Best one image of a Pakistan Army Z-10ME so far o

Foto modificada do Z‑10ME nas cores do Exército Paquistanês

O Exército Paquistanês recepcionou formalmente a primeira fração de helicópteros de ataque Z‑10ME, fabricados pela China, durante uma cerimônia presidida pelo Chefe do Exército (COAS), Field Marshal Syed Asim Munir, na Base de Aviação de Multan, segundo nota oficial do Inter‑Services Public Relations (ISPR).

O evento teve continuidade com uma demonstração de tiro real no polígono de Muzaffargarh, onde os recém-induzidos Z‑10ME mostraram sua capaci­dade de ataque de precisão em missões diurnas e noturnas, com guiamento preciso e orientação por radar, sensores óticos e suíte avançada de guerra eletrônica (EW).

Sobre o Z‑10ME

O Z‑10ME é a variante exportação aprimorada do helicóptero de ataque Z‑10 desenvolvido pela Changhe/AVIC. Projetado para operar em ambientes quentes e de alta altitude, o modelo ME incorpora:

  • motor WZ‑9C e sistema de admissão com filtros aprimorados;
  • blindagem de grafeno de aplicação leve, contramedidas DIRCM (infra‑vermelho direcional) e sensores de alerta de aproximação de mísseis (MAWS);
  • capacidade de disparar mísseis CM‑502 ar‑superfície, TY‑90 ar‑ar e foguetes guiados de 70 mm;
  • aviônicos para apoio a missões de reconhecimento armadas, apoio aéreo aproximado e anticarro. Esses recursos configuram um salto tecnológico para a corporação paquistanesa.
  • O Z‑10ME já havia sido exibido no Singapore Airshow 2024 como primeira oferta de exportação, com o Paquistão figurando como o único cliente oficial até então — embora a venda tenha sido confirmada apenas agora.
  • Tentativas anteriores de modernização da ala de helicópteros de ataque de Karachi — incluindo a aquisição do T‑129 ATAK da Turquia — sofreram restrições em razão de motores de origem americana, e acabaram sendo abandonadas. O Z‑10ME foi identificado como alternativa mais viável em 2020 /21.

 

 

Impacto na estratégia de defesa e equilíbrio regional

  • A incorporação do Z‑10ME marca uma guinada na modernização da Aviação do Exército Paquistanês — passando de plataformas multirole adaptadas (como os Mi‑17), para um sistema dedicado ao suporte terrestre anticarro e operações de ataque em terreno contestado.
  • O desempenho em regiões adjacentes à Linha de Controle na Caxemira, também próxima de áreas sensíveis como Ladakh (ao longo da fronteira sino-indiana), faz do Z‑10ME um ativo de dissuasão adaptado às exigências climáticas e de altitude regionais.
  • A aquisição fortalece o laço estratégico-paquistanês com a China, o que inclui amplos investimentos do consórcio BRI (incluindo o corredor econômico China‑Paquistão).
  • O número exato de helicópteros recebidos não foi divulgado oficialmente, mas analistas estimam que entre 8 e 12 unidades iniciais tenham sido encomendadas nesta etapa.
Z-10ME no Singapore Air Show 2024

Adaptação tecnológica

A adoção do Z‑10ME fortalece a ambição do país de construir uma capacidade de dissuasão aérea, sem estar vulnerável às instabilidades geopolíticas que afetam o acesso a componentes militares, como já ficou evidente nas canceladas compras dos aparelhos da Turquia e dos EUA.

A cooperação sino-paquistanesa também ganha visibilidade como modelo de alinhamento tecnológico e estratégico em uma era de rivalidades geopolíticas intensas.■


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Claudio Moreno
Claudio Moreno
1 mês atrás

Parabéns aos paquistaneses que assim, distanciam-se mais é mais da dependência de Washington que castrou os seus F16.

Sgt Moreno

adriano Madureira
adriano Madureira
Responder para  Claudio Moreno
1 mês atrás

Me sinto mais protegido com nossos poderosos Esquilos versão LTZ…

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Última edição 1 mês atrás por adriano Madureira
Hamom
Hamom
Responder para  adriano Madureira
1 mês atrás

Estes esquilos, com metralhadoras 7,62 mm e .50 + FLIR, podem ter um bom desempenho contra pequenos e médios drones de voo não muito rápido.

adriano Madureira
adriano Madureira
Responder para  Hamom
1 mês atrás

não são os drones que me preocupam amigo, eles são uma ameaça real e que não podem ser ignorados,mas divisões blindadas também o são…

Adquirir aeronaves com foco na superioridade em combate ar-terra,e especialmente no apoio a tropas terrestres e na destruição de alvos inimigos seria algo de inestimável valor na hora de se impor contra elementos hostis.

