EUA adiantam protótipos do tanque Abrams M1E3 para 2026, inspirados em lições da guerra na Ucrânia

Demonstrador Abrams X
Washington, 18 de setembro de 2025 – O Exército dos Estados Unidos anunciou que os primeiros protótipos do novo tanque de batalha M1E3 Abrams serão testados em organizações operacionais já em 2026, bem antes do cronograma inicialmente projetado para 2030, como parte de um esforço para incorporar aprendizados decorrentes do conflito na Ucrânia.
Motivações e ajustes no cronograma
Durante a conferência Maneuver Warfighter, realizada em Fort Benning, o Chefe do Estado-Maior do Exército, general Randy George, declarou que quatro protótipos do M1E3 estarão “integrados às nossas formações” já no próximo ano, o que representa uma aceleração significativa em relação ao plano original de desenvolvimento.
Os ajustes são impulsionados por desafios enfrentados na guerra ucraniana, onde os tanques Abrams entregues demonstraram vulnerabilidades — especialmente em relação ao peso excessivo, às dificuldades logísticas e às ameaças modernas como drones, mísseis antitanque guiados e munições “loitering”.
Inovações do M1E3
O novo modelo buscará integrar várias melhorias técnicas e operacionais:
- Arquitetura modular de construção, facilitando futuras atualizações;
- uso de inteligência artificial no controle de ameaças e priorização de alvos;
- sistemas ativos de proteção contra drones e projéteis antitanque;
- redução de peso e menor exigência logística;
- possível redução do número de tripulantes, com automação e melhorias nos interfaces de controle;
Enquanto os protótipos são testados, o Exército continuará produzindo o Abrams M1A2 na versão SEPv3, embora em ritmo reduzido, até que o M1E3 esteja pronto para substituir progressivamente as unidades mais antigas.
Importância estratégica
O programa M1E3 reflete a urgência que os EUA enxergam em adaptar suas capacidades blindadas às novas ameaças modernas. Analistas apontam que essa mudança não é apenas técnica, mas estratégica, pois busca manter a eficácia dos tanques nos cenários de combate contemporâneo, onde a guerra eletrônica, a guerra de drones e os sistemas de defesa anti-tanque têm papel de destaque.■
E há quem diga que mbt’s pesados são coisa do passado, que não vale a pena ter hoje em dia e é melhor adquirir mmbt
Se fossem, Rússia e Ucrânia não estariam usando eles no campo de batalha, mas que vão ter muitas mudanças na guerra de blindados e possivelmente modelos atuais vão caminhar pra obsolência isso é fato.
Cada país tem um requisito, não é pq eles tem que necessariamente Chile ou Brasil teriam de ter, a geografia e o clima influenciam, a doutrina defensiva etc. Lembrando que se o Brasil for algum dia usar MBT em combate é pq o país já foi invadido.
Com ctz a Guerra da Ucrânia foi a mais significativa pro futuro da indústria de armas em décadas, já que a assimetria colossal das guerras do petróleo (ou Guerra ao Terror, como preferirem) tinham um cenário onde não havia mesmo um teste real pra eficiência dos armamentos modernos utilizados, o que foi ainda mais testado por conta do uso de tecnologias como os drones, os satélites starlink e até as IA, obviamente somados a armamentos convencionais como os javelins.
Ao custo de milhares de vidas inocentes se inaugurou uma nova era para conflitos bélicos.
Enquanto isso na república da banana …