IRIS-T-SLM-Ukraine

IRIS-T-SLM

Estocolmo, 24 de junho de 2025 – A Suécia assinou um contrato de aproximadamente SEK 9 bilhões (cerca de US$ 900 milhões) para aquisição de sete sistemas IRIS‑T SLM — mísseis de defesa aérea de médio alcance desenvolvidos pela Diehl Defence — como parte da iniciativa europeia Sky Shield.

O anúncio oficial ocorreu na ilha estratégica de Gotlândia, no Mar Báltico, onde as autoridades suecas ressaltaram a importância da região para conter a estratégia russa de A2/AD, especialmente observando a proximidade de apenas 300 km da enclave russa de Kaliningrado. A previsão é que os primeiros sistemas sejam entregues até meados de 2028, com a implementação completa prevista até 2030.

O IRIS‑T SLM é um sistema altamente eficaz projetado para interceptar ameaças como mísseis de cruzeiro, drones e aeronaves de baixa e média altitude com precisão, graças aos seus mísseis com alcance de até 40 km e capacidade de operação integrada de radar, comando e controle.

A Suécia se junta aos demais países da European Sky Shield Initiative (ESSI) — um consórcio que congrega 24 países europeus para reforçar a defesa aérea continental com sistemas de múltiplas camadas, entre eles Patriot, Arrow, e IRIS‑T SLM.

Em comunicado, o primeiro-ministro Ulf Kristersson destacou a aquisição como um dos mais significativos avanços na defesa nacional desde a compra dos sistemas Patriot nos anos 1990. Já a FMV (Administração Sueca de Material de Defesa) explicou que a escolha dos sistemas prontos para produção foi motivada pela urgência em fortalecer as defesas no atual cenário geopolítico .

Com este investimento, a Suécia amplia significativamente sua capacidade de detecção e resposta a ameaças aéreas, integrando-se a uma rede europeia de defesa aérea robusta.

Inscrever-se
Notificar de
guest

38 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
22 dias atrás

Aparentemente, todo país e toda FA conseguem estudar, escolher, adquirir, manter e operar sistemas AA em um prazo de tempo razoável.
O único país e o único exército que chega no séc. XXI ainda em eternos grupos de estudos´´ que levam do nada pra lugar nenhum, e que chega em 2025 sem nenhum sistema que chegue perto de um sistema AA de médio e longo alcance, é o EB….

Sim, sei que o EB tem várias outras áreas que exigem sua atenção e a compra de meios mais urgentes, mas o EB chegar em 2025 sem NENHUM sistema semelhante, enquanto a Venezuela ( !!!! ) possui sistemas AA de médio / longo alcance, é incompreensível.

RPiletti
RPiletti
Responder para  Willber Rodrigues
22 dias atrás

Se as demais unidades do EB forem iguais a da cidade onde tenho residência…vamos começar com o uniforme e depois progredindo até chegarmos na AA, em uns 30 anos estaremos nela… até termos um nível médio aceitável vai demorar.

Luís Henrique
Responder para  Willber Rodrigues
22 dias atrás

Nosso orçamento militar está completamente “tomado” pelos gastos com pessoal da Ativa e os Inativos (aposentados e pensionistas).
O erro foi inicialmente das forças armadas que criaram um sistema de previdência muito generoso e quando devolveram o poder, ficaram com esta aberração.
Depois o erro passou para nossos governantes que nunca mexeram nessa aberração.
Apenas em 2019 tentaram reduzir a palhaçada, aumentaram o tempo de serviço, aumentaram o percentual de contribuição, etc. e resolveram reduzir o efetivo em 10% até 2029.

Estas medidas foram poucas, mas se o orçamento militar tivesse sido mantido nos patamares anteriores, já estaríamos melhor e com maior capacidade de realizar Aquisições. O problema é que toda e qualquer economia que estas reformas conseguiram, não foi suficiente para acompanhar a drástica redução no orçamento militar.

Entre 2001 e 2010 o Brasil investia 1,6% do PIB nas forças armadas.
Entre 2011 e 2020 reduzimos para 1,4%
Entre 2021 e 2024 despencamos para 1,1%
E agora em 2025 reduzimos para 0,97%

Se tivéssemos mantido o orçamento militar em 1,4% do PIB já teríamos alguma condição de adquirir equipamentos.

Se quiserem reduzir ainda mais o efetivo e cortarem 20% em vez de 10%, e nos próximos anos reduzirem o orçamento militar de 0,97% para 0,8% do PIB, também não vai adiantar para nada.
Se conseguirem reduzir os gastos com aposentados e pensionistas, elevando ainda mais as contribuições ou reduzindo os percentuais de salário pagos após aposentadoria, caso continuem reduzindo o orçamento, também não servirá de nada.

