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Por Sérgio Santana*

Em uma ação digna de enredo dos melhores filmes de ação e espionagem, foi revelado que agentes do “Mossad”, o serviço secreto israelense, penetraram no território do Irã há alguns meses, bem antes da atual “Operação Leão Ascendente”, mapearam a localização das baterias iranianas de mísseis superfície-ar e, quando julgado apropriado, lançaram contra elas drones explosivos, que foram pré-montados em esconderijos ou estavam armazenados em caminhões, assim diminuindo drasticamente o poder da defesa antiaérea iraniana contra a aviação israelense.

Mas afinal, o que é o Mossad?

Oficial denominado “ha-Mosád le-Modi’ínín u-le-Tafkidím Meyu’adím”, Instituto de Inteligência e Operações Especiais, o Mossad foi criado imediatamente após a fundação do Estado de Israel, em maio de 1948, quando o Primeiro-Ministro David Ben Gurion (1886-1973) reconheceu a necessidade de criar estruturas nacionais para os órgãos de inteligência que já operavam antes da criação do Estado. Como é costume em todo o mundo, a decisão foi criar três estruturas distintas: um serviço de inteligência militar (conhecido como AMAN, “Agaf ha-Modi’in”, Seção de Inteligência), um serviço de segurança interna (oficialmente designado “Sherut ha-Bitaẖon ha-Klali”, Serviço de Segurança Geral, popularmente conhecimento como “Shin Bet”) e um serviço de inteligência operando no exterior (atual Mossad).

Em um plano implementado gradualmente, em 30 de junho de 1948, o QG do Serviço de Informações da Haganah (Shai), foi dissolvido e os serviços de inteligência do Estado de Israel foram estabelecidos. Em julho de 1949, Reuven Shiloah, membro do Ministério das Relações Exteriores e alto funcionário do departamento político, propôs a criação de uma instituição central para coordenar as atividades de inteligência. Ben Gurion aprovou a proposta e, em 13 de dezembro de 1949, anunciou a criação de tal órgão sob o comando de Reuven Shiloah. Essa data entrou para a história como a data de criação do Mossad, que mais tarde se tornou o Instituto de Inteligência e Operações Especiais.

Inicialmente, este órgão de coordenação não se envolveu na coleta de inteligência no exterior (que era realizada na época pelo “Da’at”, um departamento especial dentro do Ministério das Relações Exteriores ), até que, no início de 1951, foi tomada a decisão de estabelecer uma autoridade central para a coleta de inteligência no exterior, subordinada ao Mossad. Essa entidade, conhecida como “Reshut”, foi o principal órgão do Mossad em seus primeiros anos e, mais tarde, tornou-se a “Divisão Tzomet”, especializada em recrutamento e gerenciamento de agentes.

Em 1952, Reuven Shiloah concluiu seu tempo como diretor do Mossad e foi substituído por Isser Harel, que anteriormente chefiava o Shin Bet e agora estava encarregado de ambas as organizações. Harel serviu como Diretor do Mossad até 1963. Durante seu mandato, o Mossad cresceu de cerca de 80 funcionários para mais de 620, expandiu sua atividade e realizou uma variedade de tarefas de coleta de inteligência e operações especiais.

Após a Primeira Guerra de Independência (1948) e durante os conflitos seguintes (a “Guerra dos Seis Dias” em 1967, a “Guerra do Yom Kippur”, em 1973, e a “Guerra do Vale do Bekkaa”, em 1982), o Mossad vivenciou uma expansão em atividades e tamanho, até atingir o volume de pessoal atual, estimado entre 7.000 e 10.000 funcionários.

A estrutura organizacional do Mossad

Como todo o serviço secreto digno da mais alta reputação, a organização do Mossad não é publicamente revelada. Entretanto, a sua existência e particularmente as suas operações originaram livros e filmes, cuja pesquisa resultou em algumas informações críveis a esse respeito.