Ter uma aeronave projetada para ser uma plataforma versátil e letal, capaz de operar em diversas condições climáticas e de iluminação, com sensores avançados, armas de precisão e sistemas de navegação de ponta,seria uma grande joia para o EB.

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Sim,ter aeronaves leve como o Esquilo,tem sua importância,infelizmente é oque temos hoje para o jantar,mas aeronaves de ataque puro sangue não podem ser ignoradas.

É público,notória e vexatória a situação de nossas forças armadas,mas se não temos condições definitivas para resolver e tapar lacunas,deveríamos pensar em situações paliativas.

Se não temos grana para AH-64 Apaches de USD 52 milhões, T-129 ATAK de USD 50 milhões ou até mesmo Z-10ME que se especula estar na casa de US$45.milhões de dólares,melhor improvisár-mos e pensar em outras alternativas

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Cristiano Salles (Taubaté-SP)
Cristiano Salles (Taubaté-SP)
Responder para  adriano Madureira
1 mês atrás

🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣

adriano Madureira
adriano Madureira
Responder para  Cristiano Salles (Taubaté-SP)
1 mês atrás

Qual a graça Cristiano? Você discorda do que eu disse?

E se discorda,qual sua visão alternativa?

Cristiano Salles (Taubaté-SP)
Cristiano Salles (Taubaté-SP)
Responder para  adriano Madureira
1 mês atrás

Torço pelos Apaches…, mesmo que for em poucas unidades…

Normalmente nossos equipamentos se troca de 30 à 40 anos pra frente…, já escolhem o melhor…

Como estão fazendo em escolher o Centauro, um puro sangue…

Depois de adquirir os topo de linha em poucas unidades…, vão adquirindo 2 à 3 unidades à cada 2 ou 3 anos…

Melhor do que pegar um mais ou menos e não dar conta e durar 15 anos no máximo e ter que desativar…

Abraço a todos…

Tenhamos uma semana ABENÇOADA 🙏🏻

Antunes 1980
Antunes 1980
1 mês atrás

Índia e seus vários acordos com a Rússia e agora o Paquistão cada vez mais conectado a China.

Quem diria que o Ocidente iria perder tantas oportunidades de vendas nestes mercados.

Deadeye
Deadeye
Responder para  Antunes 1980
1 mês atrás

O ocidente virgula, pq a França continua tendo sucesso na Índia.

adriano Madureira
adriano Madureira
1 mês atrás

A Turkish Aerospace Industries perdeu uma boa venda graças ao veto aos motores Rolls-Royce por cretinice dos americanos,que usaram como pretexto à decisão de Ancara de comprar mísseis S-400 da Rússia,sendo isso o motivo das sanções a venda da aeronave turca.,

O Paquistão abandonou um acordo de US$ 1,5 bilhão para adquirir um total de 30 helicópteros de ataque da Turquia devido a um embargo dos EUA aos motores dos helicópteros, optando por aeronaves de fabricação chinesa.

O Paquistão em 2018 concordou em comprar 30 helicópteros de reconhecimento e ataque tático T129 (ATAK) fabricados pela TAI, movidos por motores fabricados pela LHTEC, uma joint venture da britânica Rolls Royce e da Honeywell, uma empresa norte-americana.
As empresas estrangeiras são obrigadas a obter licenças de exportação dos EUA para vendas comerciais de nível militar.

Oque Washington fez foi somenteb jogar o Paquistão no colo de Pequim.

Mas são parceiros confiáveis,caso não fossem não iriamos comprar BlackHawks do laranjão Bipolar…


Pena o Brasil não ter culhões para comprar produtos chineses…

Última edição 1 mês atrás por adriano Madureira
Welington S.
Welington S.
Responder para  adriano Madureira
1 mês atrás

Comprar produtos militares chineses, de fato, é muito difícil. Aposto mais em compras na Turquia, já que tenho uma certa sensação de serem e terem mais tecnologias que os chineses. Essa sensação se deu no período de escolha do VBC Cav, onde o Norinco chegou ao final, mas não leveu por conta de baixa tecnologia embarcada (e parecia datada) se comparado com o Centauro II.

