria sentido usar uma aeronave militar para uma operação humanitária, seja na região amazônia, pantanal, pampa, cerrado, caatinga e até em alguma região urbana.
AInda que fosse uma missão de emergência, que tivesse sido planejada com poucas horas de antecedência e precisasse usar combustível da FAB ou do EB sem qualquer previsão de ressarcimento, ainda assim está correto.
sei que mundo louco é este no qual é preciso sarcasmo para defender uma ação correta.,
Você tem razão, no fim, qual a utilidade do Estado, senão prover o bem estar de sua população? Se isso fosse utilizado como regra a cada decisão, muito desperdício seria evitado.
Exato… O Estado surge como solução para as demandas coletivas de segurança e bem estar. Contudo, em algum momento ele é tomado por uma elite para se tornar a garantia e a fonte de privilégios.
Em algum momento da história, e Estado passou a ser uma instituição totalitária voltada a si mesmo..
O surgimento da democracia moderna é a recolocação do Estado na sua função original de prover bem estar e segurança para a população.
Repara que pelas negativas tem gente que defende o contrário.. que se deixe as pessoas morrerem ao invés de prover o uma ação de bem estar emergência.
Olha a situação.
É uma discussão importante e necessaria
O fato de vc ser negativado não lhe permite pressupor que as pessoas defendam “que se deixe as pessoas morrerem ao invés de prover o uma ação de bem estar”. Claramente é um sofisma.
Não se coloque na posição de único defensor do estado de bem estar social ou da eficiencia nos gastos públicos.
Mas, principalmente, não coloque os outros na posição que lhe convém no debate.
Ora,
Ou as pessoas discordam da ideia de usar os recursos militares para salvar pessoas, que foi o argumento colocado por mim, ou concordam com ele.
Quem concorda teria positivado.
Quem negativou discorda.. se discorda da proposição, concorda com o contrário.
A alternativa é que a negativas nada tem a ver com o argumento do comentário.
então tanto faz o que eu pressuponho, porque é apenas uma implicância pessoa.
QED
Agora, que discorda do argumento que se deve usar recursos militares ou melhor, que se deve usar todos os recursos do Estado, para atender ações humanitárias de emergência, que exponha os argumentos.
rsrsrsrsrs
Como se dizia antigamente: “Não gaste seu latim”!!
“Latrat qui non mordet.”
mas em alemão fica mais engraçado
Jugger,
Em uma democracia e em um país de dimensões continentais, o desperdício muitas vezes acaba sendo justificado como um preço a pagar pela continuidade da movimentação da máquina pública.
Vc lembra da frase “Não vamos criminalizar a política” ??
Como a máquina pública está cada vez mais associada á máquina partidária….criou-se uma situação preocupante.
O Estado cada vez mais desidratado à custa dos Partidos.
Há bastante tempo tenho colocado que o grande problema do sistema político brasileiro é a disfuncionalidade da estrutura partidária em torno das legendas de aluguel em função da fundo partidário.
Contudo, no caso brasileiro, a maior razão de “desidratação” dos recursos públicos é a captura do Estado pelo sistema financeiro, principalmente a partir de meados da década de 80.
O processo de redemocratização brasileiro continua incompleto exatamente pela influência do setor financeiro sobre a cúpula do Estado.
Mas o fundo partidário é posterior à criação das legendas de aluguel….não há relação de causa e efeito.
E o fundo teve como um dos principais articuladores a bancada petista, principalmente sob o argumento de eliminar o poder econômico da disputa….Acho que o relator era o Henrique Fontana (PT/RS)
vamos lá…
Após o fim do Estado Novo, o país entrou em seu primeiro ciclo realmente democrático. Os principais partidos eram a UDN, mais conservador e com uma agenda econômica liberal. Do outro havia o PTB varguista e a primeira experiência de um partidos popular trabalhista no Brasil. Entre estes dois, havia o PSD que servia de pêndulo. Mais á esquerda, havia o PCB. Estes quatro partidos dominavam o panorama político, com alguma vantagem eleitoral para o PSD/PTB.
O golpe de 64 dissolveu estes partidos, implementando um sistema bipartidário na prática. Os governistas se organizaram em torno da Arena e a oposição no MDB. Ao longo do período militar, a cada avanço eleitoral da oposição resultava em uma mudança da lei para neutralizar esta vantagem. Foi quando Castello Branco instituiu o fundo partidário como meio sustentar uma organização partidária sem a participação popular. Foi o meio do Brasil ter partidos políticos sem democracia.
Quando o regime entrou em crise, Golbery elaborou uma nova reforma partidária visando a divisão da oposição (nisto ele acertou) que daria uma sobrevida á força política que havia apoiado o regime militar. Eu nunca soube se Golbery havia pensado já em como estas forças se organizariam em torno de uma constituinte de transição, mas ele acertou. Sou um grande admirador de Golbery.