Assim, sabe-se que há cinco Divisões, cada uma comandada por um Diretor com status equivalente a Major-General das Forças de Defesa de Israel: “Tzomet”, ou “Núcleo”, a maior divisão, encarregada de conduzir espionagem estrangeira e recrutar/gerenciar agentes de campo, seja em embaixadas e consulados ou mesmo sob disfarce. Seus oficiais de campo são conhecidos como “Katsa” (do hebraico “ktsin issuf”, oficial de inteligência) e monitoram agentes de campo em ações de espionagem; “Ceasarea”, especializada na execução de operações especiais, sendo integrada pela “Kidon” (“Baioneta”), um grupo de assassinos de elite, que enfrentam um treinamento mínimo de dois anos; “Keshet” (“Arco-Iris”), especializada em vigilância eletrônica, invasão de edificações, falsificação de documentos, grampos telefônicos e guerra cibernética e que sempre empregou mulheres; “Metsada” (“Fortaleza”, composta por pequenas frações de combatentes, especializados em sabotagem e assassinatos); e, por fim, “Mishavi” (“Recursos”, responsável por monitorar continuamente o desempenho dos agentes da organização).

Curiosamente, embora o Mossad tenha um orçamento separado, as ações podem eventualmente necessitar do auxílio de uma rede de assistentes, os “Sayanim”, que são recrutados pelos “Katsa; embora possam tem cidadania israelense, frequentemente são apenas simpatizantes da causa e podem ser acionados caso os agentes precisem de um veículo ou casa para as suas operações.

Algumas das operações do Mossad

Além das mais recentes operações que resultaram na morte confirmada de quase todo o Estado-Maior da Forças Armadas do Irã e de vários cientistas conectados ao programa nuclear do país por variados meios, o Mossad acumula uma série tão longa de operações conhecidas (com algumas das mais famosas sendo a que resultou na descoberta e sequestro na Argentina do oficial SS Adolf Eichmann em 1960 e a série de eliminações dos responsáveis pelo planejamento do ataque terrorista perpretado pelo grupo “Setembro Negro” nas Olímpiada de Munique em 1972) que preencheriam facilmente várias páginas de um livro sobre o tema.

Dentre elas constam:

  • Wolfgang Lotz, cidadão da Alemanha Ocidental, infiltrou-se no Egito em 1957 e coletou informações sobre bases de mísseis, instalações militares e indústrias egípcias. Ele também compilou uma lista de cientistas de foguetes alemães que trabalhavam para o governo egípcio e enviou cartas-bomba a alguns deles.
  • Projeto Cherbourg – o contrabando de cinco barcos de mísseis da classe Sa’ar 3 a partir do porto de Cherbourg no Natal de 1969. Os barcos foram pagos pelo governo israelense, mas não foram entregues devido ao embargo de armas francês.
  • Em 1986, o Mossad utilizou uma agente secreta para atrair Mordechai Vanunu, do Reino Unido para a Itália. Lá, ele foi sequestrado e devolvido a Israel, onde foi julgado e considerado culpado de traição por seu papel na denúncia do programa de armas nucleares de Israel.
  • A eliminação com tiros à queima-roupa, em 2016, do agente do Hamas Mohamed Zouari, na Tunísia. Conhecido pela segurança israelense como “O Engenheiro”, ele era um engenheiro afiliado ao Hamas que supostamente construía drones para o grupo.
  • Em 2018, agentes do Mossad se infiltraram no arquivo nuclear secreto do Irã em Teerã e contrabandearam mais de 100.000 documentos e arquivos de computador para Israel. Os documentos e arquivos mostraram que o Projeto AMAD tinha como objetivo desenvolver armas nucleares.

*Bacharel em Ciências Aeronáuticas (Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL), pós-graduado em Engenharia de Manutenção Aeronáutica (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG). Colaborador de Conteúdo da Shephard Media. Colaborador das publicações Air Forces Monthly, Combat Aircraft e Aviation News. Autor e co-autor de livros sobre aeronaves de Vigilância/Reconhecimento/Inteligência, navios militares, helicópteros de combate e operações aéreas

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Douglas
Douglas
1 mês atrás

Não tenho dúvidas, que os caras são realmente a bons. Só ficam atrás da nossa Abin (risos).

João
João
Responder para  Douglas
1 mês atrás

Nós tínhamos o SNI.
A estrutura é até hj copiada, desde os níveis táticos dos operadores mais baixos até os altos níveis por diversas agências no mundo, principalmente no Contraterrorismo.
Infelizmente, a birra dos sabidos do Brasil, e acho q era má intenção e não birra, fez acabar o SNI…
Poderia ter sido feito como na Russia… mudava o nome e pronto….
Hj… tá dessa forma…

A ABIN, inclusive, poderia ser formada por pessoal de outros serviços públicos, cedidos, como é o GSI, mas… inventaram o concurso….