Não adianta realizar medidas de redução de custo com o pessoal e em seguida cortar o orçamento. Continuaremos sempre tendo condições somente de pagar os “salários” e manter com muito sacrifício o que temos e aquisições de equipamentos novos continuarão sendo raras e em quantidades pífias e as eternas modernizações de equipamentos velhos e aquisições de equipamentos de 2ª mão.

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
Responder para  Willber Rodrigues
22 dias atrás

E se fizer as contas direitinho dos valores gastos com passagens aéreas e diárias de viagem dos militares que formaram os grupos de estudos e visitaram vários países para conhecer e avaliar os sistemas de defesa antiaérea é bem provável que daria para comprar algum dos sistemas avaliados, ainda que em quantidade reduzida.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  Rafael Oliveira
21 dias atrás

Se juntar a quantidade de grupos de estudo do FX-1 e 2 + PROSUPER, não chega na metade da quantidade de grupos de estudo formados pra “selecionar” um sistema AA pro EB ao longo da história…

Gustavão
Gustavão
22 dias atrás

900 milhões para 7 sistemas e um preço razoável. Eu defendo que o Brasil desenvolve produto nacional para seus meios defesa, mais esses sistema poderia nos servir até chegada dos nossos sistema defesa aérea Nacional.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  Gustavão
22 dias atrás

900 milhões de dólares nesse sistema.
Eu não quero nem imaginar quanta grana e quanto tempo gastaríamos pra criar um sistema AA com desempenho semelhante…

É só tomar como base quanto tempo levou pra projetos como MANSUP e o Max ficarem prontos, e qual seu desempenho inicial…

Gustavão
Gustavão
Responder para  Willber Rodrigues
22 dias atrás

Tem que ter vontade política e investimento contínuos, defesa e dinheiro e continuidade.

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
Responder para  Gustavão
21 dias atrás

Isso é investimento para mais de 20 anos. Não basta só vontade política. Precisa formar, evoluir e manter uma quantidade enorme de cientistas.
E depois comprar uma quantidade significativa.
Estamos falando de muitos bilhões de dólares.
Não vai acontecer.

Colombelli
Colombelli
Responder para  Gustavão
21 dias atrás

Inviavel. Nao tem demanda pra justificar investimento e levaria no mínimo 2 décadas. Olhe la isso seria possivel talvez com um MANPAD ( o que ja seria uma grande coisa).
Assim como ter um atgm nacional é importante, ter pelo menos uma defesa AA nacional é fundamental, e o que daria pra ter é uma de curto alcance.

RDX
RDX
Responder para  Colombelli
21 dias atrás

Se o Brasil resgatar o programa A-Darter é possível desenvolver uma versão terrestre em poucos anos. Um SHORAD de baixo custo e com aproximadamente 12-15 km de alcance. Um sistema similar ao ASRAAM terrestre usado pela Ucrânia. Infelizmente falta vontade.

comment image?w=1024

Última edição 21 dias atrás por RDX
Colombelli
Colombelli
Responder para  RDX
20 dias atrás

Esta hipotese seria mais viavel porque tendo o princioal, o missil, ja pronto e pago, nao há o problema da escala.
Ha, porem, algumas questoes de ordem juridica, de custo beneficio e orçamentarias.

Sob ponto de vista juridico teria que se aferir se o Brasil tem contratualmente liberdade de uso sobre o produto, se titula livremente a propriedade intelectual. Acredito que isso não seja um problema. Bastaria por um booster no A darter e integrar no radar M200 e temos um sistema AA de medio alcance.

Sob o ponto de vista de custo beneficio, so vale a pena o custo de desenvolvimento (ainda que reduzido neste caso) se a nacionalização criar pelo menos uma de 2 condições, quais sejam, poder produzir sem receio de embargo ou facilitação da manutenção ( caso de bens não consumiveis como gripen e scorpene). Ai entra a pergunta: quanto do A- darter conseguimos produzir sozinhos? So tem sentido construir aqui um missil se pudermos ter total independência, ou pelo menos uma condição onde os componentes possam ser facilmente adquiridos fora. Nao adianta fazer 90% aqui e os 10% que vem de fora gerar uma dependência que torna a arma inutil. Isso equivale a comprar fora, so que mais cara.