Com a reforma partidária, foram criados diversos partidos, inclusive uma série de partidos nanicos. A grande novidade política foi o PT, que teve inclusive apoio de Golbery que via nele um meio de fragmentar a força trabalhista. Há ainda um espaço histórico para estudar a relação entre Golbery e Lula
voltando..
A reforma partidária proposta por Golbery, cuja estrutura pensada por ele existe até hoje, manteve o fundo partidário, viabilizando a existência dos partidos de aluguel. Todos se lembram do “Aerotrem” e do “Democrata cristão”, A CF88 manteve a mesma organização partidária.
Ainda que os partidos continuam se reorganizando, o fundo partidário anda sustenta artificialmente uma importante parcela do sistema partidário. O PT continua sendo o PT… o PMDB rachou em dois, surgindo o PSDB que esta em extinção. O PDT seguiu a origem brizolista herdeira do que havia sido o PTB varguista. A Arena deu origem ao PDS, que rachou formando o PFL.. que gerou o União, Democratas, PL.. etc.
Neste momento histórico, o maior problema da democracia brasileira é a baixa legitimidade dos partidos. Como os partidos políticos (com poucas exceções) existem apenas em função do fundo partidário, praticamente existem sem a necessidade do apoio de suas bases. A relação de poder é invertida porque são os “donos” do partido que distribuem os recursos entre seus aliados.
O fim do fundo partidária, inverteria esta relação de poder, pois os “caciques” dependeriam da contribuição de seus filiados.
A escolha dos candidatos hoje é feita em torno da distribuição do fundo partidário. A sua extinção significaria que a escolha dos candidatos refletiria a base dos filiados do partido.
A democracia brasileira tem grandes qualidades e muitas vantagens, contudo o fundo partidário hoje é a maior fonte de distorção democrática. Por isso defendo a sua extinção, ainda que eu defenda o financiamento público de campanha por meio do fundo eleitoral (repara que são coisas distintas)
O Rinaldo, por exemplo, defende o voto distrital para o parlamento. Eu defendo o voto proporcional. Contudo, nenhum dos dois modelos resolve o problema da falta de representatividade. Aliás, o voto distrital em um sistema baseado no fundo partidário irá criar uma distorção ainda mais grave na formação das candidaturas e na representatividade partidária.
O problema hoje não é o modelo eleitoral, mas o modelo de financiamento dos partidos.
talvez, uma vez resolvido este problema, surja outro problema.. mas nada que for feito hoje mantendo o fundo partidário irá melhorar a democracia brasileira. Pelo contrário.
Este é uma discussão importante que tem sido evitada.
Quando vc começa com “Vamos lá”….eu levo medo.
Vc não consegue explicar em 20 parágrafos o que não explica em 1.
Muita informação desnecessária para comprovar a sua tese….
vamos lá..
se é difícil explicar algo em 20 parágrafos, também é difícil de explicar em 1..
1) Eu posso dizer que o Fundo Partidário distorce a representação eleitoral dos partidos porque coloca o poder de escolha dos candidatos nas mãos daqueles que controlam os recursos do partido.
2) A origem do fundo partidário, que foi instituído após o golpe de 64 para garantir a viabilidade da Arena na sustentação do regime militar sem a participação da base de filiados.
3) O fundo partidária sustenta partidos artificialmente sem militância política.
4) O golpe de 64 interrompeu um processo de maturação partidária, cujos efeitos ainda impactam a democracia brasileira
5) Tanto faz o modelo eleitoral (distrital ou proporcional) porque o problema é como são feitas as escolhas dos candidatos dentro dos partidos. O voto distrital com fundo partidário é pior ainda.
Olha., foram 5 parágrafos para explicar 5 argumentos.
ainda faltam 15 argumentos…
Agradeço a gentileza de tentar sistematizar.
Mas acho que o argumento 4 embute uma afirmação sem comprovação fatica….de que havia um processo de “maturaçao” partidária interrompida….
Todos os partidos sempre estiveram prontos para virar a mesa….
Aliás….acho qye está na hora de começar a responsabilizar partidos por suas escolhas e ações.
O PL quase entrou numa fria….
Este modelo de democracia liberal demanda uma esquerda e uma direita democráticas que estejam juntas contra as ameaças das extremas.
A maior ameaça á democracia neste início de séc.XXI é a extrema direita.
Infelizmente, parte da direita democrática costuma ser seduzida pelas promessas de facilidade apresentadas pela extrema-direita, abandonando o difícil caminho democrático que demanda a convivência com a esquerda democrática.
Logo após a queda do Muro de Berlin era comum falar na necessidade de uma autocrítica da esquerda.. você colocou muito bem que a direita democrática precisa de um amplo processo de autocrítica.,
A história da democracia liberal é recente, EUA foram a primeira experiência e tem coisa de 200 anos.. a maioria dos países ingressaram no modelo democráico após o fim da II Guerra.