Ten Murphy
Ten Murphy
Responder para  João
1 mês atrás

A estrutura é até hj copiada, desde os níveis táticos dos operadores mais baixos até os altos níveis por diversas agências no mundo, principalmente no Contraterrorismo.
Similar, não copiada. Estudando a história das várias agências no mundo vemos que a maioria surgiu antes do SNI. O próprio SNI se originou do SFICI, que mandou pessoal para treinar com o FBI e CIA. Depois recebeu influência do General Golbery do Couto e Silva, que tinha treinado com os americanos e atuado na Segunda Guerra pela FEB como oficial de inteligência estratégica e informações e comandava o IPES, do qual o SNI herdou muita coisa. O IBAD também era financiado e treinado pela CIA e foi integrado ao SNI quando este foi formado.
Outrossim, a atividade de contraterrorismo brasileira é muito posterior à de vários países e foi influenciada pelo SNI em relação à contrainteligência e pela Delta Force e Green Berets americanos em relação à parte tática, sendo circunscrita às forças especiais do Exército e Marinha e ao COT da PF.

Kornet
Kornet
Responder para  Douglas
1 mês atrás

O Brasil nunca terá algo parecido,o problema do serviço de inteligência do Brasil,no caso a ABIN,é a forma de seleção.
Na grande maioria dos países são pessoas selecionadas ou recrutadas,aqui é mediante concurso de quem quer ter um cargo público e sem vocação,sem contar os militantes.

Sergio
Sergio
1 mês atrás

Eu tenho o livro do Eric frattini aqui
” Mossad, os carrascos do kidon”.

É uma trajetória digna de histórias daquelas que embalavam as fantasias dos meninos saudáveis de décadas atrás.

Mas falharam terrivelmente em outubro/2023 .

Certamente haverá, passado o pior , explicações a dar para a sociedade isralense.

Já foi assim em 1973.

Embora, creio eu, as ações no Líbano e no Irã são de tamanho extraordinárias que haverá perdão e esquecimento pela complacência.

Talisson
Talisson
Responder para  Sergio
1 mês atrás

Semanas antes dos ataques de outubro Israel fervilhava de protestos. Bibi queria amordaçar a suprema corte. Lembro de boatos de que até o mossad estaria virando as costas para ele.
Em em outubro aconteceu aquilo. Nas barbas do melhor serviço de inteligência do mundo.
Na melhor das hipoteses, o Hamas aproveitou a instabilidade institucional daqueles dias para atacar. Mas me pergunto, e os meses de treinamento que o Hamas precisou para por em prática? Ninguém viu?

Última edição 1 mês atrás por Talisson
Ten Murphy
Ten Murphy
Responder para  Talisson
1 mês atrás

“Os meses de treinamento que o Hamas precisou para por em prática? Ninguém viu?” “Nas barbas do melhor serviço de inteligência do mundo.”

Você mesmo respondeu. Alguém viu. A pergunta é: por que não fizeram nada? Quem ganhou em Israel com o ataque sendo concretizado e quem ganharia se ele fosse preventivamente evitado?

Comenteiro
Comenteiro
Responder para  Talisson
1 mês atrás

Parece aquela história do Roosevelt e Pearl Harbor.

Salim
Salim
Responder para  Talisson
1 mês atrás

Como em 73, foi coletada as informações e superiores acreditavam ser mais uma movimentação normal, sim normal, pois os caras não jogam futebol diariamente e sim treinam matar gente. Putim declarou que não iria invadir Ucrânia, Irá não ia ter bomba nuc( centrífugas urânio a mais 20% para que, aplicação usina 5% e material médico e pesquisa 20%). Milhares palestinos atravessavam fronteira diariamente para trabalhar em Israel. Foi basicamente uma turba saturando defesa cotidiana, com armas de mão e praticamente suicida. O trabalho do Hamas foi mais a coordenação do ataque, salientando que era um feriado religioso como em 73.

Ten Murphy
Ten Murphy
Responder para  Sergio
1 mês atrás

Há quem diga que tanto o Egito quanto os americanos e também um israelense do serviço de inteligência haviam avisado e foram sistematicamente ignorados. Levando em consideração que Israel havia apresentado na ONU documentação de um mapa redefinido do Oriente Médio sem a Palestina, e isso após a reunião na Casa Branca com o primeiro-ministro israelense, pode-se aventar que o ataque do Hamas era esperado e desejado. Por essa linha de raciocínio, não foi falha, foi proposital. Ainda assim, é certo que isso será devidamente investigado no futuro.