Sob o prisma orçamentario entra o raciocicio que teci infra, ou seja, analisando os cenarios possiveis de ameaça um.sistema AA de médio alcance não é prioridade quando itens mais básicos e relevantes faltam. E levando e conta que ainda haveria um custo de desenvolvimento a ser acrescido, o valor total de um.sistema nacional seria maior que um estrangeiro ja pronto. Se está dificil e não é prioridade a aquisição com custo X, se este custo for X+ ainda maior será a dificuldade.

De qualquer sorte, valeria a pena um estudo criterioso acerca do A- darter poder servir de base. O principal é termos ao menos um sistema totalmente nacional ou que possa burlar embargos.

Bigliazzi
Bigliazzi
22 dias atrás

Não entendo essas aquisições… como poderiam fazer frente às hiperar­mas putinianas? Armas poderosas, equipadas com ogivas de retórica explosiva e uma capacidade inigualável de causar… discursos.
São munições russas que falam mais do que fazem, mísseis com alcance limitado à propaganda interna, e tanques abastecidos com ego e nostalgia ditatorial.
Difícil competir com esse arsenal tão barulhento na narrativa quanto inofensivo — exceto, é claro, para os civis inocentes que pagam o preço do teatro geopolítico.

Felipe M.
Felipe M.
22 dias atrás

Esse sistema parece ser interessante.
Como ponto negativo, só o fornecedor, sendo da Alemanha, que já sancionou países, em fornecimentos de insumos e manutenção de equipamentos militares, por não seguirem a cartilha do “certo e errado” de seus governos. Mesmo assim, temos um histórico tranquilo com os alemães em fornecimentos militares (resta saber se podemos confiar que isso se manteria assim).
7 baterias, com 3 lançadores, cada, e até 8 mísseis em cada um. 24 mísseis por bateria. Capacidade total de até 168 mísseis. Nada mal, para proteger as cidades suecas.
O preço parece bom, mas deve haver algum desconto em razão de estar no âmbito da iniciativa conjunta do bloco.
Esse e o Barak são meus favoritos, desde que, em ambos, exista o difícil acordo de produção dos mísseis localmente.
Naquela velha futurologia ilusória…

  • 10 baterias do Iris T SLM = cerca de U$ 150 mi cada = U$ 1,5 Bi;
  • 5 baterias do Barak ER = cerca de U$ 400 mi cada – U$ 2,5 Bi.
  • cerca de U$ 500 mi para a encomenda inicial de mísseis, para o tot da fabricação sob licença.

Total = U$ 4,5 bi (R$ 24 bi).
Divididos em 15 anos de execução do projeto = R$ 1,6 bi.
Uma grana boa, muito boa. Mas, se pegasse um pedacinho do fundo eleitoral, outro pedacinho do partidário e um pedacinho das emendas supérfluos, pagaríamos fácil.
E teríamos um baita sistema de defesa antiaérea.

cipinha
cipinha
Responder para  Felipe M.
21 dias atrás

Gosto do CAMM e tanto ele quanto o IRIST fazem sentido tendo em mente qua são usados por outras forças e o que geraria uma demanda maior e talvez justificasse a produção aqui, lembrando que o CAMM chegou a ser proposto em conjunto com a Avibras em um modelo que teria de 70% de participação da indústria nacional

Colombelli
Colombelli
21 dias atrás

Podem negativar à vontade. Mas meditem.sobre.
Um sistema AA existe pra defender, correto?
Então as perguntas fundamentais são: 1 defender o que e 2 defender contra o que?

O programa PROTEGER levantou 13.000 estruturas de interesse estratégico. 600 delas são de extrema revelância sendo mais de 300 críticas. Espalhadas por todo pais. Isso é o que se defende…além da tropa desdobrada em campo.
Contra o que se defende?
Há 2 hipoteses.

1- um ataque vindo do mar feito ad exemplum pelos EUA ou uma coalisão Européia. Russia e China hoje não tem esta capacidade.
Pois bem, um ataque destes poderia atingir com dezenas de misseis grande parte do território nacional. Milhares destes 13.000 pontos estariam sob alcance. E não saberiamos quais.
Ora, 8 ou 10 sistemas AA de médio alcance nao cobririam nem 10 ou 15% dos mais de 300 alvos críticos ainda que alguns pudessem ser cobertos pela mesma bateria.
Mesmo se quisessemos cobrir apenas Sao Jose dos Campos, base se submarinos, Angra, Iperó e cindactas seria facil pro agressor saturar estes pontos e por os sistemas fora de operação rapidamente.
Sintetizando, contra um ataque destes é inutil ter sistemas AA médios. É mais inteligente acertar o arqueiro com meios ofensivos como submarinos e misseis AN de longo alcance do que se voltar contra as flechas.

