Terras Raras: os minerais invisíveis que movem o poder militar dos EUA

Em meio à crescente complexidade das guerras modernas, um grupo de minerais discretos tornou-se essencial para manter a superioridade tecnológica das Forças Armadas dos Estados Unidos: os elementos de terras raras (REEs, na sigla em inglês).
Presentes em sistemas críticos de caças furtivos, destróieres e submarinos nucleares, esses materiais têm papel central no funcionamento de armamentos de precisão, radares avançados, propulsão e sensores de última geração.
Dados divulgados pela Benchmark Mineral Intelligence mostram a escala dessa dependência. O caça furtivo F-35 Lightning II, um dos principais símbolos da aviação de combate norte-americana, utiliza cerca de 418 kg de REEs em cada unidade. Esses elementos, como neodímio e praseodímio, são fundamentais para os ímãs permanentes usados no controle de voo, sistemas de radar, sensores a laser e mecanismos de ocultação (stealth).
Nas plataformas navais, a demanda é ainda mais impressionante. Um destróier da classe Arleigh Burke emprega cerca de 2.600 kg de terras raras, utilizadas em sistemas de radar de longo alcance, orientação de mísseis e propulsão. Já o submarino nuclear da classe Virginia requer cerca de 4.600 kg desses minerais — alimentando desde motores e propulsores até os sistemas de guiagem de mísseis Tomahawk e sensores sonar de última geração.
O desafio estratégico, no entanto, está na origem dessas matérias-primas. Mais de 70% das importações de REEs dos EUA vêm da China, país que domina a cadeia global de fornecimento desses minerais. Essa dependência de um rival geopolítico direto tem gerado preocupações em Washington, motivando esforços recentes — como os lançados durante o governo Trump — para diversificar fontes de fornecimento e incentivar a produção doméstica.
A crescente importância das terras raras no aparato militar expõe não apenas uma vulnerabilidade crítica dos EUA, mas também a nova dimensão dos conflitos modernos: a corrida pelo controle dos insumos invisíveis que sustentam a guerra de alta tecnologia.■
Ainda não entendo, mas suspeitando o porquê da China não fechar a torneira, visto que é praticamente a única que processa o material.
Certamente manter a dependência do seu inimigo é algo estratégico, além de moeda de troca altamente lucrativa.
Mas se fechasse a torneira, iria ser um barata-voa nas FFAA americanas.
Acho que o cálculo deles é que se fecharem hoje, um conflito seria eminente, e talvez eles achem que hoje isso não seria positivo para eles. Esperar mais tempo, se fortalecendo enquanto isso, e no futuro, quando acharem que estão mais preparados, fecha de vez, e espera o resultado. O tempo está do lado dos chineses.
Entendo dessa forma também. Manter o inimigo calminho e comendo na mão.
Mas é um absurdo estratégico os EUA terem se colocado nessa posição.
Tudo é uma questão de comércio. Enquanto o dinheiro estiver entrando, o fornecimento segue.
Quando a grana parar de entrar ou se os EUA endurecer de vez e entrometer-se diretamente nas questões geopolíticas da China, então…avabou exportação e vamos partir para o tudo ou nada..
Sgt Moreno
Realmente os chineses detêm um vantagem nesse quesito, entretanto não seja iludido achando que os americanos ficarão dependentes deles, você sabe né? Para os “americanos” é EUA 1° depois EUA em 2°, depois EUA em 3°.
E iriam fazer o quê? Atacar?
China não é o Afeganistão, nem o Iraque.
Quantidade impressionante de material usado em cada armamento, a dependência disso é um ponto fraco bem grande.
Salve senhores camaradas do Forte e Trilogia!
Mas qué dureza hein! Se não bastasse descobrir que há componentes chineses em seus materiais de defesa, agora revelam a dependência que eles têm das terras raras.
Isso para nós é muito ruim…pois não temos nem peso político, nem peso diplomático ou mesmo militar, para barganhar de forma justa com Washington.
Sgt Moreno
Ou seja, eles pressionam e o Brasil abaixa as orelhas , com o aval de muitos brasileiros.
Antes era o petróleo.
Agora começou a fase das tais “terras raras ” que ninguém sabe o que é.
Rsss
Esses estadunindenses malvadões…