Senado aprova cooperação bilateral de defesa entre Brasil e Turquia
O Plenário do Senado Federal ratificou no dia 3 de setembro o Projeto de Decreto Legislativo PDL 262/2024, confirmando um acordo de cooperação em indústria de defesa entre Brasil e Turquia. O documento segue agora para promulgação.
O acordo, assinado inicialmente em 25 de março de 2022, prevê uma parceria estratégica de cinco anos para ampliar e aprofundar a colaboração entre os dois países em áreas como pesquisa, desenvolvimento, produção, modernização de equipamentos, sistemas militares e materiais de defesa. Também foram incluídas no texto cláusulas de apoio técnico e logístico mútuo, além de intercâmbio de informações científicas e tecnológicas.
Entre os objetivos explícitos, o tratado estabelece que ambos os países possam realizar projetos conjuntos dentro de seus territórios, assegurar proteção de propriedade intelectual relativa à tecnologia desenvolvida, bem como facilitar a aquisição e modernização de bens e serviços de defesa.
Durante a sessão de aprovação, o relatório do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) foi destacado como peça central para o avanço da proposta. Ele observou que o pacto com a Turquia fortalece a indústria de defesa brasileira e abre espaço para cooperação internacional mais sólida.
Segundo publicação do Diário Oficial da União (DOU) no dia 10 de setembro e na imprensa especializada, o acordo tem potencial de permitir que empresas turcas e brasileiras participem de licitações e projetos conjuntos de armas, que envolvam, por exemplo, mísseis anti-navio, veículos blindados, tecnologia de drones, motores e componentes sensíveis.
O governo afirma que o Brasil tem interesse crescente na indústria de defesa turca, visto o bom desempenho da Turquia em produtos como drones, além de seu histórico recente de exportações nessa área.■
A Turquia é um dos muitos países que fizeram o que aqui foi negligenciado por décadas, desenvolvimento de empresas de equipamentos militares com recursos estatais e P&D constante.
É uma das vantagens de se ter um governo continuo.
Na aérea de drones econômicos e produzidos em massa nossas FA ainda tem que sair da inercia…Um extenso artigo sobre o tema que saiu na CNN:
Dilema dos drones dos EUA: por que os militares mais avançados do mundo estão tentando alcançar o campo de batalha moderno
Trecho da matéria que me recordou a recente “grande compra” do EB de mísseis Javelin:
“O major-general Volodymyr Horbatiuk, vice-chefe do Estado-Maior da Ucrânia, disse à plateia que, embora a artilharia e os mísseis antitanque sejam vitais, cerca de 80% do sucesso de Kiev em atingir alvos vem de drones.”
A plataforma anti carro do futuro (e de hoje) é o drone. Teria sido muito melhor empregar toda essa verba implementando una linha de produção turco-brasileira do Bayraktar TB2. Mas, isso requer visão. As vezes esqueço que estamos lidando com o Brasil.
Abs
Com algumas décadas de atraso, mas antes tarde do que nunca.
A Turquia teve avançoa significativos com sua BID, e podemos nos beneficiar disso, basta fazer os acordos certos.
Eu acho que vão escolher o Tulpar mesmo.
Parece ser um bom Chassi e tambem vai usar a torre do Centauro II, então será bem padronizado, diminuindo custos.
Mais uma cooperação bilateral que não vai dar fruto algum.
Só mais papel e “boas” intenções, e como de boas intenções o inferno está cheio…