2- a segunda hipotese contempla nossos vizinhos. Venezuela pode atingir quanto muito Boa Vista e SGC. Nenhum alvo que comprometa nossa defesa e o ataque a eles por terra. Peru so tem alcance pro oeste da Amazônia e norte do MT. Nenhum alvo comprometedor. Bolivia, Paraguai e Uruguai nao representam risco. Unico que sobra é a Argentina quando tiver os F16 e sua capacidade será limitada ao RS, SC e partr do PR. Mas as regioes industruiais e alvos de maior valor demandariam missões de centenas de KM. Se voam alto a FAB reage. Se voam baixo ficam vulneraveis a sistemas de curto alcance. Inclusive a FAB poderia dispersas meios em.algumas das dezenas de aerôdromos existentes pegando de surpresa

Ou seja, quando pensamos em cenários realistas, entendemos que nosso tamanho ao mesmo tempo em que é uma defesa em.si propria, também é o que torna sistemas AA de maior alcance virtualmente inuteis ou desnecessários. É por isso que pelo custo beneficio os sistemas AA de médio alcance não são prioridade.

Há coisas muito mais básicas e de melhor custo beneficio pro EB. Ex. Temos 120 Carl gustav. A dotação minima exigiria o quradruplo deste numeto. Precisamos equipamentos de visão noturna, drones de rec e ataque, substituição/ modernização de blindados dentre outras coisas. Estes são multiplicadores mais efetivos de dissuasão. E tambem mais AA de curto alcance cujo numero é ridiculo ( defesa de ponto regionalizada)

Já a marinha carece de submarinos e baterias de misseis costeiros de longo alcance. E a FAB de caças e avioes de patrulha maritima com um bom missil. Isso traz melhor custo beneficio pro cenario 1. O cenario a AA curto.alcance dá conta.

A Russia tambem é defendida por seu tamanho. Mas tem em mira enfrentar a OTAN e tem maior concentração de alvos o que facilita a defesa. Outros paises trabalham ou com defesa de áreas menores ou com atuação em coalisão, o que muda tudo. Cuidado em tomar outros paises, cujas respostas as perguntas acima são diferentes das nossas, como paradigma. Temos que pensar em nossa situação. Nossas demandas e disponibilidades.

Por fim a guerra russo ucraniana demonstrou como sistemas médios e de longo.alcance acabam não.impedindo ataques em profundidade ainda que sob ponto de vista tático ainda tenham eficácia. Idem o conflito Israel x Irã. E vejam o volume dos meiis AA envolvidos.

Hoje eu entendo porque as FA secundarizaram a defesa AA de médio alcance.

Velame
Velame
Responder para  Colombelli
21 dias atrás

Muito bom! Concordo plenamente.

Rodrigo
Rodrigo
Responder para  Colombelli
21 dias atrás

Se vier um ataque que disse, devemos nos render antes deles atacar. Defesa com o que o Brasil tem é suicídio.

Fábio CDC
Fábio CDC
Responder para  Rodrigo
21 dias atrás

Desgraçadamente o Senhor tem TOTAL razão. Seria isso o que eu faria fosse Presidente da Ucrânia: Combateria alguns dias e depois, para evitar mais de 2.500.000 de mortos me renderia completamente a Putin, que como sabemos, nunca arredará o pé daquela linda região.
.
É melhor ser humilde e aceitar sua derrota e miséria do que insistir em algo que não se pode derrotar nem a longo prazo do que ceifar a vida de dezenas ou centenas de milhares de brasileiros (ou ucranianos) tentando o impossível e sofrendo o indescritível.
.
E sim, sua última sentença foi impecável: Seria suicídio mesmo.

Colombelli
Colombelli
Responder para  Rodrigo
21 dias atrás

Hoje sim. Tem pouco. Mas 6 submarinos ja tornam a coisa difcil. Olha o que a Argentina fez com 1 só e funcionando mal em 1982. Mais umas baterias cisteiras de misseis como o projeto mansup ER. A empreitada se torna cara pro adversario. Isso é a dissuasão.

Nelson Junior
Nelson Junior
Responder para  Colombelli
21 dias atrás

Resumindo, precisamos de um país novo antes de comprar AA

Colombelli
Colombelli
Responder para  Nelson Junior
21 dias atrás

Nao. Precisamos é priorizar meios dissuasórios mais efetivos pra nossa realidade. Apenas isso. A AA média podera ser adquirida. Mas antes há uma lista de itens na frente que são mais prementes.

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
Responder para  Colombelli
21 dias atrás

Difícil discordar do seu ponto de vista.