Pedro Rabelo
Pedro Rabelo
Responder para  Ten Murphy
1 mês atrás

O ditador do Egito foi um dos que avisaram o Bibi Netaniahu das movimentações do Hamas

Ten Murphy
Ten Murphy
Responder para  Sergio
1 mês atrás

“Eu tenho o livro do Eric frattini aqui
” Mossad, os carrascos do kidon”.”

De livro de ficção lembro do A garota do tambor, de John Le Carré, que foi do Corpo de Inteligência britânico, agente do MI5 e depois do MI6 e O punho de Deus de Frederick Forsyth, que foi informante do MI6 e escreveu O dia do Chacal.

De não-ficção, lembro do Mossad – Os carrascos do Kidon, Mossad – As Grandes Operações Dos Serviços Secretos Israelitas, Levante-se e mate primeiro: A história do serviço secreto e dos assassinatos seletivos de Israel, Chefe do Mossad, do Shabtai Shavit, Mossad: História do Instituto, Nenhuma Missão é Impossível e Mossad – O serviço mais secreto de Israel.
Gosto muito desse tema, rs.

Fernando XO
Fernando XO
1 mês atrás

Recomendo o filme “O Anjo do Mossad” e a série “O Espião” sobre algumas das atividades realizadas pelo Mossad… cordial abraço a todos.

Nilo
Nilo
Responder para  Fernando XO
1 mês atrás

Boas dicas, tem a série Tehran de 2021, excelente, e fala de assunto atual, a atuação da Mossad no Iran.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Fernando XO
1 mês atrás

Tem uma na netflix que fala sobre algumas operações com comentários de agentes participantes

Ten Murphy
Ten Murphy
Responder para  Fernando XO
1 mês atrás

Tem Fauda, que os criadores eram da Duvdevan, Espada de Gideão, Munique, O espião impossível, Swordfish, Missão no Mar Vermelho, todos muito bons. Só estranhei um pouco a forma de narrativa do Fauda.

JuggerBR
JuggerBR
1 mês atrás

Quem já leu algum livro do recém falecido Frederick Forsyth? Mossad foi personagem bem relevante em muitas obras de espionagem…
A verdade é que muitas operações deles nunca serão reveladas, tanto as que terminaram bem, quanto as que não terminaram bem.

Talisson
Talisson
Responder para  JuggerBR
1 mês atrás

Tenho quase todos os livros dele. Do tempo em que o Farinazzo sugeria os livros, coisa que nenhum outro canal militar fazia.
Em um dos livros dele me chamou a atenção do quanto o antisemitismo era forte em Londres.
Em Dossiê Odessa ele diz que o governo da Alemanha Ocidental fervilhava de nazistas.
A Historia de Biafra ta na fila pra ler.

JuggerBR
JuggerBR
Responder para  Talisson
1 mês atrás

Li todos os lançados por aqui, não tem um que seja ruim. O dia do Chacal pra mim ainda é o melhor.

Ten Murphy
Ten Murphy
Responder para  JuggerBR
1 mês atrás

“Quem já leu algum livro do recém falecido Frederick Forsyth?” 

O primeiro que li foi O dia do Chacal, que meu pai comprou numa sebo. Depois li o curtíssimo O Pastor, que achei na casa da minha avó. Apaixonante e para mim o melhor. Indico esse para quem nunca leu os livros dele, que são um tanto quanto densos. Depois foi uma jornada para adquirir os outros, numa época sem internet e pouco dinheiro. Lia na biblioteca municipal e na da escola e passava muito tempo garimpando em sebos.

Curiosidade, ele foi informante do MI6 por muito tempo.

FERNANDO
FERNANDO
1 mês atrás

denominado “ha-Mosád le-Modi’ínín u-le-Tafkidím Meyu’adím”, Instituto de Inteligência e Operações Especiais
??????

Domanski
Domanski
Responder para  FERNANDO
1 mês atrás

Qual a dúvida?

H.Saito
H.Saito
1 mês atrás

Tem o livro de Ronen Bergman “Levante-se e mate primeiro: A história do serviço secreto e dos assassinatos seletivos de Israel” que conta algumas histórias das atividades de agentes do Mossad, incluindo a captura e assassinatos dos oficiais nazistas na Argentina e Uruguai.

