EUA e China entram em novo impasse com restrições sobre terras raras às vésperas de encontro Trump–Xi
A crescente disputa geoeconômica entre Estados Unidos e China ganhou novo capítulo nesta semana, quando Pequim apertou drasticamente as restrições sobre a exportação de terras raras — um grupo de 17 minerais essenciais para setores estratégicos como eletrônicos, defesa, veículos elétricos e tecnologias verdes. A escalada ocorre às vésperas do aguardado encontro entre o presidente norte-americano Donald Trump e seu homólogo chinês Xi Jinping, que acontecerá na próxima semana à margem da cúpula da APEC, na Coreia do Sul.
O governo dos EUA confirmou que Trump e Xi tentarão destravar pontos críticos da guerra comercial em curso. As terras raras, dominadas quase totalmente pela China no refino e processamento, estão no centro da disputa. Pequim passou a exigir que qualquer empresa estrangeira obtenha licença para exportar produtos que contenham mais de 0,1% desses minerais de origem chinesa, dificultando severamente o acesso global a componentes fundamentais para setores de alta tecnologia.
A medida já tem impacto direto sobre a indústria automotiva mundial. Fabricantes como Ford Motor Company e Suzuki Motor Corporation chegaram a suspender temporariamente parte de suas operações no início do ano devido a interrupções no fornecimento, enquanto Toyota Motor Corporation alerta que o setor pode parar completamente em dois meses caso o bloqueio persista. Para analistas, a escassez representa não apenas um risco econômico, mas também uma ameaça à segurança nacional de países altamente dependentes desses insumos.
Segundo especialistas, a China vem “espelhando” a estratégia de Washington no controle de exportações de semicondutores, transformando os minerais em instrumento de pressão diplomática e comercial. A nova legislação dá a Pequim poder para decidir quais empresas terão acesso às terras raras, em que volume e em que prazos — um mecanismo que especialistas apontam como forma de ampliar sua margem de manobra nas negociações com os EUA.
Historicamente, a China já utilizou sua posição dominante nesse mercado como arma geopolítica, como em 2010, quando suspendeu exportações ao Japão. No entanto, as atuais restrições são as mais severas já impostas. A medida é amplamente interpretada como resposta direta aos controles americanos sobre exportação de chips avançados e tecnologias de inteligência artificial.
O governo Trump tenta reagir fortalecendo cadeias alternativas de fornecimento. Nesta semana, Washington e Austrália anunciaram um investimento conjunto de US$ 3 bilhões em mineração e processamento de minerais críticos, em um esforço para reduzir a dependência de Pequim. Segundo estimativas da Casa Branca, os depósitos australianos podem representar até US$ 53 bilhões em recursos estratégicos.
Enquanto isso, Pequim mostra pouco interesse em recuar. Analistas indicam que, mesmo após a cúpula Trump–Xi, as restrições chinesas podem permanecer — consolidando as terras raras como peça central de uma disputa comercial que, cada vez mais, se transforma em um jogo de poder global.■


Antigamente …. quando um pais qualquer queria fazer negociar com outro pais…..em especial armas…tinha e tem que pedir permissão ( benção) ao tio Sam ..vide a venda dos tucanos para Venezuela e os americanos não deixaram…como esse mundo dá voltas não é mesmo ..rsr..agora é os chineses com a sua tecnologia xing-ling que dá as castas e quem dá chilique…. é o tios San