Como eu já disse algumas vezes, o mais ridículo é a FAB não ter dotado sua aviação de caça com mísseis antinavio. Depender do P-3 e dos helicópteros da MB é um risco muito elevado. Está 40 anos atrasada.

Tomaram que sanem esse déficit enorme com o Gripen.

Fábio CDC
Fábio CDC
Responder para  Colombelli
21 dias atrás

O Vosso comentário é, de longe, o melhor que já li até hoje acerca de nossa realidade AA, parabéns! E muitíssimo obrigado por compartilhar a Vossa visão sobre o tema, foi muitíssimo esclarecedor!
.
Saudações de Natal-RN!

Felipe M.
Felipe M.
Responder para  Colombelli
21 dias atrás

Colombelli, jamais ousaria discordar totalmente de um argumento embasado.
O meu único ponto é, o quanto dessas estruturas de extrema relevância (600), sendo 300 delas críticas, estão espaçadas pelo Brasil?
Me corrija se eu estiver errado, mas me parece que a maior parte está concentrada no centro sul do país (e a menção ao centro em relação ao centro político decisório). Me parece que boa parte se concentra em São Paulo e RJ, prioritariamente, e num segundo plano ES, MG, Paraná, SC e RS (Indústrias e estruturas militares), além, evidentemente, de Itaipu.
Então, acho que ninguém é louco de pensar que um sistema de defesa antiaérea deveria cobrir todo o território.
Quando se restringe às localidades com concentração máxima de estruturas estratégicas, continua um mundo, mas bem mais restrito.
5 baterias seriam suficientes? Não.
Agora, 10 ou 15 já mudaria, substancialmente, o cenário, enquanto contribuição para manutenção das condições, especialmente industriais, de se manter no conflito. E isso, claro, aliado à defesa por caças para as localidades estratégicas fora desse eixo, como, por exemplo, Belomonte.
Inclusive, boa parte dos países da OTAN, por bastante tempo, botaram mais fé no investimento em caças do que em defesa AA. Hoje, boa parte deles estão vendo que é necessário aliar os dois. Aqui, em razão do tamanho do território, precisamos mais ainda dessa conjunção de ferramentas.
Seu comentário foca em prioridades, especialmente considerando o cenário orçamentário. E está absolutamente correto, especialmente na parte da necessidade de meios de baixa altura (aqui seria ótimo um acordo de fabricação nacional, sob licença, de um mampad e do RBS 70, com possibilidade de fabricação às centenas ou milhares em caso de aumento das ameaças. Além disso, parece que o guepard foi bem na Ucrânia. Com o drone sendo protagonista, meios como esse talvez voltem a ganhar espaço).
Assim, com a missão focada nesse espaço restrito, aliado a uma quantidade razoável de caças e um sistema de mísseis costeiros, penso que, sobretudo, a defesa AA de média altura contribuiria bastante para restringir o número de países que poderiam minar a capacidade interna de combate a 1: EUA. O restante, dificilmente conseguiriam colocar o coturno em terras brasileiras e mantê-los aqui sem, antes, minar a capacidade logística nacional de manter o esforço de guerra.
Além do que, ainda voltando a prioridade orçamentária, é mais barato incrementar o sistema nacional com uma defesa AA de média altura em número razoável para esse espaço restrito, do que, por exemplo, adquirir mais 4 submarinos à frota (não que esses tbm não sejam extremamente importantes).
Por exemplo:
– 10 sistemas AA de média altura: U$ 1,5 bi.
– 4 submarinos: mais de U$ 2 bi.

Mais quatro submarinos elevaria a frota para 8. Um número bem razoável, mas devendo-se considerar quantos desses poderiam estar operacionais ao mesmo tempo. 5? 6?

Precisamos de ambos, mas, s.m.j, a defesa AA me parece algo mais fácil, rápido e efetivo de se implementar.

Colombelli
Colombelli
Responder para  Felipe M.
21 dias atrás

De fato a maioria das estruturas criticas está no sudeste. Porem a questão é que a maioria delas é interligada e dependente. Por exemplo, ao detonarmos uma subestação grande mesmo longe desta região todo sistema eletrico cai.

O RS tem 2 acessos ferroviarios e uns 6 rodoviarios. Alvos fáceis como as pontes do São Francisco ou as ligaçoes do centro.oeste com o resto do pais. Imagine se Floripa sem as pontes…. Pontes, portos, refinarias, cdntrais de comunicação e centrais elétricas regionais colapsam partes inteiras do país com falta dos itens basicos da civilização. E em muitos casos isso gera reações em cadeia nos respectivos sistemas nacionais tambem

Pra nos por de joelhos, o adversario nao precisa destruir as estruturas do sudeste ou as mais importantes. Basta ele minar as periferias. Apenas algumas das críticas espalhadas pelo pais. Cada região cai e o todo cai como um castelo de cartas. Quando o caos se instalasse em regiões inteiras o pais se rende. O povo brasileiro, que se rendeu ao judiciario, não aguenta 2 dias sem a civilização. Alias poucos ocidentais aguentam.