Bem, agora vamos lá… o que a gente já sabe é que quando a democracia liberal entre em crise, há uma ascensão da extrema-direita, seja de inspiração fascista como aconteceu após a I Guerra ou de um modelo de ditadura militar como aconteceu na América Latina nas décadas de 60/70.
O problema é que o retorno ao modelo democrático é traumático. Foi preciso uma guerra mundial para interromper os regimes fascistas. Já os processos de transição de regimes militares para democracias liberais são lentos e difíceis.. isso quanto não são novamente interrompidos por outros golpes ou rupturas institucionais.
A segurança e o bem estar das pessoas depende a médio prazo da consolidação e da ampliação dos regimes democrático.
O que quero dizer é que 64 não é um fator exógenos que perturbou um processo político.
64 faz parte do processo político.
Os militares sempre estiveram na equação.
Figueiredo alertou mais de uma vez a Jango que ele seria deposto.
Murici dava palestras sobre a necessidade de derrubar de fazer um revolução…
Antes do Estado Novo, os partidos políticos eram instituições oligárquicas sustentados por eleições fraudadas, os quais foram extintos logo após a revolução de 30, considerada a revolução burguesa tardia.
Com o fim do Estado Novo, o Brasil ingressa pela primeira vez em um período de democracia moderna, com amplo acesso ao voto, voto secreto e uma ascendência da classe média urbana. 1945 marca o surgimento dos partidos políticos de caráter popular.Obviamente existiam problemas e enorme contradições que fragilizavam o processo democrático, como por exemplo a eleição separada de presidente e vice-presidente.
Entre 45~64, o Brasil passou por uma sequência de crises e instabilidades políticas ao mesmo tempo que os partidos e todo o processo político passava por ajustes. Foi uma experiência curta, apenas 20 anos, insuficiente para que houvesse uma transição de geração.
O Estado Novo foi a ruptura burguesa do modelo oligárquico herdado do Império. Após ele já no contexto da derrota do fascismo, o Brasil ingressa com atraso no modelo de democracias liberais. O golpe de 64 interrompe este processo. A redemocratização a partir da CF88 partiu de uma base democrática de terra arrasada.
Eu não arrisco a imaginar o que seria o Brasil caso o sistema partidário de 45 tivesse tido a liberdade para amadurecer.. mas é tentador imaginar como ele estaria após praticamente 80 anos de continuidade. Infelizmente, é só um exercício de ficção.
Neste contexto, aproveito para sugerir o livro do Carlos Novaes “A próxima novela”. É um livro que ainda é atual.
Para fechar, o atual cenário partidário é herança da transição política do regime militar para a redemocratização da Nova República. Já vi autores defendendo uma reforma partidária., seu sou contra. Eu prefiro os processos de amadurecimento institucional de longo prazo.
O Brasil tem o histórico de mudar tudo para ficar tudo como estava.
Então, tem a Independência, depois a proclamação da República, a revolução de 1930, a redemocratização de 45, o golpe de 62 e a redemocratização de 88. A maioria dos eventos são de ruptura institucional e “desaprendizado” histórico.
A democracia brasileira precisa de tempo e de sucessivas transições geracionais. Ainda estamos vivendo a geração da transição do regime militar para a redemocratização. Talvez ainda precis de mais 10 ou 20 anos para concluir este período de transição.
É uma pena que o golpe de 64 tenha interrompido nossos passos largos pra uma democracia social cubana…
Teria sido tão melhor….
Pelo menos, daqui não precisa fugir nadando onde tem tubarão branco…
Se a invasão da Baia dos Porcos tivesse funcionado, o governo de Fulgêncio Batista teria sido restaurado e não haveria necessidade de um golpe de estado no Brasil..
Se os soviéticos tivessem disparado um míssil nuclear tático contra a frota dos EUA durante a crise dos mísseis, os EUA teriam retaliado destruindo Cuba e não haveria um golpe de estado no Brasil..
Se o atirador tivesse errado o tiro, Kennedy estaria vivo e teria interrompido a operação Brother Sam com medo de outro fracasso da CIA como aconteceu na Baia do Porcos e jamais teria ocorrido um golpe de estado no Brasil
Se Wallace fosse o vice presidente ao invés de Trumman, ele teria assumido a presidência, mantido a aliança com a URSS e jamais teria ocorrido a Guerra Fria, e dai jamais teria ocorrido o golpe de estado no Brasil
Se Einsenhower tivesse recebido Fidel quando ele visitou os EUA e tivesse dado apoio ao novo governo, isto teria evitado a invasão da Baia dos Porcos e Cuba não precisaria do apoio e proteção da URSS e não teria havido um golpe de estado no Brasil.
efeito borboleta
Veja só….uma história de grandes marcos, de fenômenos de grande amplitude sociológica.