Zoe
Zoe
Responder para  Welington S.
1 mês atrás

Olha..a Turquia tem que cuidar muito também.
Pelo menos no segmento de armas curtas, tiveram marcas ok vindo para o BR, mas muita porcaria também.
Complicado apostar milhões em algo com confiabilidade duvidosa.

adriano Madureira
adriano Madureira
Responder para  Welington S.
1 mês atrás

É,Turquia seria interessante…Ainda mais um país que assinamos acordos na área de defesa e tecnologia e nunca sequer usufruimos de tais benefícios…

Bosco
Bosco
Responder para  adriano Madureira
1 mês atrás

Você acha que seria uma boa ideia o Japão ou a Coréia do Sul comprar armas avançadas chinesas em vez de armas americanas já que os americanos não são confiáveis?

adriano Madureira
adriano Madureira
Responder para  Bosco
1 mês atrás

claro que não,sabemos que tal compra seria impossível…

E eles sabem que os estados unidos são confiáveis mas não tão “confiáveis” assim…

Bosco
Bosco
Responder para  adriano Madureira
1 mês atrás

Eu não entendi a sua bronca com os americanos por negarem os motores do ATAK. Até onde eu sei o helicóptero vende bem e não há restrição do emprego do motor para outros cliente.
Em negando o motor a empresa americana e o próprio EUA também perde mas lá, eles não são anões diplomáticos e têm posicionamento geopolítico que agrada a uns e desagrada a outros , em benefício deles já que é assim que um país deve se portar.
Nos brasileiros , por exemplo, perdoamos dívidas de 10 bilhões de dólares de vizinhos e doamos refinarias para outros.
Essa posição geopolítica do governo brasileiro agrada uns e desagrada outros.
Vida que segue.

BVR
BVR
1 mês atrás

É…mais uma vez a Turquia levando fumo dos EUA. Chutados do programa original do F-35 e agora viram voar uns US$500 milhões de uma venda certa.

Mas eles aprendem rápido taí o novo caça deles (KAAN) e não devem demorar em desenvolver motores próprios para o ATAK-129.

Para as pretensões turcas na região, eles precisam cada vez mais de autossuficiência e estão no caminho.

Por outro lado, os Eua criaram mais uma intriga no ceio dos Brics com o fornecimento de helicópteros de ataque chineses ao principal rival da Índia, ao mesmo tempo que se mostram interessados na segurança nacional dos hindus e continuam a seduzí-los a permanecerem na estratégia do Quad.

E o Brasil ? O Brasil permanece deixando oportunidades passarem.

Heinz
Heinz
1 mês atrás

O Z-10 e o T129 ATAK são Helis mais realistas para o E.B do que um Apache, Tiger por exemplo.
Mas é tantas prioridades que um Helicóptero puro de ataque fica em terceiro plano.
Cabe salientar que os Helis de ataque agora podem servir de plataforma anti-drones, com o custo benefício de ficar sobrevoando uma “rota” de drones em ataques de saturação e atacando-os com foguetes guiados.

Brito
Brito
Responder para  Heinz
1 mês atrás

Leonardo AW129 Mangusta em processo de desativação ou AW249 Fenice, de longe as melhores opções..🇧🇷🇮🇹

Leonardo-apresenta-o-helicoptero-AW249-na-Eurosatory2
Machado
Machado
Responder para  Brito
1 mês atrás

Acho esse helicóptero a melhor opção custo benefício para o EB. Mangusta.

brutus
brutus
Responder para  Brito
1 mês atrás

se eu me lembro aw249 ainda é heli experimental e maior que t129 , tenho certeza que deve sair mais caro

MMerlin
MMerlin
Responder para  Heinz
1 mês atrás

Mesmo tendo um valor razoável, ao custo de um único Z-10 poderiam ser adquiridos próximo de três mbts como o K2.
Também existe a tendência de serem adquiridos equipamentos que tenham interoperabilidade com outros equipamentos OTAN, o que provavelmente seja revisto, independente do atual cenário político.
E depois de termos gasto alguns bilhões de reais com os black hawk, acho difícil encaixar num futuro próximo tal aquisição.
Realmente, tal equipamento deve ficar como o último dos planos.

Carlos Campos
Carlos Campos
1 mês atrás