Bjj
Bjj
Responder para  Colombelli
21 dias atrás

Você tem um razão em muitos pontos, mas há algumas questões.

1: Desses milhares de pontos táticos/estratégicos a defender, há uma hieraquia. Nenhum inimigo, nem mesmo os EUA, seriam capazes de atacar milhares de alvos simultaneamente. Sendo assim, começam atacando as bases aéreas, centros de comando o controle do espaço aéreo, sistemas antiaéreos e estações de radar. Nestes alvos usarão os meios e armas mais sofisticadas. Uma vez que tais pontos sejam destruidos a capacidade de defesa aérea do país alvo esteja completamente comprometida, ai sim usam toda a liberdade de ação para atacar o resto, podendo utilizar neste caso até bombas burras (baratas) em face da falta de oposição.

2: Mesmo os países do nosso entorno com limitados meios ofensivos podem atacar em profundidade com as taticas de guerra atuais. Vimos militares israelenses infiltrados no Irã destruindo satema AA com misseis AT. Vimos os ucranianos destroçando bombardeiros estrategicos, há milhares de quilômetros de distância, com drones civis improvisados.

3: De fato, acertar o arqueiro é muito melhor que acertar as flechas, e hoje praticamente só se consegue isso com caças. Sistemas antiaéreos, mesmo os de longo alcance, se resumirão cada vez mais à C-PGM.

Diante dessa realidade, a defesa AA do Brasil deveria levar em consideração ao meu ver:

A) Priorização dos caças sobre quaisquer outros meios. Eles podem interceptar as ameaças em distancias muito maiores que qualquer sistema AA, inclusive ainda nas proprias bases. Com um bom missil antinavio, também podem manter um inimigo afastado de nossa costa.

B) Uma defesa de ponto sensivel baseada em canhões, priorizando a defesa da estrutura de defesa aérea. São baratos e dão conta da maioria dos alvos, inclusive pequenos drones.

C) A defesa de área sensivel (conjunto de pontos sensíveis numa mesma area) feita por um punhado sistema AA de médio alcance, adicionando uma cobertura extra aos canhões.

D) Manpads na defesa de tropas leves, canhões AP na defesa de tropas blindadas e mecanizadas.

Colombelli
Colombelli
Responder para  Bjj
21 dias atrás

Quanto ao item 1 o roteiro que voce propos está correto em vista de paises menores, com robustas defesas ou onde se pretenda atuar com aviação como foi agora o caso do Irã. Nosso caso é diverso. Ataques vindos do mar nem precisam.usar aviação posteriormente. Só misseis porque nossas distâncias são muito longas. Eles não precisam.atacar bases aereas e centros de radar ou comando pra nos vencer.

Com 2 submarinos e 6 destroyers, uma frota bem limitada, os EUA conseguem por 600 misseis em condicões de disparo. Dá pra atacar 300 alvos com 2 misseis cada espalhados pelo pais. Alvos de infra estrutura. Nao necessariamente militares. O pais cai de joelhos. É como eu disse, ser grande tem vantagens porque dificulta os vizinhos nos atacar, mas dificulta nossa defesa contra um ataque vindo do mar. Basta cortar a comunicação o transporte e o combustivel em 2 ou 3 regioes e o poder central se vê obrigado à rendição. Uma lista de alvos pra conseguir isso não chega a 100 . É um verdadeiro “ataque mineiro”. Pega pelas bordas evitando os pontos mais defendidos.

Quanto ao item 2 são ataques muito limitados. Nao há como repeti- los muitas vezes. Carecem de grande preparação e bem prévia e a dispersão dos nossos alvos no favorece conta ataques infiltrados. Seriam realizáveis mas não importantes.

Quanto ao item 3 concordo. E pra isso mais 1 ou 2 submarinos, misseis AN lançados do ar e terra com maior alcance.

Assim como concordo com as prioridades.
O caça hoje é a nossa base. O problema é ter poucos. A questão toda é que não temos dinheiro pra tudo. O básico é começar pela defesa de ponto e o EB recentemente deu baixa a seus 60 canhoes AA.

bjj
bjj
Responder para  Colombelli
20 dias atrás

Caro Colombelli, discordo.