Última edição 1 mês atrás por H.Saito
Ten Murphy
Ten Murphy
Responder para  H.Saito
1 mês atrás

Muito bom. Citei alguns outros num comentário mais prá cima. Todos muito interessantes. 🙂

José Gregório
José Gregório
1 mês atrás

Quando chegaremos nesse nível? NUNCA!

MAB
MAB
Responder para  José Gregório
1 mês atrás

Porque aqui é terra das bananas, do jeitinho, da malandragem. Lá é questão de sobrevivência do povo, segurança nacional independente de qual governo ocupe a cadeira do poder executivo.

Continuaremos com as forças armadas da baia da guanabara. E um monte de soldadinho de chumbo. O mundo já deu voltas, mostrou que tecnologia e capacidade fabril sobrepõe números. O mundo sério está todo voltando para IA e aqui discute-se bolsa isso, bolsa aquilo, Aumento de impostos… dá desgosto.

Nativo
Nativo
Responder para  MAB
1 mês atrás

Pior que a oposição que crítica, mantém tudo isso quando ganha, a situação quando retorna, mantém e amplia, e assim o ciclo vai se mantendo, até a hora que a corda partir.

Última edição 1 mês atrás por Nativo
Hamom
Hamom
1 mês atrás

”…os “Sayanim”, que são recrutados pelos “Katsa; embora possam ter cidadania israelense…”

”Sayanim (do hebraico, Inglês sayanim, em hebraico – “assistentes”, assistentes, ( no singular – Sayani/Sayan)” –

”uma rede internacional secreta de agentes voluntários de Israel, controlada pelas unidades operacionais “Mossad”. Estes são judeus que, em condições normais, permanecem leais ao país anfitrião, e não violam a lei, mas estão prontos para prestar assistência ao Mossad ou a outro serviço especial israelense sem fazer perguntas desnecessárias.

Sayanim geralmente não está envolvido no trabalho operacional, devido à falta de treinamento. Suas tarefas são mais fáceis – por exemplo, alugar uma grande garagem, encontrar e comprar um carro, hospedar algumas pessoas desconhecidas para morar, atender aos critérios especificados, etc.

Teoricamente, eles podem receber tarefas mais complexas se o oficial-curador acreditar que vale a pena.

Em 1990, o livro “By Way of Deception” foi publicado no Canadá, do oficial aposentado do Mossad Viktor Ostrovsky (de autoria da jornalista canadense Claire Hoy), que trabalhou com um “sayny”.

Segundo ele, em Londres, na década de 80, o Mossad tinha 7.000 Sayanim, que na época era de 0,1% de toda a população urbana.
O recrutamento dos Sayanim está envolvido com organizações sionistas.

No Irã, o antissemitismo é oficialmente condenado e, no parlamento, a minoria judaica tem dois assentos de reserva. A diáspora judaica no Irã ainda existe, mas oficialmente na virada dos anos 2000 houve um colapso de seu número, de dezenas de milhares para milhares de pessoas.

No entanto, esse colapso não foi acompanhado por uma redução na presença de judeus na vida pública e de uma redução acentuada e proporcional no número de sinagogas. O que pode dizer sobre a saída de uma parte significativa da comunidade judaica do Irã para a “sombra”.

Talvez tenha sido então que os Sayanim começaram a ser massivamente ativados.

O ataque ao Irã com a implantação de grandes contingentes de agentes em território iraniano, com a implantação de UAVs perto de instalações militares e sistemas de armas de mísseis, com um fracasso flagrante da contra-inteligência iraniana, sem os “sayanim” não seria possível absolutamente.

Antropologicamente, judeus e persas no Irã são indistinguíveis, o que facilita a infiltração do primeiro em qualquer lugar. Para entender o grau de indistinguibilidade (e possibilidades de infiltração), você pode comparar a foto de algum rabino com uma foto de Seyid Ali Khamenei.”

Última edição 1 mês atrás por Hamom
Jacinto Fernandes
Jacinto Fernandes
Responder para  Hamom
1 mês atrás

Os hebreus estão no Irã desde que Nabucodonosor destruiu o 1 templo no século VI ou VII AC, ou seja: quando os muçulmanos chegaram no Irã, a comunidade judaica no que era a Persia já tinha 1000 anos…

Talisson
Talisson
Responder para  Jacinto Fernandes
1 mês atrás

Nesse viés teriamos que devolver o Brasil pros indios.
A realidade é que a maioria, senão todos, os sionistas brasileiros (não uso o termo no sentido pejorativo, pelo contrário), são contra demarcação de reservas.
O mesmo vale se comparar o (não) apoio a reforma agrária daqui com a prática de assentamentos por aquelas bandas.
Por quê?