Em todas as transições que vc cita, em nenhuma vez é citada a participação do Exército, como instituição formadora de uma burguesia de classe média e altamente influente no processo de transformação social.
Corrupção e fraudes só ocorrem anteriormente ao EstadoNovo….
Populismo e Demagogia são fenômenos que não entram na sua história.
História muito linear….fácil de contar….
Carvalho…
Então…
Um debate histórico ou político tem várias cascas.. vários níveis de profundidade.. são panoramas complexos.. nem é preciso explicar isso
Quando mais complexo, maiores são os comentários.. e ainda assim sempre demandarão alguma simplificação.
Eu já tentei colocar argumentos mais detalhados., só que demandam texto mais longos com bem mais de 20 parágrafos.. talvez exigindo separar o texto em temas.
Então o problema? Deve ter entendido.. para usar o espaço de um parágrafo, é preciso focar nos pontos principais do argumento. E a discussão era sobre a questão da disfuncionalidade do sistema partidário hoje.
Estou me dando conta que vocẽ em nenhum momento tentou colocar seu argumento, mas fica desqualificando o meu.,
provavelmente, se eu escrever uma receita para fritar ovos você dizer que é uma descrição parcial que desconsiderou o ponto de vista da galinha..
ao menos vocẽ é um pessoa educada.. isso é algo que merece um grande elogio… há muita gente que precisa aprender com você.
Quanto ao sistema financeiro……
Acho que Mônaco, Lichenstein, e Luxembrugo…não emitem títulos da dívida
Ola Carvalho.
Eu não entendi seu comentário.
Bem, a grande maioria dos países democráticos (se não todos eles) emitem títulos de dívida pública. Isso inclui EUA, Japão, Europeu.. e pode incluir Brasil, Índia, China..
A discussão sobre superavit, deficit nada tem a ver com a prioridade dada para os gastos públicos. A luta política reflete a luta por quem irá escolher as prioridades dos gastos públicos.
É neste ponto que se trava a discussão sobre o predomínio do setor financeiro sobre as decisões do orçamento público, Ano passado, o Andre Lara Resende publicou um livro pequenino e muito didático sobre como a implantação do Plano Real continua incompleto.
Enquanto que ele teve sucesso em controlar a inflação inercial e permitira uma ampla reorganização da contas públicas, ele fracassou quando na distribuição de renda e no fortalecimento do setor produtivo.
quem escreveu isto foi o André Lara Resende..
O Delfin Netto também colocava esta questão de modo sempre inteligente e irônico. O domínio do setor financeiro se reflete na pobreza do debate econômico. Delfin dizia que o jornalismo econômico no Brasil nem é jornalismo nem é economia… ele é outro pensador que admiro, e olha que foi um dos que assinaram o AI5. Inclua neste série de pensadores de direita o próprio Roberto Campos (o avõ porque o Neto é de uma combinação rara de profundidade horizontal).
enfim… é um debate que me empolga
Acho o mercado financeiro se aproveita de fragilidades e vulnerabilidades…
Dinheiro não aceita desaforo….
Tb sou fã do Lara Resende, mas acho que neste seu último livro, que tenho um exemplar, ele se permitiu a especulações intelectuais próprias de um pensador heterodoxo.
Bem.. o plano Real foi heterodoxo cujo objeto era interromper um processo inflacionário inercial, como descrito por Bresser e pelo Nakano
Há uma curva de aprendizado desde o Plano Cruzado, Plano Collor, Plano Cavallo até chegar ao Plano Real, todos eles baseados no “Plano Larida”.
Ainda que havia a ideia que bastava interromper o processo inflacionário para que a economia voltasse a crescer com distribuição de renda, as elevadas taxas de juros iniciais eram para garantir a âncora fiscal..
A incompletude o Plano Real se mostra na dificuldade de trazer as taxas de juros para níveis ordinários..
Ou seja, enquanto estivermos em desequilíbrio, as taxas de juro continuarão a pesar.
Acho sua narrativa por demais linear, desconsiderando a realidade.
eu ia começar com .. “então” ou com “vamos lá”…
sendo direto.
a discussão é sobre quem controla o orçamento público de escolhes as prioridades dos gastos púbicos e a estrutura tributária..
de um lado, onde o dinheiro do orçamento público é gasto e do outro sobre qual parcela da população arca com a maior parte dos impostos..
Para eu discutir isto seria necessário bem mais de 20 parágrafos.
um bom começo seria a trilogia “Escravidão” do Laurentino Gomes para entender o poder político de uma elite com herança escravocrata atua para sustentar os seus privilégios por meio de uma estrutura de concentração de renda.
Heis uma parte substancial da realidade.