Não se coloca um país de joelhos de uma hora para outra. A Ucrânia está há 3 anos perdendo pontes, usinas de energia, fábricas, refinarias, rodovias e mesmo tendo uma fração do tamanho do Brasil, não foi colocada de joelhos. Ademais, atacar alvos de infraestrutura civil tem um custo político, sobretudo quando o país alvo depende dessa mesma infraestrutura para produzir, escoar e exportar uma série de produtos fundamentais para a economia e o comércio mundial. Cria-se, neste caso, o potencial para um conflito multinacional.

Em todos os conflitos modernos os alvos de alto valor militar estavam no topo da lista de prioridades. Isto é o mínimo para ter alguma liberdade de ação e, sendo possível, tomar o poder no sentido literal ou através de um fantoche, para então alcançar os objetivos políticos da campanha militar.

Sendo assim, a doutrina de guerra das potências ocidentais é bastante conhecida: inicia-se o ataque contra a infraestrutura de defesa aérea, conquista-se a superioridade ou supremacia aérea, e depois, com total liberdade de ação, os meios aéreos são direcionados para caçar as forças terrestres.

Não podendo defender tudo, o mais racional, considerando esta realidade, é direcionar a defesa AA para a defesa da infraestrutura aérea, afim de evitar a conquista da superioridade pelo inimigo e por fim, preservar as forças terrestres e demais instalações estratégicas, inclusive as civis.

Enfim, concordo com você que os caças devem ser prioridade, pois ao contrário de sistemas AA, podem defender e também atacar, inclusive interceptando as ameaças distantes do TO. Entretanto, para garantir que esses caças possam sobreviver e operar com um mínimo de eficiência, se faz necessária uma defesa AA que preserve, ao menos parcialmente, os centros de comando e controle, estações de radar e bases aéreas.

Colombelli
Colombelli
Responder para  bjj
20 dias atrás

Prezado. Tu estas raciocinando pelo lado do defensor e usando uma doutrina padrão. Pense como atacante e diante da realidade especifica do Brasil. O outro lado da colina!

A Ucrânia so se sustenta porque tem ajuda de mais de 40 paises. Militar e econômica. E lura por sua sobrevivência. No nosso caso estariamos sozinhos. Estes que ajudam a Ucrânia ou seriam nossos atacantes ou seus apoiadores. Estariamos mais pra um Iraque na guerra do golfo.

O preço politico não costuma pesar pras potências. Eles sempre fizeram o que querem porque podem construir narrativas. Hamburgo, Colônia, Dresden, Tóquio e mais 66 cidades japonesas, Hiroshima e Nagasaki, Londres, Hanói. Todos exemplos de lugares bombardeados com alvos inclusivamente puramente civis. Ucrania e Russia fazem frequentemente bombardeios a portos, pontes, refinarias, usinas de energia. Infra estrutura econômica. Os EUA e Israel nao pensaram no preço do petroleo agora contra o Irã assim como a Russia não pensou no preço dos grãos. Se a vantagem justifica este preço nao importa. E se fossemos alijados do fornecimento de nossas exportações, os compradores logo acham substitutos. Ninguem…ninguem se baterá pelo Brasil. Somos importantes, mas não essenciais.

A superioridade aerea ja existira no ataque de uma potência pelo simples número. Supremacia alias. E ela sequer é necessaria contra o Brasil. Primeiro porque nada alem de ataques de misseis seriam necessarios pra destruir o que precisa. Segundo, pelas distâncias é contraprodutivo usar aviação vinda do mar contra nós. Ja se estivermos falando de nossos vizinhos, nós e que temos superioridade. Nao precisamos tanto de defesas co tra eles. Nao há premêncua desta pitência destruir 40 caças sem capacidade antinavio inclusive porque as aeronaves do atacante sequer precisarão enfrenta- los

Quanto a demorar por um pais de joelhos tudo depende de cada caso. O Iraque durou menos de uma semana na tempestade no deserto. A Servia alguns dias. Nossa realidade é diferente dos demais. A ucrânia por exemplo, quantas cidades de 1 milhão de habitantes tem? E de 500.000? Nós temos cidades enormes espalhadas por todo pais. Nossas regioes tem pouca autonomia econômica. No caso do Brasil não é necessario destruir a estrutura defesa pra vencer. Basta quebrar a vontade.

Alias em todas as guerras a finalidade não é destruir a capacidade militar ou econômica do adversario. O objetivo é vencer sua vontade de lutar. A destruição militar ou econômica sao meios pra isso. Ordinariamente as guerras tem sido travadas por atores onde as capacidades militares importam mais. Nao houve ate agora uma guerra recente com um ator com as peculiaridades do Brasil. Um pais gigante, com dezenas de grandes cidades e heterogêneo economicamente. Regioes que podem ser isoladas ou degradadas.