Jacinto Fernandes
Jacinto Fernandes
Responder para  Talisson
1 mês atrás

Perdoe-me, mas eu apenas afirmei que a comunidade judaica na Pérsia antecede a islamização da região, o que é historicamente correto. Nunca disse de devolver algo a alguém, e muito menos sobre demarcação de reservas.

Ten Murphy
Ten Murphy
Responder para  Talisson
1 mês atrás

Eu entendi a fala dele de forma diferente, mais no sentido da indistinguibilidade entre iranianos e israelenses no sentido antropológico, o que facilita a infiltração daqueles por estes. Não vi nesse sentido que você pontuou ao comparar com nosso caso e dos índios.

Seria como se numa guerra entre brasileiros e indígenas brasileiros, sendo os brasileiros os israelenses e os indígenas os iranianos, brasileiros não-indígenas usassem os mamelucos e caboclos para infiltrar nas reservas indígenas, se aproveitando das similaridades fenotípicas entre eles.

O sentido que você entendeu e aparentemente discordou, no qual o Jacinto teria supostamente dito que por serem anteriores em 1.000 anos aos muçulmanos na região os judeus teriam direito à região não foi em absoluto o que ele de fato falou. É necessário ler o comentário dele como uma resposta ao comentário do Hamom, que falava sobre a facilidade de infiltração israelenses no Irã através dos sayanim, sem os quais a operação desse ano nunca teria sucesso, segundo o Hamom.

Destarte, a alegação de que supostamente a maioria dos sionistas brasileiros são contra demarcação de reservas (o senão todos é um termo muito forte, quiçá impossível), e a comparação com a suposta desaprovação da reforma agrária daqui com a prática de assentamentos por aquelas bandas ficam esvaziadas de sentido. Primeiro pela generalização sobre a opinião dos segundo você “sionistas em um sentido elogioso”. Segundo, porque a demarcação de reservas e a reforma agrária aqui não são comparáveis com a situação de lá.

De toda forma resta a pergunta que você fez no final, mas aplicada ao seu próprio comentário: Por que?

Salim
Salim
Responder para  Talisson
1 mês atrás

Índio e Brasileiro como todos, a reserva deveria ser do Brasil e os índios habitariam estas reservas. Com regras para desmatamento e exploração regidas pela s leis brasileiras. Sempre no Brasil existiu o medo de atividades inteligência pela desconfiança do uso da mesma por grupos no poder. Temos a PF fazendo trabalho equivalente Shin Bet dentro da lei. Abin deve ser aceita como divisão coleta inteligência e não deve ser massacrada por ler discurso do presidente Paraguai ou antever qualquer negociação que afete Brasil internacionalmente. Incluindo ativos de ação física exterior.

Hamom
Hamom
Responder para  Jacinto Fernandes
1 mês atrás

Bem, os muçulmanos ”não chegaram” [no sentido de virem de fora]. Foi o próprio povo *iraniano, que já vivia lá, que se converteu ao islamismo.

Irã: Palavra que significa literalmente, “terra dos arianos” (no sentido étnico do termo) .
Os persas, foram o subgrupo dos arianos que prevaleceu no Iran, por isto no ocidente , o país passou a ser chamado de Pérsia, más lá entre eles, desde a antiguidade sempre denominaram seu país de Iran [Irã→ Pt-Br]

José Joaquim da Silva Santos
José Joaquim da Silva Santos
1 mês atrás

Coronel Amarante, jamais será esquecido…!

Josè
Josè
1 mês atrás

Supostamente o que poderia acontecer com alguns por aqui caso Israel viesse a descobrir que estão “ajudando” o outro lado de alguma forma, dentro dessa suposição se alguém por aqui fez algo contra os judeus provavelmente deve estar sem “dormir” no mínimo.

Hamom
Hamom
1 mês atrás

O NN [Negativador Noiado] passou por aqui…hehehe

Rafa
Rafa
1 mês atrás

Se matar fosse uma arte, esses caras seriam os ‘Michelangelos’ e ‘Leonardos da Vinci’ da parada.

Recomendo o livro Caçando Eichmann.
Impressionante o trabalho que eles tiveram para levar a julgamento o cara.