Pra vencer o Brasil não é preciso destruir a FAB, cuja capacidade contra uma potência de alem mar seria pequena. Nao é preciso destruir o EB, porque não é preciso sequer pisar em solo brasileiro. A única ameaça militar efetiva hoje são os nossos submarinos. O que se precisa fazer pra vencer é apenas quebrar a vontade do brasileiro de resistir. E isso é fácil. Basta criar um caos controlado pela fragilização da infraestrutura, com poucas mortes dos 2 lados. Cai como um castelo de cartas ainda mais se a rendição não significa o tacão de uma tirania ou o fim da nação como no caso da Ucrânia. No Brasil ninguem vai morrer por um Saddan, um iatola ou um regime.

Por fim quanto à questao de defender bases ou forças em solo, a melhor defesa nao é tentar impedir ataques com defesas AA, mas sim dispersar e esconder meios. Somos, salvo engano, o segundo pais com mais aeroportos. A FAB nao teria dificuldade em dispersar e esconder seus meios. Ja as forças de terra atuariam como irregulares, dispersas e escondidas ate na forma tatica de agir. A estrategia de defesa é a lassidão.. A unica força com menos opçoes e que mais facil se torna alvo é a marinha. Este é nosso calcanhar de aquiles e é facil de tornar suas instalações fixas inoperantes. Unica chance seria inflingir danos à frota adversaria com submarinos a ponto de romper o equilibrio custo beneficio.

Por outro lado, se o conflito é contra nossos vizinhos, a vantagem é toda nossa. A preocupação defensiva passa pra eles. Ai nao há porque pensar em defesa AA media, pelo menos não antes de outros itens basicos. Ela nao é prioridade em nenhum caso. Se, e quando, puder ser adquirida otimo. Mas se nao puder ou enquanto não puder, nao faz grande falta.

RDX
RDX
Responder para  Colombelli
21 dias atrás

Precisamos de sistemas capazes de derrubar os UCAVs venezuelanos.
Eles são uma séria ameaça à BABV e aos ativos do EB em Roraima.
A Armênia levou uma surra em Nagorno-Karabakh porque não estava preparada para enfrentar a ameaça representada pelos TB-2 Bayraktar azeris. O TB-2 possui teto de 7.620m e altitude operacional de 5.486m. O principal SHORAD armênio (9K33 Osa) tinha apenas 5.000 m de teto.
Portanto, o mais importante é o teto e não o alcance. A França, por exemplo, está apostando no SHORAD VL MICA (20km de alcance e 9.144m de teto).

Bjj
Bjj
Responder para  RDX
21 dias atrás

O Gripen é a melhor resposta pra esse tipo de ameaça.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Bjj
21 dias atrás

acho que o A29 seria melhor, mais barato de usar

Colombelli
Colombelli
Responder para  Carlos Campos
20 dias atrás

Justamente por ser um.dos meios mais baratos e eficientes foi cogitado pela Ucrânia e em breve terá mais aquisições a caminho.

Nelson Junior
Nelson Junior
21 dias atrás

A arma AA mas poderosa que o Brasil tem é a nossa “diplomacia”…
Se algum país por algum motivo quiser nos atacar, nossos iluminados políticos oferecem ao agressor 15 anos de exploração de algum mineral que temos em abundancia e a agressão para na hora… E ainda faz um decreto de emergência oferecendo uns 10 ou 15 bi para o mesmo como adiantamento e vida que segue…
Aqui nada nunca foi levado muito a sério, e capacidade AA não vai ser diferente.

Heinz
Heinz
21 dias atrás

Está ai o sistema que o EB deveria comprar, europeu (do jeito que eles gostam) e amplamente testado em combate e aperfeiçoado

José Luís
José Luís
Responder para  Heinz
20 dias atrás

Desculpa a sinceridade, mas acho muito difícil o Brasil comprar alguma coisa, pela bagunça que anda a administração financeira desse país, infelizmente não vejo a curto nem a médio prazo uma janela para isso, só cortes e mais cortes naquilo que é importante; e gastos e mais gastos desnecessários, quem tá no controle do país não tá preocupado com a defesa.

https://www.cnnbrasil.com.br/politica/senado-aprova-texto-base-de-projeto-que-amplia-numero-de-deputados-para-531/

Dinheiro tem, porém a Defesa não é levada como prioridade, infelizmente a realidade é cruel.

Heinz
Heinz
Responder para  José Luís
20 dias atrás

Deveríamos estar nas ruas já, isso é um ultraje!